Comece a planejar sua peregrinação por aqui!

Publicado em 11/12/2023

Era 1223, poucas pessoas tinham acesso à Bíblia, e São Francisco de Assis percebeu que era difícil para as pessoas compreendessem o nascimento de Jesus! A arte sempre facilitou a compreensão de realidades distantes. Então, ele teve a feliz ideia de fazer o “Presépio”.

Montado a primeira vez, em 1223, por São Francisco de Assis, na cidade de Greccio, na Itália. Foi comemorado como o Natal de Greccio, uma alegria nunca vivida. Esse ato de Francisco é considerado uma das maiores contribuições para a Igreja.

O Santo tinha o desejo no coração de celebrar a simplicidade, pobreza e humildade do Filho de Deus que se dá a nós com amor sem medidas. O Santo de Assis, três anos antes de morrer, queria que todos pudessem contemplar o mistério da encarnação e assim, compreender a grandeza do que significava o Natal.

Em Greccio, que fica a cerca de 90 quilômetros de Roma, Francisco escolheu uma gruta em um penhasco, organizou uma missa, onde estiveram nobres e pobres, com uma manjedoura que, em latim se diz praesepium, com um boi e um burro. Era o primeiro Presépio! Ele ansiava que todos vissem com os olhos corporais o desconforto do menino Deus que nasceu humilde e descansou no feno e, assim, entrar no mistério da Encarnação de Jesus. Anos depois se construiu um altar sobre essa manjedoura e uma igreja em torno da gruta.

Papa Francisco em Greccio, 2016 / Foto: L'Osservatore Romano

Como disse Francisco: Belém é aqui! Belém está em toda parte: os cristãos devem encontrá-la em seus corações. Onde se representa o Natal com o presépio, se representa Belém da Galileia!  

Antes dessa data, o Nascimento do Menino Jesus nunca havia sido representado!  E assim, todos conseguiram compreender o significado litúrgico da noite de Natal!

A tradição de recriar o nascimento de Jesus, humilde, simples e pobre se difundiu por toda a Itália e pelo mundo cristão, onde se montam Presépios como sinais de esperança.

E em sua casa, sua empresa, você monta o Presépio?

Montar o Presépio é retornar à simplicidade, à bondade e à criança que habita em nós! É redescobrir o que é essencial para a vida e para o Natal! É preparar o coração e também nossa casa! O Presépio não é um simples adorno, um enfeite: é uma belíssima forma de manifestarmos a nossa fé e a nossa espera ansiosa! Como séculos antes nos falou Santo Agostinho a respeito da Manjedoura, "o Presépio (manjedoura) nos diz que Deus ainda habita entre nós".

E tem mais, em comemoração aos 800 anos, o Papa Francisco concedeu à família Franciscana e ao mundo a possibilidade de receber indulgência plenária. De 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, até 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Senhor, os católicos podem receber essa graça se rezarem diante de um Presépio em uma igreja franciscana. Também é preciso seguir os demais requisitos que são padrão para receber indulgência (confissão sacramental, comunhão eucarística, oração nas intenções do Papa).

E na Basílica de São Francisco em Assis, na Itália, também se iniciam agora em dezembro as comemorações do Natal e dos 800 anos do Presépio. Aliás, em Assis, durante todo o ano podemos ver vários presépios montados e recordamos a palavra de São Francisco: Belém é aqui!

Por isso visitar Assis é uma experiência única! Além de conhecer os locais em que viveram Francisco e Clara, é possível experimentar a Paz dessa cidade que respira o Amor, respira o Natal, em todo o tempo!

Natal é aqui, Natal é na sua casa, Natal é no seu coração!

E você, vai montar o seu Presépio?

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Publicado em 23/05/2023

A primeira Santa genuinamente brasileira 

O Brasil tem, atualmente, 37 santos e santas. Entre eles estão São Frei Galvão, canonizado em 2007, e Santa Paulina —que foi canonizada em 2002, mas que nasceu na Itália. Portanto, Irmã Dulce é a primeira mulher, nascida no Brasil, a ser canonizada.  

Quem Foi Irmã Dulce 

Os Primeiro Anos  

Nasceu em Salvador, em 26 de maio de 1914, a futura Santa Dulce dos Pobres foi batizada como Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, era segunda dos cinco filhos de Augusto, dentista, professor da Universidade Federal da Bahia, e Dulce Maria de Souza Brito Lópes Pontes, dona de casa.

Desde pequena, demonstrava vocação religiosa e era fervorosa devota de Santo Antônio. Maria Rita ficou órfão aos 7 anos, sua mãe morreu aos 26 anos. A menina teve uma infância feliz e cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol - era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time formado pela classe trabalhadora e os excluídos sociais.

Certo dia, foi com uma tia materna visitar os pobres de um convento. Foi diante de tanta privação e sofrimento que a pequena decidiu: “Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres”. Iniciava aqui um sonho no coração daquela que viria a ser Santa Dulce dos Pobres. Aos 13 anos começou a colocar em pratica a qualidade que iria defini-la , a caridade.

No porão da sua casa, acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles, transformando a residência da família, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento. De sua família e vizinhos obtinha alimentos, roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’. 

Estudos e Vida Religiosa  

Maria Rita era uma mulher pequenina, tinha 1,50m, e de aparência muito frágil. Aos 19 anos, após diplomar-se professora, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que faz parte da grande família franciscana, em Sergipe e, aos 20 anos em 13 de agosto de 1933, fez sua profissão religiosa, assumindo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe. Retornando a Salvador dedicou-se a lecionar em um colégio mantido pela sua congregação, no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa.   

Em 1935, fundou o primeiro movimento operário cristão em São Salvador: o Sindicato Operário de São Francisco; em 1937, fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia; em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores, no bairro de Massaranduba, em São Salvador.

No mesmo ano iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação, O lugar, em 1960, se transformou no Hospital Santo Antônio um dos maiores do Nordeste brasileiro Era o embrião do centro de um complexo médico, social e educacional que funciona até hoje.

A iniciativa deu origem a tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira baiana construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Ela não se acomodou, “Captou recursos e em 1960 transformou aquilo em um hospital de verdade, com 150 leitos. Uma nova reforma foi feita e, menos de dez anos depois, o hospital tinha capacidade para atender a 300 pacientes. Em 1983, ampliado novamente, chegou a 800. A cada década, dobrava de tamanho. E o hospital não tinha nenhum pré-requisito para atender a qualquer pessoa que batesse na porta. Bastava estar doente e ter necessidade", relata o seu biógrafo. 

Rocha conta que começou a mergulhar no universo de Irmã Dulce depois que esteve no evento de beatificação da religiosa, ocorrido em 2011 em Salvador. 

Ele ficou impressionado com a manifestação popular na missa campal, que reuniu cerca de 70 mil pessoas. 

"Elas ficaram horas e horas em pé em um lugar, um grande descampado, inclusive debaixo de chuva. Chamou-me a atenção que eram pessoas de todos os tipos. Ricos e pobres, brancos e negros, gente de todas as religiões e sem religião nenhuma…", relata. "Aquela cerimônia, pelo tamanho dela e pela diversidade dos participantes, me fez entender que havia uma história a ser contada." 

Atualmente, a organização fundada por Irmã Dulce conta com 21 núcleos, a exemplo do Hospital Santo Antônio, Centro Geriátrico, Hospital da Criança, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência e Centro Especializado em Reabilitação e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas. São de 954 leitos hospitalares. Diariamente são atendidas 2 mil pessoas. 

Por ano, são 2,2 milhões de procedimentos ambulatoriais, 12 mil cirurgias e 19 mil internações. 

Curiosidades 

Dormia em uma cadeira 

Em 1955, correu o risco de perder a irmã —que também se chamava Dulce, a Dulcinha— por complicações no parto. A religiosa, então, fez uma promessa: se a irmã sobrevivesse, ela passaria a dormir sentada. E ela cumpriu sua promessa, dormindo em uma cadeira de madeira entre os anos de 1956 e 1985, ela só voltou a dormir em uma cama por conta de problemas de saúde. Dulcinha, a irmã da promessa, faleceu em 2006.

Em 1988 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz graças a seu trabalho com os pobres. 
Esteve com o papa João Paulo 2° (1920-2005) duas vezes — na segunda, quando ela já estava prostrada doente, ele a visitou em seu convento para abençoá-la. 

Maria Rita Pontes, sobrinha que conviveu com irmã Dulce desde seu nascimento, é hoje a Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce. Ela lembra-se da incansável rotina de Irmã Dulce: “apesar dos problemas de saúde e da fragilidade física, acordava às 5h, comia muito pouco, visitava os doentes do hospital, conversava com os médicos, resolvia as questões administrativas e só depois saía para pedir doações. Rezava o terço diariamente.” A oração era uma constante em seu dia-a-dia, disse. “Para ela não existia a palavra impossível quando se tratava das necessidades dos pobres que batia à sua porta”, destacou. 

Os últimos anos 

Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990.  

Após 77 anos de vida, em 13 de março de 1992, a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi, e ainda se define, a “Mãe dos Pobres” e o “Anjo Bom da Bahia”. 

 Em 2009 foi considerada venerável, Beatificada em 2012  e em 13 de Outubro de 2019,  foi canonizada pelo Papa Francisco.  

O Memorial Irmã Dulce guarda hoje cerca de dois mil relatos documentados de graças alcançadas por baianos, pessoas de outros Estados e até de outros países, concedidas por intercessão de Irmã Dulce, que atestam a sua fama de santidade ainda em vida e as virtudes heroicas do “Anjo Bom da Bahia”, como a freira, já no final da vida, era reconhecida. 

Milagres para a Canonização 

Claudia Cristina dos Santos, que teve hemorragia após dar a luz ao filho, em 2001. Em estado gravíssimo, Claudia teria recebido a visita de um padre devoto de Dulce e se curou durante orações a ela. O ato divino foi reconhecido pelo Vaticano em 2010  

O segundo milagre que ratificou a canonização de Irmã Dulce foi a cura do músico José Maurício Moreira. Em 2014, ele voltou a enxergar depois de 14 anos, após pedir à Irmã Dulce que aliviasse as dores de uma conjuntivite. No dia seguinte, teria voltado a enxergar. Em maio de 2019, a cura milagrosa foi reconhecida e, assim, Dulce estava apta a ser canonizada, o que ocorreu em 13 de agosto de 2019.

Legado de Irmã Dulce 

"O legado de amar e servir deixado por Santa Dulce dos Pobres traz uma enorme responsabilidade e um grande compromisso pela sua perpetuação e sustentabilidade. A nossa cultura institucional, que carinhosamente chamamos 'dulcismo', nos lembra diariamente sobre a missão de acolher os que mais precisam, sempre fiéis a seus princípios e valores", comenta Márcio Didier, o gestor do complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres. 

"Como legado de amor com inspiração divina, [a religiosa] também se torna referência e inspiração para a criação de outras instituições com foco na caridade cristã", diz Didier. 

"O legado religioso de Irmã Dulce é o amor ao próximo, o mais bonito dos mandamentos cristãos. Se a santidade é a mais alta honra que a Igreja Católica confere, transformar ou não alguém em santo é passar uma mensagem de qual é a visão do pontificado para a santidade." 

"Ela enxergava Deus no irmão e a ele se dedicava como se ao Cristo o fosse." 

Irma Dulce não fazia distinção entre as pessoas, entre as religiões, ela só queria atender os pobres, doentes e necessitados. Essa não distinção foi visível na festa de canonização, ocorrida na praça São Pedro, no Vaticano, em 13 de outubro de 2019. 

Haviam diversos integrantes da comitiva brasileira presente à missa. E quase um terço dos abordados declaravam-se não católicos — evangélicos, espíritas, candomblecistas, umbandistas e seguidores de nenhuma religião.  

 Anjo bom do mundo, a Madre Teresa Brasileira 

"No caso da Irmã Dulce, ela representa a realidade de pobreza e desigualdade que existiu no período dela, existia antes dela e, infelizmente, ainda existe." 

"Ela conseguiu, numa realidade muito precária, dar algum atendimento aos pobres. Alguns falam que ela foi a Madre Teresa brasileira, porque ela fez algo muito parecido: com uma estrutura muito pequena deu atendimento de saúde às pessoas." Diz o vaticanista Filipe Domingues, Vice-diretor do Lay Centre em Roma e doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.  

Em outras palavras, o trabalho de Irmã Dulce é uma mostra clara de ação social, "em uma das regiões mais pobres do Brasil, em que fica claro o papel da Igreja às vezes entrando para suprir o mínimo onde o Estado falta", comenta o vaticanista. 

No texto oficial, distribuído pelo Vaticano na missa de canonização dizia: "A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de serviço aos últimos" 

Dom Walmor destaca o caráter exemplar de sua biografia. “Ela é exemplar na fé incondicional em Deus e exemplar no desdobramento autêntico de sua fé que se traduz no cuidado com os mais pobres. Por isto é elevada à glória dos altares”, disse. 

“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “ 

Santa Dulce, rogai por nós! 

 

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Semana Santa é a Semana Maior, a mais importante para os católicos.

Nessa Grande Semana, celebramos o mistério central da fé cristã, o mistério pascal, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa, que outrora era celebrada no Antigo Testamento, recebe um novo sentido, a Ressureição de Jesus.

liturgia desse tempo favorável, nos convida a acompanhar Jesus passo a passo, a Sua chegada em Jerusalém até o encontro do Cristo ressuscitado com os discípulos, passando pela colina do Gólgota onde foi crucificado. Toda essa trajetória alimenta nossa fé e nos ajuda a compreender e a experimentar o grande amor de Deus por nós.

E como seria viver esses dias centrais de nossa fé, a Grande Semana, onde tudo aconteceu, em Jerusalém?

Nosso convite hoje é para você que já esteve em Jerusalém durante esses dias ou para você que tem esse sonho no coração e que ainda vai realizar. Venha acompanhar conosco, através do nosso texto, os acontecimentos da Semana Santa na Cidade que é Santa!

Reviver e celebrar os últimos momentos da vida de Jesus nos mesmos lugares onde aconteceram é uma experiência de fé, uma atitude interior.

“Todos os anos, disse Papa Francisco, este tempo cria em nós uma atitude de espanto, de surpresa: “passamos da alegria de acolher Jesus, que entra em Jerusalém, à tristeza de O ver condenado à morte e crucificado. É uma atitude interior que nos acompanhará ao longo da Semana Santa. Abramo-nos, pois, a esta surpresa”, exortou.

Comecemos nosso Retiro Espiritual!

O INÍCIO DA SEMANA SANTA COM O DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos representa o grande portal pelo qual entramos na Semana Santa, tempo em que contemplamos os últimos momentos da vida de Jesus: a entrada de Jesus em Jerusalém, num jumentinho, acolhido por uma multidão festiva que o saúda dizendo: hosana, hosana. Você sabia que ano 400, a Procissão de Ramos já era realizada na Cidade Santa?

“E levaram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele.
Muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho.
E aqueles que iam adiante, e os que seguiam, clamavam, dizendo: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor;
Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.
E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.” (Marcos 11, 7-11)

Em Jerusalém, esse dia começa a ser celebrado pela manhã na Igreja do Santo Sepulcro. À tarde acontece a procissão de ramos, onde milhares de pessoas empunhando seus ramos, iniciam a caminhada em Betfagé, passam pelo Monte das Oliveiras e chegam ao fim na Igreja de Santa Ana.

Domingo de Ramos no Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)
Peregrinos em procissão pelas ruas de Jerusalém (Jerusalém/Israel)

Nesses dias a cidade de Jerusalém é tomada por peregrinos de todas as partes do mundo, comunidades e movimentos religiosos diversos, que se unem com o objetivo de rememorar a entrada de Cristo, como fez o povo do tempo de Jesus, que saiu às ruas para saudar o Filho de Deus, esse é um ato de fé e união entre os povos. A Alegria toma conta de todos e quase podemos ver Jesus caminhando conosco.

DEPOIMENTO SOBRE A TERRA SANTA

MEU MOMENTO DE FÉ INESQUECÍVEL :
Na Semana Santa de 2019 enquanto estávamos na Terra Santa, eu e minha irmã Melissa, pudemos viver momentos ímpares. Um deles foi no Domingo de Ramos. Nós queríamos muito um ramo da Terra Santa para trazermos para o Brasil, esse era um desejo muito grande em nossos corações. Quando já terminada a procissão, estávamos na entrada dos Portões de Jafa esperando algumas pessoas.

Foi quando Pe. Bernardo veio de outra parte em nossa direção. Sem que nós disséssemos uma palavra, ele nos entregou o ramo que havia empunhado durante toda a Procissão de Ramos. Minhas mãos tremiam com a emoção de receber o ramo. Mais tarde Pe. Bernardo nos confidenciou que não tinha o hábito de entregar o ramo para outras pessoas, pois geralmente guardava. Mas naquele dia, durante a procissão ele começou a pensar “para quem eu posso entregar esse ramo.” E nós fomos as abençoadas.

TRÍDUO PASCAL

Cada dia da Semana Santa, e muito especialmente o Tríduo Pascal, que se inicia na quinta-feira Santa, tem uma tal profundidade que concentra em si todo o sentido da história.

QUINTA-FEIRA SANTA

Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno. Na quinta-feira Santa a Igreja celebra a instituição dos grandes sacramentos da Ordem e da Eucaristia, pilares da nossa fé.

Antes da Ceia, Jesus lava os pés dos discípulos, reunidos no Cenáculo.  Com esse ato Jesus nos ensina o amor ao próximo que deve ser repleto de humildade. Lavar os pés uns dos outros.

“Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz?
Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou.
Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.” (João 13,12-15)

Jesus desejou ardentemente celebrar aquele momento com os seus: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de sofrer” (Lc 22,15). Institui aqui o Sacramento da Eucaristia pedindo aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim”. Ele instituiu, também, o sacerdócio cristão: “Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (cf. Lc 22,17-19)

Em Jerusalém, este dia é comemorado de forma bastante intensa. A celebração tem início com a cerimônia no Santo Sepulcro. Da mesma forma que Jesus deu o exemplo ao lavar os pés de seus discípulos, o Patriarcado Latino também lava os pés dos sacerdotes e em seguida os padres renovam seus votos e tem-se fim com a bênção dos Santos Óleos, que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.

Santa Missa de Quinta-Feira Santa (Jerusalém/Israel)

O CENÁCULO

A celebração continua no Cenáculo onde acontece a última ceia e o lava-pés.

O final do dia é marcado, em um dos lugares preferidos de Jesus, o Getsêmani, pela vigília da Hora Santa (aqui ou em nossas comunidades e paróquias), Ficamos em vigília e em profunda oração. Jesus foi traído e levado para os seus últimos momentos, para sua paixão e morte.  

Vigília no Getsêmani com as oliveiras todas iluminadas (Jerusalém/Israel)

Essa celebração católica no Getsêmani é proferida em diversos idiomas e com transmissão para muitos países.

Imagine estar no mesmo local que Jesus fez o pedido aos seus discípulos que vigiassem com Ele!  

É um momento em que é muito difícil não se emocionar.

Os peregrinos seguem em procissão com velas até a igreja de Galli Cantu, foi para lá que Jesus, após a traição de Judas,  foi levado para ser interrogado, açoitado.

