São Pedro foi um dos mais importantes apóstolos. Ele deixou toda a sua vida para seguir os passos de Jesus. Mesmo errando e duvidando da sua própria fé, ele foi escolhido por Cristo. Hoje, vamos percorrer os caminhos de São Pedro e saber mais sobre aquele que é conhecido como o primeiro Papa da Igreja e também padroeiro dos pescadores e dos Papas.
Quem era São Pedro
Nascido em Betsaida, na Galileia, São Pedro era filho de Jonas. O apóstolo André era seu irmão e o nome de São Pedro em seu nascimento era Simão, ou Simeão. Pedro era pescador e trabalhava com o irmão e o pai.
Onde São Pedro vivia
São Pedro, que na época ainda era Simão, vivia em Cafarnaum, lá ele tinha sua própria casa onde vivia com a sogra.
Diferentemente de Nazaré e de Belém, Cafarnaum era uma cidade de certa importância. Pelas estradas de Cafarnaum circulava gente de todo tipo de classe social: pescadores, artesãos, mercadores, coletores de impostos, etc. Mesmo sendo um centro importante, Cafarnaum estava longe dos centros de poder como Tiberíades.
Cafarnaum
A casa de Pedro ainda existe e os arqueólogos possuem mais do que um elemento para afirmar que aquelas quatro paredes colocadas abaixo da igreja construída sobre o sítio arqueológico da antiga Cafarnaum são do apóstolo. Além disso, de fato, foram encontrados pequenos traços, mas importantes que permitem dizer que naquela casa de pescadores existia uma comunidade primitiva ligada à recordação de Pedro.
Dada a movimentação de pessoas na cidade, sabe-se, por exemplo, que Jesus poderia anunciar sua mensagem de salvação sem provocar uma imediata reação dos chefes políticos e religiosos.
Cafarnaum foi a pátria de Pedro e de seu irmão André, de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que Jesus escolheu como discípulos. Isso quer dizer que é bem provável que Jesus tenha sido hóspede e vivido em Cafarnaum na casa de Pedro, pois, de fato, ali Jesus realizou a cura da sogra de Pedro(Mt 8, 14-17).
O encontro de Pedro com Jesus Cristo
Simão, chamado de Pedro por Jesus, foi um dos Apóstolos do Messias e escolhido para ser o primeiro Papa da Igreja Católica. Foi um dos que primeiros chamados por Jesus e o seguiu em todas as suas pregações.
O primeiro chamado
O primeiro chamado de Pedro quando Jesus o chamou das trevas para a luz, manifestando-se a ele como o Filho de Deus.
“André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido Jesus. O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: "Achamos o Messias" (isto é, o Cristo).” ( João 1, 40-41)
O segundo chamado
Em seguida, o segundo chamado de Pedro foi feito no mar da Galileia. Lá Jesus fez o chamado para que Pedro e André o seguissem:
“E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.” (Mateus 4:18-22)
O terceiro chamado
No terceiro chamado de Pedro vemos a convocação para que se torne um apóstolo.
E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Mateus 10:1
O legado de São Pedro
Pedro negou Jesus por três vezes depois de sua prisão e, depois da Ressurreição, foi eleito como guia da comunidade cristã de Jerusalém. Sua pregação chegou a Roma, onde morreu mártir, durante as perseguições de Nero.
Detido no cárcere Mamertino, em Roma, foi crucificado, por seu pedido de cabeça para baixo, entre 64 e 67 d. C., onde hoje está a Basílica Vaticana . Hoje em dia, por exemplo, muitos peregrinos buscam se conectar com os caminhos de São Pedro visitando locais sagrados como:
A Basílica de São Pedro
A Basílica de São Pedro foi construída por Constantino durante o pontificado de Silvestre I (314-335), enquanto o imperador por meio do Edito de Milão em 313 tinha consolidado a liberdade de culto para os cristãos (já reconhecido em 311 pelo edito de Galério) e favoreceu a construção de numerosas igrejas, sendo a primeira a Basílica de Latrão.
Para erguer a Basílica de São Pedro, Constantino fez pavimentar quase todos os mausoléus que se erguiam sobre a necrópole do Vaticano, câmaras funerárias subterrâneas com aterro e nível de toda a área chamada público Sancti Petri.
Primeiramente, em sua forma atual, a basílica foi reconstruída entre a XV e XVII século. O sucessor, Júlio II, confiou o trabalho a Bramante em 1505. No entanto, Bramante morreu e então Michelangelo continuou a levantar a imponente cúpula, que domina a basílica e é sua principal beleza. Finalmente, portanto em 18 de novembro de 1626, a basílica foi concluída e o Papa Urbano VIII realizou a sua consagração.
Portanto, as escavações do século XX, realizadas sob o pontificado de Pio XII, confirmaram que a basílica foi construída à direita do glorioso sepulcro, rodeado por vários outros túmulos orientados para ele e delimitado por uma parede cheia de grafites que ostentam repetidamente os nomes de Cristo, Maria e Pedro.
Além disso, a Basílica de São Pedro é talvez a igreja mais sagrada e importante da cristandade, localizada na Cidade do Vaticano, ou seja, no coração da Igreja Católica.
A mensagem de São Pedro
A vida e história de São Pedro certamente nos levam as mensagens fundamentais da crença cristã. Ou seja, através de São Pedro vemos exemplificados o poder da fé, o dom do perdão e a promessa de vida eterna. É ele que detém a chave dos céus e nos guia até lá. São Pedro, rogai por nós.
Nosso convite de hoje é para que você conheça um percurso repleto de fé e emoção pelo Caminho de Santiago. Vamos adentrar em um dos caminhos mais conhecidos de todo o mundo e que carrega o forte significado deperegrinar. Venha saber a origem e todas as histórias envolvendo o Caminho de Santiago de Compostela.
E para começarmos, antes de peregrinarmos por este caminho, vamos saber:
Quem foi Santiago?
Tiago era filho Zebedeu e Maria Salomé. Ele nasceu na cidade de Betsaida que ficava a poucos quilômetros de Cafarnaum. Tiago era irmão de João. O pai de Tiago e João era um próspero pescador e acredita-se que a mãe de Tiago teria sido tia de Jesus.
Ou seja ,Tiago, assim como seu irmão, seriam primos de Jesus. Com o tempo, Tiago e João passaram a exercer a profissão do pai e também se tornaram pescadores. E foi no mar da Galileia que Jesus convocou Tiago a ser “Pescador de homens”
Tiago Maior e Tiago Menor
O apóstolo Tiago foi chamado de Maior para que pudesse ser diferenciado do outro apóstolo também chamado Tiago, que por sua vez ficou conhecido como Tiago Menor, por ser o mais novo.
Quando recebeu o chamado, Tiago compartilhou momentos de extrema importância na vida de Jesus Cristo. O apóstolo pode presenciar momentos como a ressureição da filha de Jairo e a Transfiguração.
A ida para Espanha
O fervor de Tiago nas pregações era muito grande. Seu empenho e dedicação à evangelização era de conhecimento de todos. Logo após a morte de Cristo, por volta do ano de 33, Tiago parte para as terras que hoje conhecemos como Espanha. Na Espanha ele se dedica a propagar a doutrina cristã. Porém, o seu trabalho não foi fácil.
A população local tinha formações e tradições bastante distintas das cristãs e , por isso, Tiago teve que se empenhar muito para que a palavra de Cristo fosse aceita. Em meio a esta difícil tarefa, o apóstolo que já sentia bastante cansado em meio as resistências pagãs, acaba por ter um momento que iria mudar tudo:
A aparição da Virgem
A Virgem Santíssima apareceu para o apóstolo Tiago no local que hoje conhecemos como Zaragoza. Maria estava acompanhada por um coro de anjos. Mas essa não foi apenas uma aparição da Virgem. Em verdade, Maria ainda estava viva na época. Logo, este momento é considerado como a bilocação da Virgem.
Maria apareceu à Tiago sobre um pilar. Ela acalmou o coração do então apóstolo dizendo que embora seu trabalho fosse árduo, no futuro aquele local seria repleto de muita fé cristã.
A mensagem da Virgem fez com que Tiago se sentisse motivado e desse continuidade a sua missão evangelizadora. A perseverança do apóstolo em levar a palavra de Cristo gerou frutos que vemos ecoar até os dias atuais.
A igreja feita a pedido de Nossa Senhora
Além das palavras de incentivo, Maria pediu a São Tiago que construísse uma igreja naquele mesmo lugar. A Virgem também o instruiu para que o altar fosse feito ao redor do pilar onde ela se encontrava.
Com a ajuda de outros fiéis, São Tiago conseguiu realizar o pedido feito por Nossa Senhora. E, no local da aparição, foi construída a primeira igreja dedicada à Virgem Santíssima. Com o passar dos tempos, Nossa Senhora do Pilar ganhou o título de Padroeira da Espanha.
A morte de São Tiago
Como São Tiago havia sido muito íntimo de Jesus em vida, a vontade de levar Sua palavra a diante era uma determinação muito grande.
Foi assim que o apóstolo tornou-se parte do núcleo da igreja primitiva de Jerusalém. Muitas pessoas não gostavam da ideia de que os ensinamentos de Jesus tivessem continuidade. Deste modo, em 44 D.C, aproximadamente, Hérode Agrippa manda decapitar São Tiago e ele se torna o primeiro mártir da Igreja.
Onde São Tiago foi enterrado?
Antes de sabermos a resposta, devemos conhecer a seguinte história; por volta do ano de 813 D.C., o monge Pelayo avistou no céu uma “chuva de estrelas cadentes”. Ele entendeu que aquele era um chamado e passou a seguir os rastros das estrelas e, dessa forma, ele encontrou a sepultura de São Tiago que há não se tinha notícias.
Não se sabia onde o corpo de São Tiago havia sido enterrado, pois dois discípulos de São Tiago levaram seu corpo para o local onde ele costumava pregar. Eles sabiam do desejo de São Tiago de ser enterrado em terras espanholas e fizeram tudo em segredo para que não fossem surpreendidos.
A peregrinação na Idade Média
Com a descoberta do local da sepultura de São Tiago, o Rei Alfonso II procura verificar a veracidade dos fatos. Para isso, ele caminha até a sepultura e passa a ser o primeiro peregrino de Oviedo até Santiago. Em outras palavras, o caminho feito pelo rei é o que hoje conhecemos como Caminho Primitivo. A veracidade da sepultura foi constatada e uma pequena igreja foi construída no local.
O início das peregrinações
As pessoas começaram a peregrinar em maior número para a igreja que havia sido construída. E por conta disso, uma igreja de maior porte deu lugar a primeira. Com o tempo, o pequeno povoado começa a tomar forma de cidade e ganha também o nome de Santiago de Compostela. Isso porque Compostela significa “campo de estrelas”. As peregrinações eram tantas que a sede episcopal teve que ser transferida de Iria Flavia para Compostela.
Peregrinações estrangeiras
Estima-se que os franceses tenham sido os primeiros estrangeiros aperegrinar até o túmulo do apóstolo Tiago. A data do primeiro registro é de 951.
A partir de então, o caminha de Santiago foi crescendo cada vez mais. Isso quer dizer que depois de Rei Alfonso II, novas possibilidades de caminhos foram sendo traçadas como o Caminho Português, o Caminho Francês, Inglês e tantos outros. Pessoas de todo o mundo buscam fazer o caminho encontram uma grande rede de auxílio ao peregrino.
Caminho de Santiago: um caminho que leva a muitos destinos
O caminho de Santiago é famoso no mundo todo. Mas ele não é percorrido apenas pelos fiéis que buscam se conectar com o sagrado e aprender com a vida e história de São Tiago.
O caminho também ficou famoso por receber pessoas com os mais diferentes propósitos, há aqueles que buscam percorrer o trajeto pelo esporte, ou como auto desafio, ou até mesmo uma forma de comemoração.
Em grupo ou sozinho, os peregrinos que passam pelo Caminho de Santiagode Compostela têm algo em comum; eles compartilham o fato de se sentirem modificados pelo caminho. Afinal, como disse PapaFrancisco, em comemoração ao ano Jubilar de 2021 dedicado a São Tiago, "deixamos o nosso eu, aquelas certezas às quais nos agarramos, mas com um objetivo claro em mente, não somos seres errantes, sempre girando em torno de nós mesmos sem chegar a lugar algum. É a voz do Senhor que nos chama e, como peregrinos, nós a acolhemos em atitude de escuta e de busca, empreendendo esta viagem para encontrar Deus, os outros e nós mesmos".
Reinvenção, aprendizagem e muita fé para manter o turismo. Veja como nossa agência, especializada em turismo religioso internacional, conseguiu se manter durante a pandemia e ainda obteve muita aprendizagem (muita mesmo) !
Um momento de união
Tem coisas que a gente não gosta nem de lembrar. Essa é uma frase que cabe bem para quem viveu a pandemia provocada pelo COVID-19. E, nós sabemos que ficar perto de quem amamos - família, amigos- foi fundamental.
A união foi um fator determinante. Na SacraTour não foi diferente!
E, agora que a vida vem se reestabelecendo, graças a Deus, é importante que todos saibam como a SacraTour conseguiu driblar uma crise que levou mais de 35 mil agências do mesmo setor a fecharem as portas. Tem coisas que realmente nem gostamos de lembrar, mas algumas gostamos de recordar como superamos bravamente.
Um panorama assustador para o turismo
A incerteza foi companheira constante durante o período pandêmico. As dores e perdas foram muitas e no ambiente coorporativo o assombro foi grande.
O número desenfreado de vítimas e o fechamento de fronteiras acabou por privar a população de uma de suas paixões: viajar. Para quem trabalha com turismo a desolação também foi bem grande. O mundo verdadeiramente parou. A nossa liberdade de ir e vir foi temporariamente cessada. Tudo parecia bastante assustador. E foi.
O turismo foi o setor mais afetado pela pandemia?
É inegável que toda a humanidade se viu assolada pela pandemia. No entanto, é também notável que nem todos os setores sofreram com a mesma intensidade. O turismo, por exemplo, viu-se diante de um acontecimento único e bastante desafiador. Afinal, quão difícil é a sobrevivência de um setor que se viu totalmente apartado de suas atividades.
Muitas pesquisas apontaram para os impactos da pandemia no ramo do turismo. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo o setor foi o mais afetado pela pandemia em 2020.
Os dados mostram que o turismo brasileiro perdeu 35,5 mil estabelecimentos naquele ano. O que representa um dado negativo próximo a uma perda de 13.9% em relação aos estabelecimentos com vínculo empregatício na mesma atividade em 2019.
Além disso, a pesquisa também aponta que os gastos de turistas estrangeiros no país caíram pela metade no primeiro ano da pandemia e chegou, surpreendentemente, a atingir o menor patamar em 17 anos.
Diante deste cenário nada animador, ficou uma pergunta latente:
O que fazer?
Essa questão assolou o pensamento de milhares de pessoas. Enquanto, outros setores investiam em novos meios de distribuição de serviços e novos canais de vendas, o turismo ainda tinha a barreira de não conseguir efetivar de forma completa seus serviços.
De forma geral, a solução, em muitos casos, foi a migração para outros setores. Um dos exemplos, foi o caso da empresa Identity Travel Experiences especializada em viagens para o continente africano. A agência teve que driblar a crise pandêmica com novos serviços. No caso, ela passou a investir no ramo digital e passou a oferecer experiências de viagens em realidade aumentada.
O setor que mais se digitalizou
Você provavelmente deve ter dedicado mais tempo da sua vida ao mundo digital durante a pandemia, não é mesmo?! Pois saiba que você não foi o único. Muitas empresas e corporações tiveram que redobrar suas atenções ao universo informatizado.
Segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), conforme os dados produzidos na 11ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, o ramo do turismo foi o que mais se digitalizou durante a pandemia do Covid-19.
Inovação como solução
A inovação foi um fator decisivo. Como já dissemos, muitos setores também tiveram seus limites testados e foram obrigados a repensar o modo como lidavam com seu público. No caso da SacraTour, a inovação veio por meio de uma inovação em nossos canais de comunicação, e sobre isso vamos falar mais adiante, porque antes da inovação, tivemos que nos lembrar de um fato importante:
Quem não se comunica, se trumbica
Um dos maiores comunicadores da TV, possuía um bordão que ficou bem famoso: Quem não se comunica, se trumbica. Passados os anos, a frase de Chacrinha continua carregada de sentindo. Principalmente, quando tivemos que ficar em casa, sem aquele velho e bom bate-bate com os amigos.
Na SacraTour, as necessidades que sentimos de conversarmos e nos sentirmos mais próximos de nossos peregrinos também foi grande. Ficar distante das nossas peregrinações e dos lugares que amamos visitar também foi muito difícil. Mas não ficamos só lamentando. Seguimos o conselho de Abelardo Barbosa e fomos em busca da comunicação para não nos trumbicamos!
Planejamentos intensos, conteúdos de qualidade
Se você já peregrinou com a SacraTour, então você sabe que qualidade é um valor que nos acompanha. Por isso, toda a nossa comunicação durante o período de isolamento foi muito planejada para que o peregrino tivesse as melhores experiências em sua casa. Foi pensando nisso que criamos algo que nenhuma outra empresa de turismo realizou. Trabalhamos intensamente em um projeto totalmente inovador. Tudo advindo de uma questão:
Como podemos deixar nossos peregrinos mais próximos da experiência de peregrinar?
Foi desta inquietação que surgiu o projeto:
Peregrinando de Casa
Se ficar em casa era um imperativo, nós levamos a peregrinação até o peregrino. Mas como? Você deve estar pensando, não é?
É...a tarefa não foi nada fácil, mas o Peregrinando de Casa foi um projeto que envolveu muita dedicação. Além de diversas áreas de conhecimentos, profissionais dos mais diversos ramos e, é claro, a equipe SacraTour sempre muito empenhada em realizar o melhor serviço.
O projeto envolveu convidados dos quatro cantos do planeta. Nossos guias, parceiros e amigos de diversos países como Israel, Itália, França, Portugal, México, Jordânia, entre muitos outros, estiveram presentes nas muitas etapas pelas quais o Peregrinando de Casa passou.
Além de convidados internacionais, contamos como auxílio indispensável de pessoas muito indispensáveis para nós; nossos peregrinos.
No próximo texto você vai saber como inovamos no ramo da comunicação do turismo e como os nossos peregrinos nos ajudaram a contar uma história de sucesso.
Hoje, o nosso texto vai falar do trabalho que realizamos durante a pandemia. Você vai saber o que fizemos para que os nossos peregrinos tivessem a melhor experiência possível, mesmo em casa.
Uma necessidade constante em nosso ramo é o aperfeiçoamento. Isso quer dizer que, melhorar é sempre uma busca de nossa equipe, pois acreditamos que estamos sempre em constante evolução.
E, foi pensando nisso, que usamos o tempo da crise para revisarmos nosso atendimento e, acima de tudo, buscamos estudar quais seriam as melhores soluções e maneiras de estarmos mais próximos de nosso público. Chegamos a seguinte questão:
O que desperta interesse?
Qual a sua curiosidade sobre seu futuro destino? Quais as perguntas que você não encontra respostas? Foi a partir desses tipos de questionamentos que pensamos em nos comunicarmos com nossos peregrinos de uma maneira eficientes e que pudesse levar informações de extrema qualidade. Em outras palavras, pensamos em inovação. Queríamos responder as dúvidas sobre viagens e destinos de uma maneira como nenhuma outra agência tinha feito. E foi dessa vontade que nasceu o projeto Peregrinando de Casa.
Peregrinar pelo mundo envolve muito estudo, dedicação e um profundo conhecimento de cada local visitado. Afinal, não se pode oferecer um serviço de qualidade sem que se conheça o que se está oferecendo, não é mesmo?
Todo esse nosso conhecimento foi usado para fazer nascer o Peregrinando de Casa. O projeto envolveu esforços de toda a nossa equipe aqui no Brasil e, os nossos colaboradores em peregrinações de todo o mundo.
Além disso, o projeto chamou a atenção de muitos amigos e pessoas que nem conhecíamos (aquele amigo do amigo do meu primo, sabe?!) essas pessoas e demonstraram interesse em participar do nosso projeto. Cada um pode colaborar com o conhecimento em sua área e isso trouxe mais aconchego ao nosso projeto.
Pronto, agora o nosso projeto não estava mais restrito a uma cidade, ou país! Ele tinha ganhado o mundo. Mas você deve estar pensando....
Um projeto que envolveu todas as nossas mídias! Ou seja, instagram, facebook, youtube, nosso blog, enfim.... nós vestimos verdadeiramente essa ideia. E a ideia foi criar conteúdo dos mais diversos formatos e com os mais diferentes meios para que os nossos peregrinos pudessem, no conforto de suas casas, vivenciar o que há de melhor para ser explorado em cada destino.
Todas as dúvidas e curiosidades foram exploradas para que esse tempo de crise pudesse ser o mais proveitoso possível. Logo, quem participou do Peregrinando de Casa pode vivenciar o que havia de mais especial em cada destino de viagem.
Durante um período nos dedicávamos exclusivamente a um destino, quando falávamos da Terra Santa, por exemplo, trazíamos toda a informação que podíamos sobre o tema, eram lives com os guias locais, culinárias com pratos típicos, vídeos e textos informativos sobre cada região e, é claro, muitos momentos de oração.
O conteúdo foi riquíssimo e repleto de muita informação. Por quase dois anos nos dedicamos intensamente para divulgar tudo que havia de melhor sobre o turismo nos locais por onde peregrinamos. É claro que o conteúdo é muito extenso, mas separamos alguns tópicos para você entender melhor como ultrapassamos e nos reinventamos naquele momento. Para começar, vamos falar de um assunto que dá água na boca:
Lives culinárias com convidados internacionais
Cada novo lugar que visitamos nos presentei com novos sabores! Pense em prato inesquecível que você provou em uma viagem! A culinária realmente mexe com nossa memória e deixa tudo mais fascinante, não é?
Foi por isso que para cada novo país que divulgamos no Peregrinando de Casa, também fazíamos lives com pratos típicos. As lives culinárias eram muito divertidas para quem assistia e para quem fazia! Afinal, tudo era novo!
Não havíamos feito os pratos antes então era um se vira nos trinta o tempo todo. E, no fim de cada live ainda nos reuníamos para saborear os pratos feitos ao vivo e confraternizar.
E não é que ficamos boas em transmissão ao vivo e na culinária! Outro ponto em que também nos desenvolvemos foi na produção do nosso jornal. Sim! Nós criamos um jornal para os nossos peregrinos!
O jornal trazia um resumo de tudo o que havia sido feito naquela semana. Por exemplo, se a semana tivesse sido dedicada ä Franca, o jornal do peregrino ficava repleto de reportagens feitas na Franca, entrevistas com nossos peregrinos e todo o resumo de conteúdo da semana.
Com o Jornal do Peregrino passamos a dar mais valor ao trabalho do William Bonner (risos) porque dá um trabalho, viu!!
Todo o esforço de levarmos conteúdo de excelência ao nosso público foi alinhado a momentos de demonstração de fé. Nossa equipe se reunia por vídeo todos os dias para rezar o terço.
Aquele momento de oração era tão especial para nós que decidimos integrar nossos peregrinos durante o mês de maio. Na verdade, o pedido de oração conjunta durante o mês de maio veio do Santo Papa Francisco e nós, nos unimos ao Vaticano para rezarmos o terço.
O mês de maio, totalmente dedicado a Maria, foi também o momento de nos fortalecermos em oração conjunta. A cada dia nosso terço era integrado por peregrinos de uma comunidade e pelo Padre que tinha ligação com aquele grupo. Transmitido ao vivo, nosso terço contava todos os dias com pessoas diferentes de todo o canto do mundo para rezar em homenagem a Maria. Imagine a emoção!
Já é costume em nossas peregrinações a preparação histórica e cultural para o destino. O que isso significa? Isso quer dizer que sempre preparamos para os nossos peregrinos reuniões com especialistas no destino para que assim os peregrinos possam chegar ao local cientes da importância histórica e cultural do local.
Isso faz com haja maior significado no período que estamos passando. Você já imaginou visitar um local sem saber nada sobre aquele lugar. Complicado, né?!
Embora os guias acompanhem os peregrinos, nós gostamos de ofertar uma preparação antecedente. Desta ideia, que já é comum às peregrinações, nasceram as lives conhecendo e reconhecendo.
Imagine lives com muita informação com pessoas que vivem no local de onde estavam falando. Elas nos contaram sobre a cultura, particularidades e deram dicas preciosas para os peregrinos da SacraTour.
Quem pôde assistir as lives sobre arte, cultura e arquitetura do Peregrinando de Casa viu que a qualidade foi sem igual! Informações das mais completas sobre cada lugar! Teve live sobre a arquitetura das igrejas na Itália, curiosidades sobre a língua francesa, as diferenças religiosas na Terra Santa, além de muita História e literatura, tudo de acordo com o lugar pelo qual estávamos peregrinando!