SEXTA-FEIRA SANTA

Ele assumiu as nossas dores.(Mt. 8, 5)

Neste dia, Sexta-feira Santa, que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, celebramos a Paixão e Morte de Jesus. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento que não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.

Em Jerusalém, o dia inicia-se com a abertura das portas do Santo Sepulcro que foram fechadas na quinta-feira após a missa da Ceia do Senhor.

Ao meio dia, pessoas de todos os lugares do mundo se reúnem entre as estreitas ruas para percorrem o caminho mais importante de todos os tempos: a Via Sacra.

Este momento nos enche de emoção, os peregrinos percorrem desde o Pretório de Pilatos até o Gólgota, local da crucificação de Jesus. Diferente do que acontece nas outras épocas do ano, durante a Semana Santa pode-se fazer algo único: rezar as cinco últimas estações no local onde realmente aconteceram, ou seja, dentro do Santo Sepulcro onde podemos sentir emoção maior; a de que naquele local fez-se a vitória sobre a morte.

Ao final do dia é realizado, no Santo Sepulcro, a procissão do enterro.

Sexta-Feira Santa no Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)

SANTO SÁBADO

O Santo Sábado, é chamado de Vigília Pascal que antecede o dia da Páscoa, o Domingo da Ressurreição de Jesus. O sábado Santo e a Vigília Pascal  são o coração do ano litúrgico, o coração da nossa fé!

Nesse dia há um vazio e a Igreja permanece em silêncio, junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Morte e esperando sua Ressurreição. Cristo foi sepultado!  Mas não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa e com o mistério da descida de Cristo à mansão dos mortos, que lhes anuncia a salvação próxima e a ascensão com ele ao céu temos de fato a esperança da Ressurreição, pois com sua morte Jesus vence a própria morte e resgata todos que aguardavam o cumprimento das profecias messiânicas.

“Desceste das alturas, ó Misericordioso,

e suportaste a sepultura por três dias,

para nos libertar dos sofrimentos.

Senhor, nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti! “

Acredita-se que este hino tenha sido composto pelos cristãos do primeiro século.

Em Jerusalém, o Sábado Santo ou de Aleluia tem suas cerimônias concentradas dentro e fora do Santo Sepulcro, as celebrações  começam pela manhã com a Vigília Pascal no santuário, onde centenas de fiéis rezam para lembrar as horas posteriores à crucificação de Cristo.  A procissão solene pelas ruas até a entrada no Santo Sepulcro é feita na parte da tarde e é no Santo Sepulcro que é realizada a celebração em que o Patriarca latino de Jerusalém acende a vela, o Cirio Pascal.

Celebração do Sábado de Aleluia no Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)
MEU MOMENTO DE FÉ INESQUECÍVEL:
Foi em nossa mesma Peregrinação de 2019 que outro momento de fé inesquecível aconteceu!
No Santo Sábado, estávamos no Santo Sepulcro. Enquanto muitas, mas muitas pessoas mesmo, se acotovelavam para conseguirem um lugar melhor e assim chegarem mais perto da edícula do Santo Sepulcro, nós rezávamos em silêncio e em espera.

Foi quando à nossa frente foi tirada a corda que limitava a passagem e o guardião fez um gesto para que entrássemos na edícula do Santo Sepulcro. Até hoje não sabemos explicar como isso aconteceu, mas de repente estávamos naquele lugar tão sagrado e num momento único de oração e fé.

Assim como Maria e Maria Madalena entraram no Santo Sepulcro vazio e sentiram-se próximas do céu, nós também nos sentimos próximas do céu e honradas por estarmos tão conectadas a Deus em oração a ponto de nos sentirmos sozinhas mesmo com tantas pessoas.

DOMINGO DE PÁSCOA

“Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.” (Mateus, 28 5-6)

O Círio Pascal está aceso! Chegou o Domingo de Páscoa, o tempo da alegria, de cantar Glórias e Aleluias, de nos sentirmos vivos e felizes, de entender que fomos feitos filhos e filhas de Deus, que a morte foi vencida para sempre e que todo o sofrimento da Cruz, juntamente com todas as nossas dificuldades, teve e tem um propósito maior. A Páscoa é a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida! Somos convidados a olhar o túmulo vazio de Jesus e, com admiração e gratidão, refletir sobre o grande mistério da Ressurreição do Senhor. A vida venceu a morte!

A celebração da Páscoa, em Jerusalém, é feita com a procissão até o Santo Sepulcro liderada pelo Patriarca Latino. É neste momento em que se celebra a Missa de Páscoa.

O RENASCIMENTO EM NÓS

Quando estamos vivendo a Semana Santa em nossa paróquia, na nossa cidade, sabemos que há um grande senso de comunidade. A Semana Santa nos aproxima dos ensinamentos de Deus através de Seu filho e nos faz olhar mais atentamente para o próximo.

Em uma das nossas primeiras oportunidades de irmos à Terra Santa durante a Semana Santa, nosso temor era: E se não nos sentirmos em comunidade?

Afinal, lá estão pessoas que não conhecíamos de toda a parte do mundo e que na maioria das vezes nem conseguimos nos comunicar por falarem línguas muito diferentes.  Mas em meio ao nosso questionamento nos esquecemos de uma coisa! Há uma linguagem muito maior e que não se compara a nenhuma outra língua estrangeira, e essa linguagem é a de Deus.

É por isso que somos sempre surpreendidos com o senso de comunidade na Terra Santa e assim é durante a Semana Santa! Pois estamos ali vivendo como verdadeiros irmãos no intuito de louvarmos nosso Pai. Comumente saímos das celebrações com novas amizades, que são feitas não pelas palavras, mas pelos gestos, pelo olhar e, acima de tudo, pelo sentimento único de estarmos no mesmo lugar com o mesmo propósito

O nosso maior desejo é que possamos sentir a Páscoa em nossos corações como um verdadeiro ato de renascimento. Esperamos estar juntos nos próximos anos compartilhando a emoção de seguir os últimos passos de Jesus em Jerusalém.

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O nome José é de origem hebraica e significa “Deus une”. José é o último patriarca que recebe as comunicações do Senhor por meio dos sonhos. Como o antigo José (do Egito), ele é um homem justo e fiel (Mt 1,19) que Deus colocou como guardião da sua casa. Ele une Jesus, rei messiânico à descendência de Davi. São José não é somente o patrono dos pais de família como “sublime modelo de vigilância e providência”, mas também é o patrono da Igreja Universal, com festa em 19 de março.

O Patrono dos Pais de Família

São José é de Nazaré, que hoje em dia, é a maior cidade do norte de Israel. Mas nem sempre foi assim, na época de Jesus era uma cidade muito pequena, quase uma vila para nossos padrões atuais. Calcula-se que a Nazaré da época de Jesus abrigava de 300 a 600 moradores. Alguns pesquisadores ainda afirmam que não havia mais do que 20 famílias morando ali. Ali os pais de Jesus moraram e Jesus ficou até os 30 anos, vivendo junto com São Jose e Maria.

Em Nazaré peregrinando pela Basílica da Anunciação e percorrendo o seu belíssimo pátio até chegarmos à igreja de São José. Ela foi construída sobre as ruínas do edifício de onde teria sido a carpintaria e a morada de José. O povo de Nazaré, ao ouvir Jesus falar, perguntava-se: “Não é este o filho do carpinteiro?” (13, 55; cf. Mc 6, 3). Jesus praticou o ofício do pai.

Nazaré, Israel

São José, guardião da Sagrada Família

São José foi o esposo de Maria, o chefe da “Sagrada Família” na qual nasceu misteriosamente por obra do Espírito, Jesus, o Filho de Deus. E orientando a própria vida sob a leve marca de alguns sonhos, povoados de anjos que traziam as mensagens do Senhor, tornou-se um exemplo de paternidade. Certamente, não foi ausente.

É verdade, foi muito silencioso, mas até os trinta anos da vida do Messias, esteve sempre perto do filho com fé, obediência e disponibilidade para aceitar os planos de Deus. Começou a aquecê-lo na pobre manjedoura, o colocou a salvo no Egito quando necessário, se preocupou a procurá-lo quando se perdeu aos 12 anos em Jerusalém, o teve consigo no trabalho de carpinteiro, com Maria, o ajudou a crescer em “sabedoria, idade e graça”.

Sagrada Família de Nazaré

José é um homem “justo”, porque sempre se colocou disponível para cumprir a vontade de Deus, entregando a própria vida a um projeto que o transcende. Esta obediência leva José a uma vida nova e à descoberta de um sentido mais profundo do seu ser esposo e pai. Ele torna-se o guardião da “sagrada família”. Ele protege, abre o caminho. Ele cuida! Deste modo, a presença de José ao lado de Maria, sugere a realidade de um casal que realmente vive em profunda harmonia, com o intuito de construir uma família, cujo foco está em fazer a vontade de Deus.

O Pai da Providência

São José é considerado o Pai da Providência, ele foi aquele que providenciou o necessário para sobrevivência da Família de Nazaré. O termo grego tekton, utilizado para indicar o trabalho de José, foi traduzido de várias maneiras.

Os Padres da Igreja traduziram como “carpinteiro”. Mas nos recordemos que na Palestina daquele tempo, a madeira era utilizada fazer arados e móveis mas também para construir casas, suas armações de madeira e telhados em terraços feitos de vigas ligadas entre si com ramos e terra.

Portanto, “carpinteiro” ou “marceneiro” era uma qualificação genérica, indicando tanto os artesãos da madeira como os trabalhadores que se ocupavam de atividades relacionadas com a construção. Um ofício bastante duro. Economicamente, não se ganhava muito, percebemos isso quando Maria e José, ao apresentarem Jesus no Templo, terem oferecido apenas um casal de rolas ou de pombas (cf. Lc 2, 24), como a Lei prescrevia para os pobres (cf. Lv 12, 8).

Mesmo em meio às dificuldades, São Jose providenciou à Sagrada Família o seu sustento, a sua sobrevivência financeira e foi suporte como pai, homem e escolhido por Deus.

Para quem quiser aprofundar sua experiência com São José e tiver a oportunidade, pode visitar Nazaré, sua terra natal. É uma das mais célebres cidades do Oriente Médio, lugar sagrado do Cristianismo, que vê em suas estradas e no seu território, o lugar da Anunciação do nascimento de Jesus e da primeira parte de sua vida. Uma peregrinação nesta cidade e em seu território é uma imersão entre história, arte e espiritualidade que se fundem em uma única realidade.

Não deixei de mergulhar na vida amorosa de São Jose, o justo, pai amoroso, cuidadoso, trabalhador, patrono da Igreja, pai da boa morte. Humilde e obediente, ele abraçou a missão dada por Deus e encoraja a todos nós, com seu exemplo, a fazermos o mesmo.

São José foi o mais santo, o mais ilustre e o mais perfeito homem que o mundo já viu, é nosso intercessor junto a Jesus. Como dizia Santa Tereza D`Avila: “Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.”

Hoje é um dia muito especial. A Igreja troca os paramentos roxos – utilizados no tempo quaresmal – para dar lugar ao branco. O motivo? Celebrar com alegria o dia de São José, pai adotivo de Jesus e esposo da Virgem Maria e com fé, dizemos: Valei-nos São José! Valei-nos!

Hoje te pedimos, Senhor, uma fé inteligente, corajosa e tenaz como foi a de José.

 
 
Fontes:
Exortação Apostólica “Redemptoris Custos” de João Paulo II. A figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja.

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Atualizado em 09/02/2024

Venha mergulhar conosco nas graças de Nossa Senhora de Lourdes e suas aparições.

Em Lourdes, entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858, uma camponesa de 14 anos, Bernadette Soubirous, afirmou ter assistido a 18 aparições de Nossa Senhora (logo abaixo poderemos ler e nos emocionar com todas elas). Durante a nona aparição, em 25 de fevereiro, a Virgem Maria disse a Bernadette: “Vai beber da fonte e lava-te”! 

A jovem, inicialmente encontrou no lugar indicado somente um pouco de água e lama, que em pouco tempo, se transformou em uma fonte de água potável, considerada milagrosa.

Essa água que podemos beber e levar para casa, e que até hoje alimenta todos os pontos de distribuição do Santuário: as fontes, as piscinas e o Caminho da Água que é constituído por nove estações, cada uma com um nome bíblico onde o peregrino é convidado a realizar o Gesto da Água. Depois de 2020 esse momento passou a ser sem o banho, mas com o mesmo significado e sacralidade que foi pedido por Nossa Senhora.

Em Lourdes, milhares de pessoas que são voluntários, estão ali para ajudar a todos, especialmente os enfermos, a repetirem o gesto que Nossa Senhora pediu à menina Bernardete: “Vai beber da fonte e lava-te”!.

Também é possível repetir o gesto em todas as fontes e torneiras do Santuário, mas viver esse momento com os voluntários, torna o gesto muito mais especial nessas águas abençoadas.

Há também na ponte ao lado das arcadas e do rio Gave, as torneiras que também têm água da fonte e onde você pode encher garrafinhas e levar para os entes queridos.

Gruta de Massabielle, em Lourdes (França)

O santuário possui diversos lugares de oração: a gruta de Massabielle, onde apareceu Nossa Senhora e que no fundo da gruta está a fonte milagrosa. Na rocha sobre a gruta foi construída em 1871 a Basílica da Imaculada Conceição, ou Basílica Superior, como é conhecida, e está unida à Basílica Inferior, que comporta até quatro mil pessoas.

Na Basílica subterrânea, que pode abrigar até 25 mil pessoas, peregrinos das mais variadas dioceses do mundo se encontram para celebrar a Eucaristia nos grandes encontros. 

Procissão das velas

Em Lourdes, acendemos velas para confiar todas as nossas intenções à Virgem Maria, a chama que arde prolonga a nossa oraçãoNo dia 19 de fevereiro de 1858, Bernadette foi pela primeira vez à Gruta com uma vela e foi no dia 7 de abril, quarta-feira de Páscoa, que a chama da vela que ela segurava na mão lambeu seus dedos por longo tempo sem queimá-los.

No Santuário de Capelas da Luz, encontramos os velários, voltados para a Gruta e situados do outro lado do rio Gave, que podemos colocar velas para queimar, como fazem milhões de peregrinos.

A procissão das velas, que, durante o inverno, acontece de sexta-feira a  domingo, é um dos momentos mais populares no Santuário, cada peregrino, de todas as nações, leva as intenções que tem no coração, e a oração une a todos com a Virgem Maria. Todos se reúnem, com faixas e banners, aos demais fiéis, vindos de todo o mundo para cantar o “Ave Maria de Lourdes”, que é ouvido em várias línguas, rezam o terço e repetem jaculatórias que levam todos à oração. 

No Santuário podemos participar das Celebrações Eucarísticas diariamente, em vários horários, além do Sacramento da Confissão.

Momento da procissão luminosa no Santuário de Lourdes (França)

Estando em Lourdes, é possível visitar os lugares onde viveu Bernadette: a sua casa natal, o Moinho de Boly, a antiga casa do pai de Bernadette, o Moinho Lacade e o Cachot, uma velha prisão de 16 metros quadrados, onde a família Soubirous vivia em extrema miséria quando teve início as aparições.

Nos passos de Bernadette

Agora te convidamos a seguir os passos de Bernadette e ler, rezando conosco, todas as Aparições de Nossa Senhora nesse lugar especial. Assim, sentiremos no coração a mensagem de Lourdes: oração e penitência.

Nossa Senhora de Lourdes

Santa Maria, mãe dos peregrinos, Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.

Anualmente milhares de peregrinos juntam-se ao Santuário em busca de cura e renovação da fé. Mas afinal, o que atrai tanta gente ali? Para responder a esta questão, vamos contar um pouco da história destas aparições há quase dois séculos no alto dos Pirineus. Vamos entender também em que contexto isso aconteceu!

No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio XI proclamou solenemente no Vaticano o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, que proclama que Maria é concebida sem pecado original. Para lembrarmos, Nossa Senhora já tinha se mostrado assim, como a Virgem Imaculada,  à Santa Catarina Labouré em 1830, na aparição da Rue du Bac em Paris, quando mandou que ela cunhasse a chamada “Medalha Milagrosa. Em torno da medalha, Santa Catarina viu em letras de ouro a expressão: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.

Já em Lourdes, as aparições ocorreram em uma pequena vila no sudoeste da França, nos arredores da cidade, nos montes Pirineus, pertencente à diocese de Tarbes. Ali havia uma gruta e era um dos santuários marianos mais frequentados na época. No local onde Nossa Senhora apareceu 18 vezes ao longo do ano de 1858 para a jovem Bernadete de apenas 14 anos, de família humilde, que não entendia o francês mas somente um dialeto local e sofria de asma, passa o rio Gave; ao lado do rochedo Massabielle que forma uma reentrância oval, que é a chamada Gruta de Massabielle.  

Neste contexto, vamos às aparições!

As aparições de Nossa Senhora

O ano era 1858! Nossa Senhora aparece 18 vezes e essa sequência iremos ver agora. Vem se emocionar conosco! 

  • 1ª aparição – 11 de fevereiro: Na manhã dessa quinta-feira, as duas irmãs, Bernadette e Antonieta, e uma amiga, Joana Abadie, procuravam lenha junto à gruta de Massabielle, nas margens do rio Gave. Bernadette tira os sapatos para colocar os pés na água.  Abaixo o relato da vidente:
Santa Bernadette, vidente de Lourdes (França)

“Vi numa cavidade do rochedo uma moita, uma só, que se agitava como se houvesse muito vento. Quase ao mesmo tempo saiu do interior da gruta uma nuvem dourada, e logo a seguir uma Senhora nova e bela, bela mais que todas as criaturas, como eu nunca tinha visto nenhuma. Veio pôr-se à entrada da concavidade, por cima do tufo de mato.

Logo olhou para mim, sorriu-me e fez-me sinal para que me aproximasse, como o faria minha mãe. Tinha-me passado o medo, mas parecia-me que não sabia onde estava. Esfreguei os olhos, fechei-os, tornei a abri-los; mas a Senhora estava lá sempre, continuando a sorrir e fazendo-me compreender que eu não estava enganada.

Sem saber o que fazia, tomei o terço e ajoelhei-me. A Senhora aprovou com um sinal de cabeça e passou para os seus dedos um rosário que trazia no braço direito. Quando quis começar a rezar e erguer a mão à testa, o meu braço ficou imóvel, como que paralisado. Só depois de a Senhora fazer o sinal da cruz é que eu o pude fazer também. A Senhora deixava-me rezar sozinha. Ela apenas passava as contas pelos dedos, sem falar. Só no fim de cada mistério dizia comigo: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Quando acabou a reza, a Senhora voltou a entrar do interior do rochedo e a nuvem de ouro desapareceu com Ela”.

E quem era esta senhora? A quem lhe perguntava, Bernadette fazia esta descrição:

“Tem as feições duma donzela de 16 ou 17 anos. Um vestido branco cingido com faixa azul até os pés. Traz na cabeça véu igualmente branco, que mal deixa ver os cabelos, caindo-lhe pelas costas. Vem descalça, mas as últimas dobras do vestido encobrem-lhe um pouco os pés. Na ponta de cada um sobressai uma rosa dourada. Do braço direito pende um rosário de contas brancas encadeadas em ouro, brilhante como as duas rosas dos pés”.


  • 2ª aparição – 14 de fevereiro: Neste dia Bernadette que já tinha contado sobre o que viu e, temendo que fosse alguma alma do outro mundo, como lhe tinham dito, chegou aspergindo água benta sobre a rocha.