O relato sobre momentos de intensa fé já é comum em nossas peregrinações. Muitas pessoas vivenciaram a busca de por alguma graça ou até mesmo vão aos locais sagrados em forma de agradecimento por pedidos atendidos.
Sabendo disso, nós pedimos aos nossos peregrinos que compartilhassem suas vivências. O resultado foi surpreendente, quem pode assistir participou de muita comoção!
Rezar. Pedir. Esperar. Esses foram exercícios que desenvolvemos ao longo da pandemia. O que nos manteve firmes foi a nossa fé. Por isso, compartilhamos momentos de fé com todos os peregrinos. Acompanhados pelos padres convidados, vivenciamos muita fé e fortes emoções.
Você consegue imaginar a emoção de se ouvir a Ave Maria no Santuário de Fátima em Portugal? A música realmente fala alto em nossos corações, não é mesmo? Foi por isso que o nosso projeto durante a pandemia também contou com o auxílio da música para alegrar e acalmar nossos corações.
Embora não pudéssemos estar nos locais fisicamente, contamos com a tecnologia de vídeos e imagens que nos colocavam em sintonias com as belíssimas músicas cantadas.
O Peregrinando de Casa serviu como um grande aprendizado para todos que participaram. E muito além dos destinos, nós aprendemos a nos reinventar, a nos fortalecermos.
Aprendemos e nos desenvolvemos nas mais diversas áreas. Muitas das coisas que não imaginávamos que fosse fácil, como gerir mídias sociais com grande alcance como as nossas, nós conseguimos. Em suma, o nosso maior aprendizado veio do compartilhamento, mas não o compartilhamento de dados, nem nada digital. Nós evoluímos ao partilhamos conhecimentos e, principalmente, emoções.
O nosso propósito é oferecer aos nossos clientes uma experiência única ao realizar o desejo de conhecer novos lugares e novas culturas. Com serviços de excelência, proporcionamos aos nossos peregrinos o aproveitamento máximo de cada momento. E nessa caminhada, nossos valores são nossos guias: fé em Deus, integridade, confiança, satisfação do cliente, respeito às pessoas, comprometimento e inovação!
Peregrinar pelos santuários marianos é uma experiência de fé e caminhada constante rumo à santidade. Os centros católicos dedicados a Maria reúnem locais sagrados que atraem milhares de fiéis em busca de consolo, proteção e graças recebidas por intercessão da Mãe de Deus.
Cada santuário ao redor do mundo tem uma história devocional singular para contar. Para além dos fenômenos das aparições da Virgem em diferentes momentos, os templos marianos são exemplos de incontáveis milagres e conversão de almas.
Os santuários marianos, especialmente, são lugares privilegiados de reencontro com Cristo, onde o incentivo à vida litúrgica e à reza do terço promovem a mais profunda e autêntica devoção a Maria.
Ao dirigir-se em peregrinação aos santuários marianos, o fiel coloca sob o manto da Santíssima Virgem todas as suas preocupações, anseios, pedidos, expectativas e projetos futuros, recebendo em troca muitas bênçãos e o acolhimento do amor de mãe.
CONFIRA OS 10 SANTUÁRIOS MARIANOS MAIS VISITADOS DO MUNDO:
1. SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
“O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.”
Na pequena cidade de Fátima, a apenas 130 km de Lisboa, a Virgem Maria fez um dos mais famosos apelos à conversão, à penitência e à oração.
Em 13 de maio de 1917, na primeira aparição às crianças Lúcia, Francisco e Jacinta – conhecidas como os “três pastorinhos” – a Mãe de Deus se revelou de forma sublime, pedindo o arrependimento dos pecados e rogando pela paz no mundo.
Nos meses seguintes, uma sequência de aparições atraiu centenas de pessoas à Cova da Iria que, anos mais tarde, recebeu uma capelinha no mesmo local da azinheira, árvore sobre a qual se davam as aparições da Virgem Maria.
Desde então, há mais de um século, a Cova de Iria se transformou em um grande centro de peregrinação, convertendo-se mais tarde no Santuário de Fátima, o maior complexo mariano de Portugal e um dos centros católicos mais visitados do mundo.
Em 2017, quando se completaram 100 anos da primeira aparição, Fátima recebeu quase 10 milhões de fiéis – isso é quase o dobro que o Brasil teve de turistas no mesmo ano. Até hoje, milhares de fiéis se dirigem ao templo em busca de consolo, proteção e milagres vindos do coração de Nossa Senhora.
O que é imperdível no Santuário de Fátima:
Participar da Procissão das Velas! Para aproveitar melhor essa experiência de fé maravilhosa, o ideal é dormir na cidade, uma vez que a procissão só acontece à noite.
A celebração é realizada na Capelinha das Aparições. Na Peregrinação pelos Santuários Marianos, a Sacratour proporciona esse momento para você! Clique aqui para saber mais!
A cidade de Nazaré, uma antiga vila de pescadores debruçada sobre o mar, é conhecida por ter praias com as maiores ondas do mundo. Está a 60 km de Fátima e próxima aos icônicos Mosteiros de Batalha e Alcobaça.
Apesar de ser palco de festivais internacionais de surf, o lugarejo revela sua verdadeira vocação ao abrigar três locais sagrados para venerar a Virgem Santíssima: uma pequena gruta junto à falésia da praia, a Capela da Memória e o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, construído no século 14.
O que é imperdível no Santuário de Nazaré:
A visita interna ao Santuário. Observe os azulejos holandeses do século 16 que cobrem a nave principal da igreja, assim como as pinturas da sacristia que descrevem a história do milagre que salvou a vida de Dom Fuas Roupinho, por intercessão de Nossa Senhora de Nazaré.
3. SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
“Eu sou a Imaculada Conceição!”
Aos pés dos montes Pirineus, no sul da França, a cidade de Lourdes é o maior centro de peregrinação mariana da Europa. Foi aqui que Nossa Senhora apareceu, em 1858, à pequena camponesa Bernadette Soubirous, de apenas 14 anos.
A jovem disse que tinha visto uma “dama” na gruta de Massabielle enquanto colhia lenha e brincava com sua irmã. Foram várias aparições, sempre transmitindo palavras de amor. Em um desses encontros, Santa Bernadette perguntou quem era aquela “dama” com que conversava, a Virgem respondeu: “Eu Sou a Imaculada Conceição!”
Em outra oportunidade, na Gruta de Massabielle, Nossa Senhora pede que Bernadette cave com as próprias mãos um buraco e, dali, passou a jorrar uma fonte de água que até hoje é reconhecida como milagrosa e curativa.
Além do local onde fica a gruta da aparição mariana, o Santuário de Lourdes é composto por várias igrejas e basílicas imponentes com missas e atividades devocionais o ano inteiro.
Ao redor do complexo existem, ainda, diversas torneiras que dispensam a água do santuário e podem ser recolhidas gratuitamente pelos peregrinos.
O que é imperdível no Santuário de Lourdes:
O banho nas Piscinas do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes! Durante as peregrinações ao santuário mariano, muitos fiéis enfrentam uma grande fila para participar do banho nas piscinas individuais alimentadas pela água das fontes de Lourdes.
É um momento de grande fé e emoção, em que se busca não só a cura física, mas a purificação da alma, o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus, por intercessão de Maria. Para participar desse momento sublime, entre em contato com a Sacratour, somos especialistas em peregrinações que transformam vidas!
“O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós!”.
Localizada no coração de Paris, a Capela Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, atrai todos os anos milhares de fiéis do mundo inteiro. São peregrinos em busca de conforto espiritual, recolhimento, contemplação e proteção da Virgem Maria.
A história católica conta que Catarina de Labouré, uma noviça que havia entrado há pouco tempo para aCompanhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, tinha o dom de ver Jesus Cristo presente na Eucaristia, mas sem receber nenhuma mensagem específica.
Diante de tanta fé e devoção, em três datas diferentes do ano de 1830, Catarina teve seu encontro espiritual com a Santíssima Virgem que, na ocasião, entregou a ela o modelo da Medalha Milagrosa. Então, ouviu o pedido: “Fazei cunhar uma medalha sob este modelo. As pessoas que a usarem, com confiança, receberão muitas graças”. O que é imperdível na Capela da Medalha Milagrosa:
Assistir à missa ou participar do terço mariano ao lado de fiéis católicos de todo o mundo. O corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré jaz em um caixão de vidro no altar lateral da Capela, visível a todos que adentram o recinto sagrado.
“Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!”
Num momento marcado pela indiferença a Deus e ao sagrado, o epicentro da mensagem de Nossa Senhora de la Sallete é o chamado à conversão e à reconciliação com as verdades do Alto.
Desde a aparição em 1846, na região dos Alpes, no Sul da França, a duas humildes crianças – Maximin Giraud e Melanie Calvat, 11 e 15 anos, respectivamente – a devoção a Virgem Maria leva milhares de peregrinos à região.
No dia da aparição, as crianças viram uma forte luz e uma bela senhora (que eles chamaram de Belle Dame) chorando, sentada em uma pedra cobrindo o rosto com a mãos. Sobre o peito da Virgem, uma corrente prendia o crucifixo, com um martelo de um lado e do outro, uma espécie de alicate.
Ela se voltou aos pequeninos em pranto e disse: “Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!”. E continuou: “Se Meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de Meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais suster. Há quanto tempo sofro por vós!”
O martelo simbolizava o pecador cravando Jesus na cruz pelos seus pecados e o alicate representava todos nós removendo os pregos da cruz pela oração, conversão e pela nossa fidelidade a Deus. Sendo assim, Nossa Senhora de la Salette pediu, entre lágrimas, que ali construíssem uma igreja em sua honra e homenagem.
Em 1865, depois de 13 anos de construção, foi inaugurado o imponente Santuário de La Salette. Edificado no alto de uma montanha, a 1800 metros de altitude, o templo tem uma vista majestosa do vale.
O que é imperdível no Santuário de La Salette:
Caminhar nos arredores da basílica e concluir o curto trajeto que leva ao local da aparição da Virgem. Três estátuas de bronze representam a três fases da aparição – o pranto, as mensagens de maria e a partida – todas cenas descritas com riqueza de detalhes pelas crianças videntes.
O local em meio a natureza é magnífico para meditar, rezar e sentir-se acolhido pela Mãe de Deus.
Considerado o primeiro santuário mariano da Cristandade, o Santuário de Nossa Senhora do Pilar é o maior templo barroco da Espanha. Localizado na cidade de Zaragoza, a 300 km de Madri, o templo foi construído no local onde a Virgem Maria fez uma aparição ao apóstolo Tiago, no ano 40 d.C.
Conhecida por consolar os aflitos e acolher os pecadores, os fiéis buscam na Virgem del Pilar muitas graças, além de reconciliação e diálogo com Deus.
Santiago estava em missão evangelizadora na Península Ibérica quando se sentiu em dúvida e desamparado, já que os não convertidos refutavam suas ideias e pregação.
Para mostrar-lhe que não estava sozinho nessa caminhada, Nossa Senhora, que ainda vivia nesse plano e não havia subido aos céus de corpo e alma, apareceu ao apóstolo e entregou a ele um pilar de jaspe para comprovar a presença de Deus no seu ministério.
Na ocasião, Maria pediu que ele se encarregasse de erguer um templo sobre a coluna (pilar) que ela trouxe. Com a ajuda de alguns discípulos, Santiago construiu uma pequena capela no local.
Mesmo após a invasão muçulmana e diversas guerras de reconquista católica, o pilar sagrado manteve-se intacto. A catedral como conhecemos hoje, foi concebida no século 17 e, mais de dois mil anos depois da aparição, permanece como solo sagrado para católicos de todo o mundo.
O que é imperdível no Santuário Nossa Senhora do Pilar:
No interior da basílica, procure pela Santa Capela, obra de Ventura Rodríguez (último artista barroco espanhol), que guarda a imagem da Virgen del Pilar.
Procure também pelo ponto de devoção dentro da igreja onde está escrito “Aqui se venera y besa el pilar puesto por la Virgen”. Neste local, de joelhos, peregrinos entregam seu coração, pedidos e aflições no colo de Maria Santíssima.
Formado pela tríade montanha, mosteiro e igreja, o Santuário de Montserrat oferece aos peregrinos momentos de contemplação e uma das mais espetaculares paisagens da Catalunha, na Espanha. O local reflete toda a essência de Maria, a mãe que traz paz, calma e serenidade.
A devoção no local começou há mais de mil anos. Por volta de 880 d.C., um pequeno grupo de crianças viu uma luz brilhante descendo do céu, nas montanhas de Montserrat. O fenômeno foi presenciado, outras vezes, também pelos pais delas e pelo pároco da região.
As visões sempre aconteciam no mesmo local, uma caverna que passou a ser investigada pelos anciões religiosos da comunidade.
Ali, encontraram uma imagem da Virgem Maria que, por causa da cor escura da madeira em que foi esculpida, passou a ser chamada La Moreneta, conhecida, finalmente, como a Virgem de Montserrat. Desde então, a Santa Gruta se tornou local de peregrinação mariana para fiéis católicos de todos os continentes.
O que é imperdível no Santuário de Montserrat:
Na parte posterior do altar, encontra-se a belíssima imagem da Virgem de Montserrat. Aproveite para participar da apresentação de canto gregoriano dos Meninos do Coro da Basílica, formado somente por vozes de rapazes.
O coro é um dos mais antigos da Europa e a apresentação pública, em que entoam um hino dedicado a La Moreneta, acontece de segunda a sexta, às 13h. Para conhecer esse lugar extraordinário e vivenciar as transformações divinas propostas pela Mãe de Deus, veja como percorrer os Santuários Marianos Europeus com a Sacratour.
8. SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE MEDJUGORJE
“Rezai ao Espírito Santo para que Ele desça sobre cada um de vós.”
Conhecida como Rainha da Paz, o título de Nossa Senhora de Medjugorje é a invocação dada à aparição da Virgem Maria a seis crianças na até então anônima vila de Medjugorje, na Bósnia e Herzegovina – fenômeno que acontece sem cessar desde 1981.
De acordo com o testemunho dos videntes, a Virgem Maria transmite mensagens que falam, principalmente, de Paz, Fé, Conversão, Oração e Jejum.
Trata-se de um convite recorrente à reconciliação e à conversão pessoal. São mais de 40 anos marcados por peregrinações de fiéis que buscam no Santuário de Medjugorje uma reaproximação com os sacramentos de Deus, por intercessão de Maria Santíssima.
Essa remota localidade dos Balcãs (Medjugorje está a 150 km da capital Sarajevo e a 120 Km de Dubrovnik, na Croácia), viu sua história se transformar.
São milhões de peregrinos que chegam ao pequeno município de apenas 4,5 mil habitantes, graças às aparições de Nossa Senhora. Hoje, o Santuário de Medjugorje é considerado um dos maiores centros de peregrinação mariana no mundo, comparável a Lourdes e a Fátima.
O que é imperdível no Santuário de Medjugorje:
Conhecer a Colina Podbrdo, a chamada Colina da Aparição, que fica a 1,5 km da Igreja de São Tiago. Exatamente aqui começaram as aparições. No topo, está uma imagem de Nossa Senhora de Medugorje. A subida é íngreme e cheia de pedras.
A cidade italiana de Loreto, a 200 km de Roma, abriga uma das mais importantes relíquias da Cristandade: a Santa Casa da Virgem Maria.
Dentro do santuário encontram-se as três paredes do lar de Nazaré em que Maria foi concebida, nasceu e recebeu o anúncio do Arcanjo Gabriel de que seria mãe do Salvador.
Segundo a tradição católica, a casa foi levada em 1294 de Nazaré a Loreto. De acordo com a fé e devoção, a alvenaria teria sido transportada pelos Anjos.
Já segundo os recentes estudos de caráter arqueológico, arquitetônico e documental, a Santa Casa foi levada a Loreto por iniciativa humana, por navio, com a assistência da família de origem bizantina chamada De Angelis (daí a possível crença da casa ter sido transportada por “anjos”.)
Como se trata da Casa de Nazaré onde Maria concebeu no próprio ventre o Filho de Deus, o local faz memória ao Mistério da Encarnação e ao início da história da nossa Salvação.
O Santuário de Loreto é considerado um dos mais importantes centros de peregrinação católica. Além de receber milhares de fiéis todos os anos, já foi visitado por mais de 200 santos, beatos e vários papas.
O que é imperdível no Santuário de Loreto:
O dia 10 de dezembro é a data em que se comemora a chegada da Santa Casa de Loreto. A população local, juntamente com os peregrinos, costuma acender fogueiras pela cidade na véspera da celebração, com o objetivo de iluminar o caminho para os anjos.
Dentro do Santuário de Loreto não deixe de observar alguns detalhes intrigantes da casa como a porta feita de cedro, madeira que não existia na Itália, mas era abundante na Palestina Histórica onde viveu Jesus.
O principal templo da Igreja Católica das américas e o segundo mais visitado do mundo (só perde para a Basílica de São Pedro, no Vaticano) recebe cerca de 20 milhões de fiéis anualmente.
O Santuário de Guadalupe é formado por diversas igrejas, capelas, oratórios e jardins – sendo os principais pontos de peregrinação as duas basílicas, uma do século 16 e outra que foi inaugurada em 1974.
Nossa Senhora de Guadalupe apareceu aos pés do Monte Tepeyac, na Cidade do México, ao indígena convertido Juan Diego, que levou a aparição ao bispo local. O clero, porém, não acreditou no relato e pediu uma comprovação.
Assustado, Juan Diego passou a evitar o caminho que possivelmente encontraria com Maria. Nisso, seu tio Juan Bernardino ficou doente e o sobrinho saiu para buscar ajuda em direção oposta ao local da aparição.
Mas a Virgem Maria vai ao encontro dele e pergunta o porquê de tanta angústia: “não estou eu aqui que sou a sua mãe?”. Em seguida, ela pede ao indígena que colha flores num local de difícil acesso.
Quando voltou a ver o bispo, Juan Diego estendeu a sua tilma (tecido usado pelos povos pré-colombianos) para deixar cair as flores colhidas, o que acabou revelando a imagem milagrosa impressa da Mãe Maria morena e com traços mestiços. Desde então, a imagem é venerada por cristãos católicos de todo o mundo.
O que é imperdível no Santuário de Guadalupe:
Além de apreciar a tilma com a imagem impressa milagrosamente, você também poderá conhecer a imponente Capela do Pocito, a Paróquia de Índios, o Batistério, o Santuário de San Juan Diego, além do completo Museu da Basílica de Guadalupe, fundado há 77 anos – um dos mais antigos do México. Conheça o novo roteiro 2024/2025 para visitar o Santuário de Guadalupe e Cancun!
Diante de tanta devoção e fé, somos chamados a crer e peregrinar rumo ao coração de Maria. Para saber como participar desse encontro com a Mãe de Deus, fale conosco aqui!
Em 2023, comemoramos 800 anos do surgimento do primeiro Presépio da história.
Era 1223, poucas pessoas tinham acesso à Bíblia, e São Francisco de Assis percebeu que era difícil para as pessoas compreendessem o nascimento de Jesus! A arte sempre facilitou a compreensão de realidades distantes. Então, ele teve a feliz ideia de fazer o “Presépio”.
Montado a primeira vez, em 1223, por São Francisco de Assis, na cidade de Greccio,naItália. Foi comemorado como o Natal de Greccio, uma alegria nunca vivida. Esse ato de Francisco é considerado uma das maiores contribuições para a Igreja.
O Santo tinha o desejo no coração de celebrar a simplicidade, pobreza e humildade do Filho de Deus que se dá a nós com amor sem medidas. O Santo de Assis, três anos antes de morrer, queria que todos pudessem contemplar o mistério da encarnação e assim, compreender a grandeza do que significava o Natal.
Em Greccio, que fica a cerca de 90 quilômetros de Roma, Francisco escolheu uma gruta em um penhasco, organizou uma missa, onde estiveram nobres e pobres, com uma manjedoura que, em latim se diz praesepium, com um boi e um burro. Era o primeiro Presépio! Ele ansiava que todos vissem com os olhos corporais o desconforto do menino Deus que nasceu humilde e descansou no feno e, assim, entrar no mistério da Encarnação de Jesus. Anos depois se construiu um altar sobre essa manjedoura e uma igreja em torno da gruta.
Como disse Francisco: Belém é aqui! Belém está em toda parte: os cristãos devem encontrá-la em seus corações. Onde se representa o Natal com o presépio, se representa Belém da Galileia!
Antes dessa data, o Nascimento do Menino Jesus nunca havia sido representado! E assim, todos conseguiram compreender o significado litúrgico da noite de Natal!
A tradição de recriar o nascimento de Jesus, humilde, simples e pobre se difundiu por toda a Itália e pelo mundo cristão, onde se montam Presépios como sinais de esperança.
E em sua casa, sua empresa, você monta o Presépio?
Montar o Presépio é retornar à simplicidade, à bondade e à criança que habita em nós! É redescobrir o que é essencial para a vida e para o Natal! É preparar o coração e também nossa casa! O Presépio não é um simples adorno, um enfeite: é uma belíssima forma de manifestarmos a nossa fé e a nossa espera ansiosa!Como séculos antes nos falou Santo Agostinho a respeito da Manjedoura, "o Presépio (manjedoura) nos diz que Deus ainda habita entre nós".
Indulgência Plenária
E tem mais, em comemoração aos 800 anos, o Papa Francisco concedeu à família Franciscana e ao mundo a possibilidade de receber indulgência plenária. De 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, até 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Senhor, os católicos podem receber essa graça se rezarem diante de um Presépio em uma igreja franciscana. Também é preciso seguir os demais requisitos que são padrão para receber indulgência (confissão sacramental, comunhão eucarística, oração nas intenções do Papa).
E na Basílica de São Francisco em Assis, na Itália, também se iniciam agora em dezembro as comemorações do Natal e dos 800 anos do Presépio. Aliás, em Assis, durante todo o ano podemos ver vários presépios montados e recordamos a palavra de São Francisco:Belém é aqui!
Por isso visitar Assis é uma experiência única! Além de conhecer os locais em que viveram Francisco e Clara, é possível experimentar a Paz dessa cidade que respira o Amor, respira o Natal, em todo o tempo!
É claro que você pode viver tudo isso conosco! Quer saber mais? Temos opções incríveis abaixo! Clique e venha conhecer!
Natal é aqui, Natal é na sua casa, Natal é no seu coração!
E você, vai montar o seu Presépio?
REFERÊNCIAS: pt.aleteia.org (O Presépio completa 800 anos neste Natal) www.vaticannews.va/pt ("Belém é aqui": São Francisco e a revolução do presépio de Greccio) pt.aleteia.org (Saiba como preparar o presépio por etapas na sua casa este ano) gaudiumpress.org (Basílica de Assis pronta para celebrar os 800 anos do primeiro presépio)
O Brasil tem, atualmente, 37 santos e santas. Entre eles estão São Frei Galvão, canonizado em 2007, e Santa Paulina - que foi canonizada em 2002, mas que nasceu na Itália. Portanto, Irmã Dulce é a primeira mulher, nascida no Brasil, a ser canonizada.
Quem Foi Irmã Dulce
Os Primeiro Anos
Nasceu em Salvador, em 26 de maio de 1914, a futura Santa Dulce dos Pobres foi batizada como Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, era segunda dos cinco filhos de Augusto, dentista, professor da Universidade Federal da Bahia, e Dulce Maria de Souza Brito Lópes Pontes, dona de casa.
Desde pequena, demonstrava vocação religiosa e era fervorosa devota de Santo Antônio. Maria Rita ficou órfão aos 7 anos, sua mãe morreu aos 26 anos. A menina teve uma infância feliz e cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol - era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time formado pela classe trabalhadora e os excluídos sociais.
Certo dia, foi com uma tia materna visitar os pobres de um convento. Foi diante de tanta privação e sofrimento que a pequena decidiu: “Quero ser freira e dedicar minha vida aos pobres”. Iniciava aqui um sonho no coração daquela que viria a ser Santa Dulce dos Pobres. Aos 13 anos começou a colocar em pratica a qualidade que iria defini-la , a caridade.
No porão da sua casa, acolhia crianças, adultos e idosos pobres e cuidava deles, transformando a residência da família, no bairro de Nazaré, num centro de atendimento. De sua família e vizinhos obtinha alimentos, roupas, remédios e alguns trocados que lhes destinava para aliviar seu sofrimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’.
Estudos e Vida Religiosa
Maria Rita era uma mulher pequenina, tinha 1,50m, e de aparência muito frágil. Aos 19 anos, após diplomar-se professora, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que faz parte da grande família franciscana, em Sergipe e, aos 20 anos em 13 de agosto de 1933, fez sua profissão religiosa, assumindo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe. Retornando a Salvador dedicou-se a lecionar em um colégio mantido pela sua congregação, no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa.
Em 1935, fundou o primeiro movimento operário cristão em São Salvador: o Sindicato Operário de São Francisco; em 1937, fundou o Clube dos Trabalhadores da Bahia; em 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, escola pública para trabalhadores e filhos de trabalhadores, no bairro de Massaranduba, em São Salvador.