“Fui à paróquia, pegar uma garrafinha de água benta para jogá-la na visão quando estivesse na gruta, se a visse. E saímos para a gruta. Ao chegarmos lá, cada uma tomou o seu terço e nos ajoelhamos para rezá-lo. Apenas tinha acabado de rezar a primeira dezena, quando vi a mesma Senhora. Então comecei a jogar água benta nela, dizendo que, se vinha da parte de Deus, que permanecesse; se não, que fosse embora; e me apressava sempre a jogar-lhe água.

Ela começou a sorrir, a inclinar-se. Mais água eu jogava, mais sorria e girava a cabeça, e mais a via fazer aqueles gestos. Eu então, tomada pelo temor, me apressava a aspergi-la mais, e assim o fiz até que a garrafa ficou vazia.”

Nestas duas primeiras aparições, Nossa Senhora nada disse, além de rezar sempre o Glória ao final de cada mistério do rosário. Interessante perceber que a Senhora não rezava a Ave Maria, afinal, ninguém intercede a si mesmo!


  • 3ª aparição – 18 de fevereiro: “Ela só me falou na terceira vez. Foi na quinta-feira seguinte: Fui ali com algumas pessoas importantes, que me aconselharam a pegar papel e tinta e lhe pedisse que, se tinha algo a me dizer, que tivesse a bondade de colocá-lo por escrito.

Tendo chegado lá, comecei a recitar o terço. Após ter rezado a primeira dezena, vi a mesma Dama. Transmiti esse pedido à Senhora. Ela se pôs a sorrir, e me disse que aquilo que tinha para me dizer, não era necessário escrevê-lo. Mas perguntou-me se eu queria conceder-lhe a graça de voltar ali durante quinze dias. Eu lhe respondi que sim”.

Bernadette contou que a Senhora  que aparecia ali era como Nossa Senhora na Medalha Milagrosa, mas sem os raios que saem das mãos.


  • 4ª aparição – 19 de fevereiro: Enquanto a vidente rezava, uma multidão de vozes sinistras, que pareciam sair das cavernas da terra, cruzaram-se e entrechocaram-se, como se fossem os clamores duma multidão em desordem. Uma dessas vozes, que dominava as outras, gritava em tom estridente, raivoso, para a pequena Bernadette: “Foge! Foge daqui!” Nossa Senhora ergueu a cabeça, franziu ligeiramente a fronte e logo quem fugiu foram aquelas vozes.

Nesta ocasião Bernadette tinha um círio bento aceso. Este gesto, copiado em seguida pelos que assistiam às aparições, inspirou o costume atual de levar velas e acendê-las diante da gruta. Há bem em frente à Gruta um grande suporte para velas que está constantemente cheio e do outro lado do Rio Gave um velário, onde se depositam as velas ao final das procissões luminosas.


  • 5ª aparição – 20 de fevereiro: Nossa Senhora ensinou pacientemente, palavra por palavra, uma oração só para Bernadette, que ela devia repetir todos os dias, o que ela fez, mas nunca revelou qual era a oração.

  • 6ª aparição – 21 de fevereiro: Neste dia a notícia da aparição já havia se espalhado e em torno de 100 pessoas estavam na Gruta quando Bernadette chegou.  Neste dia o Dr Dozous,medico, esteve em Massabielle e observou a postura de Bernardete durante a aparição. Verificou seus batimentos cardíacos, sua respiração e constatou que eram normais. Quando o médico liberou seu braço, ela se aproximou um pouco mais da gruta, seu rosto mudou da alegria para a tristeza e lagrimas correram. Bernardette explicou: 

“A Senhora desviou durante um instante de mim o seu olhar, que alongou por cima da minha cabeça. Quando voltou a fixá-lo em mim, perguntei-lhe o que é que a entristecia e Ela respondeu-me: Reza pelos pecadores, pelo mundo tão revolto. Disse-me também que não me prometia tornar-me feliz neste mundo, mas no outro.”

Ao final deste dia, preocupado com a multidão que seguia a menina, o delegado de polícia Dominique Jacomet interrogou Bernadette e a proibiu de ir até a Gruta e no dia seguinte colocou soldados para impedirem a aproximação das pessoas no local. 

Aqui vale lembrar mais um pouco do contexto histórico. O país havia passado, há poucos anos, pela Revolução Francesa e as revoluções liberais. A proposta dessas revoluções, era acabar com o modelo de sociedade que separava uma elite de nascimento, os nobres de “sangue azul”, dos demais. Mas à medida em que foram aparecendo os burgueses, aqueles comerciantes, banqueiros e trabalhadores que começaram a enriquecer, eles quiseram desbancar esse modelo social e criaram uma nova ordem, que não acabou com as desigualdades, mas levou a uma confiança excessiva na capacidade humana e um desprezo pelos valores religiosos. E era nesse meio que a França vivia!

Assim, fica fácil compreender que os anticatólicos não suportavam a retomada do fervor do povo que acontecia à medida em que a notícia da aparição na Gruta de Massabielle se espalhava. 

Mas, no fim do dia 22 de fevereiro, a cidade estava em alvoroço e o prefeito achou melhor suspender a proibição. Nesse dia, os pais da jovem lhe disseram para ir diretamente para a escola e não passasse perto da gruta pois tinham dicado assustados com o interrogatório do dia anterior. Havia soldados que a impediam de ir para a gruta. Bernardette se sentia impelida a ir na direção da Gruta, os soldados curiosos ao ver a atitude da menina a acompanharam ao local e ficaram ao seu lado durante todo o tempo que ela rezou, nesse dia Nossa Senhora não apareceu.


  • 7ª aparição – 23 de fevereiro: Por volta das 6 horas, cerca de 150 pessoas foram até a Gruta e este foi o dia da revelação de três segredos a Bernadette: “Ela me deu três segredos e me proibiu de contar. Eles só se referem a mim, não são nem sobre a Igreja, nem sobre a França, nem sobre o Papa.”

  • 8ª aparição – 24 de fevereiro: Bernadette foi do lugar em que estava até a gruta, de joelhos e beijando o chão. 450 pessoas estavam com ela.  Contou depois que a Senhora lhe dissera: “Penitência! Penitência! Penitência! Rezai a Deus pelos pecadores! Beijai a terra em penitência pela conversão dos pecadores!”

  • 9ª aparição – 25 de fevereiro: Em fevereiro a França passa por um inverno rigoroso. E, neste dia, ao chegar na Gruta, Nossa Senhora pede à jovem “Vai beber à fonte e lavar-te nela.” Como não viu ali nenhuma fonte e logo atrás estava o Rio Gave, ela foi se dirigindo ao Rio. Neste momento a Senhora lhe apontou como dedo um lugar. “Para lá me dirigi. Vi apenas um pouco de lama. Meti a mão e não pude apanhar água. Escavei e saiu água mais suja. Tirei-a três vezes. À quarta já pude beber.”
Águas de Lourdes (França)

Era a água milagrosa que tantos prodígios tem realizado. Nossa Senhora mandou-lhe ainda fazer esta penitência pelos pecadores: “Come daquela erva que ali está!”. Quando troçavam da pequena por tão estranha ordem, respondia: “Mas vocês também não comem salada!?”

A Senhora ainda pediu a Santa Bernadette que se lavasse com a água. Mas era tanta terra misturada que ao fazer isso, ela saiu com o rosto coberto de lama e acabou sendo zombada pela multidão que lá estava.

A fonte que Santa Bernadette encontrou embaixo da Gruta até hoje jorra água. A água está canalizada e é nesta água que as pessoas podem tomar banhos ou também beber, repetindo os gestos da jovem. Podemos imaginar o tamanho do alvoroço que causou esta fonte. Assim, no dia seguinte ocorreu nova proibição de acesso à gruta deixando mais de 600 pessoas desapontadas.


  • 10ª aparição – 27 de fevereiro: A Virgem Imaculada tornou a mandar beijar o chão em penitência pelos pecadores. Bernadette, por duas vezes, orientou as pessoas a repetirem seus gestos, no que foi atendida somente na segunda vez. Ainda hoje no Santuário os peregrinos repetem o gesto de beijar a rocha.

  • 11ª aparição – 28 de fevereiro: Neste dia Bernadette repetiu o que fazia: ajoelhar, rezar o terço e beijar a rocha. Apesar do forte frio que fazia, quase 1200 pessoas estavam presentes e repetiam com ela os gestos.

  • 12ª aparição – 1º de março: Bernadette sempre usava o mesmo terço para sua oração. Neste dia a senhora Paulina Sans tinha lhe pedido que usasse um terço de sua propriedade e a jovem aceitou. Mas Nossa Senhora, como uma mãe detalhista, percebeu que não eram os mesmos e pediu que Bernadette voltasse a usar o de sempre. Esta foi a única vez em que esteve presente um sacerdote, que ignorava a proibição do clero de comparecer ao local. 

Na noite do dia 1º de março aconteceu o primeiro milagre. Catherine Latapie, grávida de nove meses, tinha paralisados dois dedos da mão direita. O mal lhe impedia de atender às necessidades do lar e dos filhos. Ela imergiu a mão na água e sentiu um grande bem-estar, movimentando os dedos naturalmente!


  • 13ª aparição – 2 de março: A Virgem pede: “Vai dizer aos sacerdotes que tragam o povo aqui em procissão e que me construam uma capela.” Bernadette conta como cumpriu essa missão: “Fui procurar o Padre para lhe dizer que uma Dama me tinha ordenado de ir dizer aos padres para construir ali uma capela. Ele me olhou um momento, e logo me perguntou num tom incomodado quem era essa Dama. Eu lhe respondi que não sabia. Então ele me encarregou de perguntar a ela o nome, e de voltar para lhe contar.”

  • 14ª aparição – 3 de março: A Senhora não aparece à hora habitual, mas sim ao entardecer e deu explicação. “Não me viste esta manhã porque havia pessoas que desejavam examinar o que fazias enquanto eu estava presente. Mas elas eram indignas.

Tinham passado a noite na gruta, profanando-a.” Foi uma curta aparição, mas Bernadette cumpriu a ordem do pároco: “Eu lhe perguntei seu nome, por parte do Padre. Mas ela não fazia outra coisa senão sorrir. Voltando, fui à casa do senhor pároco para dizer-lhe que tinha cumprido a missão, mas que não tinha recebido outra resposta senão um sorriso. Então ele me disse que ela zombava de mim, e que eu faria bem de nunca mais voltar. Mas ele não podia me impedir de ir.”

Santa Bernadette e Pe. Peyramale, Vigário de Lourdes (França)

Fechando a questão, o Pe. Peyramale orientou: “Se a Senhora deseja realmente uma capela, que diga seu nome e faça florescer a roseira da Gruta” – o que, no inverno francês, equivalia a pedir um absurdo!


  • 15ª aparição – 4 de março: No segundo mistério do primeiro terço, Bernadette começa a ver Nossa Senhora. Acabou esse terço e rezou outros dois, refletindo ora alegria, ora tristeza. O êxtase durou quase uma hora, sem que acontecesse algo excepcional. Durante esta quinzena, Nossa Senhora comunicou à menina três segredos e uma oração com esta ordem: “Proíbo-te de dizer isto, seja a quem for.” 

A polícia pediu reforço policial de d'Argelès e de Saint Pé, cidades vizinhas de Lourdes, para ajudar na manutenção da ordem, no sentido de evitar qualquer excesso. A estimativa era para mais de 8.000 pessoas ao redor da gruta. Para que Bernadette pudesse chegar ao local, fizeram uma passarela de madeira, que lhe facilitou o acesso.

Ela veio acompanhada de sua prima Joana Véderè, que tinha 30 anos de idade, e ficaram juntas perante a Aparição. Ajoelharam e começaram a rezar o terço. Quando iniciavam a terceira Ave Maria da segunda dezena, entrou em êxtase. A multidão com o olhar acompanhava tudo e apreciava a beleza do Sinal da Cruz que ela fazia.

Terminada a Aparição, apagou a vela e, indiferente à presença de toda aquela gente, tomou o caminho de sua casa. Muitos ficaram desapontados e perplexos, porque esperavam algum milagre ou alguma revelação. Não aconteceu nada, visualmente. No ar ficaram muitas perguntas e uma grande expectativa: será que terminaram as Aparições?

Então, Bernadette foi encontrar-se com o Senhor Abade e dar-lhe notícias do "encontro".

- Que te disse a Senhora?

- Perguntei-lhe o nome... Ela sorriu. Pedi-lhe para fazer florir a roseira, ela sorriu outra vez. Mas ainda quer a Capela.

- Tu tens dinheiro para fazer essa Capela?

- Não, Senhor Abade.

- Eu também não. Diz à Senhora que lhe dê.

Peyramale estava desconsolado por não ter obtido nenhuma informação segura sobre a Aparição. Ela também, mas sem poder fazer nada, voltou triste para casa.

Os dias seguiram-se e em 18 de março Bernadette é submetida a um severo interrogatório e declara “Não penso ter curado quem quer que seja e de resto não fiz nada para isso. Não sei se voltarei à gruta.”

As aparições pareciam ter acabado sem a Senhora dizer quem era. Mas a movimentação de pessoas ali era cada vez maior. Diariamente muitas pessoas iam para rezar, para recolher água da fonte ou para bebê-la. Todos acreditavam que quem esteve lá foi a Santíssima Virgem. As velas multiplicavam-se, no dia 18 eram 10; no dia 19 havia 21 velas; já no dia 23, colocaram no nicho das aparições, uma imagem de gesso da Virgem Maria, doada por um senhor, Felix Maransin.

Do dia 4 de março, quando ocorreu a última aparição, ou seja, a 15ª, até o dia 25 do mesmo mês, Bernadete procurava levar uma vida normal, ao lado de seus familiares no "cachot". Mas foi impossível, porque era solicitada para interrogatórios, por visitantes que faziam filas intermináveis à porta de sua casa, querendo conversar, abraçá-la e pedir-lhe que tocasse com as mãos em objetos que levavam. Eram pessoas que buscavam graças e outras que vinham contar milagres alcançados pela bondade e o carinho intercessor de Nossa Senhora.

Momento da procissão luminosa no Santuário de Lourdes (França)

Vale lembrar que sua condição de saúde era bastante frágil. Mas ela não tinha mais sossego. Às vezes quase perdia a paciência: "Tragam-me todos ao mesmo tempo". De outras vezes, cansada, precisando de repouso, queria isolar-se: "Fechem a porta à chave!"

Só que jamais aceitou e não deixou que nenhum de seus familiares aceitassem gratificações em dinheiro ou presentes, por qualquer razão que fosse: "Isso queima-me! Por favor, não façam isso!"

Quando lhe perguntavam se a Dama voltaria, simplesmente dizia que não sabia. Só podia afirmar que a Senhora queria sempre uma Capela e que os sacerdotes fossem em procissão à gruta.


  • 16ª Aparição - 25 de março: Na manhã da festa da Anunciação houve a Revelação: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Que dia lindo!

No despertar daquele dia 25 de março de 1858, Bernadete sentiu-se novamente pressionada para ir à gruta. Era uma força estranha que nascia em seu interior, que não sabia explicar. Mas era muito cedo e seus pais lhe aconselharam esperar o dia clarear. Às 5 horas da manhã já se pôs a caminho. Depois de rezar o terço em êxtase, levantou-se e caminhou em direção à Aparição e conversaram:

- Mademoiselle, quer ter a bondade de me dizer quem és, se faz o favor?

A Dama sorriu, mas não respondeu. Ela insiste na solicitação, a segunda e a terceira vez, obtendo como respostas um sorriso carinhoso e modesto da Visão. Mas Bernadete tinha a necessidade de saber o nome da Senhora, precisava levar esta notícia ao Abade, porque caso contrário ele não construiria a Capela. Por isso, com mais amor e decisão, insistiu uma quarta vez suplicando que ela dissesse o seu nome. Desta vez a Aparição não sorriu mais, ficou séria.

As mãos que estavam unidas afastaram-se estendendo sobre a terra e depois novamente juntas à altura do peito, levantou os olhos ao Céu em sinal de profunda humildade e obediência a Deus e, em francês, disse:

- EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO!

Dito isto, desapareceu.

Bernadete retornou a si e para não se esquecer das palavras, repetiu-as várias vezes em seguida, tropeçando nas letras que mal sabia pronunciar, já que só conhecia seu dialeto. Fugiu das perguntas de todos e correu para a casa do Abade, o Padre Peyramale. Lá chegando, antes mesmo de cumprimentá-lo gritou: “'Eu sou a Imaculada Conceição.”

O Abade ficou perplexo. Não sabia se sorria ou ocultava o seu júbilo, procurando num último esforço, certificar-se do óbvio:

- Pequena orgulhosa, tu és a Imaculada Conceição?

- 'Não, não, não eu'.

Padre Peyramale sente que está diante de uma grande revelação: 'A Virgem é concebida sem pecado'. Apesar de ter sido decretado em 8 de dezembro de 1854, o Dogma da Imaculada Conceição de Maria não era aceito por todos os católicos, principalmente por alguns teólogos que defendiam a universalidade da redenção e do Pecado Original.

Isto é, atribuíam a Nossa Senhora o mesmo privilégio que teve João Batista, de ter a santificação antes do nascimento. Mas não aceitavam a imunidade do Pecado, não aceitavam que Maria Santíssima fosse preservada do Pecado Original, mesmo considerando a sua condição especial de Mãe do Redentor.

Por este motivo, o Abade explodia intimamente de satisfação e se preocupava em saber da realidade. Pela santíssima vontade de Deus, a partir daquele momento Nossa Senhora deixava realçar com todo brilho, a sua grandeza notável e ilimitada, porque ela própria confirmava que teve uma Conceição Imaculada. Por isso Peyramale se debatia:

- Uma Senhora não pode usar esse nome! Tu sabes o que isso quer dizer?

Bernadette diz que não, abanando a cabeça.

- Então como podes dizê-lo, se não compreendes o que é?

- Repeti todo o caminho.

No silêncio que se seguiu, Padre Peyramale ficou pensativo com um suave sorriso nos lábios. Bernadete interrompe o silêncio e diz: “Ela quer a Capela!”

O Abade no íntimo deve ter respondido que não só uma Capela, mas uma monumental Basílica. A partir daquele momento, a dama estava dispensada de fazer qualquer milagre, de fazer florir a roseira selvagem da gruta. Era Ela, a Mãe de Deus, a Nossa Querida Mãe que veio nos visitar com o objetivo de revelar um grande mistério divino e pedir penitência ao mundo, para que todos rezassem pela conversão dos pecadores e tivessem uma conduta responsável e digna. Padre Peyramale estava emocionado.

Tentava esconder sua alegria e por isso, para salvar as aparências, falou com ela: “Vai para casa, falaremos outro dia.”

Os dias passaram e o clero, com muita alegria e vibração, comemorou a revelação do grande mistério.

Dia 6 de abril, Bernadete sentiu-se novamente 'pressionada' para voltar à gruta. Aquela força estranha e agradável a impulsionava para Massabieille. Como já havia passado das 15 horas, foi encontrar-se com o Padre Pomian no confessionário. Algumas pessoas que a observavam se incumbiram de espalhar os boatos. A cidade ficou na expectativa de algum acontecimento.