No mesmo ano iniciou-se a acolhida aos doentes em prédios abandonados da cidade; em 1949, com a permissão da Superiora, pôde acolher setenta enfermos em um abrigo obtido no galinheiro adjacente à casa de sua congregação, O lugar, em 1960, se transformou no Hospital Santo Antônio um dos maiores do Nordeste brasileiro Era o embrião do centro de um complexo médico, social e educacional que funciona até hoje.
A iniciativa deu origem a tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira baiana construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Ela não se acomodou, “Captou recursos e em 1960 transformou aquilo em um hospital de verdade, com 150 leitos. Uma nova reforma foi feita e, menos de dez anos depois, o hospital tinha capacidade para atender a 300 pacientes. Em 1983, ampliado novamente, chegou a 800. A cada década, dobrava de tamanho. E o hospital não tinha nenhum pré-requisito para atender a qualquer pessoa que batesse na porta. Bastava estar doente e ter necessidade", relata o seu biógrafo.
Rocha conta que começou a mergulhar no universo de Irmã Dulce depois que esteve no evento de beatificação da religiosa, ocorrido em 2011 em Salvador.
Ele ficou impressionado com a manifestação popular na missa campal, que reuniu cerca de 70 mil pessoas.
"Elas ficaram horas e horas em pé em um lugar, um grande descampado, inclusive debaixo de chuva. Chamou-me a atenção que eram pessoas de todos os tipos. Ricos e pobres, brancos e negros, gente de todas as religiões e sem religião nenhuma…", relata. "Aquela cerimônia, pelo tamanho dela e pela diversidade dos participantes, me fez entender que havia uma história a ser contada."
Atualmente, a organização fundada por Irmã Dulce conta com 21 núcleos, a exemplo do Hospital Santo Antônio, Centro Geriátrico, Hospital da Criança, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência e Centro Especializado em Reabilitação e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas. São de 954 leitos hospitalares. Diariamente são atendidas 2 mil pessoas.
Por ano, são 2,2 milhões de procedimentos ambulatoriais, 12 mil cirurgias e 19 mil internações.
Curiosidades
Dormia em uma cadeira
Em 1955, correu o risco de perder a irmã - que também se chamava Dulce, a Dulcinha - por complicações no parto. A religiosa, então, fez uma promessa: se a irmã sobrevivesse, ela passaria a dormir sentada. E ela cumpriu sua promessa, dormindo em uma cadeira de madeira entre os anos de 1956 e 1985, ela só voltou a dormir em uma cama por conta de problemas de saúde. Dulcinha, a irmã da promessa, faleceu em 2006.
Em 1988 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz graças a seu trabalho com os pobres. Esteve com o papa João Paulo 2° (1920-2005) duas vezes — na segunda, quando ela já estava prostrada doente, ele a visitou em seu convento para abençoá-la.
Maria Rita Pontes, sobrinha que conviveu com irmã Dulce desde seu nascimento, é hoje a Superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce. Ela lembra-se da incansável rotina de Irmã Dulce: “apesar dos problemas de saúde e da fragilidade física, acordava às 5h, comia muito pouco, visitava os doentes do hospital, conversava com os médicos, resolvia as questões administrativas e só depois saía para pedir doações. Rezava o terço diariamente.” A oração era uma constante em seu dia-a-dia, disse. “Para ela não existia a palavra impossível quando se tratava das necessidades dos pobres que batia à sua porta”, destacou.
Os últimos anos
Os últimos meses da vida da beata foram caracterizados pela doença. Piorou em novembro de 1990.
Após 77 anos de vida, em 13 de março de 1992, a Beata Dulce faleceu em São Salvador da Bahia. De todo o Brasil ela foi, e ainda se define, a “Mãe dos Pobres” e o “Anjo Bom da Bahia”.
Em 2009 foi considerada venerável, Beatificada em 2012 e em 13 de Outubro de 2019, foi canonizada pelo Papa Francisco.
O Memorial Irmã Dulce guarda hoje cerca de dois mil relatos documentados de graças alcançadas por baianos, pessoas de outros Estados e até de outros países, concedidas por intercessão de Irmã Dulce, que atestam a sua fama de santidade ainda em vida e as virtudes heroicas do “Anjo Bom da Bahia”, como a freira, já no final da vida, era reconhecida.
Milagres para a Canonização
Claudia Cristina dos Santos, que teve hemorragia após dar a luz ao filho, em 2001. Em estado gravíssimo, Claudia teria recebido a visita de um padre devoto de Dulce e se curou durante orações a ela. O ato divino foi reconhecido pelo Vaticano em 2010
O segundo milagre que ratificou a canonização de Irmã Dulce foi a cura do músico José Maurício Moreira. Em 2014, ele voltou a enxergar depois de 14 anos, após pedir à Irmã Dulce que aliviasse as dores de uma conjuntivite. No dia seguinte, teria voltado a enxergar. Em maio de 2019, a cura milagrosa foi reconhecida e, assim, Dulce estava apta a ser canonizada, o que ocorreu em 13 de agosto de 2019.
Legado de Irmã Dulce
"O legado de amar e servir deixado por Santa Dulce dos Pobres traz uma enorme responsabilidade e um grande compromisso pela sua perpetuação e sustentabilidade. A nossa cultura institucional, que carinhosamente chamamos 'dulcismo', nos lembra diariamente sobre a missão de acolher os que mais precisam, sempre fiéis a seus princípios e valores", comenta Márcio Didier, o gestor do complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres.
"Como legado de amor com inspiração divina, [a religiosa] também se torna referência e inspiração para a criação de outras instituições com foco na caridade cristã", diz Didier.
"O legado religioso de Irmã Dulce é o amor ao próximo, o mais bonito dos mandamentos cristãos. Se a santidade é a mais alta honra que a Igreja Católica confere, transformar ou não alguém em santo é passar uma mensagem de qual é a visão do pontificado para a santidade."
"Ela enxergava Deus no irmão e a ele se dedicava como se ao Cristo o fosse."
Irma Dulce não fazia distinção entre as pessoas, entre as religiões, ela só queria atender os pobres, doentes e necessitados. Essa não distinção foi visível na festa de canonização, ocorrida na praça São Pedro, no Vaticano, em 13 de outubro de 2019.
Haviam diversos integrantes da comitiva brasileira presente à missa. E quase um terço dos abordados declaravam-se não católicos — evangélicos, espíritas, candomblecistas, umbandistas e seguidores de nenhuma religião.
Anjo bom do mundo, a Madre Teresa Brasileira
"No caso da Irmã Dulce, ela representa a realidade de pobreza e desigualdade que existiu no período dela, existia antes dela e, infelizmente, ainda existe."
"Ela conseguiu, numa realidade muito precária, dar algum atendimento aos pobres. Alguns falam que ela foi a Madre Teresa brasileira, porque ela fez algo muito parecido: com uma estrutura muito pequena deu atendimento de saúde às pessoas." Diz o vaticanista Filipe Domingues, Vice-diretor do Lay Centre em Roma e doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Em outras palavras, o trabalho de Irmã Dulce é uma mostra clara de ação social, "em uma das regiões mais pobres do Brasil, em que fica claro o papel da Igreja às vezes entrando para suprir o mínimo onde o Estado falta", comenta o vaticanista.
No texto oficial, distribuído pelo Vaticano na missa de canonização dizia: "A sua dedicação aos pobres tinha uma raiz sobrenatural e do alto recebia forças e recursos para dar vida a uma maravilhosa atividade de serviço aos últimos"
Dom Walmor destaca o caráter exemplar de sua biografia. “Ela é exemplar na fé incondicional em Deus e exemplar no desdobramento autêntico de sua fé que se traduz no cuidado com os mais pobres. Por isto é elevada à glória dos altares”, disse.
"Ó mãe dos pobres, cuidai do povo brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!"
A Semana Santa é a Semana Maior, a mais importante para os católicos.
Nessa Grande Semana, celebramos o mistério central da fé cristã, o mistério pascal, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa, que outrora era celebrada no Antigo Testamento, recebe um novo sentido, a Ressureição de Jesus.
A liturgia desse tempo favorável, nos convida a acompanhar Jesus passo a passo, a Sua chegada em Jerusalém até o encontro do Cristo ressuscitado com os discípulos, passando pela colina do Gólgota onde foi crucificado. Toda essa trajetória alimenta nossa fé e nos ajuda a compreender e a experimentar o grande amor de Deus por nós.
E como seria viver esses dias centrais de nossa fé, a Grande Semana, onde tudo aconteceu, em Jerusalém?
Nosso convite hoje é para você que já esteve em Jerusalém durante esses dias ou para você que tem esse sonho no coração e que ainda vai realizar. Venha acompanhar conosco, através do nosso texto, os acontecimentos da Semana Santa na Cidade que é Santa!
Reviver e celebrar os últimos momentos da vida de Jesus nos mesmos lugares onde aconteceram é uma experiência de fé, uma atitude interior.
“Todos os anos, disse Papa Francisco, este tempo cria em nós uma atitude de espanto, de surpresa: “passamos da alegria de acolher Jesus, que entra em Jerusalém, à tristeza de O ver condenado à morte e crucificado. É uma atitude interior que nos acompanhará ao longo da Semana Santa. Abramo-nos, pois, a esta surpresa”, exortou.
Comecemos nosso Retiro Espiritual!
O INÍCIO DA SEMANA SANTA COM O DOMINGO DE RAMOS
O Domingo de Ramos representa o grande portal pelo qual entramos na Semana Santa, tempo em que contemplamos os últimos momentos da vida de Jesus: a entrada de Jesus em Jerusalém, num jumentinho, acolhido por uma multidão festiva que o saúda dizendo: hosana, hosana. Você sabia que ano 400, a Procissão de Ramos já era realizada na Cidade Santa?
“E levaram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele. Muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. E aqueles que iam adiante, e os que seguiam, clamavam, dizendo: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor; Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas. E Jesus entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo visto tudo em redor, como fosse já tarde, saiu para Betânia com os doze.” (Marcos 11, 7-11)
Em Jerusalém, esse dia começa a ser celebrado pela manhã na Igreja do Santo Sepulcro. À tarde acontece a procissão de ramos, onde milhares de pessoas empunhando seus ramos, iniciam a caminhada em Betfagé, passam pelo Monte das Oliveiras e chegam ao fim na Igreja de Santa Ana.
Nesses dias a cidade de Jerusalém é tomada por peregrinos de todas as partes do mundo, comunidades e movimentos religiosos diversos, que se unem com o objetivo de rememorar a entrada de Cristo, como fez o povo do tempo de Jesus, que saiu às ruas para saudar o Filho de Deus, esse é um ato de fé e união entre os povos. A Alegria toma conta de todos e quase podemos ver Jesus caminhando conosco.
DEPOIMENTO SOBRE A TERRA SANTA
MEU MOMENTO DE FÉ INESQUECÍVEL : Na Semana Santa de 2019 enquanto estávamos na Terra Santa, eu e minha irmã Melissa, pudemos viver momentos ímpares. Um deles foi no Domingo de Ramos. Nós queríamos muito um ramo da Terra Santa para trazermos para o Brasil, esse era um desejo muito grande em nossos corações. Quando já terminada a procissão, estávamos na entrada dos Portões de Jafa esperando algumas pessoas.
Foi quando Pe. Bernardo veio de outra parte em nossa direção. Sem que nós disséssemos uma palavra, ele nos entregou o ramo que havia empunhado durante toda a Procissão de Ramos. Minhas mãos tremiam com a emoção de receber o ramo. Mais tarde Pe. Bernardo nos confidenciou que não tinha o hábito de entregar o ramo para outras pessoas, pois geralmente guardava. Mas naquele dia, durante a procissão ele começou a pensar “para quem eu posso entregar esse ramo.” E nós fomos as abençoadas.
TRÍDUO PASCAL
Cada dia da Semana Santa, e muito especialmente o Tríduo Pascal, que se inicia na quinta-feira Santa, tem uma tal profundidade que concentra em si todo o sentido da história.
QUINTA-FEIRA SANTA
Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno. Na quinta-feira Santa a Igreja celebra a instituição dos grandes sacramentos da Ordem e da Eucaristia, pilares da nossa fé.
Antes da Ceia, Jesus lava os pés dos discípulos, reunidos no Cenáculo. Com esse ato Jesus nos ensina o amor ao próximo que deve ser repleto de humildade. Lavar os pés uns dos outros.
“Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.” (João 13,12-15)
Jesus desejou ardentemente celebrar aquele momento com os seus: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de sofrer” (Lc 22,15). Institui aqui o Sacramento da Eucaristia pedindo aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim”. Ele instituiu, também, o sacerdócio cristão: “Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (cf. Lc 22,17-19)
Em Jerusalém, este dia é comemorado de forma bastante intensa. A celebração tem início com a cerimônia no Santo Sepulcro. Da mesma forma que Jesus deu o exemplo ao lavar os pés de seus discípulos, o Patriarcado Latino também lava os pés dos sacerdotes e em seguida os padres renovam seus votos e tem-se fim com a bênção dos Santos Óleos, que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
O CENÁCULO
A celebração continua no Cenáculo onde acontece a última ceia e o lava-pés.
O final do dia é marcado, em um dos lugares preferidos de Jesus, o Getsêmani, pela vigília da Hora Santa (aqui ou em nossas comunidades e paróquias), Ficamos em vigília e em profunda oração. Jesus foi traído e levado para os seus últimos momentos, para sua paixão e morte.
Essa celebração católica no Getsêmani é proferida em diversos idiomas e com transmissão para muitos países.
Imagine estar no mesmo local que Jesus fez o pedido aos seus discípulos que vigiassem com Ele!
É um momento em que é muito difícil não se emocionar.
Os peregrinos seguem em procissão com velas até a igreja de Galli Cantu, foi para lá que Jesus, após a traição de Judas, foi levado para ser interrogado, açoitado.
SEXTA-FEIRA SANTA
“Ele assumiu as nossas dores.”(Mt. 8, 5)
Neste dia, Sexta-feira Santa, que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, celebramos a Paixão e Morte de Jesus. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento que não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
Em Jerusalém, o dia inicia-se com a abertura das portas do Santo Sepulcro que foram fechadas na quinta-feira após a missa da Ceia do Senhor.
Ao meio dia, pessoas de todos os lugares do mundo se reúnem entre as estreitas ruas para percorrem o caminho mais importante de todos os tempos: a Via Sacra.
Este momento nos enche de emoção, os peregrinos percorrem desde o Pretório de Pilatos até o Gólgota, local da crucificação de Jesus. Diferente do que acontece nas outras épocas do ano, durante a Semana Santa pode-se fazer algo único: rezar as cinco últimas estações no local onde realmente aconteceram, ou seja, dentro do Santo Sepulcro onde podemos sentir emoção maior; a de que naquele local fez-se a vitória sobre a morte.
Ao final do dia é realizado, no Santo Sepulcro, a procissão do enterro.
SANTO SÁBADO
O Santo Sábado, é chamado de Vigília Pascal que antecede o dia da Páscoa, o Domingo da Ressurreição de Jesus. O sábado Santo e a Vigília Pascal são o coração do ano litúrgico, o coração da nossa fé!
Nesse dia há um vazio e a Igreja permanece em silêncio, junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Morte e esperando sua Ressurreição. Cristo foi sepultado! Mas não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa e com o mistério da descida de Cristo à mansão dos mortos, que lhes anuncia a salvação próxima e a ascensão com ele ao céu temos de fato a esperança da Ressurreição, pois com sua morte Jesus vence a própria morte e resgata todos que aguardavam o cumprimento das profecias messiânicas.
"Desceste das alturas, ó Misericordioso, e suportaste a sepultura por três dias, para nos libertar dos sofrimentos. Senhor, nossa vida e nossa ressurreição, glória a Ti!"
Acredita-se que este hino tenha sido composto pelos cristãos do primeiro século.
Em Jerusalém, o Sábado Santo ou de Aleluia tem suas cerimônias concentradas dentro e fora do Santo Sepulcro, as celebrações começam pela manhã com a Vigília Pascal no santuário, onde centenas de fiéis rezam para lembrar as horas posteriores à crucificação de Cristo. A procissão solene pelas ruas até a entrada no Santo Sepulcro é feita na parte da tarde e é no Santo Sepulcro que é realizada a celebração em que o Patriarca latino de Jerusalém acende a vela, o Cirio Pascal.
MEU MOMENTO DE FÉ INESQUECÍVEL: Foi em nossa mesma Peregrinação de 2019 que outro momento de fé inesquecível aconteceu! No Santo Sábado, estávamos no Santo Sepulcro. Enquanto muitas, mas muitas pessoas mesmo, se acotovelavam para conseguirem um lugar melhor e assim chegarem mais perto da edícula do Santo Sepulcro, nós rezávamos em silêncio e em espera.
Foi quando à nossa frente foi tirada a corda que limitava a passagem e o guardião fez um gesto para que entrássemos na edícula do Santo Sepulcro. Até hoje não sabemos explicar como isso aconteceu, mas de repente estávamos naquele lugar tão sagrado e num momento único de oração e fé.
Assim como Maria e Maria Madalena entraram no Santo Sepulcro vazio e sentiram-se próximas do céu, nós também nos sentimos próximas do céu e honradas por estarmos tão conectadas a Deus em oração a ponto de nos sentirmos sozinhas mesmo com tantas pessoas.
DOMINGO DE PÁSCOA
“Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.” (Mateus, 28 5-6)
O Círio Pascal está aceso! Chegou o Domingo de Páscoa, o tempo da alegria, de cantar Glórias e Aleluias, de nos sentirmos vivos e felizes, de entender que fomos feitos filhos e filhas de Deus, que a morte foi vencida para sempre e que todo o sofrimento da Cruz, juntamente com todas as nossas dificuldades, teve e tem um propósito maior. A Páscoa é a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida! Somos convidados a olhar o túmulo vazio de Jesus e, com admiração e gratidão, refletir sobre o grande mistério da Ressurreição do Senhor. A vida venceu a morte!
A celebração da Páscoa, em Jerusalém, é feita com a procissão até o Santo Sepulcro liderada pelo Patriarca Latino. É neste momento em que se celebra a Missa de Páscoa.
O RENASCIMENTO EM NÓS
Quando estamos vivendo a Semana Santa em nossa paróquia, na nossa cidade, sabemos que há um grande senso de comunidade. A Semana Santa nos aproxima dos ensinamentos de Deus através de Seu filho e nos faz olhar mais atentamente para o próximo.
Em uma das nossas primeiras oportunidades de irmos à Terra Santa durante a Semana Santa, nosso temor era: E se não nos sentirmos em comunidade?
Afinal, lá estão pessoas que não conhecíamos de toda a parte do mundo e que na maioria das vezes nem conseguimos nos comunicar por falarem línguas muito diferentes. Mas em meio ao nosso questionamento nos esquecemos de uma coisa! Há uma linguagem muito maior e que não se compara a nenhuma outra língua estrangeira, e essa linguagem é a de Deus.
É por isso que somos sempre surpreendidos com o senso de comunidade na Terra Santa e assim é durante a Semana Santa! Pois estamos ali vivendo como verdadeiros irmãosno intuito de louvarmos nosso Pai. Comumente saímos das celebrações com novas amizades, que são feitas não pelas palavras, mas pelos gestos, pelo olhar e, acima de tudo, pelo sentimento único de estarmos no mesmo lugar com o mesmo propósito
O nosso maior desejo é que possamos sentir a Páscoa em nossos corações como um verdadeiro ato de renascimento. Esperamos estar juntos nos próximos anos compartilhando a emoção de seguir os últimos passos de Jesus em Jerusalém.
O nome José é de origem hebraica e significa “Deus une”. José é o último patriarca que recebe as comunicações do Senhor por meio dos sonhos. Como o antigo José (do Egito), ele é um homem justo e fiel (Mt 1,19) que Deus colocou como guardião da sua casa. Ele une Jesus, rei messiânico à descendência de Davi. São José não é somente o patrono dos pais de família como “sublime modelo de vigilância e providência”, mas também é o patrono da Igreja Universal, com festa em 19 de março.
O Patrono dos Pais de Família
São José é de Nazaré, que hoje em dia, é a maior cidade do norte de Israel. Mas nem sempre foi assim, na época de Jesus era uma cidade muito pequena, quase uma vila para nossos padrões atuais. Calcula-se que a Nazaré da época de Jesus abrigava de 300 a 600 moradores. Alguns pesquisadores ainda afirmam que não havia mais do que 20 famílias morando ali. Ali os pais de Jesus moraram e Jesus ficou até os 30 anos, vivendo junto com São Jose e Maria.
Em Nazaré peregrinando pela Basílica da Anunciação e percorrendo o seu belíssimo pátio até chegarmos à igreja de São José. Ela foi construída sobre as ruínas do edifício de onde teria sido a carpintaria e a morada de José. O povo de Nazaré, ao ouvir Jesus falar, perguntava-se: “Não é este o filho do carpinteiro?” (13, 55; cf. Mc 6, 3). Jesus praticou o ofício do pai.
São José, guardião da Sagrada Família
São José foi o esposo de Maria, o chefe da “Sagrada Família” na qual nasceu misteriosamente por obra do Espírito, Jesus, o Filho de Deus. E orientando a própria vida sob a leve marca de alguns sonhos, povoados de anjos que traziam as mensagens do Senhor, tornou-se um exemplo de paternidade. Certamente, não foi ausente.
É verdade, foi muito silencioso, mas até os trinta anos da vida do Messias, esteve sempre perto do filho com fé, obediência e disponibilidade para aceitar os planos de Deus. Começou a aquecê-lo na pobre manjedoura, o colocou a salvo no Egito quando necessário, se preocupou a procurá-lo quando se perdeu aos 12 anos em Jerusalém, o teve consigo no trabalho de carpinteiro, com Maria, o ajudou a crescer em “sabedoria, idade e graça”.
José é um homem “justo”, porque sempre se colocou disponível para cumprir a vontade de Deus, entregando a própria vida a um projeto que o transcende. Esta obediência leva José a uma vida nova e à descoberta de um sentido mais profundo do seu ser esposo e pai. Ele torna-se o guardião da “sagrada família”. Ele protege, abre o caminho. Ele cuida! Deste modo, a presença de José ao lado de Maria, sugere a realidade de um casal que realmente vive em profunda harmonia, com o intuito de construir uma família, cujo foco está em fazer a vontade de Deus.
O Pai da Providência
São José é considerado o Pai da Providência, ele foi aquele que providenciou o necessário para sobrevivência da Família de Nazaré. O termo grego tekton, utilizado para indicar o trabalho de José, foi traduzido de várias maneiras.
Os Padres da Igreja traduziram como “carpinteiro”. Mas nos recordemos que na Palestina daquele tempo, a madeira era utilizada fazer arados e móveis mas também para construir casas, suas armações de madeira e telhados em terraços feitos de vigas ligadas entre si com ramos e terra.
Portanto, “carpinteiro” ou “marceneiro” era uma qualificação genérica, indicando tanto os artesãos da madeira como os trabalhadores que se ocupavam de atividades relacionadas com a construção. Um ofício bastante duro. Economicamente, não se ganhava muito, percebemos isso quando Maria e José, ao apresentarem Jesus no Templo, terem oferecido apenas um casal de rolas ou de pombas (cf. Lc 2, 24), como a Lei prescrevia para os pobres (cf. Lv 12, 8).
Mesmo em meio às dificuldades, São Jose providenciou à Sagrada Família o seu sustento, a sua sobrevivência financeira e foi suporte como pai, homem e escolhido por Deus.
Para quem quiser aprofundar sua experiência com São José e tiver a oportunidade, pode visitar Nazaré, sua terra natal. É uma das mais célebres cidades do Oriente Médio, lugar sagrado do Cristianismo, que vê em suas estradas e no seu território, o lugar da Anunciação do nascimento de Jesus e da primeira parte de sua vida. Uma peregrinação nesta cidade e em seu território é uma imersão entre história, arte e espiritualidade que se fundem em uma única realidade.
Não deixei de mergulhar na vida amorosa de São Jose, o justo, pai amoroso, cuidadoso, trabalhador, patrono da Igreja, pai da boa morte. Humilde e obediente, ele abraçou a missão dada por Deus e encoraja a todos nós, com seu exemplo, a fazermos o mesmo.
São José foi o mais santo, o mais ilustre e o mais perfeito homem que o mundo já viu, é nosso intercessor junto a Jesus. Como dizia Santa Tereza D`Avila: “Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.”
Hoje é um dia muito especial. A Igreja troca os paramentos roxos – utilizados no tempo quaresmal – para dar lugar ao branco. O motivo? Celebrar com alegria o dia de São José, pai adotivo de Jesus e esposo da Virgem Maria e com fé, dizemos: Valei-nos São José! Valei-nos!
Hoje te pedimos, Senhor, uma fé inteligente, corajosa e tenaz como foi a de José.
Fontes: Exortação Apostólica “Redemptoris Custos” de João Paulo II. A figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja.
Venha mergulhar conosco nas graças de Nossa Senhora de Lourdes e suas aparições.
Em Lourdes, entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858, uma camponesa de 14 anos,Bernadette Soubirous, afirmou ter assistido a 18 aparições de Nossa Senhora (logo abaixo poderemos ler e nos emocionar com todas elas). Durante a nona aparição, em 25 de fevereiro, a Virgem Maria disse a Bernadette: “Vai beber da fonte e lava-te”!
A jovem, inicialmente encontrou no lugar indicado somente um pouco de água e lama, que em pouco tempo, se transformou em uma fonte de água potável, considerada milagrosa.
Essa água que podemos beber e levar para casa, e que até hoje alimenta todos os pontos de distribuição do Santuário: as fontes, as piscinas e o Caminho da Água que é constituído por nove estações, cada uma com um nome bíblico onde o peregrino é convidado a realizar o Gesto da Água. Depois de 2020 esse momento passou a ser sem o banho, mas com o mesmo significado e sacralidade que foi pedido por Nossa Senhora.
Em Lourdes, milhares de pessoas que são voluntários, estão ali para ajudar a todos, especialmente os enfermos, a repetirem o gesto que Nossa Senhora pediu à menina Bernardete: “Vai beber da fonte e lava-te”!.
Também é possível repetir o gesto em todas as fontes e torneiras do Santuário, mas viver esse momento com os voluntários, torna o gesto muito mais especial nessas águas abençoadas.
Há também na ponte ao lado das arcadas e do rio Gave, as torneiras que também têm água da fonte e onde você pode encher garrafinhas e levar para os entes queridos.
O santuário possui diversos lugares de oração: a gruta de Massabielle, onde apareceu Nossa Senhora e que no fundo da gruta está a fonte milagrosa. Na rocha sobre a gruta foi construída em 1871 a Basílica da Imaculada Conceição, ou Basílica Superior, como é conhecida, e está unida à Basílica Inferior, que comporta até quatro mil pessoas.
Na Basílica subterrânea, que pode abrigar até 25 mil pessoas, peregrinos das mais variadas dioceses do mundo se encontram para celebrar a Eucaristia nos grandes encontros.
Procissão das velas
Em Lourdes, acendemos velas para confiar todas as nossas intenções à Virgem Maria, a chama que arde prolonga a nossa oraçãoNo dia 19 de fevereiro de 1858, Bernadette foi pela primeira vez à Gruta com uma vela e foi no dia 7 de abril, quarta-feira de Páscoa, que a chama da vela que ela segurava na mão lambeu seus dedos por longo tempo sem queimá-los.
No Santuário de Capelas da Luz, encontramos os velários, voltados para a Gruta e situados do outro lado do rio Gave, que podemos colocar velas para queimar, como fazem milhões de peregrinos.
Aprocissão das velas, que, durante o inverno, acontece desexta-feira a domingo, é um dos momentos mais populares no Santuário, cada peregrino, de todas as nações, leva as intenções que tem no coração, e a oração une a todos com a Virgem Maria. Todos se reúnem, com faixas e banners, aos demais fiéis, vindos de todo o mundo para cantar o “Ave Maria de Lourdes”, que é ouvido em várias línguas, rezam o terço e repetem jaculatórias que levam todos à oração.
No Santuário podemos participar das Celebrações Eucarísticas diariamente, em vários horários, além do Sacramento da Confissão.
Estando em Lourdes, é possível visitar os lugares onde viveu Bernadette: a sua casa natal, o Moinho de Boly, a antiga casa do pai de Bernadette, o Moinho Lacade e o Cachot, uma velha prisão de 16 metros quadrados, onde a família Soubirous vivia em extrema miséria quando teve início as aparições.
Nos passos de Bernadette
Agora te convidamos a seguir os passos de Bernadette e ler, rezando conosco, todas as Aparições de Nossa Senhora nesse lugar especial. Assim, sentiremos no coração a mensagem de Lourdes: oração e penitência.
Santa Maria, mãe dos peregrinos, Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.
Anualmente milhares de peregrinos juntam-se ao Santuário em busca de cura e renovação da fé. Mas afinal, o que atrai tanta gente ali? Para responder a esta questão, vamos contar um pouco da história destas aparições há quase dois séculos no alto dos Pirineus. Vamos entender também em que contexto isso aconteceu!
No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio XI proclamou solenemente no Vaticano o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, que proclama que Maria é concebida sem pecado original. Para lembrarmos, Nossa Senhora já tinha se mostrado assim, como a Virgem Imaculada, à Santa Catarina Labouré em 1830, na aparição da Rue du Bac em Paris, quando mandou que ela cunhasse a chamada “Medalha Milagrosa. Em torno da medalha, Santa Catarina viu em letras de ouro a expressão: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Já em Lourdes, as aparições ocorreram em uma pequena vila no sudoeste da França, nos arredores da cidade, nos montes Pirineus, pertencente à diocese de Tarbes. Ali havia uma gruta e era um dos santuários marianos mais frequentados na época. No local onde Nossa Senhora apareceu 18 vezes ao longo do ano de 1858 para a jovem Bernadete de apenas 14 anos, de família humilde, que não entendia o francês mas somente um dialeto local e sofria de asma, passa o rio Gave; ao lado do rochedo Massabielle que forma uma reentrância oval, que é a chamada Gruta de Massabielle.
Neste contexto, vamos às aparições!
As aparições de Nossa Senhora
O ano era 1858! Nossa Senhora aparece 18 vezes e essa sequência iremos ver agora. Vem se emocionar conosco!
1ª aparição – 11 de fevereiro: Na manhã dessa quinta-feira, as duas irmãs, Bernadette e Antonieta, e uma amiga, Joana Abadie, procuravam lenha junto à gruta de Massabielle, nas margens do rio Gave. Bernadette tira os sapatos para colocar os pés na água. Abaixo o relato da vidente:
“Vi numa cavidade do rochedo uma moita, uma só, que se agitava como se houvesse muito vento. Quase ao mesmo tempo saiu do interior da gruta uma nuvem dourada, e logo a seguir uma Senhora nova e bela, bela mais que todas as criaturas, como eu nunca tinha visto nenhuma. Veio pôr-se à entrada da concavidade, por cima do tufo de mato.
Logo olhou para mim, sorriu-me e fez-me sinal para que me aproximasse, como o faria minha mãe. Tinha-me passado o medo, mas parecia-me que não sabia onde estava. Esfreguei os olhos, fechei-os, tornei a abri-los; mas a Senhora estava lá sempre, continuando a sorrir e fazendo-me compreender que eu não estava enganada.
Sem saber o que fazia, tomei o terço e ajoelhei-me. A Senhora aprovou com um sinal de cabeça e passou para os seus dedos um rosário que trazia no braço direito. Quando quis começar a rezar e erguer a mão à testa, o meu braço ficou imóvel, como que paralisado. Só depois de a Senhora fazer o sinal da cruz é que eu o pude fazer também. A Senhora deixava-me rezar sozinha. Ela apenas passava as contas pelos dedos, sem falar. Só no fim de cada mistério dizia comigo: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Quando acabou a reza, a Senhora voltou a entrar do interior do rochedo e a nuvem de ouro desapareceu com Ela”.
E quem era esta senhora? A quem lhe perguntava, Bernadette fazia esta descrição:
“Tem as feições duma donzela de 16 ou 17 anos. Um vestido branco cingido com faixa azul até os pés. Traz na cabeça véu igualmente branco, que mal deixa ver os cabelos, caindo-lhe pelas costas. Vem descalça, mas as últimas dobras do vestido encobrem-lhe um pouco os pés. Na ponta de cada um sobressai uma rosa dourada. Do braço direito pende um rosário de contas brancas encadeadas em ouro, brilhante como as duas rosas dos pés”.
2ª aparição – 14 de fevereiro: Neste dia Bernadette que já tinha contado sobre o que viu e, temendo que fosse alguma alma do outro mundo, como lhe tinham dito, chegou aspergindo água benta sobre a rocha.
“Fui à paróquia, pegar uma garrafinha de água benta para jogá-la na visão quando estivesse na gruta, se a visse. E saímos para a gruta. Ao chegarmos lá, cada uma tomou o seu terço e nos ajoelhamos para rezá-lo. Apenas tinha acabado de rezar a primeira dezena, quando vi a mesma Senhora. Então comecei a jogar água benta nela, dizendo que, se vinha da parte de Deus, que permanecesse; se não, que fosse embora; e me apressava sempre a jogar-lhe água.
Ela começou a sorrir, a inclinar-se. Mais água eu jogava, mais sorria e girava a cabeça, e mais a via fazer aqueles gestos. Eu então, tomada pelo temor, me apressava a aspergi-la mais, e assim o fiz até que a garrafa ficou vazia.”
Nestas duas primeiras aparições, Nossa Senhora nada disse, além de rezar sempre o Glória ao final de cada mistério do rosário. Interessante perceber que a Senhora não rezava a Ave Maria, afinal, ninguém intercede a si mesmo!
3ª aparição – 18 de fevereiro: “Ela só me falou na terceira vez. Foi na quinta-feira seguinte: Fui ali com algumas pessoas importantes, que me aconselharam a pegar papel e tinta e lhe pedisse que, se tinha algo a me dizer, que tivesse a bondade de colocá-lo por escrito.
Tendo chegado lá, comecei a recitar o terço. Após ter rezado a primeira dezena, vi a mesma Dama. Transmiti esse pedido à Senhora. Ela se pôs a sorrir, e me disse que aquilo que tinha para me dizer, não era necessário escrevê-lo. Mas perguntou-me se eu queria conceder-lhe a graça de voltar ali durante quinze dias. Eu lhe respondi que sim”.
Bernadette contou que a Senhora que aparecia ali era como Nossa Senhora na Medalha Milagrosa, mas sem os raios que saem das mãos.
4ª aparição – 19 de fevereiro: Enquanto a vidente rezava, uma multidão de vozes sinistras, que pareciam sair das cavernas da terra, cruzaram-se e entrechocaram-se, como se fossem os clamores duma multidão em desordem. Uma dessas vozes, que dominava as outras, gritava em tom estridente, raivoso, para a pequena Bernadette: “Foge! Foge daqui!” Nossa Senhora ergueu a cabeça, franziu ligeiramente a fronte e logo quem fugiu foram aquelas vozes.
Nesta ocasião Bernadette tinha um círio bento aceso. Este gesto, copiado em seguida pelos que assistiam às aparições, inspirou o costume atual de levar velas e acendê-las diante da gruta. Há bem em frente à Gruta um grande suporte para velas que está constantemente cheio e do outro lado do Rio Gave um velário, onde se depositam as velas ao final das procissões luminosas.
5ª aparição – 20 de fevereiro: Nossa Senhora ensinou pacientemente, palavra por palavra, uma oração só para Bernadette, que ela devia repetir todos os dias, o que ela fez, mas nunca revelou qual era a oração.
6ª aparição – 21 de fevereiro: Neste dia a notícia da aparição já havia se espalhado e em torno de 100 pessoas estavam na Gruta quando Bernadette chegou. Neste dia o Dr Dozous,medico, esteve em Massabielle e observou a postura de Bernardete durante a aparição. Verificou seus batimentos cardíacos, sua respiração e constatou que eram normais. Quando o médico liberou seu braço, ela se aproximou um pouco mais da gruta, seu rosto mudou da alegria para a tristeza e lagrimas correram. Bernardette explicou:
“A Senhora desviou durante um instante de mim o seu olhar, que alongou por cima da minha cabeça. Quando voltou a fixá-lo em mim, perguntei-lhe o que é que a entristecia e Ela respondeu-me: Reza pelos pecadores, pelo mundo tão revolto. Disse-me também que não me prometia tornar-me feliz neste mundo, mas no outro.”
Ao final deste dia, preocupado com a multidão que seguia a menina, o delegado de polícia Dominique Jacomet interrogou Bernadette e a proibiu de ir até a Gruta e no dia seguinte colocou soldados para impedirem a aproximação das pessoas no local.
Aqui vale lembrar mais um pouco do contexto histórico. O país havia passado, há poucos anos, pela Revolução Francesa e as revoluções liberais. A proposta dessas revoluções, era acabar com o modelo de sociedade que separava uma elite de nascimento, os nobres de “sangue azul”, dos demais. Mas à medida em que foram aparecendo os burgueses, aqueles comerciantes, banqueiros e trabalhadores que começaram a enriquecer, eles quiseram desbancar esse modelo social e criaram uma nova ordem, que não acabou com as desigualdades, mas levou a uma confiança excessiva na capacidade humana e um desprezo pelos valores religiosos. E era nesse meio que a França vivia!
Assim, fica fácil compreender que os anticatólicos não suportavam a retomada do fervor do povo que acontecia à medida em que a notícia da aparição na Gruta de Massabielle se espalhava.
Mas, no fim do dia 22 de fevereiro, a cidade estava em alvoroço e o prefeito achou melhor suspender a proibição. Nesse dia, os pais da jovem lhe disseram para ir diretamente para a escola e não passasse perto da gruta pois tinham dicado assustados com o interrogatório do dia anterior. Havia soldados que a impediam de ir para a gruta. Bernardette se sentia impelida a ir na direção da Gruta, os soldados curiosos ao ver a atitude da menina a acompanharam ao local e ficaram ao seu lado durante todo o tempo que ela rezou, nesse dia Nossa Senhora não apareceu.
7ª aparição – 23 de fevereiro: Por volta das 6 horas, cerca de 150 pessoas foram até a Gruta e este foi o dia da revelação de três segredos a Bernadette: “Ela me deu três segredos e me proibiu de contar. Eles só se referem a mim, não são nem sobre a Igreja, nem sobre a França, nem sobre o Papa.”
8ª aparição – 24 de fevereiro: Bernadette foi do lugar em que estava até a gruta, de joelhos e beijando o chão. 450 pessoas estavam com ela. Contou depois que a Senhora lhe dissera: “Penitência! Penitência! Penitência! Rezai a Deus pelos pecadores! Beijai a terra em penitência pela conversão dos pecadores!”
9ª aparição – 25 de fevereiro: Em fevereiro a França passa por um inverno rigoroso. E, neste dia, ao chegar na Gruta, Nossa Senhora pede à jovem “Vai beber à fonte e lavar-te nela.” Como não viu ali nenhuma fonte e logo atrás estava o Rio Gave, ela foi se dirigindo ao Rio. Neste momento a Senhora lhe apontou como dedo um lugar. “Para lá me dirigi. Vi apenas um pouco de lama. Meti a mão e não pude apanhar água. Escavei e saiu água mais suja. Tirei-a três vezes. À quarta já pude beber.”
Era a água milagrosa que tantos prodígios tem realizado. Nossa Senhora mandou-lhe ainda fazer esta penitência pelos pecadores: “Come daquela erva que ali está!”. Quando troçavam da pequena por tão estranha ordem, respondia: “Mas vocês também não comem salada!?”
A Senhora ainda pediu a Santa Bernadette que se lavasse com a água. Mas era tanta terra misturada que ao fazer isso, ela saiu com o rosto coberto de lama e acabou sendo zombada pela multidão que lá estava.
A fonte que Santa Bernadette encontrou embaixo da Gruta até hoje jorra água. A água está canalizada e é nesta água que as pessoas podem tomar banhos ou também beber, repetindo os gestos da jovem. Podemos imaginar o tamanho do alvoroço que causou esta fonte. Assim, no dia seguinte ocorreu nova proibição de acesso à gruta deixando mais de 600 pessoas desapontadas.
10ª aparição – 27 de fevereiro: A Virgem Imaculada tornou a mandar beijar o chão em penitência pelos pecadores. Bernadette, por duas vezes, orientou as pessoas a repetirem seus gestos, no que foi atendida somente na segunda vez. Ainda hoje no Santuário os peregrinos repetem o gesto de beijar a rocha.
11ª aparição – 28 de fevereiro: Neste dia Bernadette repetiu o que fazia: ajoelhar, rezar o terço e beijar a rocha. Apesar do forte frio que fazia, quase 1200 pessoas estavam presentes e repetiam com ela os gestos.
12ª aparição – 1º de março: Bernadette sempre usava o mesmo terço para sua oração. Neste dia a senhora Paulina Sans tinha lhe pedido que usasse um terço de sua propriedade e a jovem aceitou. Mas Nossa Senhora, como uma mãe detalhista, percebeu que não eram os mesmos e pediu que Bernadette voltasse a usar o de sempre. Esta foi a única vez em que esteve presente um sacerdote, que ignorava a proibição do clero de comparecer ao local.
Na noite do dia 1º de março aconteceu o primeiro milagre. Catherine Latapie, grávida de nove meses, tinha paralisados dois dedos da mão direita. O mal lhe impedia de atender às necessidades do lar e dos filhos. Ela imergiu a mão na água e sentiu um grande bem-estar, movimentando os dedos naturalmente!
13ª aparição – 2 de março: A Virgem pede: “Vai dizer aos sacerdotes que tragam o povo aqui em procissão e que me construam uma capela.” Bernadette conta como cumpriu essa missão: “Fui procurar o Padre para lhe dizer que uma Dama me tinha ordenado de ir dizer aos padres para construir ali uma capela. Ele me olhou um momento, e logo me perguntou num tom incomodado quem era essa Dama. Eu lhe respondi que não sabia. Então ele me encarregou de perguntar a ela o nome, e de voltar para lhe contar.”
14ª aparição – 3 de março: A Senhora não aparece à hora habitual, mas sim ao entardecer e deu explicação. “Não me viste esta manhã porque havia pessoas que desejavam examinar o que fazias enquanto eu estava presente. Mas elas eram indignas.
Tinham passado a noite na gruta, profanando-a.” Foi uma curta aparição, mas Bernadette cumpriu a ordem do pároco: “Eu lhe perguntei seu nome, por parte do Padre. Mas ela não fazia outra coisa senão sorrir. Voltando, fui à casa do senhor pároco para dizer-lhe que tinha cumprido a missão, mas que não tinha recebido outra resposta senão um sorriso. Então ele me disse que ela zombava de mim, e que eu faria bem de nunca mais voltar. Mas ele não podia me impedir de ir.”
Fechando a questão, o Pe. Peyramale orientou: “Se a Senhora deseja realmente uma capela, que diga seu nome e faça florescer a roseira da Gruta” – o que, no inverno francês, equivalia a pedir um absurdo!
15ª aparição – 4 de março: No segundo mistério do primeiro terço, Bernadette começa a ver Nossa Senhora. Acabou esse terço e rezou outros dois, refletindo ora alegria, ora tristeza. O êxtase durou quase uma hora, sem que acontecesse algo excepcional. Durante esta quinzena, Nossa Senhora comunicou à menina três segredos e uma oração com esta ordem: “Proíbo-te de dizer isto, seja a quem for.”
A polícia pediu reforço policial de d'Argelès e de Saint Pé, cidades vizinhas de Lourdes, para ajudar na manutenção da ordem, no sentido de evitar qualquer excesso. A estimativa era para mais de 8.000 pessoas ao redor da gruta. Para que Bernadette pudesse chegar ao local, fizeram uma passarela de madeira, que lhe facilitou o acesso.
Ela veio acompanhada de sua prima Joana Véderè, que tinha 30 anos de idade, e ficaram juntas perante a Aparição. Ajoelharam e começaram a rezar o terço. Quando iniciavam a terceira Ave Maria da segunda dezena, entrou em êxtase. A multidão com o olhar acompanhava tudo e apreciava a beleza do Sinal da Cruz que ela fazia.
Terminada a Aparição, apagou a vela e, indiferente à presença de toda aquela gente, tomou o caminho de sua casa. Muitos ficaram desapontados e perplexos, porque esperavam algum milagre ou alguma revelação. Não aconteceu nada, visualmente. No ar ficaram muitas perguntas e uma grande expectativa: será que terminaram as Aparições?
Então, Bernadette foi encontrar-se com o Senhor Abade e dar-lhe notícias do "encontro".
- Que te disse a Senhora?
- Perguntei-lhe o nome... Ela sorriu. Pedi-lhe para fazer florir a roseira, ela sorriu outra vez. Mas ainda quer a Capela.
- Tu tens dinheiro para fazer essa Capela?
- Não, Senhor Abade.
- Eu também não. Diz à Senhora que lhe dê.
Peyramale estava desconsolado por não ter obtido nenhuma informação segura sobre a Aparição. Ela também, mas sem poder fazer nada, voltou triste para casa.
Os dias seguiram-se e em 18 de março Bernadette é submetida a um severo interrogatório e declara “Não penso ter curado quem quer que seja e de resto não fiz nada para isso. Não sei se voltarei à gruta.”
As aparições pareciam ter acabado sem a Senhora dizer quem era. Mas a movimentação de pessoas ali era cada vez maior. Diariamente muitas pessoas iam para rezar, para recolher água da fonte ou para bebê-la. Todos acreditavam que quem esteve lá foi a Santíssima Virgem. As velas multiplicavam-se, no dia 18 eram 10; no dia 19 havia 21 velas; já no dia 23, colocaram no nicho das aparições, uma imagem de gesso da Virgem Maria, doada por um senhor, Felix Maransin.
Do dia 4 de março, quando ocorreu a última aparição, ou seja, a 15ª, até o dia 25 do mesmo mês, Bernadete procurava levar uma vida normal, ao lado de seus familiares no "cachot". Mas foi impossível, porque era solicitada para interrogatórios, por visitantes que faziam filas intermináveis à porta de sua casa, querendo conversar, abraçá-la e pedir-lhe que tocasse com as mãos em objetos que levavam. Eram pessoas que buscavam graças e outras que vinham contar milagres alcançados pela bondade e o carinho intercessor de Nossa Senhora.
Vale lembrar que sua condição de saúde era bastante frágil. Mas ela não tinha mais sossego. Às vezes quase perdia a paciência: "Tragam-me todos ao mesmo tempo". De outras vezes, cansada, precisando de repouso, queria isolar-se: "Fechem a porta à chave!"
Só que jamais aceitou e não deixou que nenhum de seus familiares aceitassem gratificações em dinheiro ou presentes, por qualquer razão que fosse: "Isso queima-me! Por favor, não façam isso!"
Quando lhe perguntavam se a Dama voltaria, simplesmente dizia que não sabia. Só podia afirmar que a Senhora queria sempre uma Capela e que os sacerdotes fossem em procissão à gruta.
16ª Aparição - 25 de março: Na manhã da festa da Anunciação houve a Revelação: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Que dia lindo!
No despertar daquele dia 25 de março de 1858, Bernadete sentiu-se novamente pressionada para ir à gruta. Era uma força estranha que nascia em seu interior, que não sabia explicar. Mas era muito cedo e seus pais lhe aconselharam esperar o dia clarear. Às 5 horas da manhã já se pôs a caminho. Depois de rezar o terço em êxtase, levantou-se e caminhou em direção à Aparição e conversaram:
- Mademoiselle, quer ter a bondade de me dizer quem és, se faz o favor?
A Dama sorriu, mas não respondeu. Ela insiste na solicitação, a segunda e a terceira vez, obtendo como respostas um sorriso carinhoso e modesto da Visão. Mas Bernadete tinha a necessidade de saber o nome da Senhora, precisava levar esta notícia ao Abade, porque caso contrário ele não construiria a Capela. Por isso, com mais amor e decisão, insistiu uma quarta vez suplicando que ela dissesse o seu nome. Desta vez a Aparição não sorriu mais, ficou séria.
As mãos que estavam unidas afastaram-se estendendo sobre a terra e depois novamente juntas à altura do peito, levantou os olhos ao Céu em sinal de profunda humildade e obediência a Deus e, em francês, disse:
Bernadete retornou a si e para não se esquecer das palavras, repetiu-as várias vezes em seguida, tropeçando nas letras que mal sabia pronunciar, já que só conhecia seu dialeto. Fugiu das perguntas de todos e correu para a casa do Abade, o Padre Peyramale. Lá chegando, antes mesmo de cumprimentá-lo gritou: “'Eu sou a Imaculada Conceição.”
O Abade ficou perplexo. Não sabia se sorria ou ocultava o seu júbilo, procurando num último esforço, certificar-se do óbvio:
- Pequena orgulhosa, tu és a Imaculada Conceição?
- 'Não, não, não eu'.
Padre Peyramale sente que está diante de uma grande revelação: 'A Virgem é concebida sem pecado'. Apesar de ter sido decretado em 8 de dezembro de 1854, o Dogma da Imaculada Conceição de Maria não era aceito por todos os católicos, principalmente por alguns teólogos que defendiam a universalidade da redenção e do Pecado Original.
Isto é, atribuíam a Nossa Senhora o mesmo privilégio que teve João Batista, de ter a santificação antes do nascimento. Mas não aceitavam a imunidade do Pecado, não aceitavam que Maria Santíssima fosse preservada do Pecado Original, mesmo considerando a sua condição especial de Mãe do Redentor.