  • 17ª Aparição - 7 de abril: Nossa Senhora nada disse, mas verificou-se nesta aparição o chamado milagre da vela. Era quarta-feira da Páscoa, antes do sol nascer já se encontrava na gruta, acompanhada inicialmente por uma centena de pessoas que logo aumentou para 1.000, quando iniciou a oração do terço.

Nas primeiras Ave-Marias da primeira dezena, Bernardette entrou em êxtase. O Doutor Dozous, que vinha estudando o seu caso, surge no meio da multidão pedindo passagem, pois queria estar ao lado dela, para presenciar suas reações fisionômicas. E abrindo passagem entre o povo que contritamente rezava dizia: “Não venho como inimigo, mas em nome da ciência. Corri e não posso me expor às correntes de ar. Só eu posso verificar o fato religioso que aqui se dá, deixem-me prosseguir este estudo.”

Neste dia, ela utilizava uma grande vela que se apoiava no chão. Foi fornecida por uma pessoa que tinha alcançado uma graça. Com sua mão, tentava proteger a chama da vela da corrente de ar. Mas no transe em que se encontrava, não posicionou corretamente a mão esquerda em forma de concha sobre o pavio aceso, de modo que a chama da vela passava por entre os seus dedos.

- Ela está se queimando - gritaram da multidão.

- Deixe estar - pediu Dr.Dozous.

Ele não acreditava naquilo que seus olhos viam, os sorrisos de Bernadete, os Sinais da Cruz feitos com tanta graça, sua fisionomia séria em vários momentos compartilhando duma tristeza da Visão e a chama da vela que passava por entre seus dedos, sem queimá-los, sem provocar dores.

Terminado o êxtase, examinou as mãos da vidente e não encontrou o menor sinal de queimadura. Para testar a sua sensibilidade, acendeu a vela e sem que ela percebesse, aproximou a chama de sua mão. Ela gritou e protestou: 'Está querendo me queimar'? Dr.Dozous, homem de atitudes extremas, viu crescer repentinamente em seu coração uma fé gigantesca. O médico tinha um caráter explosivo que o levava, muitas vezes, a defender suas convicções abertamente e com decisão, espalhou a novidade com disposição, convencido de que estava diante do sobrenatural na gruta de Massabieille.

No 'Café Francês', que era o ponto de convergência para os 'bate-papos' e também para os 'mexericos', Dozous proclamou com segurança e fartos argumentos, a existência do extraordinário em Lourdes. Em dado momento, ele assim expressou-se: “É um fato sobrenatural para mim, ver Bernadete ajoelhada diante da gruta, em êxtase, segurando uma vela acesa e cobrindo a chama com a mão esquerda, sem que pareça sentir a mínima impressão do contato com o fogo. Examinei-a. Não encontrei nem o mais ligeiro sinal de queimadura.”

Mas continuava a existir também os descrentes, aqueles que não aceitavam os fatos e caçoavam dos frequentadores da gruta. Eles atuaram sobre os administradores pedindo providências contra 'aquilo' que chamavam de 'palhaçada'. O Prefeito resolveu proibir o acesso à gruta. Mandou retirar todos os objetos religiosos que tinham sido colocados lá.

Os pais e amigos de Bernadete, a fim de evitar complicações, a enviaram para Cauterets, para tratar de sua asma. Contudo, a sua ausência em nada influiu no fervor das pessoas, que se manifestavam claramente e todos os dias. Eram organizados cânticos, procissões e orações com a maior participação possível. Por outro lado, alguns procuravam dotar a gruta de certo conforto, colocando na fonte de água uma bacia com três torneiras, para facilitar a utilização.

Pedreiros, carpinteiros e funileiros trabalhavam gratuitamente e com desprendimento, melhorando o acesso, colocando uma tábua furada para receber as velas, empregando os seus esforços com o objetivo de tornar a gruta um recanto aprazível de devoção mariana.

As autoridades, vendo que não conseguiam nem acabar e nem diminuir a frequência das visitas à gruta, decidem fechá-la. No dia 15 de junho, o Prefeito mandou fazer uma barreira constituída por uma cerca de madeira, que isolava a área da gruta.

O povo, no dia 17, destruiu a cerca. As barreiras são reconstruídas no dia 18 e demolidas pelo povo na noite do dia 27. Tornam a ser reconstruídas no dia 28 de junho, para novamente serem demolidas na noite do dia 4 de julho.

No dia 8 de julho, a Igreja intervém oficialmente, pela primeira vez, pedindo tranquilidade ao povo o respeito às autoridades.

No dia 10, foram levantadas as barricadas novamente. Bernadete mantinha-se distante e indiferente a toda esta movimentação. Nas oportunidades que surgiam, recomendava obediência e desaconselhava que arrebentassem a cerca na gruta.


  • 18ª Aparição - 16 de julho: Como é festa de Nossa Senhora do Carmo, a Vidente assiste à missa e comunga na Igreja. Ao entardecer, sente que Deus a chama para a gruta, como das vezes anteriores, e lá chegou por um caminho que ninguém suspeitou. Foi em companhia de sua tia Lucilia, camuflada com um capuz emprestado; mas não pôde aproximar-se devido à cerca, e aos soldados que, por ordem do governo, cercavam o recinto.

Junto à cerca de tábuas que isolava a gruta, encontrava-se um grupo de pessoas, que de joelhos  silenciosamente rezavam. Ela ajoelhou e acendeu sua vela. Duas congregadas marianas que a reconheceram, juntaram-se a ela e à sua tia, em silêncio. Apenas começara o terço, as suas mãos afastaram-se comovidas, numa saudação de alegria e surpresa. Nossa Senhora estava lá. A sua face iluminou-se e suas feições adquiriram uma indescritível formosura.

A menina contempla a Senhora, de além do rio e da cerca.

Terminada a oração do terço, pelo seu rosto podia-se ver estampada a felicidade que brotava de seu íntimo, a alegria de mais uma vez ter-se encontrado com a MÃE de DEUS. Ela não comentou nada. No caminho de regresso, apenas disse: “Não via o rio, nem as tábuas - explicará ela mais tarde. Parecia-me que entre mim e a Senhora não havia mais distância que das outras vezes. Só via a Ela. Nunca a vi tão bela!”

Foi como um adeus da Senhora ali em Lourdes. Aconteceu como se fosse uma visita de despedida, Nossa Senhora sempre bondosa, cheia de carinho e atenção, desceu à terra mais esta vez, para despedir-se de Bernadette.

Qual a mensagem de Nossa Senhora em Lourdes?

De acordo com Laurentin, grande teólogo das aparições de Lourdes, “O elemento principal é a manifestação de Maria na sua Imaculada Conceição. O resto é em função deste primeiro elemento e pode também resumir-se numa palavra: ‘em contraste com a Virgem sem mancha, o pecado...’ Mas, inimiga do pecado, Ela é também amiga dos pecadores, não enquanto estão ligados às suas faltas ou se gloriam delas, mas enquanto se veem esmagados pelo sofrimentos físicos e morais, consequência do pecado.

Reduzida à sua expressão mais simples, poderíamos sintetizar desta forma a mensagem de Lourdes: A Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores. E para isso propõe três meios: “A Fonte De Águas Vivas, A Oração, A Penitência!”

Grupo de peregrinos da SacraTour em Lourdes, na França
Mas afinal, o que atrai tanta gente em Lourdes?

Bom, acredito que se você chegou até aqui, pode perceber ao longo das aparições como Nossa Senhora foi deixando sua marca em Lourdes. A aparição sempre em um nicho na gruta, aquele mesmo local onde está hoje a imagem, faz o peregrino ao chegar lá sentir-se mesmo na presença de Maria. Na visita ainda se pode ver a fonte de águas limpas, que leva milhares de pessoas em busca de cura, como se a água fosse o aconchego de Mãe.

O convite ao beijo na rocha, uma expressão de humildade e devoção que se repete ainda hoje nas visitas. A oração do terço constante diante da Gruta de Massabielle, lembra a oração de Santa Bernadette junto à Nossa Senhora. São tantos gestos, símbolos e sinais que podemos encontrar em Lourdes que fazem dessa aparição um perfeito encontro com a Mãe, aquela que corrige, orienta, mas também entende e acolhe. Como não se sentir convidado para também estar nessa presença?

“Minha experiência em Lourdes foi indescritível, desde o primeiro momento que cheguei na cidade senti algo inexplicável, meu coração bateu forte, uma emoção muito grande. Renata Borghesi, peregrina SacraTour. 

Renata Borghesi, peregrina SacraTour (Lourdes/França)

“Nós fomos andando do hotel até o santuário, tudo foi muito emocionante e indescritível; o ar, as pessoas, tudo muito diferente rumo à santidade. Eu já tinha lido sobre a história de Santa Bernadette, mas não imaginava tudo o que vi, posso dizer que eu conhecia 1% e chegando lá conheci 1000%.” Silvana Felix de Souza Modesto, peregrina SacraTour

“Depois da procissão de velas, à noite, é que senti uma emoção muito grande. Passei em frente a gruta para deixar a vela e vi aquela luz na minha direção, parecia que Nossa Senhora refletia aquela luz pra mim, foi muita emoção!!! Chorei bastante, foi muito bom!" Maria Eugênia, peregrina SacraTour

Maria Eugênia, peregrina SacraTour (Lourdes/França)

“O que me chamou a atenção foi quando eu estava na fila para o banho e de repente avistei um monte de cadeirantes. Pessoas que vinham sendo amparadas por voluntários. Imaginei, como assim, irão passar na nossa frente? Quando chegaram próximo observei que se tratavam a maioria de idosos. Alguns muitos enfermos. No fim da vida. O que fazem aqui? Neste momento pude presenciar que existe a FÉ DOS MILAGRES. A fé que nos impulsiona a acreditar que estávamos todos no caminho certo, onde Nossa Senhora nos levará a DEUS e que ELE sabe de todas as coisas.” Valdívia Borges da Cruz, peregrina SacraTour

Valdívia Borges da Cruz, peregrina SacraTour (Lourdes/França)

"O que falar dessa viagem? Dessa experiência na minha vida? De algo que eu tenho certeza absoluta que Maria foi intercessora e eu sou tudo grata. Grata a Deus, à Maria, ao meu filho, Pe. Anderson, à SacraTour que abriu as portas e fez com que nós fossemos conhecer. Quando eu cheguei lá que eu vivenciei onde tudo aconteceu, que passei pela Gruta, que vi aquela água benta, as pessoas com vasilhas pegando a água com fé e acreditando... foi emocionante. Eu me emociono toda vez que falo e lembro de quando entre naquela piscina tão envolvida pela presença de Maria.” Edna Maria de Oliveira Silva, peregrina SacraTour

Edna Maria de Oliveira Silva, peregrina SacraTour (Lourdes/França)
Oração à Nossa Senhora de Lourdes

Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com Ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajude a conservar-nos sempre unidos em Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedir a graça). Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós. Amém!

Agora que já conhece a história desta aparição, convidamos você a percorrer conosco os caminhos de Lourdes e poder sentir também a graça de estar neste lugar!

Confira nossos roteiros para este ano!

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Queremos partilhar com você a história da SacraTour algo muito especial para nós! Por isso vamos te contar a nossa história. Dizem que nos tornamos mais íntimos das pessoas quando partilhamos os nossos momentos especiais. E hoje, é essa a nossa intenção! Venha saber um pouquinho mais de como nasceu a nossa agência.

Larissa e Melissa Calsavara (Diretoras da SacraTour)

Queremos que você saiba como a nossa agência nasceu, mas não quero falar só de questões práticas envolvendo o surgimento de uma empresa, quero que você saiba como a ideia nasceu em nossos corações e como ela foi tomando forma dentro e fora de nós.

Por isso, eu vou te contar como tudo aconteceu como se você fosse meu amigo próximo e estivesse aqui ao meu lado! Preparado? Então vamos lá!

Tudo começa com uma questão

Sabe quando acontece algo muito inesperado na sua vida e muda todos os seus planos? Coisas que você nunca imaginava que iria fazer ou ser... pois é, a história da SacraTour começa exatamente assim. Para eu te falar de como a agência nasceu, primeiro eu tenho que te contar como o meu desejo de ter essa agência ganhou espaço em minha vida.

Eu, Larissa, e minha família sempre fomos muito religiosos e isso me levou a ser bastante ativa em minha paróquia. No entanto, eu não me limitava somente aos trabalhos da minha paróquia, eu também tinha um bom conhecimento do que se passava na minha cidade, eu sou de Londrina-PR, você conhece?

Cidade de Londrina, no Paraná (Foto: Blog Engenho das Letras)

Foi desse meu interesse em ajudar e estar presente na minha paróquia que, em um dia especial, eu recebi a notícia de que haveria um grupo dali saindo para a Terra Santa. E alguém me perguntou:

Por que você não vai também?

Uma pergunta que me inquietou, eu vou ser bem sincera, eu não tinha muita vontade de viajar. Aliás, diferente do que muita gente anseia e deseja para a vida, eu estava bem no meu canto.

Minhas irmãs (eu tenho duas, mas depois elas entram nessa história) gostavam muito de viajar, mas em mim, realmente, não despertava a muita vontade.

Por outro lado, conhecer os lugares por onde Jesus passou com as pessoas que eram do meu convívio religioso..... é isso começou a me parecer muito animador. E como uma pequena semente essa ideia foi crescendo em mim. Até ganhar proporções de um entusiasmo e eu dizer; sim, ok! Eu vou!

Larissa Calsavara guiando um grupo de peregrinos da SacraTour na Terra Santa, 2015 (Jerusalém/Israel)

A primeira peregrinação

Antes de chegarmos a Terra Santa, tenho que te contar que naquela época eu tinha uma escola. Eu sou por formação prof. de matemática e ensinar e lidar com pessoas sempre foi algo que me encantou muito. Em outras palavras, isso quer dizer também que eu não estava procurando por trabalho.

Agora é hora de irmos! Muito bem, fomos à Terra Santa e ainda assessorados por uma agência de turismo. Essa viagem tem a ver com algo meu muito particular (lembra que eu disse que iria te tratar como um amigo, né?!), pois vou te contar:

Tem a ver com um hábito que eu tenho ou mania...não sei ao certo, de tentar solucionar o problema das pessoas. Ou seja, eu gosto de ajudar. Verdadeiramente. Acontece que isso foi visto pelo dono da agência que nos acompanhava.

Ele gostou muito do meu jeito e quis de toda a forma me contratar para que eu acompanhasse os grupos em viagens. Mas as coisas não eram tão simples.

O dono da agencia, que estava me oferecendo trabalho, queria que eu me mudasse para São Paulo. Ou seja, uma distância de mais ou menos seis horas de onde eu morava. E ainda tinha outra questão! Eu geria uma escola em Londrina, que precisava muito de mim, e ainda tinha toda a minha família lá. Eu estava sendo pressionada a mudar para São Paulo e ao mesmo ficava em dúvida sobre deixar minha cidade natal. Não sabia ao certo o que fazer. Mas, o que aconteceu foi que...

A mudança veio

Ela veio, porém de maneira diferente. Aquela viagem mudou comigo e com a minha vida. Parece clichê, e talvez seja, mas quem já foi à Terra Santa sabe que não tem como voltar de lá da mesma forma que se foi.

Pedra da Unção, no interior do Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)

A viagem é bastante cansativa, mas vez que você pensa em reclamar por qualquer motivo, você é presenteado com momentos de pura fé. Você faz amigos e sente a emoção de cada um que está lá, passa a saber a história de seu colega de ônibus e a admiração e compaixão aumentam a cada dia. Eu não poderia mais ser a mesma depois dessa viagem. Mas não queria me mudar para São Paulo.

Peregrinação com Padre Fábio de Melo

Então, eu combinei com a agência de São Paulo que eu iria assessorar as viagens saídas de Londrina e acompanhar os grupos. Minha primeira viagem depois dessa decisão foi com Pe. Fábio de Melo. Posso dizer que toda peregrinação e especial e essa foi repleta de aprendizagens e renovações.

O trabalho que eu estava descobrindo me encantava a cada segundo. Dizem que as melhores coisas da vida são difíceis de serem explicadas em palavras, e é exatamente essa dificuldade que eu tenho ao traduzir o que eu sinto quando vejo a emoção de alguém diante do Santo Sepulcro, ou ainda navegando pelo mar da Galileia.

Voltamos ao Brasil, e até aí estava tudo bem na minha vida. Eu estava acompanhando os grupos e estava conseguindo dar continuidade aos trabalhos da minha escola. Mas eu tive que tomar uma decisão muito séria.

Grandes decisões

Grande passos requerem grandes decisões, não é?! Eu percebi que algumas atitudes da agência de São Paulo não eram corretas. Decidi sair. Eu sempre aprendi que meu nome era algo que eu deveria zelar, ou seja, eu não queria meu nome ligado a algo que eu não acreditasse ou estivesse distante dos meus valores.

Saí da agência e continuei minha vida como diretora de escola. Mas quando o nosso caminho está traçado.... naquela mesma semana em que eu saí da agência, recebi o convite para ir a uma feira de turismo em São Paulo.

E fui. Lá conversei com pessoas que me incentivaram a continuar, fiz contato com receptores de vários países e sai de lá com uma decisão tomada: as coisas seriam do meu jeito, ou não seriam.

Stand da SacraTour na ExpoCatólica 2019 (São Paulo/Brasil)

Os planos de Deus e SacraTour

Em Londrina, avisei minha família da decisão de continuar, agora por conta própria. Eu queria dar vida o meu novo sonho de ter minha própria agência calcada nos meus valores. Daquela conversa nasceu a SacraTour.

Não por acaso, isso aconteceu depois de muito oração e muita conversa com minha família, porque os meus valores são fincados na fé e na lealdade.

Durante alguns anos tudo na agência teve o meu jeito e a minha cara. Mas eu sentia que faltava alguma coisa para tudo ficar completo.

A agência cresce a cada dia

Descobri que não era uma coisa, era alguém. E esse alguém era a minha irmã mais nova. Ela tinha acabado de sair de um emprego e eu fiz um proposta para que ela fosse trabalhar comigo.

Melissa e Larissa Calsavara, irmãs e diretoras da SacraTour no Monte das Oliveiras (Jerusalém/Israel)

E ela, como eu já imaginava, me disse um sonoro “Não!”. E disse mais de uma vez.  Mas eu não desisti, e foi então que ela me fez uma proposta “ Eu não quero trabalhar para você, eu quero trabalhar com você!” Minha irmã seria minha sócia? Inesperado, mas as boas coisas parecem ser inesperadas, né?! Então, eu não titubeei e disse “ Ok”!

Um negócio de família, em família

Melissa é a minha irmã mais nova e minha sócia, mas o nosso trabalho está sempre envolto por toda a nossa família. Eles estão com a gente desde o planejamento de cada peregrinação até na reza de agradecimento quando chegamos felizes e revigorados.

Melissa Calsavara, diretora da SacraTour, na Igreja Dominus Flevit, Monte das Oliveiras (Jerusalém/Israel)

A agência foi crescendo, nós fomos contratando mais pessoas para nos auxiliar. E, hoje, trabalhamos, em nossa sede em Londrina, com muita dedicação, amor e fé pelo nosso trabalho.

A SacraTour pelo mundo

E assim, nós nos especializamos em oferecer o que há de melhor numa peregrinação. Nenhuma agência se dedica a pensar em todos os detalhes. Mas nós pensamos. Peregrinar com a SacraTour é único e eu posso provar!