Por este motivo, o Abade explodia intimamente de satisfação e se preocupava em saber da realidade. Pela santíssima vontade de Deus, a partir daquele momento Nossa Senhora deixava realçar com todo brilho, a sua grandeza notável e ilimitada, porque ela própria confirmava que teve uma Conceição Imaculada. Por isso Peyramale se debatia:
- Uma Senhora não pode usar esse nome! Tu sabes o que isso quer dizer?
Bernadette diz que não, abanando a cabeça.
- Então como podes dizê-lo, se não compreendes o que é?
- Repeti todo o caminho.
No silêncio que se seguiu, Padre Peyramale ficou pensativo com um suave sorriso nos lábios. Bernadete interrompe o silêncio e diz: “Ela quer a Capela!”
O Abade no íntimo deve ter respondido que não só uma Capela, mas uma monumental Basílica. A partir daquele momento, a dama estava dispensada de fazer qualquer milagre, de fazer florir a roseira selvagem da gruta. Era Ela, a Mãe de Deus, a Nossa Querida Mãe que veio nos visitar com o objetivo de revelar um grande mistério divino e pedir penitência ao mundo, para que todos rezassem pela conversão dos pecadores e tivessem uma conduta responsável e digna. Padre Peyramale estava emocionado.
Tentava esconder sua alegria e por isso, para salvar as aparências, falou com ela: “Vai para casa, falaremos outro dia.”
Os dias passaram e o clero, com muita alegria e vibração, comemorou a revelação do grande mistério.
Dia 6 de abril, Bernadete sentiu-se novamente 'pressionada' para voltar à gruta. Aquela força estranha e agradável a impulsionava para Massabieille. Como já havia passado das 15 horas, foi encontrar-se com o Padre Pomian no confessionário. Algumas pessoas que a observavam se incumbiram de espalhar os boatos. A cidade ficou na expectativa de algum acontecimento.
17ª Aparição - 7 de abril: Nossa Senhora nada disse, mas verificou-se nesta aparição o chamado milagre da vela. Era quarta-feira da Páscoa, antes do sol nascer já se encontrava na gruta, acompanhada inicialmente por uma centena de pessoas que logo aumentou para 1.000, quando iniciou a oração do terço.
Nas primeiras Ave-Marias da primeira dezena, Bernardette entrou em êxtase. O Doutor Dozous, que vinha estudando o seu caso, surge no meio da multidão pedindo passagem, pois queria estar ao lado dela, para presenciar suas reações fisionômicas. E abrindo passagem entre o povo que contritamente rezava dizia: “Não venho como inimigo, mas em nome da ciência. Corri e não posso me expor às correntes de ar. Só eu posso verificar o fato religioso que aqui se dá, deixem-me prosseguir este estudo.”
Neste dia, ela utilizava uma grande vela que se apoiava no chão. Foi fornecida por uma pessoa que tinha alcançado uma graça. Com sua mão, tentava proteger a chama da vela da corrente de ar. Mas no transe em que se encontrava, não posicionou corretamente a mão esquerda em forma de concha sobre o pavio aceso, de modo que a chama da vela passava por entre os seus dedos.
- Ela está se queimando - gritaram da multidão.
- Deixe estar - pediu Dr. Dozous.
Ele não acreditava naquilo que seus olhos viam, os sorrisos de Bernadete, os Sinais da Cruz feitos com tanta graça, sua fisionomia séria em vários momentos compartilhando duma tristeza da Visão e a chama da vela que passava por entre seus dedos, sem queimá-los, sem provocar dores.
Terminado o êxtase, examinou as mãos da vidente e não encontrou o menor sinal de queimadura. Para testar a sua sensibilidade, acendeu a vela e sem que ela percebesse, aproximou a chama de sua mão. Ela gritou e protestou: 'Está querendo me queimar'? Dr.Dozous, homem de atitudes extremas, viu crescer repentinamente em seu coração uma fé gigantesca. O médico tinha um caráter explosivo que o levava, muitas vezes, a defender suas convicções abertamente e com decisão, espalhou a novidade com disposição, convencido de que estava diante do sobrenatural na gruta de Massabieille.
No 'Café Francês', que era o ponto de convergência para os 'bate-papos' e também para os 'mexericos', Dozous proclamou com segurança e fartos argumentos, a existência do extraordinário em Lourdes. Em dado momento, ele assim expressou-se: “É um fato sobrenatural para mim, ver Bernadete ajoelhada diante da gruta, em êxtase, segurando uma vela acesa e cobrindo a chama com a mão esquerda, sem que pareça sentir a mínima impressão do contato com o fogo. Examinei-a. Não encontrei nem o mais ligeiro sinal de queimadura.”
Mas continuava a existir também os descrentes, aqueles que não aceitavam os fatos e caçoavam dos frequentadores da gruta. Eles atuaram sobre os administradores pedindo providências contra 'aquilo' que chamavam de 'palhaçada'. O Prefeito resolveu proibir o acesso à gruta. Mandou retirar todos os objetos religiosos que tinham sido colocados lá.
Os pais e amigos de Bernadete, a fim de evitar complicações, a enviaram para Cauterets, para tratar de sua asma. Contudo, a sua ausência em nada influiu no fervor das pessoas, que se manifestavam claramente e todos os dias. Eram organizados cânticos, procissões e orações com a maior participação possível. Por outro lado, alguns procuravam dotar a gruta de certo conforto, colocando na fonte de água uma bacia com três torneiras, para facilitar a utilização.
Pedreiros, carpinteiros e funileiros trabalhavam gratuitamente e com desprendimento, melhorando o acesso, colocando uma tábua furada para receber as velas, empregando os seus esforços com o objetivo de tornar a gruta um recanto aprazível de devoção mariana.
As autoridades, vendo que não conseguiam nem acabar e nem diminuir a frequência das visitas à gruta, decidem fechá-la. No dia 15 de junho, o Prefeito mandou fazer uma barreira constituída por uma cerca de madeira, que isolava a área da gruta.
O povo, no dia 17, destruiu a cerca. As barreiras são reconstruídas no dia 18 e demolidas pelo povo na noite do dia 27. Tornam a ser reconstruídas no dia 28 de junho, para novamente serem demolidas na noite do dia 4 de julho.
No dia 8 de julho, a Igreja intervém oficialmente, pela primeira vez, pedindo tranquilidade ao povo o respeito às autoridades.
No dia 10, foram levantadas as barricadas novamente. Bernadete mantinha-se distante e indiferente a toda esta movimentação. Nas oportunidades que surgiam, recomendava obediência e desaconselhava que arrebentassem a cerca na gruta.
18ª Aparição - 16 de julho: Como é festa de Nossa Senhora do Carmo, a Vidente assiste à missa e comunga na Igreja. Ao entardecer, sente que Deus a chama para a gruta, como das vezes anteriores, e lá chegou por um caminho que ninguém suspeitou. Foi em companhia de sua tia Lucilia, camuflada com um capuz emprestado; mas não pôde aproximar-se devido à cerca, e aos soldados que, por ordem do governo, cercavam o recinto.
Junto à cerca de tábuas que isolava a gruta, encontrava-se um grupo de pessoas, que de joelhos silenciosamente rezavam. Ela ajoelhou e acendeu sua vela. Duas congregadas marianas que a reconheceram, juntaram-se a ela e à sua tia, em silêncio. Apenas começara o terço, as suas mãos afastaram-se comovidas, numa saudação de alegria e surpresa. Nossa Senhora estava lá. A sua face iluminou-se e suas feições adquiriram uma indescritível formosura.
A menina contempla a Senhora, de além do rio e da cerca.
Terminada a oração do terço, pelo seu rosto podia-se ver estampada a felicidade que brotava de seu íntimo, a alegria de mais uma vez ter-se encontrado com a MÃE de DEUS. Ela não comentou nada. No caminho de regresso, apenas disse: “Não via o rio, nem as tábuas - explicará ela mais tarde. Parecia-me que entre mim e a Senhora não havia mais distância que das outras vezes. Só via a Ela. Nunca a vi tão bela!”
Foi como um adeus da Senhora ali em Lourdes. Aconteceu como se fosse uma visita de despedida, Nossa Senhora sempre bondosa, cheia de carinho e atenção, desceu à terra mais esta vez, para despedir-se de Bernadette.
Qual a mensagem de Nossa Senhora em Lourdes?
De acordo com Laurentin, grande teólogo das aparições de Lourdes, “O elemento principal é a manifestação de Maria na sua Imaculada Conceição. O resto é em função deste primeiro elemento e pode também resumir-se numa palavra: ‘em contraste com a Virgem sem mancha, o pecado...’ Mas, inimiga do pecado, Ela é também amiga dos pecadores, não enquanto estão ligados às suas faltas ou se gloriam delas, mas enquanto se veem esmagados pelo sofrimentos físicos e morais, consequência do pecado.
Reduzida à sua expressão mais simples, poderíamos sintetizar desta forma a mensagem de Lourdes: A Virgem sem pecado, que vem socorrer os pecadores. E para isso propõe três meios: “A Fonte De Águas Vivas, A Oração, A Penitência!”
Mas afinal, o que atrai tanta gente em Lourdes?
Bom, acredito que se você chegou até aqui, pode perceber ao longo das aparições como Nossa Senhora foi deixando sua marca em Lourdes. A aparição sempre em um nicho na gruta, aquele mesmo local onde está hoje a imagem, faz o peregrino ao chegar lá sentir-se mesmo na presença de Maria. Na visita ainda se pode ver a fonte de águas limpas, que leva milhares de pessoas em busca de cura, como se a água fosse o aconchego de Mãe.
O convite ao beijo na rocha, uma expressão de humildade e devoção que se repete ainda hoje nas visitas. A oração do terço constante diante da Gruta de Massabielle, lembra a oração de Santa Bernadette junto à Nossa Senhora. São tantos gestos, símbolos e sinais que podemos encontrar em Lourdes que fazem dessa aparição um perfeito encontro com a Mãe, aquela que corrige, orienta, mas também entende e acolhe. Como não se sentir convidado para também estar nessa presença?
“Minha experiência em Lourdes foi indescritível, desde o primeiro momento que cheguei na cidade senti algo inexplicável, meu coração bateu forte, uma emoção muito grande. Renata Borghesi, peregrina SacraTour.
“Nós fomos andando do hotel até o santuário, tudo foi muito emocionante e indescritível; o ar, as pessoas, tudo muito diferente rumo à santidade. Eu já tinha lido sobre a história de Santa Bernadette, mas não imaginava tudo o que vi, posso dizer que eu conhecia 1% e chegando lá conheci 1000%.” Silvana Felix de Souza Modesto, peregrina SacraTour
“Depois da procissão de velas, à noite, é que senti uma emoção muito grande. Passei em frente a gruta para deixar a vela e vi aquela luz na minha direção, parecia que Nossa Senhora refletia aquela luz pra mim, foi muita emoção!!! Chorei bastante, foi muito bom!" Maria Eugênia, peregrina SacraTour
“O que me chamou a atenção foi quando eu estava na fila para o banho e de repente avistei um monte de cadeirantes. Pessoas que vinham sendo amparadas por voluntários. Imaginei, como assim, irão passar na nossa frente? Quando chegaram próximo observei que se tratavam a maioria de idosos. Alguns muitos enfermos. No fim da vida. O que fazem aqui? Neste momento pude presenciar que existe a FÉ DOS MILAGRES. A fé que nos impulsiona a acreditar que estávamos todos no caminho certo, onde Nossa Senhora nos levará a DEUS e que ELE sabe de todas as coisas.” Valdívia Borges da Cruz, peregrina SacraTour
"O que falar dessa viagem? Dessa experiência na minha vida? De algo que eu tenho certeza absoluta que Maria foi intercessora e eu sou tudo grata. Grata a Deus, à Maria, ao meu filho, Pe. Anderson, à SacraTour que abriu as portas e fez com que nós fossemos conhecer. Quando eu cheguei lá que eu vivenciei onde tudo aconteceu, que passei pela Gruta, que vi aquela água benta, as pessoas com vasilhas pegando a água com fé e acreditando... foi emocionante. Eu me emociono toda vez que falo e lembro de quando entre naquela piscina tão envolvida pela presença de Maria.” Edna Maria de Oliveira Silva, peregrina SacraTour
Oração à Nossa Senhora de Lourdes
Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com Ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajude a conservar-nos sempre unidos em Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso (pedir a graça). Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós. Amém!
Queremos partilhar com você a história da SacraTouralgo muito especial para nós! Por isso vamos te contar a nossa história. Dizem que nos tornamos mais íntimos das pessoas quando partilhamos os nossos momentos especiais. E hoje, é essa a nossa intenção! Venha saber um pouquinho mais de como nasceu a nossa agência.
Queremos que você saiba como a nossa agência nasceu, mas não quero falar só de questões práticas envolvendo o surgimento de uma empresa, quero que você saiba como a ideia nasceu em nossos corações e como ela foi tomando forma dentro e fora de nós.
Por isso, eu vou te contar como tudo aconteceu como se você fosse meu amigo próximo e estivesse aqui ao meu lado! Preparado? Então vamos lá!
Tudo começa com uma questão
Sabe quando acontece algo muito inesperado na sua vida e muda todos os seus planos? Coisas que você nunca imaginava que iria fazer ou ser... pois é, a história da SacraTourcomeça exatamente assim. Para eu te falar de como a agência nasceu, primeiro eu tenho que te contar como o meu desejo de ter essa agência ganhou espaço em minha vida.
Eu, Larissa, e minha família sempre fomos muito religiosos e isso me levou a ser bastante ativa em minha paróquia. No entanto, eu não me limitava somente aos trabalhos da minha paróquia, eu também tinha um bom conhecimento do que se passava na minha cidade, eu sou deLondrina-PR, você conhece?
Foi desse meu interesse em ajudar e estar presente na minha paróquia que, em um dia especial, eu recebi a notícia de que haveria um grupo dali saindo para a Terra Santa. E alguém me perguntou:
Por que você não vai também?
Uma pergunta que me inquietou, eu vou ser bem sincera, eu não tinha muita vontade de viajar. Aliás, diferente do que muita gente anseia e deseja para a vida, eu estava bem no meu canto.
Minhas irmãs (eu tenho duas, mas depois elas entram nessa história) gostavam muito de viajar, mas em mim, realmente, não despertava a muita vontade.
Por outro lado, conhecer os lugares por onde Jesus passou com as pessoas que eram do meu convívio religioso..... é isso começou a me parecer muito animador. E como uma pequena semente essa ideia foi crescendo em mim. Até ganhar proporções de um entusiasmo e eu dizer; sim, ok! Eu vou!
A primeira peregrinação
Antes de chegarmos a Terra Santa, tenho que te contar que naquela época eu tinha uma escola. Eu sou por formação prof. de matemática e ensinar e lidar com pessoas sempre foi algo que me encantou muito. Em outras palavras, isso quer dizer também que eu não estava procurando por trabalho.
Agora é hora de irmos! Muito bem, fomos à Terra Santa e ainda assessorados por uma agência de turismo. Essa viagem tem a ver com algo meu muito particular (lembra que eu disse que iria te tratar como um amigo, né?!), pois vou te contar:
Tem a ver com um hábito que eu tenho ou mania...não sei ao certo, de tentar solucionar o problema das pessoas. Ou seja, eu gosto de ajudar. Verdadeiramente. Acontece que isso foi visto pelo dono da agência que nos acompanhava.
Ele gostou muito do meu jeito e quis de toda a forma me contratar para que eu acompanhasse os grupos em viagens. Mas as coisas não eram tão simples.
O dono da agencia, que estava me oferecendo trabalho, queria que eu me mudasse para São Paulo. Ou seja, uma distância de mais ou menos seis horas de onde eu morava. E ainda tinha outra questão! Eu geria uma escola em Londrina, que precisava muito de mim, e ainda tinha toda a minha família lá. Eu estava sendo pressionada a mudar para São Paulo e ao mesmo ficava em dúvida sobre deixar minha cidade natal. Não sabia ao certo o que fazer. Mas, o que aconteceu foi que...
A mudança veio
Ela veio, porém de maneira diferente. Aquela viagem mudou comigo e com a minha vida. Parece clichê, e talvez seja, mas quem já foi à Terra Santa sabe que não tem como voltar de lá da mesma forma que se foi.
A viagem é bastante cansativa, mas vez que você pensa em reclamar por qualquer motivo, você é presenteado com momentos de pura fé. Você faz amigos e sente a emoção de cada um que está lá, passa a saber a história de seu colega de ônibus e a admiração e compaixão aumentam a cada dia. Eu não poderia mais ser a mesma depois dessa viagem. Mas não queria me mudar para São Paulo.
Peregrinação com Padre Fábio de Melo
Então, eu combinei com a agência de São Paulo que eu iria assessorar as viagens saídas de Londrina e acompanhar os grupos. Minha primeira viagem depois dessa decisão foi com Pe. Fábio de Melo. Posso dizer que toda peregrinação e especial e essa foi repleta de aprendizagens e renovações.
O trabalho que eu estava descobrindo me encantava a cada segundo. Dizem que as melhores coisas da vida são difíceis de serem explicadas em palavras, e é exatamente essa dificuldade que eu tenho ao traduzir o que eu sinto quando vejo a emoção de alguém diante do Santo Sepulcro, ou ainda navegando pelo mar da Galileia.
Voltamos ao Brasil, e até aí estava tudo bem na minha vida. Eu estava acompanhando os grupos e estava conseguindo dar continuidade aos trabalhos da minha escola. Mas eu tive que tomar uma decisão muito séria.
Grandes decisões
Grande passos requerem grandes decisões, não é?! Eu percebi que algumas atitudes da agência de São Paulo não eram corretas. Decidi sair. Eu sempre aprendi que meu nome era algo que eu deveria zelar, ou seja, eu não queria meu nome ligado a algo que eu não acreditasse ou estivesse distante dos meus valores.
Saí da agência e continuei minha vida como diretora de escola. Mas quando o nosso caminho está traçado.... naquela mesma semana em que eu saí da agência, recebi o convite para ir a uma feira de turismo em São Paulo.
E fui. Lá conversei com pessoas que me incentivaram a continuar, fiz contato com receptores de vários países e sai de lá com uma decisão tomada: as coisas seriam do meu jeito, ou não seriam.
Em Londrina, avisei minha família da decisão de continuar, agora por conta própria. Eu queria dar vida o meu novo sonho de ter minha própria agência calcada nos meus valores. Daquela conversa nasceu a SacraTour.
Não por acaso, isso aconteceu depois de muito oração e muita conversa com minha família, porque os meus valores são fincados na fé e na lealdade.
Durante alguns anos tudo na agência teve o meu jeito e a minha cara. Mas eu sentia que faltava alguma coisa para tudo ficar completo.
A agência cresce a cada dia
Descobri que não era uma coisa, era alguém. E esse alguém era a minha irmã mais nova. Ela tinha acabado de sair de um emprego e eu fiz um proposta para que ela fosse trabalhar comigo.
E ela, como eu já imaginava, me disse um sonoro “Não!”. E disse mais de uma vez. Mas eu não desisti, e foi então que ela me fez uma proposta “ Eu não quero trabalhar para você, eu quero trabalhar com você!” Minha irmã seria minha sócia? Inesperado, mas as boas coisas parecem ser inesperadas, né?! Então, eu não titubeei e disse “ Ok”!
Um negócio de família, em família
Melissa é a minha irmã mais nova e minha sócia, mas o nosso trabalho está sempre envolto por toda a nossa família. Eles estão com a gente desde o planejamento de cada peregrinação até na reza de agradecimento quando chegamos felizes e revigorados.
A agência foi crescendo, nós fomos contratando mais pessoas para nos auxiliar. E, hoje, trabalhamos, em nossa sede em Londrina, com muita dedicação, amor e fé pelo nosso trabalho.
E assim, nós nos especializamos em oferecer o que há de melhor numa peregrinação. Nenhuma agência se dedica a pensar em todos os detalhes. Mas nós pensamos. Peregrinar com a SacraTour é único e eu posso provar!
Além dos milhares de testemunhos, convido você a olhar os textos do nosso blog e as nossas redes sociais, você vai perceber que estamos preocupados com o todo da sua sua experiência! Você vai ver que estaremos com você já nos primeiros momentos, bem antes da sua peregrinação iniciar, preparando tudo para que a sua experiência seja incrível.
Foi muito bom compartilhar nossa história com você ! E agora que você já sabe sobre a nossa história, que tal me contar qual é o seu próximo destino dos sonhos?! Escreve aqui!
Você sabia que São Dom Bosco é o santo dos jovens?
São João Bosco, popularmente conhecido como Dom Bosco, nasceu em uma família de camponeses em Castelnuovo d’Asti, (hoje Castelnuovo Don Bosco), na Itália, em 16 de agosto de 1815. Quando João Bosco tinha apenas 2 anos de idade, seu pai, Francisco Bosco, contraiu uma doença pulmonar que o levou à morte, deixando viúva sua esposa Margherita com 29 anos e três filhos.
Eram tempos de muita dificuldade, ela precisou lutar e trabalhar nos campos com grande sacrifício para sustentar a família e assegurar os estudos de João Bosco, que era maltratado por seu meio irmão, que dizia ser perda de tempo e dinheiro investir em livros.
A história de Dom Bosco
Quando João Bosco tinha 9 anos, sonhou com a missão para a qual o Senhor o chamava: estava em meio a jovens que blasfemavam, gritavam e brigavam, e quando ele estava pronto para entrar em combate contra eles com os punhos fechados, viu diante de si um homem de vulto luminoso, que se apresentou dizendo: “Eu sou o Filho D’aquela que tua mãe ensinou a saudar três vezes ao dia”, e acrescentou: “Não com pancadas, mas com mansidão e caridade deverás conquistar estes teus amigos. Comece imediatamente a instruí-los sobre o pecado e sobre a importância da virtude”.
Depois, apareceu-lhe uma mulher de majestoso aspecto, a Virgem Maria, que lhe mostrando o campo com cabras, cães e muitos outros animais, disse-lhe: “Eis o teu campo! Eis onde deves trabalhar! Torna-te humilde, forte e robusto”, e passando-lhe a mão sobre a cabeça, concluiu: “A seu tempo compreenderás tudo”. Depois desse sonho, João Bosco compreendeu sua vocação de educador da juventude, entrando no seminário anos mais tarde, tornando-se sacerdote em 1841.
Sentindo a necessidade de uma maior atenção para com a juventude, Dom Bosco fundou o primeiro oratório, dando-lhe o nome de Oratório São Francisco de Sales, que passou a ser um lugar de reunião, recreação, de evangelização, catequese e de promoção social, com a instituição de escolas profissionais, sendo o amor, o princípio pedagógico supremo. E para dar continuidade à sua obra, fundou em Turim, a Sociedade de São Francisco de Sales, uma congregação formada por sacerdotes e conhecida como Salesianos.
Naquele tempo, Turim era uma cidade em expansão em seus vários aspectos, e por causa da forte migração do campo, vários problemas afetavam diretamente a juventude, como: o analfabetismo, o desemprego, a degradação moral e a falta de assistência religiosa.
Aos 72 anos, consumido pelo trabalho, Dom Bosco morreu em Turim, em 31 de janeiro de 1888, dia no qual a Igreja celebra sua memória litúrgica.
O peregrinoque vai a Turim poderá visitar os lugares que foram santificados pela presença de Dom Bosco. Pode ainda entrar em contato com a memória histórica dos Salesianos que recorda as origens do santo, e entre elas, não pode deixar de visitar o Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora em Valdocco, que foi construído por Dom Bosco, como Igreja Mãe e centro espiritual da Obra Salesiana no mundo.
Dom Bosco indica ao católico de hoje a estrada a ser percorrida para viver em santa alegria sobre esta terra com o objetivo de alcançar a felicidade eterna no Céu.
Dom Bosco, educai-nos para santidade.
Fonte: Dom Bosco Místico. Uma Vida Entre o Céu e a Terra, 2016 (Cristina Siccardi).
O texto de hoje vai tratar do local, na Jordânia, onde Jesus foi batizado e o Espírito Santo desceu sobre Ele.
Ao longo dos anos, a pesquisa arqueológica, os estudos de textos bíblicos e evangélicos (João 10:40, Mateus 3:13, Marcos 1:9), a análise de relatórios bizantinos e medievais, bem como evidências da igreja ortodoxa local, levaram em 1996 a precisar o local em que João Batista pregou e batizou os fiéis com o Espírito Santo, incluindo Jesus Cristo.
O local está localizado a menos de uma hora de Amã e pode ser alcançado de carro da capital, seguindo as indicações para o Mar Morto. Antes de alcançá-lo, as placas indicam o ponto de virada para o Local do Batismo (norte do Mar Morto).
Como os peregrinos antigos, também pode ser alcançado passando do Monte Nebo e descendo à esquerda do Memorial de Moisés (há um sinal). Vindo do sul e rodeando o Mar Morto, a placa para o local do batismo se encontra na direção de Amã. Não há transporte público para chegar ao Rio Jordão.
Um local especial
Nesse local, muitos episódios bíblicos importantes aconteceram. Aqui, o povo judeu liderado por Josué atravessou o rio Jordão a caminho da Terra Prometida (Josué 3:14-17). Nesse ponto, o santo profeta Elias, juntamente com seu discípulo Eliseu, atravessou o Jordão pouco antes de o Senhor o levar com a carruagem de fogo (2 Reis 2:4-11).
O profeta Eliseu, com a graça recebida, parou as águas do Jordão. Aqui São João Batista pregou penitência e batizou pessoas (João 1:28). Nesse ponto, Jesus Cristo foi batizado por ele. Nesse local, dois discípulos de São João Batista, o apóstolo André (irmão de Simão Pedro) e João Evangelista se uniram a Cristo (João 1:35-51). Daqui "além do Jordão", Jesus retornou quando os judeus decidiram matá-Lo (João 10:39-42).
O local era um destino constante para os peregrinos que iam do monte Nebo a Jerusalém, parando nas margens do Jordão, no local batismal.
O que o peregrino vai encontrar?
Esse local foi aberto para visitantes e peregrinos há alguns anos porque estava protegido dentro de um parque ecológico. O acesso é de carro ou ônibus particular, que deve ser estacionado perto do Centro de Visitantes.
Aqui você compra os ingressos e a partir daqui começa a visita guiada fazendo o percurso que leva ao longo do caminho antigo dos peregrinos, até o primeiro ponto de parada, em Tell al Kharrar, o local bíblico chamado Betânia além do Jordão, mas mencionado em outras fontes também como Bethabara, Saphsaphas e Beit 'Anya.
Não longe dali se pode acessar lugar conhecido como Laura, onde existem fundações de estruturas usadas como local de oração e lar dos monges antigos.
A fonte de João Batista
Está localizado à beira da colina de Elias (Tell Mar Elias), onde se erguem igrejas e mosteiros, uma sala de orações e um complexo de fontes batismais retangulares e quadradas do final do período romano (séculos III e IV) com um sistema de água que os alimentava. Seguindo a viagem, se pode fazer parada no extremo oposto do Wadi. Ali se encontra uma estação de peregrinação e uma grande piscina (20 x 10 metros), presumivelmente usada para batismos coletivos na era bizantina; nas proximidades fica a fonte de João Batista, cuja água era usada para ritos batismais.
Nesta área também existem cavernas, usadas pelos monges como locais de oração e eremitérios. Eles foram esculpidos nas paredes das rochas e, em alguns casos, para acessá-los, os monges tiveram que recorrer ao uso de cordas.
Um caminho que pode ser percorrido a pé (ou com outro ônibus) leva à igreja de São João Batista, que remonta ao tempo do imperador Anastácio e a um local considerado como o de «Bethabara», onde Jesus foi batizado. O Jordão fica a uma curta distância, bem como a igreja de Santa Maria do Egito (padroeira das prostitutas arrependidas).
O local do batismo de Jesus e Jericó
No contexto desses eventos, o local do batismo de Jesus foi identificado pela tradição no deserto de Judá, onde hoje existe um santuário ortodoxo grego. O local não é muito longe de Jericó. Dessa maneira, a passagem dos judeus para a Terra Prometida, que aconteceu "antes de Jericó" (Jos 3:16) e o batismo de Jesus, coincidiria. Ambos os eventos indicam simbolicamente uma transição para uma nova vida com Deus, que acontece fisicamente através da passagem pelo Jordão.
É também por isso que os franciscanos da Custódia da Terra Santa anualmente, no dia em que se lembram do batismo de Jesus, realizam uma procissão no Jordão que termina então em Jericó, onde está localizado um dos muitos santuários franciscanos. Além do jejum de Jesus antes de iniciar sua missão terrena, de fato, em Jericó, também nos lembramos do encontro de Cristo com Zaqueu ou a cura do homem nascido cego.
A SacraTourleva você a respirar a sacralidade de cada ângulo de Betânia, além do Jordão, considerado o lugar no qual Jesus foi batizado e recebeu o por João Batista, graças às escavações arqueológicas finalizadas em 1996, bem como em Jericó com suas fontes batismais, que também é indicado pela tradição como local do batismo de Jesus.
A Terra Santa é o destino do sonho de milhares de peregrinos. Ir a Terra Santa pode ser muito mais do que uma viagem, pode ser uma mudança significativa na vida da pessoa. Afinal, é lá que ela vai poder estar perto de lugar que marcaram a passagem de Jesus pela Terra. Por isso, fica fácil de imaginar o quanto importante é programar bem essa viagem, não é mesmo?!
Programar qualquer viagem já é um exercício que envolve muita responsabilidade, isso porque saber os horários e dias certos das visitações aos locais pode ser decisivo em seu passeio.
Tudo isso se torna ainda mais significativo quando falamos da Terra Santa, uma vez que a falta de um bom planejamento e entendimento do lugar pode fazer com que a pessoa deixe de conhecer lugares muito, muito importantes como o Santo Sepulcro. Imagine a frustração!
Se essa pergunta já passou pela sua cabeça, então esse texto foi feito para você. Mas se o que você quer realmente é saber um pouquinho mais sobre a Terra Santa esse texto também é para você!
É claro que o melhor caminho para aproveitar sua viagem 100% é escolhendo uma boa agência de turismo, como a SacraTour, para te auxiliar, mas caso você queira ter uma ideia de como vai ser sua viagem e quantos dias você pode ficar lá, nós preparamos esse texto para você.
Terra Santa: Um roteiro extraordinário
Falar de Terra Santa é falar de um dos roteiros mais extraordinários que existem. E fica a questão: Em quanto dias o peregrino pode viver os caminhos de Jesus Cristo?
De forma objetiva, Israel pode ser visitado em cinco dias isso se o objetivo for Jerusalém e Tel Aviv. A partir daí os roteiros se estendem de acordo com os locais que se deseja visitar. Por exemplo, pode-se fazer uma viagem um pouco mais longa, de sete dias, incluindo Massada e Mar Morto.
Porém, se o desejo é visitar lugares incríveis como Haifa, Nazaré e Galileia, o peregrino vai precisar de dez dias. Agora, se o desejo é peregrinar com um pouco mais de calma, esses lugares podem ser vistos em quinze dias.
Mas além dos dias, há outras questões muito importantes. Por exemplo;
É claro que muitas escolhas em relação a viagens podem ser subjetivas, porém na Terra Santa existem lugares que tocam fundo em nossos corações, pois estão relacionados a muita fé.
Por isso, separamos alguns lugares que tanto para nós como para os nossos peregrinos são ou se tornaram inesquecíveis e devem estar na sua lista de visita.
Esses locais trazem a importância do Sagrado, mas existem outras atrações que ainda vamos elencar para você que com certeza entrarão na sua lista. Mas antes disso, que tal sabermos sobre o tempo e clima. Você já se perguntou:
Qual a melhor época para viajar para a Terra Santa?
A melhor época para se ir a Terra Santa pode ser de de fevereiro à maio, ou também de setembro a novembro. Isso porque esses são meses com temperaturas não tão quentes e sem o frio e a chuva do inverno de Jerusalém.
Além disso, outros fatores devem ser levados em consideração, um deles é de que Israel vive dentro de um turbilhão religioso e recebe de judeus a católicos e muçulmanos, por isso alguns períodos e feriados podem tornar o país mais caótico. Mas além disso, você ainda pode se perguntar:
Essas são algumas possibilidades, mas é claro que a escolha mais acertada será feita depois de uma olhada sobre cada um desses lugares aqui no nossoblog. Em nossos textos você vai encontrar detalhes e dicas de cada local. Vale a pena conferir.
Essa pergunta pode ter respostas variadas. Isso porque a gente sabe que quando o assunto é 'o que eu posso comprar' as respostas giram em torno do gosto de cada um. Tem gente que viaja e gosta de comprar só um ímã de geladeira, mas tem gente que não sai de cada passeio sem comprar um presente para cada familiar.
Independente se o seu grupo é dos mais gastões ou mais econômicos, nós vamos te dar uma ideia do que você vai encontrar pela sua viagem.
Primeiro, é importante lembrar que as ruas estreitas da Cidade Velha estão cheias de bancas com todo tipo de produtos culinários. E o que tem nessas bancas?
Entre os muitos produtos, você vai se encantar com as especiarias coloridas, os lenços e além do colorido, as ruas de Jerusalém de também oferecem uma mistura de fragrâncias sem igual.
Envolvendo artigos religiosos ou até mesmo doces, você encontrará produtos para todos os gostos. Quer se presentear ou presentear amigos e familiares? Eis aqui os itens preferidos por nossos peregrinos:
Terços, cruzes
Azeite
Especiarias
Cosmética do Mar Morto
Lenços, echarpes
Joias, bijuterias
A Terra Santa irá te presentear com inúmeras possibilidades, essa viagem é, com certeza, um divisor de águas na vida de quem a faz. E, se sua vontade de conhecer esse lugar Sagrado só aumentou com esse texto, que tal entrar em contato conosco?! Consulte as datas de nossas próximas peregrinações e conheça a Terra Santa.
Não tão famosa como roteiro turístico, a Romênia e a Bulgária podem, numa primeira impressão, parecer um pouco distante e desconhecidos. Porém, este texto vai te mostrar porque vale tanto a pena visitar estes países. E, além disso vamos te mostrar alguns locais que vivem no seu imaginário e você nem se lembrava!
Vamos começar falando sobre a Romênia!
Este país do Leste Europeu vem cada dia mais ganhando o interesse dos turistas, isso porque a Roménia abriga século e século de muita história recheados por uma cultura extremamente vasta com paisagens de encher os olhos, o que vem fazendo com que turistas do mundo inteiro queiram conhecer esse local. Mas fica a pergunta:
Vale a pena ir a Romênia?
A reposta é sim!
A Romênia que fica localizado no Leste Europeu é considerada grande para os padrões da região. Com aproximadamente 238.391 quilômetros quadrados, faz fronteira com Hungria, Sérvia, Ucrânia, Moldávia e Bulgária e possui um clima temperado-continental.
Mas o que será que existe de especial na Romênia?
O povo acolhedor da Romênia
Quem gosta de viajar, sabe que a população local pode fazer toda a diferença (tanto para o lado positivo quanto para o negativo). Afinal, nada mais agradável do que visitar um novo destino permeado por pessoas simpáticas e acolhedoras, não é mesmo?
E é isso que acontece na Romênia. O país tem fama de acolher bem seus visitantes e isso acontece, principalmente, nas cidades menores. Quando sabem que estão diante de um estrangeiro, os romenos o tratam com muita hospitalidade e gentileza. O que mostrar que os estrangeiros são muito bem-vindos.
Ademias, existem pontos turísticos imperdíveis em todas a Romênia. E o último deles com certeza você já ouviu falar.
Igrejas únicas
Entre as belezas da Romênia, você vai encontrar as igrejas de madeira. Elas são típicas da região de Maramures e as mais antigas (existem mais de cem!) foram construídas nos séculos XVII e XIX.
O que chama a atenção é forma como elas foram construídas; em forma de arca. As igrejas são ortodoxas e também greco-católicas.
Bucareste
A capital do país com cerca de 1,9 milhões de habitantes, a cidade é conhecida como a capital cultural da Romênia com seus atrativos de músicas, cinemas, entre outros.
A cidade encanta os turistas bela beleza dos monumentos. Entre eles, está o Parlamento Romeno que é o maior parlamento do mundo e também o mais pesado. Ele conta com 84 metros de altura, 12 andares, e mais de mil divisões espalhadas por 365.000m² de área!
E esses números impressionantes parecem bem pequenos diante da beleza interior desse verdadeiro palácio!
Timisoara
Outro local que vai te encantar é Timisoara. A cidade histórica com seus 350.000 habitantes ganhou fama quando foi eleita como centro cultural da Europa.
Timisoara possui grandes atrativos quando o assunto é momento religioso. Isso porque a cidade tem como suas principais atracões os edifícios religiosos e o Castelo Huniade, também conhecido como Castelo Corvin ou Hunedoara.
Os mosteiros de Bucovina
Você nunca viu nada igual aos mosteiros de Bucovina. A região que fica ao nordeste da Romenia possui igrejas e mosteiros que foram pintados com lindíssimos afrescos em seus interiores e também nas paredes exteriores. Alguns dos mosteiros são Patrimônios Mundial da UNESCO.
As igrejas mais antigas foram construídas no século XV para o enterro de nobres e príncipes. Quem visita esses locais pode se deparar com pinturas que mostram episódios bíblicos que por muito tempo serviram como explicação didática para promover a religião.
Transilvânia
Deixamos por último um local bem especial e que, como já dissemos, você já deve ter ouvido falar; a Transilvânia! Lá fica o famosa Castelo do Drácula. Isso mesmo, esse local não está só nos livros e filmes, ele existe realmente!
O Castelo do Drácula, na verdade se chama Castelo Bran. Ele deu origem a história de Bram Stoker quando escreveu o famoso romance Drácula. A história conta que o castelo pertenceu ao Conde Vlad Tepes também conhecido como Vlad Dracul. Conta a lenda que ele era um torturador na época que ganhou fama e muitas histórias ao longo dos séculos.
O Castelo é um monumento nacional e Marco histórico da Romênia. Atualmente, o visitante encontra museu aberto ao público com pecas mobiliários. Além disso, ao fundo da colina onde encontra-se o castelo, há um museu ao ar livre que exibe cabanas, celeiros, entre outros elementos tradicionais da Romênia.
Bulgária
A Bulgária é outro país que vai fazer você se apaixonar. A capital e maior cidade é Sófia; outras grandes cidades são Plovdiv, Varna e Burgas. Com um território de 110 994 km², a Bulgária é o 16º maior país da Europa.
Plovdiv
A história de Plovdiv remonta há 6000 anos atrás, muito antes de Atenas ou Roma, o que a torna uma das cidades europeias que continuamente habitadas durante mais tempo. Interessante, não, é?!
Ainda pode-se encontrar numerosos restos romanas na cidade
Sofia
Aqui no Brasil, muitas pessoas podem desconhecer a capital da Bulgária. Mas ela é outro tipo de lugar que merece muito ser conhecida, pois é uma cidade é incrível.
Em Sofia o visitante poderá contemplar estruturas arquitetônicas que lembram um passado rico do local! São diversos museus, monumentos e também as belíssimas catedrais. A Bulgária também é repleta de maravilhas da gastronômicas e sua capital não fica atras! metrópole.
Lembra que falamos como o povo romeno é acolhedor com os turistas? Pois é, essa é outra semelhança entre os países. A população é muito carismática e tem fama de trata muito bem seus turistas!
Em Sofia você pode visitar pontos turísticos como a Montanha Vitosha, a Praça Nezavisimost, a mesquita Banya Bash, o Palácio de Vrana, entre tantos outros.
Mosteiros
Depois de passarmos pelos belíssimos mosteiros da Romênia, com suas pinturas seculares repletas de ensinamentos, chegou a hora de visitarmos os preciosos mosteiros da Bulgária.
Afinal, dizem que para se conhecer realmente a Bulgária deve-se, ao menos conhecer um desses verdadeiros tesouros.
Entre os mais de 120 mosteiros do país, o Mosteiro de São João de Rita se destaca por ser mais famoso da Igreja Ortodoxa no país. Além de ser uma das atrações turísticas mais importantes, também é o maior tesouro cultural, histórico e arquitetônico da Bulgária.
Segredos da Bulgária
Além de todo o vasto repertório de pontos turístico que esperam pelo turista, a Bulgária ainda guarda alguns segredos para os visitantes. Um deles está em seu litoral! Nem todo mundo associa a Bulgária a belas praias, não é mesmo?
Mas pelo fato de o país ser banhado pelo Mar Negro e possuir 400 quilômetros de litoral, cada dia mais os turistas procuram suas praias e os diversos resorts que vem crescendo pelas regiões.
Outra particularidade da Bulgária é a culinária. Se você é um apaixonado pela boa comida, esse é o seu lugar! A culinária búlgara lembra muito a turca. Então, você vai encontrar muitos kebabs, queijos, iogurtes e doces repletos de massas folhadas e frutas secas. Humm....já deu até água na boca.
Viu quantas maravilhas você pode conhecer pela Romênia e Bulgária?! Esses dois destinos são tão inesperados quanto surpreendentes. Quem já foi garante que sair dos roteiros mais óbvios só traz benefícios. Então, que tal se preparar para conhecer esses dois destinos que vão te enriquecer histórias seculares e tesouros culturais?!
Um dos mais gloriosos triunfos da graça divina, é sem dúvida, a conversão de São Paulo, que a Igreja celebra com festa especial. São Paulo era hebreu, nascido em Tarso, na Cilícia (Ásia Menor), hoje Turquia. Ele era cidadão romano, porque a muitos dos cidadãos de Tarso foi concedida a cidadania romana após o acordo firmado por Pompeu em 67 a. C. Esta cidade tinha grande importância como centro de aprendizagem do mundo antigo, podendo ser comparada com Alexandria e Atenas: grandes centros universitários da época.
Sendo filho de judeus devotos, Paulo foi enviado para estudar em Jerusalém, na Escola de Gamaliel, um célebre doutor da lei e um dos mais destacados membros do Sinédrio, e sob sua direção, tornou-se um fiel observador da lei mosaica (Gl 1,14). E foi este zelo que fez de Paulo o mais terrível perseguidor dos primeiros discípulos de Jesus.
A história de São Paulo, antes e depois de se tornar apóstolo
Acreditando “que devia fazer a maior oposição ao nome de Jesus de Nazaré”(At 26, 9), entrava nas casas dos fiéis e arrancava delas homens e mulheres para entregá-los à prisão (cf. At 8, 3); chegava a maltratá-los para obrigá-los a blasfemar (cf. At 26, 11). Não contente com devastar apenas a Igreja de Jerusalém, foi apresentar-se ao príncipe dos sacerdotes, pedindo-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de prender, nessa cidade, todos os que se proclamassem seguidores da nova doutrina (cf. At 9, 2).
“Senhor, que queres que eu faça?”
No caminho de Damasco, Paulo teve um encontro pessoal com Cristo, quando uma luz fulgurante vinda do Céu o envolveu, derrubando-o do cavalo. Paulo não resistiu ao poder de Cristo, e rendido, perguntou: “Senhor, que queres que eu faça?”(At 9,6). Esta experiência às portas de Damasco muda para sempre a vida de Paulo, e com a mesma intensidade com a qual era um perseguidor da Igreja, passa a ser um fervoroso missionário, que por meio de suas viagens apostólicas e numerosas cartas, anunciava o Evangelho às nações.
Festa da Conversão de São Paulo
A Festa da Conversão de Paulo - celebrado no dia 25 de Janeiro - que somos chamados a celebrar e a viver, exprime a poder da graça que supera todo pecado. Esta virada decisiva se cumpre na vida de Paulo, quando ele descobre o mistério da Paixão de Cristo que se renova em cada ser humano aberto à graça.
Se você gostou de conhecer a história de São Paulo, você irá desejar vivenciar pessoalmente sua fé em um de nossos roteiros. Para 2018, nós temos uma peregrinação por Turquia e Grécia - Nas Pegadas de São Paulo que irá durar 16 dias. Nesta viagem, bilhetes aéreos e taxas, hotéis, alimentação (café da manhã, almoço e janta), traslados, guias, passeios, seguros de viagem e maleteiros estão inclusos. Confira abaixo um vídeo com cenas de nossas peregrinações na Turquia:
Ao final desta peregrinação, você poderá afirmar como Paulo: "Basta-me, Senhor, a tua graça"(Cf. 2Cor 12,10).
Fontes: A Bíblia Sagrada / Descobrindo Paulo – a história do Apóstolo dos Gentios – J. Bortolini. 2016.
Neste 25 de Abril, a Igreja celebra a memória de São Marcos Evangelista. Hebreu de origem, nasceu provavelmente fora da Palestina de uma família rica. São Pedro o chamava de “meu filho”, e certamente o levou consigo em suas viagens missionárias no Oriente e em Roma, onde pode ter escrito o Evangelho.
Por volta de 44 d.C., Marcos encontrou-se com o Apóstolo Paulo juntamente com Barnabé, quando estes retornaram de Antioquia para Jerusalém. Ele escutava as narrativas de Paulo e Barnabé no Cenáculo sobre a difusão do Evangelho e decidiu acompanhá-los na primeira viagem apostólica a Chipre. Não obstante os medos e as inseguranças, tempos depois, o jovem Marcos se torna um fiel colaborador do apóstolo Paulo, e não hesitou em segui-lo até Roma, onde em 61 d.C. resulta que Paulo estava na prisão esperando a sentença.
De fato, na segunda carta a Timóteo, escrita de Roma, pede que Timóteo venha ao seu encontro e que traga junto Marcos, porque ele poderá ser útil ao ministério (cf. 2 Tm 4, 11). Talvez, Marcos tenha chegado a tempo para assistir ao martírio de Paulo e logo depois, permanecendo em Roma, colocou-se à disposição de Pedro como discípulo e secretário.
O Evangelho
O Evangelho de Marcos é o mais breve de todos e foi escrito entre os anos 50 e 60 d.C. quando Marcos encontrava-se em Roma a serviço do apóstolo Pedro. “Marcos foi colaborador de Pedro na pregação do Evangelho, e assim, foi também, intérprete e o porta-voz autorizado na elaboração dos escritos transmitidos pelo Príncipe dos Apóstolos, tal qual ele pregava aos primeiros cristãos, especialmente, na Igreja de Roma”. É um Evangelho escrito por meio de uma fonte segura, Pedro, e assim, concomitantemente, Marcos, de forma bem simples, por meio de seus escritos, procurava responder à pergunta sobre quem era realmente Jesus de Nazaré.
Missão no Egito
Segundo uma antiga tradição, Pedro enviou Marcos para evangelizar Alexandria, no Egito. Da pregação do Evangelista, foi fundada a Igreja Copta no I século d. C. Trata-se de um grupo étnico-religioso egípcio com uma língua litúrgica própria, cuja maior parte aderiu à Igreja Ortodoxa Copta, com sede em Alexandria, tendo como Patriarca Tawadros II.
De acordo com os estudiosos, a palavra “copta”, significa “egípcio” e esses cristãos, identificados como cristãos coptas, fazem parte de uma comunidade milenar, hoje com cerca de 15 milhões de fiéis, sendo a maior comunidade cristã de todo o Oriente Médio, e representa 10% da população em meio à grande maioria muçulmana.
O martírio
A tradição relata também, que na região de Alexandria, São Marcos foi torturado, amarrado com cordas e arrastado pelas estradas, tendo seu corpo dilacerado pelas pedras. Depois de uma noite na prisão, foi confortado por um anjo e no dia seguinte, foi de novo arrastado pelas estradas, até que morreu em 25 de abril do ano 72 d. C., com 57 anos de idade. Foi sepultado em Bucoli em uma gruta e depois no século V, seus restos mortais foram transladados para Canopo, uma cidade portuária do Antigo Egito (hoje em ruínas) situada na região oeste do Delta do Nilo.
As relíquias
Em 828, dois mercadores venezianos, Buono da Malamocco e Rustico da Torcello, se apropriaram das relíquias do Evangelista que estavam sendo ameaçadas pelos árabes, transferindo-as para Veneza, na Itália. São Marcos tornou-se o Patrono de Veneza, porque durante sua permanência em Roma, em uma de suas viagens devido a uma tempestade, teve que aportar nas ilhas Rialtinas, que se tornaram o primeiro núcleo da futura Veneza. Até hoje, as relíquias repousam na imponente Basílica de São Marcos, conhecida como um prodígio de mármore e ouro na fronteira da arte.
A Catedral Ortodoxa Copta de São Marcos
É a maior catedral da África e do Oriente Médio, cuja inauguração se deu no ano de 1968. Ela está situada no distrito de Abbassia – cidade do Cairo, e por isso, é conhecida como Catedral de Abbassia, sendo também a sede do Papa Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II. Essa igreja recebe o título de São Marcos, porque ele é considerado e venerado como o fundador da Igreja copta, tanto que algumas de suas relíquias, doadas pelo Papa Paulo VI, são conservadas neste templo.
Para você que planeja fazer uma peregrinação transformadora, nós temos três dicas importantes:
1) estando na Itália, você tem a possibilidade de visitar Veneza passando pela Piazza San Marco, um imenso e majestoso salão a céu aberto. Se não conseguir entrar na Basílica, escolha um ângulo da Praça e ore mesmo assim a São Marcos para que sua fé e coragem sejam renovadas.
2) No roteiro Nas Pegadas da Sagrada Família, ao passar pelo Egito, na cidade do Cairo, distrito de Abbassia, você pode visitar a Catedral de São Marcos. E,
3) Ao visitar a Terra Santa, você vai conhecer pessoalmente o Cenáculo de Jerusalém. Ali Marcos escutava Paulo e Barnabé falando da missão e da pregação do Evangelho. Escute o silêncio do lugar no seu silêncio interior, para reviver episódios narrados no Evangelho de Marcos que são marcantes em seu caminho de fé.