Além dos milhares de testemunhos, convido você a olhar os textos do nosso blog e as nossas redes sociais, você vai perceber que estamos preocupados com o todo da sua sua experiência! Você vai ver que estaremos com você já nos primeiros momentos, bem antes da sua peregrinação iniciar, preparando tudo para que a sua experiência seja incrível.

Foi muito bom compartilhar nossa história com você ! E agora que você já sabe sobre a nossa história, que tal me contar qual é o seu próximo destino dos sonhos?! Escreve aqui!

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Atualizado em 30/01/2023

Você sabia que São Dom Bosco é o santo dos jovens? E este ano teremos a Jornada Mundial da Juventude, uma ótima oportunidade dos jovens estarem unidos e reavivarem a sua fé!

Nós te levamos para lá!

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São João Bosco, popularmente conhecido como Dom Bosco, nasceu em uma família de camponeses em Castelnuovo d’Asti, (hoje Castelnuovo Don Bosco), na Itália, em 16 de agosto de 1815. Quando João Bosco tinha apenas 2 anos de idade, seu pai, Francisco Bosco, contraiu uma doença pulmonar que o levou à morte, deixando viúva sua esposa Margherita com 29 anos e três filhos.

Eram tempos de muita dificuldade, ela precisou lutar e trabalhar nos campos com grande sacrifício para sustentar a família e assegurar os estudos de João Bosco, que era maltratado por seu meio irmão, que dizia ser perda de tempo e dinheiro investir em livros.

A história de Dom Bosco

Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim (Itália)
Nossa Senhora Auxiliadora (Turim/Itália)

Quando João Bosco tinha 9 anos, sonhou com a missão para a qual o Senhor o chamava: estava em meio a jovens que blasfemavam, gritavam e brigavam, e quando ele estava pronto para entrar em combate contra eles com os punhos fechados, viu diante de si um homem de vulto luminoso, que se apresentou dizendo: “Eu sou o Filho D’aquela que tua mãe ensinou a saudar três vezes ao dia”, e acrescentou: “Não com pancadas, mas com mansidão e caridade deverás conquistar estes teus amigos. Comece imediatamente a instruí-los sobre o pecado e sobre a importância da virtude”.

Depois, apareceu-lhe uma mulher de majestoso aspecto, a Virgem Maria, que lhe mostrando o campo com cabras, cães e muitos outros animais, disse-lhe: “Eis o teu campo! Eis onde deves trabalhar! Torna-te humilde, forte e robusto”, e passando-lhe a mão sobre a cabeça, concluiu: “A seu tempo compreenderás tudo”. Depois desse sonho, João Bosco compreendeu sua vocação de educador da juventude, entrando no seminário anos mais tarde, tornando-se sacerdote em 1841.

São João Bosco

Sentindo a necessidade de uma maior atenção para com a juventude, Dom Bosco fundou o primeiro oratório, dando-lhe o nome de Oratório São Francisco de Sales, que passou a ser um lugar de reunião, recreação, de evangelização, catequese e de promoção social, com a instituição de escolas profissionais, sendo o amor, o princípio pedagógico supremo. E para dar continuidade à sua obra, fundou em Turim, a Sociedade de São Francisco de Sales, uma congregação formada por sacerdotes e conhecida como Salesianos.

Dom Bosco

Naquele tempo, Turim era uma cidade em expansão em seus vários aspectos, e por causa da forte migração do campo, vários problemas afetavam diretamente a juventude, como: o analfabetismo, o desemprego, a degradação moral e a falta de assistência religiosa.

Dom Bosco

Aos 72 anos, consumido pelo trabalho, Dom Bosco morreu em Turim, em 31 de janeiro de 1888, dia no qual a Igreja celebra sua memória litúrgica.

São João Bosco, o Santo da juventude

O peregrino que vai a Turim poderá visitar os lugares que foram santificados pela presença de Dom Bosco. Pode ainda entrar em contato com a memória histórica dos Salesianos que recorda as origens do santo, e entre elas, não pode deixar de visitar o Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora em Valdocco, que foi construído por Dom Bosco, como Igreja Mãe e centro espiritual da Obra Salesiana no mundo.

Dom Bosco

Dom Bosco indica ao católico de hoje a estrada a ser percorrida para viver em santa alegria sobre esta terra com o objetivo de alcançar a felicidade eterna no Céu.

Dom Bosco, educai-nos para santidade.

São João Bosco, o Santo da juventude

 
Fonte: Dom Bosco Místico. Uma Vida Entre o Céu e a Terra, 2016 (Cristina Siccardi).

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O texto de hoje vai tratar do local, na Jordânia, onde Jesus foi batizado e o Espírito Santo desceu sobre Ele.

Ao longo dos anos, a pesquisa arqueológica, os estudos de textos bíblicos e evangélicos (João 10:40, Mateus 3:13, Marcos 1:9), a análise de relatórios bizantinos e medievais, bem como evidências da igreja ortodoxa local, levaram em 1996 a precisar o local em que João Batista pregou e batizou os fiéis com o Espírito Santo, incluindo Jesus Cristo.

O local está localizado a menos de uma hora de Amã e pode ser alcançado de carro da capital, seguindo as indicações para o Mar Morto. Antes de alcançá-lo, as placas indicam o ponto de virada para o Local do Batismo (norte do Mar Morto).

Como os peregrinos antigos, também pode ser alcançado passando do Monte Nebo e descendo à esquerda do Memorial de Moisés (há um sinal). Vindo do sul e rodeando o Mar Morto, a placa para o local do batismo se encontra na direção de Amã. Não há transporte público para chegar ao Rio Jordão.

Rio Jordão (Jordânia)

Um local especial

Nesse local, muitos episódios bíblicos importantes aconteceram. Aqui, o povo judeu liderado por Josué atravessou o rio Jordão a caminho da Terra Prometida (Josué 3:14-17). Nesse ponto, o santo profeta Elias, juntamente com seu discípulo Eliseu, atravessou o Jordão pouco antes de o Senhor o levar com a carruagem de fogo (2 Reis 2:4-11).

O profeta Eliseu, com a graça recebida, parou as águas do Jordão. Aqui São João Batista pregou penitência e batizou pessoas (João 1:28). Nesse ponto, Jesus Cristo foi batizado por ele. Nesse local, dois discípulos de São João Batista, o apóstolo André (irmão de Simão Pedro) e João Evangelista se uniram a Cristo (João 1:35-51). Daqui "além do Jordão", Jesus retornou quando os judeus decidiram matá-Lo (João 10:39-42).

Mosaico representando o Batismo de Jesus por João Batista nas águas do Rio Jordão

O local era um destino constante para os peregrinos que iam do monte Nebo a Jerusalém, parando nas margens do Jordão, no local batismal.

O que o peregrino vai encontrar ?

Esse local foi aberto para visitantes e peregrinos há alguns anos porque estava protegido dentro de um parque ecológico. O acesso é de carro ou ônibus particular, que deve ser estacionado perto do Centro de Visitantes.

Aqui você compra os ingressos e a partir daqui começa a visita guiada fazendo o percurso que leva ao longo do caminho antigo dos peregrinos, até o primeiro ponto de parada, em Tell al Kharrar, o local bíblico chamado Betânia além do Jordão, mas mencionado em outras fontes também como Bethabara, Saphsaphas e Beit 'Anya.

Grupo de peregrinos SacraTour renovando o Batismo no Rio Jordão

Não longe dali se pode acessar lugar conhecido como Laura, onde existem fundações de estruturas usadas como local de oração e lar dos monges antigos.

A fonte de João Batista

Está localizado à beira da colina de Elias (Tell Mar Elias), onde se erguem igrejas e mosteiros, uma sala de orações e um complexo de fontes batismais retangulares e quadradas do final do período romano (séculos III e IV) com um sistema de água que os alimentava. Seguindo a viagem, se pode fazer parada no extremo oposto do Wadi. Ali se encontra uma estação de peregrinação e uma grande piscina (20 x 10 metros), presumivelmente usada para batismos coletivos na era bizantina; nas proximidades fica a fonte de João Batista, cuja água era usada para ritos batismais.

Nesta área também existem cavernas, usadas pelos monges como locais de oração e eremitérios. Eles foram esculpidos nas paredes das rochas e, em alguns casos, para acessá-los, os monges tiveram que recorrer ao uso de cordas.

Um caminho que pode ser percorrido a pé (ou com outro ônibus) leva à igreja de São João Batista, que remonta ao tempo do imperador Anastácio e a um local considerado como o de «Bethabara», onde Jesus foi batizado. O Jordão fica a uma curta distância, bem como a igreja de Santa Maria do Egito (padroeira das prostitutas arrependidas).

O local do batismo de Jesus e Jericó

No contexto desses eventos, o local do batismo de Jesus foi identificado pela tradição no deserto de Judá, onde hoje existe um santuário ortodoxo grego. O local não é muito longe de Jericó. Dessa maneira, a passagem dos judeus para a Terra Prometida, que aconteceu "antes de Jericó" (Jos 3:16) e o batismo de Jesus, coincidiria. Ambos os eventos indicam simbolicamente uma transição para uma nova vida com Deus, que acontece fisicamente através da passagem pelo Jordão.

É também por isso que os franciscanos da Custódia da Terra Santa anualmente, no dia em que se lembram do batismo de Jesus, realizam uma procissão no Jordão que termina então em Jericó, onde está localizado um dos muitos santuários franciscanos. Além do jejum de Jesus antes de iniciar sua missão terrena, de fato, em Jericó, também nos lembramos do encontro de Cristo com Zaqueu ou a cura do homem nascido cego.

O Batismo de Jesus nas águas do Rio Jordão

A SacraTour leva você a respirar a sacralidade de cada ângulo de Betânia, além do Jordão, considerado o lugar no qual Jesus foi batizado e recebeu o por João Batista, graças às escavações arqueológicas finalizadas em 1996, bem como em Jericó com suas fontes batismais, que também é indicado pela tradição como local do batismo de Jesus.

Fontes: Biblia Sagrada / http://www.holyland-pilgrimage.org

 

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A Terra Santa é o destino do sonho de milhares de peregrinos. Ir a Terra Santa pode ser muito mais do que uma viagem, pode ser uma mudança significativa na vida da pessoa. Afinal, é lá que ela vai poder estar perto de lugar que marcaram a passagem de Jesus pela Terra. Por isso, fica fácil de imaginar o quanto importante é programar bem essa viagem, não é mesmo?!

Cidade Velha de Jerusalém (Israel)

Programar qualquer viagem já é um exercício que envolve muita responsabilidade, isso porque saber os horários e dias certos das visitações aos locais pode ser decisivo em seu passeio.

Tudo isso se torna ainda mais significativo quando falamos da Terra Santa, uma vez que a falta de um bom planejamento e entendimento do lugar pode fazer com que a pessoa deixe de conhecer lugares muito, muito importantes como o Santo Sepulcro. Imagine a frustração!

Se essa pergunta já passou pela sua cabeça, então esse texto foi feito para você. Mas se o que você quer realmente é saber um pouquinho mais sobre a Terra Santa esse texto também é para você!

É claro que o melhor caminho para aproveitar sua viagem 100% é escolhendo uma boa agência de turismo, como a SacraTour, para te auxiliar, mas caso você queira ter uma ideia de como vai ser sua viagem e quantos dias você pode ficar lá, nós preparamos esse texto para você.

Terra Santa: Um roteiro extraordinário

Falar de Terra Santa é falar de um dos roteiros mais extraordinários que existem. E fica a questão: Em quanto dias o peregrino pode viver os caminhos de Jesus Cristo?

De forma objetiva, Israel pode ser visitado em cinco dias isso se o objetivo for Jerusalém e Tel Aviv. A partir daí os roteiros se estendem de acordo com os locais que se deseja visitar. Por exemplo, pode-se fazer uma viagem um pouco mais longa, de sete dias, incluindo Massada e Mar Morto.

Costa do Mar Morto

Porém, se o desejo é visitar lugares incríveis como Haifa, Nazaré e Galileia, o peregrino vai precisar de dez dias. Agora, se o desejo é peregrinar com um pouco mais de calma, esses lugares podem ser vistos em quinze dias.

Mas além dos dias, há outras questões muito importantes. Por exemplo;

Lugares imperdíveis na Terra Santa

É claro que muitas escolhas em relação a viagens podem ser subjetivas, porém na Terra Santa existem lugares que tocam fundo em nossos corações, pois estão relacionados a muita fé.

Por isso, separamos alguns lugares que tanto para nós como para os nossos peregrinos são ou se tornaram inesquecíveis e devem estar na sua lista de visita.

São eles:

Esses locais trazem a importância do Sagrado, mas existem outras atrações que ainda vamos elencar para você que com certeza entrarão na sua lista. Mas antes disso, que tal sabermos sobre o tempo e clima. Você já se perguntou:

QUAL A MELHOR ÉPOCA PARA VIAJAR PARA TERRA SANTA ?

Vista da cidade de Jerusalém pelo vitral da Igreja Dominus Flevit, no alto do Monte das Oliveiras (Jerusalém/Israel)

A melhor época para se ir a Terra Santa pode ser de de fevereiro à maio, ou também de setembro a novembro. Isso porque esses são meses com temperaturas não tão quentes e sem o frio e a chuva do inverno de Jerusalém.

Além disso, outros fatores devem ser levados em consideração, um deles é de que Israel vive dentro de um turbilhão religioso e recebe de judeus a católicos e muçulmanos, por isso alguns períodos e feriados podem tornar o país mais caótico. Mas além disso, você ainda pode se perguntar:

Onde ir na Terra Santa?

Essas são algumas possibilidades, mas é claro que a escolha mais acertada será feita depois de uma olhada sobre cada um desses lugares aqui no nosso blog. Em nossos textos você vai encontrar detalhes e dicas de cada local. Vale a pena conferir.

O que comprar na Terra Santa?

Loja de cerâmicas no mercado árabe (Jerusalém/Israel)

Essa pergunta pode ter respostas variadas. Isso porque a gente sabe que quando o assunto é 'o que eu posso comprar' as respostas giram em torno do gosto de cada um. Tem gente que viaja e gosta de comprar só um ímã de geladeira, mas tem gente que não sai de cada passeio sem comprar um presente para cada familiar.

Independente se o seu grupo é dos mais gastões ou mais econômicos, nós vamos te dar uma ideia do que você vai encontrar pela sua viagem.

Primeiro, é importante lembrar que as ruas estreitas da Cidade Velha estão cheias de bancas com todo tipo de produtos culinários. E o que tem nessas bancas?

Entre os muitos produtos, você vai se encantar com as especiarias coloridas, os lenços e além do colorido, as ruas de Jerusalém de também oferecem uma mistura de fragrâncias sem igual.

Loja de especiarias no mercado árabe (Jerusalém/Israel)

Envolvendo artigos religiosos ou até mesmo doces, você encontrará produtos para todos os gostos. Quer se presentear ou presentear amigos e familiares? Eis aqui os itens preferidos por nossos peregrinos:

  • Terços, cruzes
  • Azeite
  • Especiarias
  • Cosmética do Mar Morto
  • Lenços, echarpes
  • Joias, bijuterias

A Terra Santa irá te presentear com inúmeras possibilidades, essa viagem é, com certeza, um divisor de águas na vida de quem a faz. E, se sua vontade de conhecer esse lugar Sagrado só aumentou com esse texto, que tal entrar em contato conosco?! Consulte as datas de nossas próximas peregrinações e conheça a Terra Santa.

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O nosso propósito é oferecer aos nossos clientes uma experiência única ao realizar o desejo de conhecer novos lugares e novas culturas. Com serviços de excelência, proporcionamos aos nossos peregrinos o aproveitamento máximo de cada momento. E nessa caminhada, nossos valores são nossos guias: fé em Deus, integridade, confiança, satisfação do cliente, respeito às pessoas, comprometimento e inovação!

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Publicado em 11/12/2023

Era 1223, poucas pessoas tinham acesso à Bíblia, e São Francisco de Assis percebeu que era difícil para as pessoas compreendessem o nascimento de Jesus! A arte sempre facilitou a compreensão de realidades distantes. Então, ele teve a feliz ideia de fazer o “Presépio”.

Montado a primeira vez, em 1223, por São Francisco de Assis, na cidade de Greccio, na Itália. Foi comemorado como o Natal de Greccio, uma alegria nunca vivida. Esse ato de Francisco é considerado uma das maiores contribuições para a Igreja.

O Santo tinha o desejo no coração de celebrar a simplicidade, pobreza e humildade do Filho de Deus que se dá a nós com amor sem medidas. O Santo de Assis, três anos antes de morrer, queria que todos pudessem contemplar o mistério da encarnação e assim, compreender a grandeza do que significava o Natal.

Em Greccio, que fica a cerca de 90 quilômetros de Roma, Francisco escolheu uma gruta em um penhasco, organizou uma missa, onde estiveram nobres e pobres, com uma manjedoura que, em latim se diz praesepium, com um boi e um burro. Era o primeiro Presépio! Ele ansiava que todos vissem com os olhos corporais o desconforto do menino Deus que nasceu humilde e descansou no feno e, assim, entrar no mistério da Encarnação de Jesus. Anos depois se construiu um altar sobre essa manjedoura e uma igreja em torno da gruta.

Papa Francisco em Greccio, 2016 / Foto: L'Osservatore Romano

Como disse Francisco: Belém é aqui! Belém está em toda parte: os cristãos devem encontrá-la em seus corações. Onde se representa o Natal com o presépio, se representa Belém da Galileia!  

Antes dessa data, o Nascimento do Menino Jesus nunca havia sido representado!  E assim, todos conseguiram compreender o significado litúrgico da noite de Natal!

A tradição de recriar o nascimento de Jesus, humilde, simples e pobre se difundiu por toda a Itália e pelo mundo cristão, onde se montam Presépios como sinais de esperança.

E em sua casa, sua empresa, você monta o Presépio?

Montar o Presépio é retornar à simplicidade, à bondade e à criança que habita em nós! É redescobrir o que é essencial para a vida e para o Natal! É preparar o coração e também nossa casa! O Presépio não é um simples adorno, um enfeite: é uma belíssima forma de manifestarmos a nossa fé e a nossa espera ansiosa! Como séculos antes nos falou Santo Agostinho a respeito da Manjedoura, "o Presépio (manjedoura) nos diz que Deus ainda habita entre nós".

E tem mais, em comemoração aos 800 anos, o Papa Francisco concedeu à família Franciscana e ao mundo a possibilidade de receber indulgência plenária. De 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, até 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Senhor, os católicos podem receber essa graça se rezarem diante de um Presépio em uma igreja franciscana. Também é preciso seguir os demais requisitos que são padrão para receber indulgência (confissão sacramental, comunhão eucarística, oração nas intenções do Papa).

E na Basílica de São Francisco em Assis, na Itália, também se iniciam agora em dezembro as comemorações do Natal e dos 800 anos do Presépio. Aliás, em Assis, durante todo o ano podemos ver vários presépios montados e recordamos a palavra de São Francisco: Belém é aqui!

Por isso visitar Assis é uma experiência única! Além de conhecer os locais em que viveram Francisco e Clara, é possível experimentar a Paz dessa cidade que respira o Amor, respira o Natal, em todo o tempo!