Rita nasceu provavelmente no ano de 1381, em Roccaporena, um pequeno vilarejo situado no município de Cássia, na província de Perúgia, na Itália. Situada na região mais montanhosa da Úmbria, Cássia deve a sua importância ao santuário construído em nome de Santa Rita, um dos mais importantes centros espirituais da região e célebre meta de peregrinação.
Ao falar de Cássia, não tem como não citar Santa Rita; a monja, beatificada em 1900, que viveu entre 1381 e 1457. Hoje a Santa, conhecida como dispensadora de graças, é venerada em todo o mundo e muita gente, a cada ano, chega em peregrinação durante as celebrações que se têm no Santuário dedicado a Santa Rita.
Principais atrativos da cidade de Cássia
Os principais atrativos da cidade de Cássia são a Basílica Santuário e o Mosteiro de Santa Rita, verdadeiros centros religiosos de fama mundial, que oferecem aos peregrinos uma ocasião para refletir e orar. No Mosteiro se pode ver a cela onde viveu Santa Rita por 40 anos como monja agostiniana e o oratório com o Crucifixo milagroso.
A basílica atual foi construída entre 1938 e 1947, e trata-se de uma construção moderna. Na capela dentro da basílica se encontra o sarcófago onde as monjas depositaram o corpo de Santa Rita logo após a sua morte. Seu corpo está revestido com o hábito agostiniano. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, mas o resto do corpo, coberto pelo hábito agostiniano, está em forma de simples esqueleto.
Santa Rita, o respiro do perdão
Entre os eventos extraordinários da vida monacal de Rita, mulher de fé e de coragem, recordamos o episódio, historicamente comprovado, do espinho que se desprendeu do Crucifixo e se prendeu na fronte e na alma da santa, e que foi interpretado como uma chaga, uma ferida resultante dos sofrimentos pessoais e familiares vividos.
Desde o ano de sua morte (22 de maio de 1447), depois de 4 anos de enfermidade e mortificações com contínuos jejuns e penitências, a fama de santa, antes da beatificação, se difundiu, não somente no território de Cássia, mas em toda parte, e alguns anos depois, foram registrados milagres atribuídos a ela, porém, a sua canonização só aconteceu em 1900, por vontade do Papa Leão XIII.
Peregrinar por Cássia significa reencontrar e reviver a atmosfera espiritual na qual viveu Santa Rita, a carga de esperança que animou a sua vida, a busca constante pelo primado do bem sobre o mal, o respiro do perdão e a fidelidade em Deus, que ultrapassa todo sofrimento e desespero.
Santa Rita, das causas impossíveis, rogai por nós.
Fonte: Remo Piccolomini e Natalino Monopoli. Santa Rita da Cascia: il respiro del perdono, 2016.
Que tal comemorar a festa de São João sabendo mais sobre este Santo tão presente em nossa cultura? Peregrinando de Casa pela Terra Santa nos acostumamos a conhecer a riqueza e a beleza de lugares admiráveis na vida de Jesus. No caminho por esses locais sagrados, nos deparamos com a história da vida dos santos.
Saber sobre essas histórias também nos ajuda a compreender melhor os ensinamentos e a relacionar a importância de locais e ensinamentos. A vida São João Batista é um bom exemplo de auxílio na construção dos caminhos de Jesus. Vamos saber mais?
Começamos com o fato de que a Igreja Latina fixou a conhecida Festa de São João exatamente seis meses antes do Natal e três meses depois da Anunciação, tendo como base o anúncio do Anjo à Maria, que também anuncia sobre a gravidez de Isabel (Lc 13,6). Diversos fatores fizeram de João Batista, o primeiro santo venerado em todas as partes do mundo com uma solenidade festiva e muitas igrejas a ele dedicada em diversas nações.
João é a lâmpada preparada para o Messias
Pode-se afirmar que o Evangelho é a história simultânea de profecia e cumprimento (cf. Sl 132,17; Jo 5,35). João e Jesus, cada um com a sua profunda singularidade e o seu chamado específico, foram tomados por uma substancial humanidade ao seguir os desígnios de Deus no serviço ao Reino. De fato, Jesus perguntava ao povo: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?” (Lc 7,24). “Este é aquele de quem está escrito: – Enviarei o meu mensageiro à tua frente; Ele preparará o teu caminho diante de ti” (Lc 7,27).
Os passos de João e Jesus sempre nos ensinam e nos inspiram. São João Batista foi o precursor dos passos de Jesus, anunciando o reino dos céus. Ele iluminou o caminho de Jesus, abrindo espaço no coração e na mente das pessoas para a entrada das palavras do Messias.
O testemunho de João Batista
O testemunho de João Batista nos toca e nos mostra o que significa dar testemunho (Cf. Jo 1,34). E é João Batista que anuncia que chegou o tempo da redenção “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. ” (Jo 1,29). Ele é o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro Apóstolo de Jesus, porque dá testemunho de Jesus ainda em vida. João tornou-se um operador de conversões em Israel e o Precursor do Senhor com o espírito e a força do profeta Elias.
No ano 15 do império de Tibério (28-29 d. C.) iniciou a sua missão ao longo do Rio Jordão, anunciando a chegada do Reino messiânico, exortando à conversão e, pregando a penitência. Por isso, João mergulhava nas águas do rio Jordão como sinal de purificação dos pecados e do nascimento à nova vida àqueles que acolhiam sua palavra. E assim, lhe foi dado o nome de Batista.
Nos passos de João Batista
Ao peregrinarmos pelos passos de João Batista, podemos ver que em sua vida há uma mulher estéril e anciã, Isabel, e um pai que vivia no Templo, sendo também ele um ancião, Zacarias. Eles são pobres, mas justos diante de Deus (Lc 1,6). Em nossas peregrinações pela Terra Santa, é muito comum visitarmos Ein Karen, que é o local onde viveu Zacarias e Isabel, os pais de João Batista. Podemos ver que Ein Karen é um antigo vilarejo que ficava a alguns quilômetros de Jerusalém, e que atualmente, com o crescimento da cidade, encontra-se como parte integrante da cidade, sem perder sua atmosfera pastoril.
Continuamos a peregrinar pela Igreja da Visitação que, além de linda, é o lugar que marca o encontro de Maria com Isabel. Nesse encontro das duas primas grávidas e dos respectivos filhos, podemos imaginar a alegria que saltava do ventre de cada uma delas.
Seguimos peregrinando por um dos locais mais emblemáticos e repleto de emoção: o rio Jordão. Este rio é tão importante porque foi lá que João Batista pregava um batismo de penitência. É deste momento, que nossos peregrinos buscam a renovação do Sacramento do Batismo, como o sinal de quem nasce para uma nova vida. E, com certeza, muitas palavras e citações do Evangelho sobre João Batista ecoam na mente e no coração de quem se permite viver essa experiencial de fé.
A devoção popular no Brasil
Ligadas à celebração de São João, de Santo Antônio, de São Pedro e São Paulo, as festas juninas, se destacam em todo o Brasil, valorizando as tradições locais de nosso imenso país, revelando ao mesmo tempo, a fusão de elementos históricos e religiosos desde o Brasil colonial.
Um dos símbolos desses festejos é a fogueira, em torno da qual, nasceram não somente superstições, como também, tradições. A fogueira, por exemplo, foi trazida pelos missionários jesuítas e era ao seu redor que se dançava a quadrilha, uma tradição influenciada pelas danças típicas dos nobres franceses. Os fogos de artifício, por sua vez, foram incorporados das tradições chinesas que já manipulavam a pólvora para a fabricação de fogos. A dança de fitas, são oriundas de Portugal e Espanha. Tudo isso mostra a riqueza multicultural de nosso país.
Por isso, o mês de junho é marcado por festejos nos quatro cantos do país, realizados por Igrejas, colégios, sindicatos e empresas, atraindo também turistas do Brasil e do exterior.
Nesse momento de aprendizagem que estamos vivendo, ainda nos cabe reaprender a comemorar de casa. Assim como peregrinamos de casa por lugares fantásticos, também podemos usar a imaginação e o coração para nos transportarmos para lugares tão significativos na vida de São João Batista. E continuamos pedindo a intercessão de todos os santos e nesse sentido, oramos dizendo: São João Batista, rogai por nós.
Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e Maria, foi um grande amigo de Jesus, de farto, em sua casa, a três quilômetros de Jerusalém, Jesus fazia breves pausas para descansar, sendo confortado pelas atenções de Marta e Maria. Betânia, fornecia, junto a Betfagé, o último repouso para que vinha a Jerusalém partindo de Jericó. Antigamente era só uma vila.
Na Sagrada Escritura é citada com o nome de Ananias, entre os lugares povoados por Benjamim ao retornar do Cativeiro na Babilônia (Cf. Ne 11,32); o prefixo “bet”, que significa casa, foi acrescido depois, e sucessivamente o nome se transformou até a forma de “Betânia”. Esse lugar também é chamado pelos muçulmanos como Al-Eizariya (o lugar de Lázaro).
A celebridade de Betânia
Essa não se deve somente às diversas paradas que Jesus fez ali para descansar, (Cf. Lc 10, 38-42; Jo 12,1) mas provém especialmente do milagre impressionante que Jesus realizou: a ressurreição de Lázaro (Cf. Jo 11,17-44). E por isso, desde os primeiros tempos do cristianismo, o túmulo de Lázaro atraiu a devoção dos fieis, que no século IV construíram ali um santuário. A casa de Betânia e o túmulo foram metas de peregrinação desde os primeiros tempos do cristianismo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos informaram que ao lado do túmulo de Lázaro foi edificado um mosteiro sob o beneplácito de Carlos Magno.
As Igrejas e túmulo de Lázaro
O túmulo de Lázaro não é um túmulo comparável aos outros. O culto que os peregrinos de Betânia realizavam interruptamente desde os primeiros séculos, revelara que a sua ressurreição prefigurava a ressurreição de Cristo.
Sobre o túmulo de Lázaro surgiram duas igrejas. A primeira foi destruída por um terremoto e a secunda pelos Persas, em 614. Foi construída uma terceira igreja no tempo das Cruzadas. Depois os muçulmanos se instalaram em Betânia e somente no século passado, os Franciscanos compraram essa propriedade. Escavações realizadas nesse lugar, em 1949, depois da destruição de velhas casas, permitiram encontrar as ruínas dessas igrejas e de um mosteiro do tempo das Cruzadas.
A Igreja atual, construída em 1952, surgiu sobre os fundamentos destas antigas igrejas. Essa igreja não possui janelas e dá a ideia de um monumento sepulcral. A luz entra através dos vidros da cúpula, que representam a ressurreição de Lázaro e deJesus. Os mosaicos retratam os três episódios do Evangelho ligados a Betânia. “Era uma gruta com uma pedra posta sobre ela” (Cf. Jo 11,38). O túmulo de Lázaro, era provavelmente escavado na rocha dessa gruta.
Por isso, Jesus gritou em alta voz: “Lázaro, vem para fora”! (Jo 11,43). Hoje, se pode descer até o túmulo por uma escada de vinte e dois degraus. A antiga porta que se tinha foi fechada pelos muçulmanos que construíram uma mesquita entre a Igreja e o túmulo. No século XVII, os Franciscanos obtiveram o direito de abrir esta porta, que permite descer até o túmulo.
Viva sua peregrinação com a gente!
Ao viajar conosco o peregrino tem a possibilidade de fazer memória dos acontecimentos da vida de Jesus que se desenvolveram em Betânia. É sempre essa memória de Cristo que vem em primeiro lugar em nossos roteiros e que conduz o nosso agir. Desse modo, diante do túmulo de Lázaro, abramos nosso coração à esperança da Ressurreição e do Céu e deixemo-nos descansar no Senhor.
Fonte: Santi e Beati / Extraído de “Sulle orme di Gesù, guida ai santuari di Terra Santa”, Edizioni Terra Santa, Milano – pp. 103-108. Nayara Pedrini / Tiago Brunet. Manual do peregrino na Terra Santa, 2013
No dia 14 de agosto a Igreja celebra São Maximiliano Kolbe, um santo que nasceu na Polônia de uma ardente família cristã, em 7 de janeiro de 1894; o seu nome de batismo era Raimundo.
Por causa das condições precárias da família somente o filho primogênito pôde frequentar a escola e, por isso, Raimundo procurou aprender a ler e a escrever com o padre da cidade e depois com o farmacêutico. Com a chegada dos Frades Menores na região, estes propuseram aos pais de Raimundo acolhida dos dois filhos mais velhos no colégio franciscano para que recebessem formação intelectual e cristã.
Do colégio, os dois irmãos passaram para o noviciado franciscano, mas o primogênito, Franciszek, abandonou o convento para dedicar-se à carreira militar tomando parte na Primeira Guerra Mundial, vindo a desaparecer em um dos campos de concentração.
Quanto a Raimundo, certo de corresponder à vontade de Deus, assumiu o nome de Maximiliano Maria, e foi destinado a frequentar o Colégio Seráfico Internacional de Roma para prosseguir sua formação. Em 1915 concluiu o curso de filosofia na Universidade Gregoriana de Roma.
A Milícia da Imaculada
No decorrer do tempo que passou em Roma, frei Maximiliano começou a perder sangue pela boca: foi o início da tuberculose, que entre altos e baixos, o acompanhou por toda a vida. No entanto, enquanto consolidava sua própria formação, se rendeu conta que devia operar para a defesa do Reino de Deus sob a proteção de Maria Imaculada. Sabia que os tempos eram difíceis devido à influência do Modernismo e da Maçonaria.
Deste modo, após receber o consentimento de seus superiores, em 16 de outubro de 1917, fundou com outros seis companheiros, a Milícia da Imaculada, que tinha por objetivo “renovar todas coisas em Cristo por meio da Imaculada”. Depois de sua ordenação sacerdotal em 1918 e conclusão dos estudos teológicos em 1919, retornou à Polônia, mas por causa da tuberculose não podia dedicar-se à pregação. Desse modo, com a autorização dos superiores e do bispo, se dedicou inteiramente à Milícia da Imaculada, recolhendo numerosas adesões entre os religiosos de sua Ordem, professores e estudantes da universidade, profissionais e camponeses.
Alternando períodos de repouso por causa da tuberculose que avançava, padre Kolbe fundou em Cracóvia, em 1921, um jornal de poucas páginas chamado “O Cavaleiro da Imaculada” para alimentar o espírito e a difusão da “Milícia”, o que o levou a viver no Japão e na Índia, entre os anos de 1930 e 1936, para depois retornar à Polônia para cuidar da saúde.
No campo de concentração de Auschwitz
Durante a invasão da Polônia pelos nazistas, em 1939 e início da Segunda Guerra Mundial, Padre Kolbe foi feito prisioneiro e transferido para o campo de extermínio de Auschwitz, onde recebeu o número 16670, compartilhando a sorte e os sofrimentos de muitos outros prisioneiros, e como esses, foi forçado aos trabalhos mais humilhantes, como o transporte dos cadáveres ao crematório.
A sua dignidade de sacerdote e homem reto, que suportava, consolava e perdoava o levou a oferecer sua vida para salvar um dos prisioneiros, aceitando morrer em seu lugar, o que ocorreu em 14 de agosto de 1941, com a pronúncia de suas ultimas palavras: “Ave Maria”.
No dia seguinte seu corpo foi queimado no crematório e suas cinzas se misturaram àquelas de tantos outros condenados. Em 1982, na Praça de São Pedro, Padre Maximiliano Maria Kolbe foi canonizado pelo Papa polonês João Paulo II, em base ao heroico testemunho da caridade, sendo o primeiro santo que viveu o martírio durante o regime nazista. Os seus restos mortais, como dito antes, foram reduzidos a cinzas e dispersados, mas a sua cela no campo de Auschwitz tornou-se meta de peregrinação.
Nas pegadas de São Maximiliano Kolbe
Peregrinando com a SacraTour, o peregrino vai descobrir que a Polônia é muito mais do aquilo que pode parecer numa primeira vista. É muito difícil imaginar a história e o presente desse país sem a presença da Igreja católica. A peregrinaçãopode proporcionar um vivo encontro com a história e com a fé na Polônia.
É nesse sentido, que o peregrino é chamado a descobrir o cristianismo que vive por meio do testemunho de pessoas que foram levadas ao altar por causa de sua fé heroica, entre as quais está o missionário franciscano padre Maximiliano Kolbe, que foi prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz. Dele, o Papa João Paulo II disse: “com o seu martírio ele trouxe “vitória por meio do amor e da fé, em um lugar construído para a negação da fé em Deus e no homem”.
Ver a Polônia através da fé é um dos mais justificados modos de visitar o país. Um país de fé sempre viva, cheio de igrejas e de um real influxo dos valores religiosos sobre a vida social, política e sobre a história nacional. A cultura espiritual da nação polonesa é como uma força que ativa e modela os relacionamentos como algo capaz de opor-se ao mal e mudar o mundo.
No dia 22 de fevereiro, a Igreja celebra o símbolo da Cátedra de São Pedro, pondo em relevo a missão de mestre e pastor conferida por Jesus a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”, “apascenta os meus cordeiros” e “sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja”. É um mandato à pessoa e aos seus sucessores, princípio e fundamento visível da unidade da Igreja.
O que é a Cátedra?
A cátedra, literalmente, é uma sede (trono) onde se assenta o Sumo Pontífice (Papa) e os bispos. É colocada de modo fixo na igreja mãe da diocese, o que dá origem ao nome de “catedral”, e é o símbolo da autoridade do bispo e de seu magistério ordinário na Igreja local. A cátedra de São Pedro indica a sua posição preeminente, ou seja, superior, no colégio apostólico, demonstrada pela explícita vontade de Jesus, que lhe dá a missão de “apascentar” o rebanho, isto é, guiar o novo povo de Deus, a Igreja. Pedro, então se torna o chefe da Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”(Mt 16,18).
Quando se entra na basílica vaticana, nosso olhar se volta imediatamente para o baldacchino sobre o túmulo de Pedro e para a magnífica escultura da cátedra na glória de Deus, realizada por Bernini, que está inserida em uma custódia de bronze dourado, sustentada pelas colossais estátuas dos santos doutores da Igreja: Agostinho, Ambrósio, Atanásio e João Crisóstomo.
Uma missão de fé
Os discípulos desde sempre acreditaram que a Pedro Jesus confiou a missão de guardar a fé, de evitar que o tempo e as opiniões, os erros e as traições, mudassem a essência da mensagem por Ele transmitida. Desse modo, desde sempre, as comunidades reconheceram em Pedro e nos seus sucessores a tarefa de conservar o depósito da fé. É a este patrimônio que a festa de hoje nos reporta, mostrando que os ensinamentos de Pedro são como uma espécie de ponto focal para a fé cristã.
Neste dia especial da festa da Cátedra de São Pedro, recordemos de modo especial o precioso e indispensável serviço que o Papa, enquanto sucessor de São Pedro desenvolve como pai e mestre dos cristãos. É Jesus mesmo que escolhe Pedro para confiar-lhe “as chaves do reino dos céus”, símbolo do poder, mas sobretudo da missão que o Papa deve realizar para o bem e o progresso dos fiéis.
Hoje somos convidados a orar pelo Papa, como responsável pelos ensinamentos e como guia dos fiéis, para que iluminado pelo Espírito e sustentado por todos os cristãos, possa desenvolver o seu ministério para o bem não somente dos cristãos, mas de toda a humanidade.
Na transfiguração, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a recente confissão de Pedro - tu és Cristo, o Filho de Deus vivo(Mt 16, 16. Cf Mc 8, 29; e Lc 9, 20) - e, deste modo, também fortalece a fé dos Apóstolos perante a proximidade da Paixão (Cf Catecismo da Igreja Católica, nºs 555 e 568), que já lhes tinha começado a anunciar (Cf Mt 16, 21; Mc 8, 31; e Lc 9, 22). A presença de Moisés e Elias é bastante eloquente: eles “tinham visto a glória de Deus na Montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias” (Catecismo da Igreja Católica nº. 555).
A Transfiguração é um evento extraordinário no qual o véu da humanidade de Cristo se ergue por um momento, deixando ver o esplendor de sua natureza divina, com o objetivo principal de testemunhar junto aos discípulos a sua missão. Não se tratou de uma visão, mas de uma verdadeira teofania, ou seja, uma manifestação de Deus. A Transfiguração é uma antecipação temporânea do estado glorioso de Jesus depois da ressurreição.
A revelação
A experiência momentânea da Transfiguração devia ajudar os discípulos a caminhar com Jesus rumo à morte e a ressurreição, devendo levá-los a compreender que a morte de Jesus não era o fim, mas que nessa brilhava e se atuava o amor infinito de Deus pela humanidade, apresentando o seu “Filho predileto” e pedindo para escutá-lo.
O texto evangélico (Mc 9,2-10) indica a direção do nosso caminhar e nos conduz ao Monte da Transfiguração, o Monte Tabor, que fica a 17 km de Nazaré e a quase 600 metros do nível do Mar. “Caminhar”, significa “subir”, separar-se das pequenas medidas terrenas e elevar-se rumo às alturas onde Jesus se deixa reconhecer como o “Filho predileto”.
A experiência do Monte Tabor
Nesta experiência, nossos peregrinos sobem o Tabor por uma estrada sinuosa, traçada no princípio do século XX. A chegada na parte mais alta está marcada pela porta do Vento, resto da fortaleza muçulmana do século XIII, cujos muros rodeavam toda a planície do cume. No lado norte, encontra-se a zona greco-ortodoxa; e no lado sul, a católica, a cargo da Custódia da Terra Santa. Partindo da porta do Vento, uma larga avenida flanqueada de ciprestes conduz até a Basílica da Transfiguração e ao convento franciscano.
Ao adentrar a basílica, se pode sentir o convite para elevar a alma e, assim, dizer como Pedro: “Mestre, como é bom estarmos aqui!” (Mt 9,5). Nossa dica: aproveite o silêncio para contemplar e se deixe transfigurar pelo Senhor.
O Monte Sinai é considerado sacro pelos hebreus, cristãos e muçulmanos por ser o lugar onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei com os Dez Mandamentos. Segundo a tradição, no vale aos pés do Monte Sinai, Deus falou à Moisés pela primeira vez em uma sarça ardente.
O Monte Sinai é um monte evidentemente pleno de ressonâncias. A primeira: o Sinai é o lugar da teofania, da grande manifestação de Deus em seu mistério. “Ao raiar da manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu a montanha, e um fortíssimo som de trombetas se fez ouvir. No acampamento todo o povo se pôs a tremer”(Ex 19, 16).
O Monte Sinai é também o lugar da “teologia”, isto é, não só da manifestação, da aparição, mas também da Palavra de Deus e da intimidade com Ele.
Os Dez Mandamentos, ou Decálogo, portanto, é uma revelação sobre quem é Deus e sobre aquilo que Ele quer fazer pelo homem; sobre quem é o homem e sobre aquilo que ele é chamado a fazer para ser imagem e semelhança de Deus aqui na terra. O Decálogo é uma mensagem de vida e de sabedoria que reflete os grandes valores universais da humanidade. Nesta perspectiva, se apresentam como um dom, como um guia para viver em plenitude a nossa experiência humana segundo a vontade de Deus.
Desta forma, eles indicam a vontade de Deus e devem ser interpretados e vividos à luz do único mandamento do amor a Deus e ao próximo, que é a síntese e a chave de leitura de toda a revelação e o caminho para a liberdade (cf. Mt 22, 34-40).
A subida ao Monte Sinai
“No dia em que se completaram três meses que os israelitas haviam saído do Egito, chegaram ao deserto do Sinai. Depois de saírem de Refidim, entraram no deserto do Sinai, e Israel acampou ali, diante do monte. Logo Moisés subiu o monte para encontrar-se com Deus”(Ex 19, 1-3).
Atualmente existem dois itinerários que levam a cume do monte. Para quem está em forma pode subir os 3750 degraus da escada chamada Escada do Arrependimento. Esta opção é também chamada de Degraus da Penitência, onde estão espalhados vários lugares votivos, entre eles a Porta da Confissão, a Porta de Santo Estevão e a Fonte de Moisés, que jorra de uma pequena gruta.
O segundo itinerário, o mais fácil, é chamado “caminho dos camelos”, que conflui com os últimos 750 degraus da Escada do Arrependimento. Em nossas peregrinações, a subida ao Monte Sinai costuma ser durante a noite para que todos possam contemplar o amanhecer tendo a oportunidade de fazer uma maravilhosa experiência de Deus à semelhança de Moisés. Confira abaixo:
Fontes: Bíblia Sagrada / Gianfranco Ravasi / La Chiesa
Belém ou Bethlehen em hebraico significa “casa do pão”. É uma cidade palestina conhecida como o local onde o rei Davi viveu e onde nasceu Jesus. De acordo com os relatos bíblicos, José e Maria partiram de Nazaré para Belém porque as autoridades romanas promoveram um censo e era necessário que os dois se apresentassem para se alistar.