Natal é aqui, Natal é na sua casa, Natal é no seu coração!

E você, vai montar o seu Presépio?

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Publicado em 23/05/2023

A primeira Santa genuinamente brasileira 

O Brasil tem, atualmente, 37 santos e santas. Entre eles estão São Frei Galvão, canonizado em 2007, e Santa Paulina —que foi canonizada em 2002, mas que nasceu na Itália. Portanto, Irmã Dulce é a primeira mulher, nascida no Brasil, a ser canonizada.  

Quem Foi Irmã Dulce 

Os Primeiro Anos  

Nasceu em Salvador, em 26 de maio de 1914, a futura Santa Dulce dos Pobres foi batizada como Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, era segunda dos cinco filhos de Augusto, dentista, professor da Universidade Federal da Bahia, e Dulce Maria de Souza Brito Lópes Pontes, dona de casa.

Desde pequena, demonstrava vocação religiosa e era fervorosa devota de Santo Antônio. Maria Rita ficou órfão aos 7 anos, sua mãe morreu aos 26 anos. A menina teve uma infância feliz e cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol - era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time formado pela classe trabalhadora e os excluídos sociais.

Certo dia, foi com uma tia materna visitar os pobres de um convento. Foi diante de tanta privação e sofrimento que a pequena decidiu: “Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres”. Iniciava aqui um sonho no coração daquela que viria a ser Santa Dulce dos Pobres. Aos 13 anos começou a colocar em pratica a qualidade que iria defini-la , a caridade.

No porão da sua casa, acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles, transformando a residência da família, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento. De sua família e vizinhos obtinha alimentos, roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’. 

Estudos e Vida Religiosa  

Maria Rita era uma mulher pequenina, tinha 1,50m, e de aparência muito frágil. Aos 19 anos, após diplomar-se professora, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que faz parte da grande família franciscana, em Sergipe e, aos 20 anos em 13 de agosto de 1933, fez sua profissão religiosa, assumindo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe. Retornando a Salvador dedicou-se a lecionar em um colégio mantido pela sua congregação, no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa.   

Em 1935, fundou o primeiro movimento operário cristão em São Salvador: o Sindicato Operário de São Francisco; em 1937, fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia; em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores, no bairro de Massaranduba, em São Salvador.

No mesmo ano iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação, O lugar, em 1960, se transformou no Hospital Santo Antônio um dos maiores do Nordeste brasileiro Era o embrião do centro de um complexo médico, social e educacional que funciona até hoje.

A iniciativa deu origem a tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira baiana construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Ela não se acomodou, “Captou recursos e em 1960 transformou aquilo em um hospital de verdade, com 150 leitos. Uma nova reforma foi feita e, menos de dez anos depois, o hospital tinha capacidade para atender a 300 pacientes. Em 1983, ampliado novamente, chegou a 800. A cada década, dobrava de tamanho. E o hospital não tinha nenhum pré-requisito para atender a qualquer pessoa que batesse na porta. Bastava estar doente e ter necessidade", relata o seu biógrafo. 

Rocha conta que começou a mergulhar no universo de Irmã Dulce depois que esteve no evento de beatificação da religiosa, ocorrido em 2011 em Salvador. 

Ele ficou impressionado com a manifestação popular na missa campal, que reuniu cerca de 70 mil pessoas. 

"Elas ficaram horas e horas em pé em um lugar, um grande descampado, inclusive debaixo de chuva. Chamou-me a atenção que eram pessoas de todos os tipos. Ricos e pobres, brancos e negros, gente de todas as religiões e sem religião nenhuma…", relata. "Aquela cerimônia, pelo tamanho dela e pela diversidade dos participantes, me fez entender que havia uma história a ser contada." 

Atualmente, a organização fundada por Irmã Dulce conta com 21 núcleos, a exemplo do Hospital Santo Antônio, Centro Geriátrico, Hospital da Criança, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência e Centro Especializado em Reabilitação e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas. São de 954 leitos hospitalares. Diariamente são atendidas 2 mil pessoas. 

Por ano, são 2,2 milhões de procedimentos ambulatoriais, 12 mil cirurgias e 19 mil internações. 

Curiosidades 

Dormia em uma cadeira 

Em 1955, correu o risco de perder a irmã —que também se chamava Dulce, a Dulcinha— por complicações no parto. A religiosa, então, fez uma promessa: se a irmã sobrevivesse, ela passaria a dormir sentada. E ela cumpriu sua promessa, dormindo em uma cadeira de madeira entre os anos de 1956 e 1985, ela só voltou a dormir em uma cama por conta de problemas de saúde. Dulcinha, a irmã da promessa, faleceu em 2006.

Em 1988 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz graças a seu trabalho com os pobres. 
Esteve com o papa João Paulo 2° (1920-2005) duas vezes — na segunda, quando ela já estava prostrada doente, ele a visitou em seu convento para abençoá-la. 

Maria Rita Pontes, sobrinha que conviveu com irmã Dulce desde seu nascimento, é hoje a Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce. Ela lembra-se da incansável rotina de Irmã Dulce: “apesar dos problemas de saúde e da fragilidade física, acordava às 5h, comia muito pouco, visitava os doentes do hospital, conversava com os médicos, resolvia as questões administrativas e só depois saía para pedir doações. Rezava o terço diariamente.” A oração era uma constante em seu dia-a-dia, disse. “Para ela não existia a palavra impossível quando se tratava das necessidades dos pobres que batia à sua porta”, destacou. 

Os últimos anos 

Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990.  

Após 77 anos de vida, em 13 de março de 1992, a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi, e ainda se define, a “Mãe dos Pobres” e o “Anjo Bom da Bahia”. 

 Em 2009 foi considerada venerável, Beatificada em 2012  e em 13 de Outubro de 2019,  foi canonizada pelo Papa Francisco.  

O Memorial Irmã Dulce guarda hoje cerca de dois mil relatos documentados de graças alcançadas por baianos, pessoas de outros Estados e até de outros países, concedidas por intercessão de Irmã Dulce, que atestam a sua fama de santidade ainda em vida e as virtudes heroicas do “Anjo Bom da Bahia”, como a freira, já no final da vida, era reconhecida. 

Milagres para a Canonização 

Claudia Cristina dos Santos, que teve hemorragia após dar a luz ao filho, em 2001. Em estado gravíssimo, Claudia teria recebido a visita de um padre devoto de Dulce e se curou durante orações a ela. O ato divino foi reconhecido pelo Vaticano em 2010  

O segundo milagre que ratificou a canonização de Irmã Dulce foi a cura do músico José Maurício Moreira. Em 2014, ele voltou a enxergar depois de 14 anos, após pedir à Irmã Dulce que aliviasse as dores de uma conjuntivite. No dia seguinte, teria voltado a enxergar. Em maio de 2019, a cura milagrosa foi reconhecida e, assim, Dulce estava apta a ser canonizada, o que ocorreu em 13 de agosto de 2019.

Legado de Irmã Dulce 

"O legado de amar e servir deixado por Santa Dulce dos Pobres traz uma enorme responsabilidade e um grande compromisso pela sua perpetuação e sustentabilidade. A nossa cultura institucional, que carinhosamente chamamos 'dulcismo', nos lembra diariamente sobre a missão de acolher os que mais precisam, sempre fiéis a seus princípios e valores", comenta Márcio Didier, o gestor do complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres. 

"Como legado de amor com inspiração divina, [a religiosa] também se torna referência e inspiração para a criação de outras instituições com foco na caridade cristã", diz Didier. 

"O legado religioso de Irmã Dulce é o amor ao próximo, o mais bonito dos mandamentos cristãos. Se a santidade é a mais alta honra que a Igreja Católica confere, transformar ou não alguém em santo é passar uma mensagem de qual é a visão do pontificado para a santidade." 

"Ela enxergava Deus no irmão e a ele se dedicava como se ao Cristo o fosse." 

Irma Dulce não fazia distinção entre as pessoas, entre as religiões, ela só queria atender os pobres, doentes e necessitados. Essa não distinção foi visível na festa de canonização, ocorrida na praça São Pedro, no Vaticano, em 13 de outubro de 2019. 

Haviam diversos integrantes da comitiva brasileira presente à missa. E quase um terço dos abordados declaravam-se não católicos — evangélicos, espíritas, candomblecistas, umbandistas e seguidores de nenhuma religião.  

 Anjo bom do mundo, a Madre Teresa Brasileira 

"No caso da Irmã Dulce, ela representa a realidade de pobreza e desigualdade que existiu no período dela, existia antes dela e, infelizmente, ainda existe." 

"Ela conseguiu, numa realidade muito precária, dar algum atendimento aos pobres. Alguns falam que ela foi a Madre Teresa brasileira, porque ela fez algo muito parecido: com uma estrutura muito pequena deu atendimento de saúde às pessoas." Diz o vaticanista Filipe Domingues, Vice-diretor do Lay Centre em Roma e doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.  

Em outras palavras, o trabalho de Irmã Dulce é uma mostra clara de ação social, "em uma das regiões mais pobres do Brasil, em que fica claro o papel da Igreja às vezes entrando para suprir o mínimo onde o Estado falta", comenta o vaticanista. 

No texto oficial, distribuído pelo Vaticano na missa de canonização dizia: "A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de serviço aos últimos" 

Dom Walmor destaca o caráter exemplar de sua biografia. “Ela é exemplar na fé incondicional em Deus e exemplar no desdobramento autêntico de sua fé que se traduz no cuidado com os mais pobres. Por isto é elevada à glória dos altares”, disse. 

“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “ 

Santa Dulce, rogai por nós! 

 

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O nome José é de origem hebraica e significa “Deus une”. José é o último patriarca que recebe as comunicações do Senhor por meio dos sonhos. Como o antigo José (do Egito), ele é um homem justo e fiel (Mt 1,19) que Deus colocou como guardião da sua casa. Ele une Jesus, rei messiânico à descendência de Davi. São José não é somente o patrono dos pais de família como “sublime modelo de vigilância e providência”, mas também é o patrono da Igreja Universal, com festa em 19 de março.

O Patrono dos Pais de Família

São José é de Nazaré, que hoje em dia, é a maior cidade do norte de Israel. Mas nem sempre foi assim, na época de Jesus era uma cidade muito pequena, quase uma vila para nossos padrões atuais. Calcula-se que a Nazaré da época de Jesus abrigava de 300 a 600 moradores. Alguns pesquisadores ainda afirmam que não havia mais do que 20 famílias morando ali. Ali os pais de Jesus moraram e Jesus ficou até os 30 anos, vivendo junto com São Jose e Maria.

Em Nazaré peregrinando pela Basílica da Anunciação e percorrendo o seu belíssimo pátio até chegarmos à igreja de São José. Ela foi construída sobre as ruínas do edifício de onde teria sido a carpintaria e a morada de José. O povo de Nazaré, ao ouvir Jesus falar, perguntava-se: “Não é este o filho do carpinteiro?” (13, 55; cf. Mc 6, 3). Jesus praticou o ofício do pai.

Nazaré, Israel

São José, guardião da Sagrada Família

São José foi o esposo de Maria, o chefe da “Sagrada Família” na qual nasceu misteriosamente por obra do Espírito, Jesus, o Filho de Deus. E orientando a própria vida sob a leve marca de alguns sonhos, povoados de anjos que traziam as mensagens do Senhor, tornou-se um exemplo de paternidade. Certamente, não foi ausente.

É verdade, foi muito silencioso, mas até os trinta anos da vida do Messias, esteve sempre perto do filho com fé, obediência e disponibilidade para aceitar os planos de Deus. Começou a aquecê-lo na pobre manjedoura, o colocou a salvo no Egito quando necessário, se preocupou a procurá-lo quando se perdeu aos 12 anos em Jerusalém, o teve consigo no trabalho de carpinteiro, com Maria, o ajudou a crescer em “sabedoria, idade e graça”.

Sagrada Família de Nazaré

José é um homem “justo”, porque sempre se colocou disponível para cumprir a vontade de Deus, entregando a própria vida a um projeto que o transcende. Esta obediência leva José a uma vida nova e à descoberta de um sentido mais profundo do seu ser esposo e pai. Ele torna-se o guardião da “sagrada família”. Ele protege, abre o caminho. Ele cuida! Deste modo, a presença de José ao lado de Maria, sugere a realidade de um casal que realmente vive em profunda harmonia, com o intuito de construir uma família, cujo foco está em fazer a vontade de Deus.

O Pai da Providência

São José é considerado o Pai da Providência, ele foi aquele que providenciou o necessário para sobrevivência da Família de Nazaré. O termo grego tekton, utilizado para indicar o trabalho de José, foi traduzido de várias maneiras.

Os Padres da Igreja traduziram como “carpinteiro”. Mas nos recordemos que na Palestina daquele tempo, a madeira era utilizada fazer arados e móveis mas também para construir casas, suas armações de madeira e telhados em terraços feitos de vigas ligadas entre si com ramos e terra.

Portanto, “carpinteiro” ou “marceneiro” era uma qualificação genérica, indicando tanto os artesãos da madeira como os trabalhadores que se ocupavam de atividades relacionadas com a construção. Um ofício bastante duro. Economicamente, não se ganhava muito, percebemos isso quando Maria e José, ao apresentarem Jesus no Templo, terem oferecido apenas um casal de rolas ou de pombas (cf. Lc 2, 24), como a Lei prescrevia para os pobres (cf. Lv 12, 8).

Mesmo em meio às dificuldades, São Jose providenciou à Sagrada Família o seu sustento, a sua sobrevivência financeira e foi suporte como pai, homem e escolhido por Deus.

Para quem quiser aprofundar sua experiência com São José e tiver a oportunidade, pode visitar Nazaré, sua terra natal. É uma das mais célebres cidades do Oriente Médio, lugar sagrado do Cristianismo, que vê em suas estradas e no seu território, o lugar da Anunciação do nascimento de Jesus e da primeira parte de sua vida. Uma peregrinação nesta cidade e em seu território é uma imersão entre história, arte e espiritualidade que se fundem em uma única realidade.

Não deixei de mergulhar na vida amorosa de São Jose, o justo, pai amoroso, cuidadoso, trabalhador, patrono da Igreja, pai da boa morte. Humilde e obediente, ele abraçou a missão dada por Deus e encoraja a todos nós, com seu exemplo, a fazermos o mesmo.

São José foi o mais santo, o mais ilustre e o mais perfeito homem que o mundo já viu, é nosso intercessor junto a Jesus. Como dizia Santa Tereza D`Avila: “Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.”

Hoje é um dia muito especial. A Igreja troca os paramentos roxos – utilizados no tempo quaresmal – para dar lugar ao branco. O motivo? Celebrar com alegria o dia de São José, pai adotivo de Jesus e esposo da Virgem Maria e com fé, dizemos: Valei-nos São José! Valei-nos!

Hoje te pedimos, Senhor, uma fé inteligente, corajosa e tenaz como foi a de José.

 
 
Fontes:
Exortação Apostólica “Redemptoris Custos” de João Paulo II. A figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja.

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Queremos partilhar com você a história da SacraTour algo muito especial para nós! Por isso vamos te contar a nossa história. Dizem que nos tornamos mais íntimos das pessoas quando partilhamos os nossos momentos especiais. E hoje, é essa a nossa intenção! Venha saber um pouquinho mais de como nasceu a nossa agência.

Larissa e Melissa Calsavara (Diretoras da SacraTour)

Queremos que você saiba como a nossa agência nasceu, mas não quero falar só de questões práticas envolvendo o surgimento de uma empresa, quero que você saiba como a ideia nasceu em nossos corações e como ela foi tomando forma dentro e fora de nós.

Por isso, eu vou te contar como tudo aconteceu como se você fosse meu amigo próximo e estivesse aqui ao meu lado! Preparado? Então vamos lá!

Tudo começa com uma questão

Sabe quando acontece algo muito inesperado na sua vida e muda todos os seus planos? Coisas que você nunca imaginava que iria fazer ou ser... pois é, a história da SacraTour começa exatamente assim. Para eu te falar de como a agência nasceu, primeiro eu tenho que te contar como o meu desejo de ter essa agência ganhou espaço em minha vida.

Eu, Larissa, e minha família sempre fomos muito religiosos e isso me levou a ser bastante ativa em minha paróquia. No entanto, eu não me limitava somente aos trabalhos da minha paróquia, eu também tinha um bom conhecimento do que se passava na minha cidade, eu sou de Londrina-PR, você conhece?

Cidade de Londrina, no Paraná (Foto: Blog Engenho das Letras)

Foi desse meu interesse em ajudar e estar presente na minha paróquia que, em um dia especial, eu recebi a notícia de que haveria um grupo dali saindo para a Terra Santa. E alguém me perguntou:

Por que você não vai também?

Uma pergunta que me inquietou, eu vou ser bem sincera, eu não tinha muita vontade de viajar. Aliás, diferente do que muita gente anseia e deseja para a vida, eu estava bem no meu canto.

Minhas irmãs (eu tenho duas, mas depois elas entram nessa história) gostavam muito de viajar, mas em mim, realmente, não despertava a muita vontade.

Por outro lado, conhecer os lugares por onde Jesus passou com as pessoas que eram do meu convívio religioso..... é isso começou a me parecer muito animador. E como uma pequena semente essa ideia foi crescendo em mim. Até ganhar proporções de um entusiasmo e eu dizer; sim, ok! Eu vou!

Larissa Calsavara guiando um grupo de peregrinos da SacraTour na Terra Santa, 2015 (Jerusalém/Israel)

A primeira peregrinação

Antes de chegarmos a Terra Santa, tenho que te contar que naquela época eu tinha uma escola. Eu sou por formação prof. de matemática e ensinar e lidar com pessoas sempre foi algo que me encantou muito. Em outras palavras, isso quer dizer também que eu não estava procurando por trabalho.

Agora é hora de irmos! Muito bem, fomos à Terra Santa e ainda assessorados por uma agência de turismo. Essa viagem tem a ver com algo meu muito particular (lembra que eu disse que iria te tratar como um amigo, né?!), pois vou te contar:

Tem a ver com um hábito que eu tenho ou mania...não sei ao certo, de tentar solucionar o problema das pessoas. Ou seja, eu gosto de ajudar. Verdadeiramente. Acontece que isso foi visto pelo dono da agência que nos acompanhava.

Ele gostou muito do meu jeito e quis de toda a forma me contratar para que eu acompanhasse os grupos em viagens. Mas as coisas não eram tão simples.

O dono da agencia, que estava me oferecendo trabalho, queria que eu me mudasse para São Paulo. Ou seja, uma distância de mais ou menos seis horas de onde eu morava. E ainda tinha outra questão! Eu geria uma escola em Londrina, que precisava muito de mim, e ainda tinha toda a minha família lá. Eu estava sendo pressionada a mudar para São Paulo e ao mesmo ficava em dúvida sobre deixar minha cidade natal. Não sabia ao certo o que fazer. Mas, o que aconteceu foi que...

A mudança veio

Ela veio, porém de maneira diferente. Aquela viagem mudou comigo e com a minha vida. Parece clichê, e talvez seja, mas quem já foi à Terra Santa sabe que não tem como voltar de lá da mesma forma que se foi.

Pedra da Unção, no interior do Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)

A viagem é bastante cansativa, mas vez que você pensa em reclamar por qualquer motivo, você é presenteado com momentos de pura fé. Você faz amigos e sente a emoção de cada um que está lá, passa a saber a história de seu colega de ônibus e a admiração e compaixão aumentam a cada dia. Eu não poderia mais ser a mesma depois dessa viagem. Mas não queria me mudar para São Paulo.

Peregrinação com Padre Fábio de Melo

Então, eu combinei com a agência de São Paulo que eu iria assessorar as viagens saídas de Londrina e acompanhar os grupos. Minha primeira viagem depois dessa decisão foi com Pe. Fábio de Melo. Posso dizer que toda peregrinação e especial e essa foi repleta de aprendizagens e renovações.

O trabalho que eu estava descobrindo me encantava a cada segundo. Dizem que as melhores coisas da vida são difíceis de serem explicadas em palavras, e é exatamente essa dificuldade que eu tenho ao traduzir o que eu sinto quando vejo a emoção de alguém diante do Santo Sepulcro, ou ainda navegando pelo mar da Galileia.

Voltamos ao Brasil, e até aí estava tudo bem na minha vida. Eu estava acompanhando os grupos e estava conseguindo dar continuidade aos trabalhos da minha escola. Mas eu tive que tomar uma decisão muito séria.

Grandes decisões

Grande passos requerem grandes decisões, não é?! Eu percebi que algumas atitudes da agência de São Paulo não eram corretas. Decidi sair. Eu sempre aprendi que meu nome era algo que eu deveria zelar, ou seja, eu não queria meu nome ligado a algo que eu não acreditasse ou estivesse distante dos meus valores.

Saí da agência e continuei minha vida como diretora de escola. Mas quando o nosso caminho está traçado.... naquela mesma semana em que eu saí da agência, recebi o convite para ir a uma feira de turismo em São Paulo.

E fui. Lá conversei com pessoas que me incentivaram a continuar, fiz contato com receptores de vários países e sai de lá com uma decisão tomada: as coisas seriam do meu jeito, ou não seriam.

Stand da SacraTour na ExpoCatólica 2019 (São Paulo/Brasil)

Os planos de Deus e SacraTour

Em Londrina, avisei minha família da decisão de continuar, agora por conta própria. Eu queria dar vida o meu novo sonho de ter minha própria agência calcada nos meus valores. Daquela conversa nasceu a SacraTour.

Não por acaso, isso aconteceu depois de muito oração e muita conversa com minha família, porque os meus valores são fincados na fé e na lealdade.

Durante alguns anos tudo na agência teve o meu jeito e a minha cara. Mas eu sentia que faltava alguma coisa para tudo ficar completo.

A agência cresce a cada dia

Descobri que não era uma coisa, era alguém. E esse alguém era a minha irmã mais nova. Ela tinha acabado de sair de um emprego e eu fiz um proposta para que ela fosse trabalhar comigo.

Melissa e Larissa Calsavara, irmãs e diretoras da SacraTour no Monte das Oliveiras (Jerusalém/Israel)

E ela, como eu já imaginava, me disse um sonoro “Não!”. E disse mais de uma vez.  Mas eu não desisti, e foi então que ela me fez uma proposta “ Eu não quero trabalhar para você, eu quero trabalhar com você!” Minha irmã seria minha sócia? Inesperado, mas as boas coisas parecem ser inesperadas, né?! Então, eu não titubeei e disse “ Ok”!

Um negócio de família, em família

Melissa é a minha irmã mais nova e minha sócia, mas o nosso trabalho está sempre envolto por toda a nossa família. Eles estão com a gente desde o planejamento de cada peregrinação até na reza de agradecimento quando chegamos felizes e revigorados.

Melissa Calsavara, diretora da SacraTour, na Igreja Dominus Flevit, Monte das Oliveiras (Jerusalém/Israel)

A agência foi crescendo, nós fomos contratando mais pessoas para nos auxiliar. E, hoje, trabalhamos, em nossa sede em Londrina, com muita dedicação, amor e fé pelo nosso trabalho.

A SacraTour pelo mundo

E assim, nós nos especializamos em oferecer o que há de melhor numa peregrinação. Nenhuma agência se dedica a pensar em todos os detalhes. Mas nós pensamos. Peregrinar com a SacraTour é único e eu posso provar!

Além dos milhares de testemunhos, convido você a olhar os textos do nosso blog e as nossas redes sociais, você vai perceber que estamos preocupados com o todo da sua sua experiência! Você vai ver que estaremos com você já nos primeiros momentos, bem antes da sua peregrinação iniciar, preparando tudo para que a sua experiência seja incrível.

Foi muito bom compartilhar nossa história com você ! E agora que você já sabe sobre a nossa história, que tal me contar qual é o seu próximo destino dos sonhos?! Escreve aqui!

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Atualizado em 30/01/2023

Você sabia que São Dom Bosco é o santo dos jovens? E este ano teremos a Jornada Mundial da Juventude, uma ótima oportunidade dos jovens estarem unidos e reavivarem a sua fé!

Nós te levamos para lá!

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São João Bosco, popularmente conhecido como Dom Bosco, nasceu em uma família de camponeses em Castelnuovo d’Asti, (hoje Castelnuovo Don Bosco), na Itália, em 16 de agosto de 1815. Quando João Bosco tinha apenas 2 anos de idade, seu pai, Francisco Bosco, contraiu uma doença pulmonar que o levou à morte, deixando viúva sua esposa Margherita com 29 anos e três filhos.

Eram tempos de muita dificuldade, ela precisou lutar e trabalhar nos campos com grande sacrifício para sustentar a família e assegurar os estudos de João Bosco, que era maltratado por seu meio irmão, que dizia ser perda de tempo e dinheiro investir em livros.

A história de Dom Bosco

Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim (Itália)
Nossa Senhora Auxiliadora (Turim/Itália)

Quando João Bosco tinha 9 anos, sonhou com a missão para a qual o Senhor o chamava: estava em meio a jovens que blasfemavam, gritavam e brigavam, e quando ele estava pronto para entrar em combate contra eles com os punhos fechados, viu diante de si um homem de vulto luminoso, que se apresentou dizendo: “Eu sou o Filho D’aquela que tua mãe ensinou a saudar três vezes ao dia”, e acrescentou: “Não com pancadas, mas com mansidão e caridade deverás conquistar estes teus amigos. Comece imediatamente a instruí-los sobre o pecado e sobre a importância da virtude”.

Depois, apareceu-lhe uma mulher de majestoso aspecto, a Virgem Maria, que lhe mostrando o campo com cabras, cães e muitos outros animais, disse-lhe: “Eis o teu campo! Eis onde deves trabalhar! Torna-te humilde, forte e robusto”, e passando-lhe a mão sobre a cabeça, concluiu: “A seu tempo compreenderás tudo”. Depois desse sonho, João Bosco compreendeu sua vocação de educador da juventude, entrando no seminário anos mais tarde, tornando-se sacerdote em 1841.

São João Bosco

Sentindo a necessidade de uma maior atenção para com a juventude, Dom Bosco fundou o primeiro oratório, dando-lhe o nome de Oratório São Francisco de Sales, que passou a ser um lugar de reunião, recreação, de evangelização, catequese e de promoção social, com a instituição de escolas profissionais, sendo o amor, o princípio pedagógico supremo. E para dar continuidade à sua obra, fundou em Turim, a Sociedade de São Francisco de Sales, uma congregação formada por sacerdotes e conhecida como Salesianos.

Dom Bosco

Naquele tempo, Turim era uma cidade em expansão em seus vários aspectos, e por causa da forte migração do campo, vários problemas afetavam diretamente a juventude, como: o analfabetismo, o desemprego, a degradação moral e a falta de assistência religiosa.

Dom Bosco

Aos 72 anos, consumido pelo trabalho, Dom Bosco morreu em Turim, em 31 de janeiro de 1888, dia no qual a Igreja celebra sua memória litúrgica.

São João Bosco, o Santo da juventude

O peregrino que vai a Turim poderá visitar os lugares que foram santificados pela presença de Dom Bosco. Pode ainda entrar em contato com a memória histórica dos Salesianos que recorda as origens do santo, e entre elas, não pode deixar de visitar o Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora em Valdocco, que foi construído por Dom Bosco, como Igreja Mãe e centro espiritual da Obra Salesiana no mundo.

Dom Bosco

Dom Bosco indica ao católico de hoje a estrada a ser percorrida para viver em santa alegria sobre esta terra com o objetivo de alcançar a felicidade eterna no Céu.

Dom Bosco, educai-nos para santidade.

São João Bosco, o Santo da juventude

 
Fonte: Dom Bosco Místico. Uma Vida Entre o Céu e a Terra, 2016 (Cristina Siccardi).

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Um dos mais gloriosos triunfos da graça divina, é sem dúvida, a conversão de São Paulo, que a Igreja celebra com festa especial. São Paulo era hebreu, nascido em Tarso, na Cilícia (Ásia Menor), hoje Turquia. Ele era cidadão romano, porque a muitos dos cidadãos de Tarso foi concedida a cidadania romana após o acordo firmado por Pompeu em 67 a. C. Esta cidade tinha grande importância como centro de aprendizagem do mundo antigo, podendo ser comparada com Alexandria e Atenas: grandes centros universitários da época.

Mapa Turquia

Sendo filho de judeus devotos, Paulo foi enviado para estudar em Jerusalém, na Escola de Gamaliel, um célebre doutor da lei e um dos mais destacados membros do Sinédrio, e sob sua direção, tornou-se um fiel observador da lei mosaica (Gl 1,14). E foi este zelo que fez de Paulo o mais terrível perseguidor dos primeiros discípulos de Jesus.

A história de São Paulo, antes e depois de se tornar apóstolo

Acreditando “que devia fazer a maior oposição ao nome de Jesus de Nazaré” (At 26, 9), entrava nas casas dos fiéis e arrancava delas homens e mulheres para entregá-los à prisão (cf. At 8, 3); chegava a maltratá-los para obrigá-los a blasfemar (cf. At 26, 11). Não contente com devastar apenas a Igreja de Jerusalém, foi apresentar-se ao príncipe dos sacerdotes, pedindo-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de prender, nessa cidade, todos os que se proclamassem seguidores da nova doutrina (cf. At 9, 2).

“Senhor, que queres que eu faça?”

No caminho de Damasco, Paulo teve um encontro pessoal com Cristo, quando uma luz fulgurante vinda do Céu o envolveu, derrubando-o do cavalo. Paulo não resistiu ao poder de Cristo, e rendido, perguntou: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9,6). Esta experiência às portas de Damasco muda para sempre a vida de Paulo, e com a mesma intensidade com a qual era um perseguidor da Igreja, passa a ser um fervoroso missionário, que por meio de suas viagens apostólicas e numerosas cartas, anunciava o Evangelho às nações.

Festa da Conversão de São Paulo

A Festa da Conversão de Paulo - celebrado no dia 25 de Janeiro - que somos chamados a celebrar e a viver, exprime a poder da graça que supera todo pecado. Esta virada decisiva se cumpre na vida de Paulo, quando ele descobre o mistério da Paixão de Cristo que se renova em cada ser humano aberto à graça.

A Conversão de São Paulo

Se você gostou de conhecer a história de São Paulo, você irá desejar vivenciar pessoalmente sua fé em um de nossos roteiros. Para 2018, nós temos uma peregrinação por Turquia e Grécia - Nas Pegadas de São Paulo que irá durar 16 dias. Nesta viagem, bilhetes aéreos e taxas, hotéis, alimentação (café da manhã, almoço e janta), traslados, guias, passeios, seguros de viagem e maleteiros estão inclusos. Confira abaixo um vídeo com cenas de nossas peregrinações na Turquia:

Ao final desta peregrinação, você poderá afirmar como Paulo: "Basta-me, Senhor, a tua graça" (Cf. 2Cor 12,10).

 
Fontes: A Bíblia Sagrada / Descobrindo Paulo – a história do Apóstolo dos Gentios – J. Bortolini. 2016.

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Neste 25 de Abril, a Igreja celebra a memória de São Marcos Evangelista. Hebreu de origem, nasceu provavelmente fora da Palestina de uma família rica. São Pedro o chamava de “meu filho”, e certamente o levou consigo em suas viagens missionárias no Oriente e em Roma, onde pode ter escrito o Evangelho.

Por volta de 44 d.C., Marcos encontrou-se com o Apóstolo Paulo juntamente com Barnabé, quando estes retornaram de Antioquia para Jerusalém. Ele escutava as narrativas de Paulo e Barnabé no Cenáculo sobre a difusão do Evangelho e decidiu acompanhá-los na primeira viagem apostólica a Chipre. Não obstante os medos e as inseguranças, tempos depois, o jovem Marcos se torna um fiel colaborador do apóstolo Paulo, e não hesitou em segui-lo até Roma, onde em 61 d.C. resulta que Paulo estava na prisão esperando a sentença.

De fato, na segunda carta a Timóteo, escrita de Roma, pede que Timóteo venha ao seu encontro e que traga junto Marcos, porque ele poderá ser útil ao ministério (cf. 2 Tm 4, 11). Talvez, Marcos tenha chegado a tempo para assistir ao martírio de Paulo e logo depois, permanecendo em Roma, colocou-se à disposição de Pedro como discípulo e secretário.

Poço da Sagrada Família na Igreja de São Sérgio (Cairo/Egito)

O Evangelho

O Evangelho de Marcos é o mais breve de todos e foi escrito entre os anos 50 e 60 d.C. quando Marcos encontrava-se em Roma a serviço do apóstolo Pedro. “Marcos foi colaborador de Pedro na pregação do Evangelho, e assim, foi também, intérprete e o porta-voz autorizado na elaboração dos escritos transmitidos pelo Príncipe dos Apóstolos, tal qual ele pregava aos primeiros cristãos, especialmente, na Igreja de Roma”. É um Evangelho escrito por meio de uma fonte segura, Pedro, e assim, concomitantemente, Marcos, de forma bem simples, por meio de seus escritos, procurava responder à pergunta sobre quem era realmente Jesus de Nazaré.

Missão no Egito

Segundo uma antiga tradição, Pedro enviou Marcos para evangelizar Alexandria, no Egito. Da pregação do Evangelista, foi fundada a Igreja Copta no I século d. C. Trata-se de um grupo étnico-religioso egípcio com uma língua litúrgica própria, cuja maior parte aderiu à Igreja Ortodoxa Copta, com sede em Alexandria, tendo como Patriarca Tawadros II.

De acordo com os estudiosos, a palavra “copta”, significa “egípcio” e esses cristãos, identificados como cristãos coptas, fazem parte de uma comunidade milenar, hoje com cerca de 15 milhões de fiéis, sendo a maior comunidade cristã de todo o Oriente Médio, e representa 10% da população em meio à grande maioria muçulmana.

O martírio

A tradição relata também, que na região de Alexandria, São Marcos foi torturado, amarrado com cordas e arrastado pelas estradas, tendo seu corpo dilacerado pelas pedras. Depois de uma noite na prisão, foi confortado por um anjo e no dia seguinte, foi de novo arrastado pelas estradas, até que morreu em 25 de abril do ano 72 d. C., com 57 anos de idade. Foi sepultado em Bucoli em uma gruta e depois no século V, seus restos mortais foram transladados para Canopo, uma cidade portuária do Antigo Egito (hoje em ruínas) situada na região oeste do Delta do Nilo.

As relíquias

Em 828, dois mercadores venezianos, Buono da Malamocco e Rustico da Torcello, se apropriaram das relíquias do Evangelista que estavam sendo ameaçadas pelos árabes, transferindo-as para Veneza, na Itália. São Marcos tornou-se o Patrono de Veneza, porque durante sua permanência em Roma, em uma de suas viagens devido a uma tempestade, teve que aportar nas ilhas Rialtinas, que se tornaram o primeiro núcleo da futura Veneza. Até hoje, as relíquias repousam na imponente Basílica de São Marcos, conhecida como um prodígio de mármore e ouro na fronteira da arte.

Passeio em Veneza, na Itália
A Catedral Ortodoxa Copta de São Marcos

É a maior catedral da África e do Oriente Médio, cuja inauguração se deu no ano de 1968. Ela está situada no distrito de Abbassia – cidade do Cairo, e por isso, é conhecida como Catedral de Abbassia, sendo também a sede do Papa Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II. Essa igreja recebe o título de São Marcos, porque ele é considerado e venerado como o fundador da Igreja copta, tanto que algumas de suas relíquias, doadas pelo Papa Paulo VI, são conservadas neste templo.

Interior da Catedral de Abbassia, no Cairo (Egito)

Para você que planeja fazer uma peregrinação transformadora, nós temos três dicas importantes:

1) estando na Itália, você tem a possibilidade de visitar Veneza passando pela Piazza San Marco, um imenso e majestoso salão a céu aberto. Se não conseguir entrar na Basílica, escolha um ângulo da Praça e ore mesmo assim a São Marcos para que sua fé e coragem sejam renovadas.

2) No roteiro Nas Pegadas da Sagrada Família, ao passar pelo Egito, na cidade do Cairo, distrito de Abbassia, você pode visitar a Catedral de São Marcos. E,

3) Ao visitar a Terra Santa, você vai conhecer pessoalmente o Cenáculo de Jerusalém. Ali Marcos escutava Paulo e Barnabé falando da missão e da pregação do Evangelho. Escute o silêncio do lugar no seu silêncio interior, para reviver episódios narrados no Evangelho de Marcos que são marcantes em seu caminho de fé.

Peregrinar é viver!

 
Fonte: Bíblia Sagrada / Santoral Católico online: Santi e Beati / lachiesa.it / Vatican Insider

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Rita nasceu provavelmente no ano de 1381, em Roccaporena, um pequeno vilarejo situado no município de Cássia, na província de Perúgia, na Itália. Situada na região mais montanhosa da Úmbria, Cássia deve a sua importância ao santuário construído em nome de Santa Rita, um dos mais importantes centros espirituais da região e célebre meta de peregrinação.

Ao falar de Cássia, não tem como não citar Santa Rita; a monja, beatificada em 1900, que viveu entre 1381 e 1457. Hoje a Santa, conhecida como dispensadora de graças, é venerada em todo o mundo e muita gente, a cada ano, chega em peregrinação durante as celebrações que se têm no Santuário dedicado a Santa Rita.

Principais atrativos da cidade de Cássia

Cidade de Cássia, na Itália

Os principais atrativos da cidade de Cássia são a Basílica Santuário e o Mosteiro de Santa Rita, verdadeiros centros religiosos de fama mundial, que oferecem aos peregrinos uma ocasião para refletir e orar. No Mosteiro se pode ver a cela onde viveu Santa Rita por 40 anos como monja agostiniana e o oratório com o Crucifixo milagroso.

A basílica atual foi construída entre 1938 e 1947, e trata-se de uma construção moderna. Na capela dentro da basílica se encontra o sarcófago onde as monjas depositaram o corpo de Santa Rita logo após a sua morte. Seu corpo está revestido com o hábito agostiniano. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, mas o resto do corpo, coberto pelo hábito agostiniano, está em forma de simples esqueleto.

Santa Rita, o respiro do perdão

Entre os eventos extraordinários da vida monacal de Rita, mulher de fé e de coragem, recordamos o episódio, historicamente comprovado, do espinho que se desprendeu do Crucifixo e se prendeu na fronte e na alma da santa, e que foi interpretado como uma chaga, uma ferida resultante dos sofrimentos pessoais e familiares vividos.

Desde o ano de sua morte (22 de maio de 1447), depois de 4 anos de enfermidade e mortificações com contínuos jejuns e penitências, a fama de santa, antes da beatificação, se difundiu, não somente no território de Cássia, mas em toda parte, e alguns anos depois, foram registrados milagres atribuídos a ela, porém, a sua canonização só aconteceu em 1900, por vontade do Papa Leão XIII.

Peregrinar por Cássia significa reencontrar e reviver a atmosfera espiritual na qual viveu Santa Rita, a carga de esperança que animou a sua vida, a busca constante pelo primado do bem sobre o mal, o respiro do perdão e a fidelidade em Deus, que ultrapassa todo sofrimento e desespero.

Grupo de peregrinos da SacraTour em Cássia, na Itália

Santa Rita, das causas impossíveis, rogai por nós.

Fonte: Remo Piccolomini e Natalino Monopoli. Santa Rita da Cascia: il respiro del perdono, 2016.

 

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Que tal comemorar a festa de São João sabendo mais sobre este Santo tão presente em nossa cultura? Peregrinando de Casa pela Terra Santa nos acostumamos a conhecer a riqueza e a beleza de lugares admiráveis na vida de Jesus. No caminho por esses locais sagrados, nos deparamos com a história da vida dos santos. 

Saber sobre essas histórias também nos ajuda a compreender melhor os ensinamentos e a relacionar a importância de locais e ensinamentos. A vida São João Batista é um bom exemplo de auxílio na construção dos caminhos de Jesus. Vamos saber mais?

Começamos com o fato de que a Igreja Latina fixou a conhecida Festa de São João exatamente seis meses antes do Natal e três meses depois da Anunciação, tendo como base o anúncio do Anjo à Maria, que também anuncia sobre a gravidez de Isabel (Lc 13,6). Diversos fatores fizeram de João Batista, o primeiro santo venerado em todas as partes do mundo com uma solenidade festiva e muitas igrejas a ele dedicada em diversas nações.

João é a lâmpada preparada para o Messias

Pode-se afirmar que o Evangelho é a história simultânea de profecia e cumprimento (cf. Sl 132,17; Jo 5,35). João e Jesus, cada um com a sua profunda singularidade e o seu chamado específico, foram tomados por uma substancial humanidade ao seguir os desígnios de Deus no serviço ao Reino. De fato, Jesus perguntava ao povo: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?” (Lc 7,24). “Este é aquele de quem está escrito: – Enviarei o meu mensageiro à tua frente; Ele preparará o teu caminho diante de ti” (Lc 7,27).

Os passos de João e Jesus sempre nos ensinam e nos inspiram. São João Batista foi o precursor dos passos de Jesus, anunciando o reino dos céus. Ele iluminou o caminho de Jesus, abrindo espaço no coração e na mente das pessoas para a entrada das palavras do Messias.

O testemunho de João Batista

O testemunho de João Batista nos toca e nos mostra o que significa dar testemunho (Cf. Jo 1,34). E é João Batista que anuncia que chegou o tempo da redenção “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. ” (Jo 1,29). Ele é o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro Apóstolo de Jesus, porque dá testemunho de Jesus ainda em vida. João tornou-se um operador de conversões em Israel e o Precursor do Senhor com o espírito e a força do profeta Elias.

No ano 15 do império de Tibério (28-29 d. C.) iniciou a sua missão ao longo do Rio Jordão, anunciando a chegada do Reino messiânico, exortando à conversão e, pregando a penitência. Por isso, João mergulhava nas águas do rio Jordão como sinal de purificação dos pecados e do nascimento à nova vida àqueles que acolhiam sua palavra. E assim, lhe foi dado o nome de Batista.

Grupo de peregrinos da SacraTour na Igreja da Visitação, em Ein Karem (Jerusalém/Israel)

 Nos passos de João Batista

Ao peregrinarmos pelos passos de João Batista, podemos ver que em  sua vida há uma mulher estéril e anciã, Isabel, e um pai que vivia no Templo, sendo também ele um ancião, Zacarias. Eles são pobres, mas justos diante de Deus (Lc 1,6). Em nossas peregrinações pela Terra Santa, é muito comum visitarmos Ein Karen, que é o local onde viveu Zacarias e Isabel, os pais de João Batista. Podemos ver que Ein Karen é um antigo vilarejo que ficava a alguns quilômetros de Jerusalém, e que atualmente, com o crescimento da cidade, encontra-se como parte integrante da cidade, sem perder sua atmosfera pastoril.

Continuamos a peregrinar pela Igreja da Visitação que, além de linda, é o lugar que marca o encontro de Maria com Isabel. Nesse encontro das duas primas grávidas e dos respectivos filhos, podemos imaginar a alegria que saltava do ventre de cada uma delas.

Igreja da Visitação, em Ein Karem (Jerusalém/Israel)

Seguimos peregrinando por um dos locais mais emblemáticos e repleto de emoção: o rio Jordão. Este rio é tão importante porque foi lá que João Batista pregava um batismo de penitência. É deste momento, que nossos peregrinos buscam a renovação do Sacramento do Batismo, como o sinal de quem nasce para uma nova vida. E, com certeza, muitas palavras e citações do Evangelho sobre João Batista ecoam na mente e no coração de quem se permite viver essa experiencial de fé.

Grupo de peregrinos da SacraTour renovando suas promessas batismais no Rio Jordão, mesmas águas em que Jesus foi também batizado por São João Batista
A devoção popular no Brasil

Ligadas à celebração de São João, de Santo Antônio, de São Pedro e São Paulo, as festas juninas, se destacam em todo o Brasil, valorizando as tradições locais de nosso imenso país, revelando ao mesmo tempo, a fusão de elementos históricos e religiosos desde o Brasil colonial.

Um dos símbolos desses festejos é a fogueira, em torno da qual, nasceram não somente superstições, como também, tradições. A fogueira, por exemplo, foi trazida pelos missionários jesuítas e era ao seu redor que se dançava a quadrilha, uma tradição influenciada pelas danças típicas dos nobres franceses. Os fogos de artifício, por sua vez, foram incorporados das tradições chinesas que já manipulavam a pólvora para a fabricação de fogos. A dança de fitas, são oriundas de Portugal e Espanha. Tudo isso mostra a riqueza multicultural de nosso país.

Por isso, o mês de junho é marcado por festejos nos quatro cantos do país, realizados por Igrejas, colégios, sindicatos e empresas, atraindo também turistas do Brasil e do exterior.

Nesse momento de aprendizagem que estamos vivendo, ainda nos cabe reaprender a comemorar de casa. Assim como peregrinamos de casa por lugares fantásticos, também podemos usar a imaginação e o coração para nos transportarmos para lugares tão significativos na vida de São João Batista. E continuamos pedindo a intercessão de todos os santos e nesse sentido, oramos dizendo: São João Batista, rogai por nós.

Celebração da Festa Junina em honra a São João, Santo Antônio, São Pedro e São Paulo
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Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e Maria, foi um grande amigo de Jesus, de farto, em sua casa, a três quilômetros de Jerusalém, Jesus fazia breves pausas para descansar, sendo confortado pelas atenções de Marta e Maria. Betânia, fornecia, junto a Betfagé, o último repouso para que vinha a Jerusalém partindo de Jericó. Antigamente era só uma vila.

Na Sagrada Escritura é citada com o nome de Ananias, entre os lugares povoados por Benjamim ao retornar do Cativeiro na Babilônia (Cf. Ne 11,32); o prefixo “bet”, que significa casa, foi acrescido depois, e sucessivamente o nome se transformou até a forma de “Betânia”. Esse lugar também é chamado pelos muçulmanos como Al-Eizariya (o lugar de Lázaro).

São Lázaro de Betânia

A celebridade de Betânia

Essa não se deve somente às diversas paradas que Jesus fez ali para descansar, (Cf. Lc 10, 38-42; Jo 12,1) mas provém especialmente do milagre impressionante que Jesus realizou: a ressurreição de Lázaro (Cf. Jo 11,17-44). E por isso, desde os primeiros tempos do cristianismo, o túmulo de Lázaro atraiu a devoção dos fieis, que no século IV construíram ali um santuário. A casa de Betânia e o túmulo foram metas de peregrinação desde os primeiros tempos do cristianismo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos informaram que ao lado do túmulo de Lázaro foi edificado um mosteiro sob o beneplácito de Carlos Magno.

A ressurreição de Lázaro

As Igrejas e túmulo de Lázaro

O túmulo de Lázaro não é um túmulo comparável aos outros. O culto que os peregrinos de Betânia realizavam interruptamente desde os primeiros séculos, revelara que a sua ressurreição prefigurava a ressurreição de Cristo.

Igreja de São Lázaro, em Betânia (Israel)

Sobre o túmulo de Lázaro surgiram duas igrejas. A primeira foi destruída por um terremoto e a secunda pelos Persas, em 614. Foi construída uma terceira igreja no tempo das Cruzadas. Depois os muçulmanos se instalaram em Betânia e somente no século passado, os Franciscanos compraram essa propriedade. Escavações realizadas nesse lugar, em 1949, depois da destruição de velhas casas, permitiram encontrar as ruínas dessas igrejas e de um mosteiro do tempo das Cruzadas.

A Igreja atual, construída em 1952, surgiu sobre os fundamentos destas antigas igrejas. Essa igreja não possui janelas e dá a ideia de um monumento sepulcral. A luz entra através dos vidros da cúpula, que representam a ressurreição de Lázaro e deJesus. Os mosaicos retratam os três episódios do Evangelho ligados a Betânia. “Era uma gruta com uma pedra posta sobre ela” (Cf. Jo 11,38). O túmulo de Lázaro, era provavelmente escavado na rocha dessa gruta.

Por isso, Jesus gritou em alta voz: “Lázaro, vem para fora”! (Jo 11,43). Hoje, se pode descer até o túmulo por uma escada de vinte e dois degraus. A antiga porta que se tinha foi fechada pelos muçulmanos que construíram uma mesquita entre a Igreja e o túmulo. No século XVII, os Franciscanos obtiveram o direito de abrir esta porta, que permite descer até o túmulo.

Tumba de Lázaro, em Betânia (Israel)

Viva sua peregrinação com a gente!

Ao viajar conosco o peregrino tem a possibilidade de fazer memória dos acontecimentos da vida de Jesus que se desenvolveram em Betânia. É sempre essa memória de Cristo que vem em primeiro lugar em nossos roteiros e que conduz o nosso agir. Desse modo, diante do túmulo de Lázaro, abramos nosso coração à esperança da Ressurreição e do Céu e deixemo-nos descansar no Senhor.

 
Fonte: Santi e Beati / Extraído de “Sulle orme di Gesù, guida ai santuari di Terra Santa”, Edizioni Terra Santa, Milano – pp. 103-108. Nayara Pedrini / Tiago Brunet. Manual do peregrino na Terra Santa, 2013

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No dia 14 de agosto a Igreja celebra São Maximiliano Kolbe, um santo que nasceu na Polônia de uma ardente família cristã, em 7 de janeiro de 1894; o seu nome de batismo era Raimundo.

Auschwitz, na Alemanha

Por causa das condições precárias da família somente o filho primogênito pôde frequentar a escola e, por isso, Raimundo procurou aprender a ler e a escrever com o padre da cidade e depois com o farmacêutico. Com a chegada dos Frades Menores na região, estes propuseram aos pais de Raimundo acolhida dos dois filhos mais velhos no colégio franciscano para que recebessem formação intelectual e cristã.

Do colégio, os dois irmãos passaram para o noviciado franciscano, mas o primogênito, Franciszek, abandonou o convento para dedicar-se à carreira militar tomando parte na Primeira Guerra Mundial, vindo a desaparecer em um dos campos de concentração.

Quanto a Raimundo, certo de corresponder à vontade de Deus, assumiu o nome de Maximiliano Maria, e foi destinado a frequentar o Colégio Seráfico Internacional de Roma para prosseguir sua formação. Em 1915 concluiu o curso de filosofia na Universidade Gregoriana de Roma.

Auschwitz, na Alemanha

A Milícia da Imaculada

No decorrer do tempo que passou em Roma, frei Maximiliano começou a perder sangue pela boca: foi o início da tuberculose, que entre altos e baixos, o acompanhou por toda a vida. No entanto, enquanto consolidava sua própria formação, se rendeu conta que devia operar para a defesa do Reino de Deus sob a proteção de Maria Imaculada. Sabia que os tempos eram difíceis devido à influência do Modernismo e da Maçonaria.

Deste modo, após receber o consentimento de seus superiores, em 16 de outubro de 1917, fundou com outros seis companheiros, a Milícia da Imaculada, que tinha por objetivo “renovar todas coisas em Cristo por meio da Imaculada”. Depois de sua ordenação sacerdotal em 1918 e conclusão dos estudos teológicos em 1919, retornou à Polônia, mas por causa da tuberculose não podia dedicar-se à pregação. Desse modo, com a autorização dos superiores e do bispo, se dedicou inteiramente à Milícia da Imaculada, recolhendo numerosas adesões entre os religiosos de sua Ordem, professores e estudantes da universidade, profissionais e camponeses.

Alternando períodos de repouso por causa da tuberculose que avançava, padre Kolbe fundou em Cracóvia, em 1921, um jornal de poucas páginas chamado “O Cavaleiro da Imaculada” para alimentar o espírito e a difusão da “Milícia”, o que o levou a viver no Japão e na Índia, entre os anos de 1930 e 1936, para depois retornar à Polônia para cuidar da saúde.

Auschwitz, na Alemanha

No campo de concentração de Auschwitz

Durante a invasão da Polônia pelos nazistas, em 1939 e início da Segunda Guerra Mundial, Padre Kolbe foi feito prisioneiro e transferido para o campo de extermínio de Auschwitz, onde recebeu o número 16670, compartilhando a sorte e os sofrimentos de muitos outros prisioneiros, e como esses, foi forçado aos trabalhos mais humilhantes, como o transporte dos cadáveres ao crematório.

A sua dignidade de sacerdote e homem reto, que suportava, consolava e perdoava o levou a oferecer sua vida para salvar um dos prisioneiros, aceitando morrer em seu lugar, o que ocorreu em 14 de agosto de 1941, com a pronúncia de suas ultimas palavras: “Ave Maria”.

No dia seguinte seu corpo foi queimado no crematório e suas cinzas se misturaram àquelas de tantos outros condenados. Em 1982, na Praça de São Pedro, Padre Maximiliano Maria Kolbe foi canonizado pelo Papa polonês João Paulo II, em base ao heroico testemunho da caridade, sendo o primeiro santo que viveu o martírio durante o regime nazista. Os seus restos mortais, como dito antes, foram reduzidos a cinzas e dispersados, mas a sua cela no campo de Auschwitz tornou-se meta de peregrinação.

Auschwitz, na Alemanha

Nas pegadas de São Maximiliano Kolbe

Peregrinando com a SacraTour, o peregrino vai descobrir que a Polônia é muito mais do aquilo que pode parecer numa primeira vista. É muito difícil imaginar a história e o presente desse país sem a presença da Igreja católica. A peregrinação pode proporcionar um vivo encontro com a história e com a fé na Polônia.

É nesse sentido, que o peregrino é chamado a descobrir o cristianismo que vive por meio do testemunho de pessoas que foram levadas ao altar por causa de sua fé heroica, entre as quais está o missionário franciscano padre Maximiliano Kolbe, que foi prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz. Dele, o Papa João Paulo II disse: “com o seu martírio ele trouxe “vitória por meio do amor e da fé, em um lugar construído para a negação da fé em Deus e no homem”.

Ver a Polônia através da fé é um dos mais justificados modos de visitar o país. Um país de fé sempre viva, cheio de igrejas e de um real influxo dos valores religiosos sobre a vida social, política e sobre a história nacional. A cultura espiritual da nação polonesa é como uma força que ativa e modela os relacionamentos como algo capaz de opor-se ao mal e mudar o mundo.

Auschwitz, na Alemanha

São Maximiliano Kolbe, rogai por nós.

Fonte: vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_19821010_massimiliano_kolbe_it.html / radiomarconi.com/marconi/kolbe/kolbe.html / vocazionefrancescana.org/p/s-massimiliano-kolbe-frate-conventuale.html

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“Tu és Pedro, e a ti darei as chaves do Reino”

No dia 22 de fevereiro, a Igreja celebra o símbolo da Cátedra de São Pedro, pondo em relevo a missão de mestre e pastor conferida por Jesus a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”, “apascenta os meus cordeiros” e “sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja”. É um mandato à pessoa e aos seus sucessores, princípio e fundamento visível da unidade da Igreja.

O que é a Cátedra?

A cátedra, literalmente, é uma sede (trono) onde se assenta o Sumo Pontífice (Papa) e os bispos. É colocada de modo fixo na igreja mãe da diocese, o que dá origem ao nome de “catedral”, e é o símbolo da autoridade do bispo e de seu magistério ordinário na Igreja local. A cátedra de São Pedro indica a sua posição preeminente, ou seja, superior, no colégio apostólico, demonstrada pela explícita vontade de Jesus, que lhe dá a missão de “apascentar” o rebanho, isto é, guiar o novo povo de Deus, a Igreja. Pedro, então se torna o chefe da Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

Teto da Capela Sistina, nos Museus Vaticanos (Vaticano/Itália)

Quando se entra na basílica vaticana, nosso olhar se volta imediatamente para o baldacchino sobre o túmulo de Pedro e para a magnífica escultura da cátedra na glória de Deus, realizada por Bernini, que está inserida em uma custódia de bronze dourado, sustentada pelas colossais estátuas dos santos doutores da Igreja: Agostinho, Ambrósio, Atanásio e João Crisóstomo.

Uma missão de fé

Os discípulos desde sempre acreditaram que a Pedro Jesus confiou a missão de guardar a fé, de evitar que o tempo e as opiniões, os erros e as traições, mudassem a essência da mensagem por Ele transmitida. Desse modo, desde sempre, as comunidades reconheceram em Pedro e nos seus sucessores a tarefa de conservar o depósito da fé. É a este patrimônio que a festa de hoje nos reporta, mostrando que os ensinamentos de Pedro são como uma espécie de ponto focal para a fé cristã.

Escultura da Cátedra de São Pedro

Neste dia especial da festa da Cátedra de São Pedro, recordemos de modo especial o precioso e indispensável serviço que o Papa, enquanto sucessor de São Pedro desenvolve como pai e mestre dos cristãos. É Jesus mesmo que escolhe Pedro para confiar-lhe “as chaves do reino dos céus”, símbolo do poder, mas sobretudo da missão que o Papa deve realizar para o bem e o progresso dos fiéis.

Hoje somos convidados a orar pelo Papa, como responsável pelos ensinamentos e como guia dos fiéis, para que iluminado pelo Espírito e sustentado por todos os cristãos, possa desenvolver o seu ministério para o bem não somente dos cristãos, mas de toda a humanidade.

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Sobre a empresa

O nosso propósito é oferecer aos nossos clientes uma experiência única ao realizar o desejo de conhecer novos lugares e novas culturas. Com serviços de excelência, proporcionamos aos nossos peregrinos o aproveitamento máximo de cada momento. E nessa caminhada, nossos valores são nossos guias: fé em Deus, integridade, confiança, satisfação do cliente, respeito às pessoas, comprometimento e inovação!

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