A Basílica da Natividade, Gruta da Natividade e a Praça da Manjedoura
Belém é mencionada também por ser o local de nascimento de Jesus Cristo (Mateus 2:1-6; Lucas 2:4-15; João 7:42), cumprindo-se, então a profecia messiânica: "E tu Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum o menor dentre os principais lugares de Judá. Porque é de ti que há de sair o Chefe, que há de pastorear o meu povo, Israel"(Miquéias 5:2).
Lucas em seu evangelho descreve que Maria “deu à luz seu filho primogênito... e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”(Lc 2, 7).
Devido a esse episódio, a gruta em que Jesus nasceu, desde o início do cristianismo é considerada sagrada, por isso, no decorrer dos séculos, várias igrejas foram construídas sobre o local e destruídas pelos invasores. A primeira construção foi executada pelo imperador Constantino e sua mãe Helena, no século IV e, a que se vê atualmente, foi construída por Justiniano em 530 d. C. Essa basílica recebeu o nome de Basílica da Natividade, uma das mais antigas do mundo.
A Porta da Humildade
Para entrar na basílica, o peregrino precisa passar pela “Porta da Humildade”, que recebe esse nome porque possui apenas 125 cm de altura, sendo necessário ao peregrino curvar-se para adentrar a basílica.
Uma vez dentro da basílica, não deixe de visitar a Gruta da Natividade. Aqui as pessoas podem se ajoelhar, tocar a estrela de prata de quatorze pontas que está no chão da gruta consagrando o local exato do nascimento de Jesus. Toque no marco da manjedoura, ore e se proponha a um novo nascimento, contemplando o lugar do nascimento Daquele que veio ao mundo para a nossa salvação. E ao sair da Basílica da Natividade, observe a Praça da Manjedoura, sendo esta um grande pátio, e que no período das festas natalinas, as multidões se reúnem para cantar canções de Natal antes da meia-noite.
Ao final desta viagem, você irá perceber que peregrinar por Belém é o mesmo que adentrar em uma nova cultura, poder tocá-la e deixar-se tocar pelo mistério que envolve a cidade considerada a “capital do Natal”.
Fontes: BÍBLIA, N. T. Evangelhos. In BÍBLIA. Português. Sagrada Bíblia Católica: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Loyola, 1995. / GOMES, Laurentino. O caminho do peregrino: seguindo os passos de Jesus na Terra Santa, São Paulo: Globo, 2015.
A Basílica do Santo Sepulcro, se encontra no coração da Cidade Antiga de Jerusalém, e possui no seu interior, os lugares mais importantes para os cristãos de todo o mundo, os Lugares Santos por excelência: o Calvário e o Túmulo de Cristo, que leva o peregrino a abrir-se uma carga de memórias reunidas no mesmo lugar no qual aconteceram; aqui Jesus foi crucificado e venceu a batalha contra a morte. Entrando na basílica automaticamente nos vem as memórias ligadas à Paixão, morte e unção de Jesus.
O Sepulcro que guardou o corpo de Jesus e que foi inundado pela luz da Ressurreição, é o coração, não somente da inteira Basílica, mas de todo o cristianismo, que desde a muitos séculos responde ao convite do Anjo: “Não tenham medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava”(Mt 28,5-6).
O túmulo se encontra dentro de uma das duas salas da edícula do Santo Sepulcro. A segunda sala contém a Pedra do Anjo, usada segundo a tradição para fechar o túmulo de Jesus.
A Capela do Calvário
O Calvário é o monte da morte, mas também é o monte da vida. É o monte da elevação e também da Ressurreição. Deste modo, podemos defini-lo como o monte do sofrimento e do sangue, mas ainda, como o monte da glória, do infinito, da esperança. Esta é a mística! O monte é o lugar onde subimos para uma experiência interior e encontro com Deus.
Para viver esta experiência em Jerusalém, o peregrino deve entrar na Basílica do Santo Sepulcro, e dirigir-se ao lado meridional do altar principal, que tem uma escada de pedra que leva ao Monte Calvário (Gólgota), a sala mais bem decorada da basílica. Ali está a rocha onde foi levantada a cruz de Jesus. Se pode ver esta rocha por meio do vidro ao lado do altar, e o peregrino pode tocá-la por meio de uma abertura no disco de prata debaixo do altar, o ponto, no qual segundo a tradição, a cruz foi elevada.
A Pedra da Unção
Ainda de acordo com a tradição cristã, depois que o corpo de Jesus foi retirado da cruz, colocaram-no sobre a Pedra da Unção (localizada na entrada da Igreja) para ser preparado para a sepultura. É costume entre os peregrinos, beijar a pedra ou ungi-la com óleo. É particularmente, venerada, pelos peregrinos ortodoxos.
Para viver esses percursos e itinerários de fé, de purificação e de iluminação, a SacraTour caminha com você nas Pegadas do Cristianismo e possibilita a realização do seu sonho de conhecer a Terra Santa.
A última Páscoa de Jesus com os seus discípulos e o dom do seu Corpo e Sangue para a vida do mundo, aconteceu no Cenáculo, palavra esta que deriva do latim Coenaculum, isto é, cômodo em que era servida a ceia, também conhecido como “aposento superior” da casa, ao qual se podia entrar por meio de escadas.
Segundo o uso dos antigos romanos, era uma sala grande e servia para o jantar, do qual tomava parte todos os familiares e os hóspedes.
O lugar da Ceia do Senhor com seus discípulos
No contexto da narrativa evangélica, se compreende que se tratava de um aposento superior, porque traduz a correspondente palavra grega anágaíon (cf. Mc 14,15 e Lc 22,12), que indica de fato, a parte superior da casa.
De acordo com os relatos bíblicos, Jesus enviou dois de seus discípulos para preparar a Ceia, os quais segundo Lucas, seria Pedro e João, que encontraram o homem carregando a bilha indicando por Jesus, e junto com ele, entraram na casa onde devia preparar a Ceia. Esta Ceia representa um dos momentos decisivos da vida de Jesus, e introduz aquelas horas, que serão depois, as horas da Paixão.
O lugar do Pentecostes
Lá onde se cumpriram estes mistérios de amor e de graça, também foi o local onde a comunidade nascente dos Apóstolos, se reuniu logo após a experiência traumática da Crucificação do Senhor. No mesmo Cenáculo, Jesus aparece diversas vezes após a Ressurreição, e é também, o local onde junto com Maria se prepararam para receber o Espírito Santo, no dia de Pentecostes.
Segundo a tradição, o mesmo lugar onde Jesus realizou a Última Ceia com os seus discípulos, se tornou depois a residência da primitiva Igreja Apostólica, como nos relata o livro dos Atos dos Apóstolos. “E entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote e Judas, irmão de Tiago”(Atos 1, 13).
Em Jerusalém, até hoje existe um local tido como o Cenáculo, no Monte Sião, ao lado da Basílica da Dormição. No pavimento inferior, há uma sala chamada “tumulo do Rei Davi”, e no pavimento superior, uma grande sala chamada “Cenáculo”, no qual, desde 1996, está exposto um candelabro com três braços que representam as três religiões monoteístas: judaísmo, islamismo e cristianismo. Atualmente, o local está transformado em uma Mesquita e os cristãos têm a permissão para visitar, mas não o de celebrar a missa, a não ser, uma vez por ano, recordando a última Ceia de Jesus.
Visita ao topo do Monte Sião
Seguindo as pegadas do Cristianismo, você pode peregrinar com a SacraTour e visitar o topo do Monte Sião e adentrar no local do túmulo do Rei David, no Cenáculo (local da última ceia de Cristo com seus discípulos e do Pentecostes), e a Abadia da Dormição, construída sobre o local onde a Virgem Maria expirou.
Fonte: Sulle orme de Gesù, guida ai santuari di Terra Santa”, Edizioni Terra Santa, Milano, pp. 121-126.
Fernando(Santo Antônio) nasceu em Lisboa (Portugal) em 1195, e teve a sua primeira formação em uma família cristã. Por volta dos sete anos começou a frequentar como aluno externo, a escola da catedral, e recebeu uma suficiente formação. Naquele ambiente esboçou a sua vocação religiosa, que o levou a entrar no mosteiro Agostiniano de Santa Cruz, onde recebeu uma completa formação religiosa e teológica, graças à sua piedade, disciplina e aplicação aos estudos, como também pela sua inteligência aguçada e memória tenaz.
Em 1220 foi ordenado sacerdote e a sua sede de martírio, levou-o a deixar o mosteiro e a entrar para a Ordem Franciscana, mudando seu nome de Fernando para Antônio, em 1221. Tempos depois, foi transferido para Bolonha e em seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
O pregador
Santo Antônio, tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com as ciências profanas, referenciando-se inclusive a diversos escritos dos filósofos. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo, lecionando em universidades italianas e francesas. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário na Basílica que leva o seu nome, em Pádua. Foi cognominado o “Doutor Evangélico”.
“O Santo do mundo inteiro”
O Papa Leão XIII o chamou “o santo do mundo inteiro”, porque sua imagem e devoção encontram-se por toda parte. Também é conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Entre os contemporâneos e nas gerações seguintes, Antônio foi tido com um mestre de sabedoria cristã, biblista, e autor de obras importantes.
A Basílica de Pádua e o culto
Milhares de peregrinos e devotos de todas as partes do mundo visitam Pádua, onde se encontram seus restos mortais de Santo Antônio, um dos santos mais amados e venerados pelo cristianismo.
Com a SacraTour você tem a possibilidade de fazer um roteiro que contempla diversas basílicas e a vida dos principais santos católicos, dentro os quais, a visita a Basílica de Santo Antônio, em Pádua, na Itália. Entrando na Basílica, você pode fazer um breve caminho espiritual. Tenha a consciência de que está entrando em um lugar santificado pela presença de Santo Antônio. É um lugar cheio de significado para a nossa fé. Aqui você pode encontrar a misericórdia de Deus e experimentar a poderosa intercessão de Santo Antônio, para depois partir cheio de alegria e paz. Na entrada você já encontra a Água Benta, com a qual se pode traçar o Sinal da Cruz como um desejo de renascer.
Depois você e encontra com uma pintura chamada Nossa Senhora da Pilastra, que juntamente, com o Menino Jesus, acolhe com o olhar o peregrino que chega. O próximo passo é o encontro com o Santo. Aproxime-se do Túmulo de Santo Antônio em oração silenciosa. Ele convida você a permanecer sob a sua proteção. Saindo você pode passar pela Capela das Relíquias de Santo Antônio, que são sinais concretos da aproximação que cada um de nós quer ter com o Santo.
Saindo da Capela das Relíquias, se dirija à Capela das Bençãos. A benção exprime o sentido da oração cristã. É o encontro entre Deus e o homem, por isso, caminhe mais um pouco e entre na Capela do Santíssimo para adorar e agradecer.
Ao final desse breve caminho espiritual dentro da Basílica, caso se interesse, entre na Sala de Acolhida do Mensageiro de Santo Antônio e solicite o Certificado do Peregrino, símbolo do caminho espiritual feito e lembrança de sua visita à Basílica de Santo Antônio de Pádua.
Dia do Turista
Seguindo a trilha de Santo Antônio, que também é invocado como protetor dos viajantes, lembramos a todos os que gostam de viajar e conhecer diferentes lugares do mundo, que nesta data (13 de junho), no Brasil, comemora-se o dia do turista. E é claro que, nesta data, nós intercedemos pelos peregrinos e suplicamos a proteção de Santo Antônio para todos e cada um.
Dia 31 de Julho se comemora o Dia de Santo Inácio de Loyola. Inácio nasceu em 24 de dezembro de 1941, no castelo de Loyola, na Espanha. Último de treze irmãos, sua mãe morreu quando tinha apenas sete anos, quando passou a viver na corte sob a responsabilidade de seu parente Juan Velasquez, tesoureiro do reino de Castilha. Em 1517, entrou para o exército, mas ferido durante a Batalha de Pamplona (1521) teve que passar um longo período no castelo de seu pai para recuperar-se.
Durante esse período de convalescença, leu numerosos textos religiosos sobre a vida dos santos e a vida de Jesus, o que o leva à conversão. Decidiu inspirar-se em São Francisco de Assis e foi viver na Terra Santa como mendicante, mas foi obrigado a retornar à Espanha.
Os Exercícios Espirituais
Inácio elaborou um método próprio de oração e contemplação resultado de suas experiências, o que mais tarde se tornou os “Exercícios Espirituais”, método que descreve uma série de meditações, que será adotado pela Ordem dos Jesuítas. Depois de estudar em Paris para aprofundar a própria cultura literária e teológica, funda em 1534 a Companhia de Jesus, com o objetivo de viver como missionários em Jerusalém ou em outros lugares segundo as determinações do Papa.
Em junho de 1537, Santo Inácio foi ordenado sacerdote, em Veneza. Queria, a princípio, se estabelecer em Jerusalém, mas o lugar, estava em guerra. Sendo assim, resolveu partir para Roma e se colocar à disposição da Igreja e do Papa. No caminho, parou na Capela de La Storta e teve uma visão mística maravilhosa da Santíssima Trindade. A Companhia de Jesus, com a intenção de reforçar a Igreja de Roma, inicialmente, contra o protestantismo, será determinante no sucesso da Contrarreforma. Inácio de Loyola, morreu em Roma em 31 de julho de 1556.
Após a sua canonização, o corpo foi colocado em uma urna de bronze dourado na Capela de Santo Inácio, na Igreja de Jesus (Chiesa di Gesù) em Roma.
A Igreja de Santo Inácio em Roma
Em 1626, o Cardeal Ludovisi mandou construir uma igreja em honra a Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas). A Igreja foi edificada ao lado do Palácio do Colégio Romano. A Igreja possui uma planta em forma de cruz latina, com uma abside e muitas capelas laterais. Possui também uma tela com 13 metros de diâmetros que imita uma cúpula sustentada por colunas. Para admirar essa perfeição, é necessário colocar-se em um ponto indicado no chão por um disco de mármore. O interior da igreja é caracterizado por pedras preciosas, mármores, estuques e dourado, que cria uma atmosfera teatral.
Os cômodos onde viveu Santo Inácio (1491-1556), que em 1534 fundou a Companhia de Jesus, se encontram dentro da Casa Professa, também conhecida como Colégio Internacional dos Jesuítas, que conserva a primeira obra romana de Andrea Pozzo (1642-1709), um irmão jesuíta. Ele realizou toda a decoração do corredor de acesso aos cômodos, um ambiente estreito e baixo, decorado com o sistema de perspectivas anamórficas, segundo o qual as imagens se transformam pouco a pouco conforme se avança para o centro do ambiente. Esses cômodos estão abertos para a visitação grátis, sendo necessário agendamento prévio.
Mosteiro de Montserrat em Barcelona
Em 1552, foi documentada uma visita de Santo Inácio de Loyola ao Mosteiro de Montserrat. O enorme complexo, na Catalúnia, está a 40 km de Barcelona e, é constituído por dois blocos de edifícios: de um lado está a basílica com as dependências dos monges e do outro lado, os edifícios destinados aos peregrinos e visitantes.
A visita ao Mosteiro tem início na Praça da Cruz que recebe esse nome por causa da cruz que está à direita da praça e é um monumento dedicado a São Miguel Ancanjo, patrono da montanha de Montserrat. A figura mais representativa de todas as presente no Mosteiro é a de Santo Inácio de Loyola, um cavaleiro convertido, que veio a Montserrat para depor a sua espada aos pés da Virgem Maria.
Ao chegar em Montserrat, preparou-se para a confissão de fé de toda a sua vida, entregou suas armas e suas roupas aos pés da imagem da Virgem de Montserrat - "La Moreneta" e vestiu o hábito. Permaneceu ali por um ano. Esse período é crucial para entendermos as suas motivações, pois marcou o início de sua grande obra: Os Exercícios Espirituais.
Mosteiro de São Pedro Mártir
Partindo de Montserrat, Santo Inácio continuou com uma rotina de severos jejuns, penitências e orações para combater a sua vaidade. Foi acolhido pelos dominicanos do monastério de São Pedro Mártir, onde compreendeu melhor o ideal apostólico. Santo Inácio era um homem dado a êxtases místicos e compreendia como ninguém as ações de Deus.
Basílica de Santa Maria del Mar de Barcelona
Nesta basílica o escultor Lau Feliu representou Santo Inácio de Loyola como um mendigo com a mão estendida e pés descalços pedindo esmola. Essa escultura de bronze foi colocada no lugar onde Inácio pedia esmolas durante sua estada em Barcelona, entre os anos de 1524 e 1526. Inácio ficou conhecido em Manresa como o “homem do saco”, porque ele entregou suas vestes de cavaleiro a um pobre e depois se vestiu com saco para continuar sua peregrinação até Montserrat.
Por esse motivo, no lugar se pode encontrar um espaço que faça memória do santo, um espaço de oração e contemplação. Para quem passe por Santa Maria del Mar, há a possibilidade de aprender com a vida do santo, pois quem conhece a espiritualidade inaciana sabe que isso tem a ver com sua experiência vital. Dessa forma, em outro contexto e em outras circunstâncias, cada um de nós é chamado a ser peregrino, a buscar e a encontrar a Deus em todas as coisas, e a aprender com Inácio, a amar e a servi-lo em tudo.
Uma das festas litúrgicas mais bonitas na tradição da Igreja é a festa mariana dedicada à Nossa Senhora do Monte Carmelo (Nossa Senhora do Carmo), sendo essa uma das devoções mais antigas e mais amada pelos cristãos de todo o mundo. Esta festa está ligada à história e aos valores espirituais da Ordem dos Frades da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo (Carmelitas). A festa litúrgica foi instituída para comemorar a aparição do dia 16 de julho de 1251 a São Simão Stock, na época prior geral da ordem carmelitana, durante a qual Nossa Senhora entregou-lhe um escapulário em tecido, revelando notáveis privilégios ligados ao seu culto e devoção.
Raízes bíblicas
O Monte Carmelo está situado a 546 metros acima do nível do mar e pode ser considerado como “um dos maiores pontos turísticos da Terra Santa. Nessa região, encontramos o Vale de Jesreel e muitos outros pontos bíblicos” (Pedrini e Brunet, 2013).
No Primeiro Livro dos Reis no Antigo Testamento, temos a narrativa de que o Profeta Elias, formou uma comunidade de homens sobre Monte Carmelo, que em aramaico significa “jardim”, e ali operou em defesa da pureza da fé em Deus, vencendo dos desafios contra os sacerdotes de Baal (Cf. 1Rs 18,17-40) no século IX antes de Cristo. Em 1154 d. C., neste local, se estabeleceram comunidades monásticas cristãs. Eles edificaram uma pequena igreja, dedicando-a à Virgem Maria, e assumiram o nome de Irmãos de Santa Maria do Monte Carmelo. Desse modo, o Carmelo, assumiu, os seus dois elementos caracterizantes: a referência ao profeta Elias e a ligação com Maria Santíssima.
A devoção espontânea à Virgem Maria, sempre difundida desde os primeiros tempos apostólicos, foi passando através dos séculos e oficializada sob tantos títulos, ligados à sua virtude, aos lugares onde surgiram santuários e igrejas, às aparições da Virgem em vários lugares ao longo dos séculos, ao culto instaurado pelas Ordens Religiosas, até chegar aos dogmas promulgados pela Igreja.
A devoção a Nossa Senhora do Carmo foi propagada por São Simão Stock, porque a tradição conta que em 16 de julho de 1251, a Virgem Maria, circundada por anjos e com o Menino Jesus no braço, apareceu a ele e lhe deu o escapulário com o “privilégio do sábado”, que consiste na promessa da salvação do inferno para aqueles o usam e a libertação das penas do Purgatório no sábado seguinte à sua morte.
O uso do escapulário não representa uma simples devoção, mas uma forma simbólica de “revestimento” que lembra as vestes dos carmelitas e também uma entrega e consagração à Virgem Maria, para viver sob a sua proteção, e enfim, uma aliança e uma comunhão entre Maria e os fieis. Essa consagração, se traduz no esforço que o fiel deve fazer para imitar a Maria, ao menos em suas intenções. “A devoção ao Escapulário já fez derramar sobre todo o mundo rios de graças espirituais e temporais” (Papa Pio XII).
Vamos para o Monte Carmelo com a gente?
Em nossas viagens para a Terra Santa, você encontra um roteiro que te acompanha em peregrinação sobre o Monte Carmelo, que é símbolo de beleza e esplendor, e ao qual se pode chegar ao cume por meio de ônibus, carro ou van.
No Monte Carmelo, o peregrino se aproxima de três realidades: O Manto do Profeta Elias, que acende no peregrino a nostalgia do céu, o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, que o protege dos perigos na terra e a Capa dos Carmelitas, que ensina ao peregrino o silêncio e a oração. Por isso, o Santuário “Stela Maris” de Haifa faz parte de um roteiro preparado pela SacraTour especialmente para você que deseja ser nosso peregrino e companheiro de viagem. Que nossa Senhora do Monte Carmelo proteja com sua presença a tantos quantos se recomendem à sua intercessão e proteção materna.
Fontes: A Bíblia Sagrada / Ariel Finguerman, A Terra Santa do Peregrino. / Lachiesa.it / Nayara Pedrini e Tiago Brunet. Manual do Peregrino na Terra Santa, 2013.
Vamos conhecer a história de Santa Clara de Assis, a padroeira da televisão que teve um modo de viver novo e revolucionário.
Assisi, como é conhecida na Itália era habitada pelos Umbros, mas sucessivamente, a cidade recebeu influência etrusca e romana, como atestam a fachada do Templo de Minerva, os restos do Fórum, os muros romanos e o anfiteatro. Depois da queda do Império Romano, por volta de 545 da era cristã, a cidade foi invadida por godos e lombardos, sendo que somente no ano 1000, se tornou uma cidade independente, desenvolvendo-se grandemente graças aos movimentos monásticos, sobretudo, dos mosteiros beneditinos.
No ano 1180, nasceu São Francisco de Assis, o cidadão mais famoso de Assis. Famosa também foi a sua renúncia pública na praça de Assis, a todos os bens de seu rico pai. Desse modo, Francisco abandonou as atrações mundanas e começou a pregar o Evangelho de modo direto e cativante, sendo que esse modo novo e revolucionário de viver atraiu também Clara, que junto com sua irmã e muitas outras jovens começaram a viver na pequena igreja de São Damião, criando a ordem da Clarissas, intitulada à Clara.
Santa Clara de Assis: um modo de viver novo e revolucionário
Clara nasceu em Assis, no ano de 1194 de uma das famílias mais nobres da cidade. A sua mãe, Ortolana, próximo de dar à luz, orava intensamente para que o Senhor a salvasse dos perigos do parto. Uma voz lhe assegurou: “não temas, darás ao mundo uma luz que acrescentará luz à própria luz”. Iluminada por esta profecia quis que a menina se chamasse Clara (Chiara).
A prematura morte do pai e as dificuldades econômicas contribuíram para formar em Clara um caráter decisivo e temperado. Tudo lhe seria necessário para a vida evangélica na qual entraria mais tarde, quando renunciou ao matrimônio programado por seus parentes e se consagrou a Deus cortando os cabelos e, indo alojar-se na pequena igreja de São Damião.
Padroeira da televisão
Em 17 de fevereiro de 1958, Santa Clara foi declarada pelo Papa Pio XII a santa padroeira da televisão e das telecomunicações. Segundo uma tradição, no dia de Natal, Francisco estava servindo a Missa e, Clara, não pode participar porque encontrava-se enferma em seu leito. Querendo participar da celebração, as crônicas contam que depois de orar em silêncio, apareceu em seu quarto uma visão da Santa Missa e, no momento da comunhão, se lhe apresentou um anjo que lhe deu a possibilidade de comungar a hóstia consagrada.
O milagre eucarístico
Clara se distingue pelo culto para com a Eucaristia. Por duas vezes, Assis foi ameaçada pelo exército do imperador Frederico II, que contava entre os seus soldados de sarracenos. Clara naquele tempo adoentada, foi levada aos muros da cidade tendo nas mãos uma píxide contendo o Santíssimo Sacramento: os seus biógrafos contam que o exército, diante dessa visão, se colocou em fuga. Este evento é recordado e celebrado solenemente em Assis todos os anos como “a festa do voto” das clarissas, no dia 22 de junho.
A doença de Clara
Desde os trinta anos de idade, Clara foi acometida por uma doença crônica que a fará sofrer por longos anos. Porém, do seu lugar, foi a alma de São Damião e, continuou a ser para suas irmãs uma guia sapiente e um exemplo de vida verdadeiramente evangélica, vindo a inspirar a fundação de centenas de mosteiros que Deus havia feito nascer prodigiosamente daquela semente primeira: mais de sessenta na Itália e outros quarenta em outras nações europeias. Morreu em 11 de agosto de 1253 louvando o Senhor com as palavras: “Bendito seja Deus, Tu que me criastes”.
A Igreja de Santa Clara
A Igreja é estruturada com uma única nave, com duas capelas: Santa Inêz de Assis e São Jorge. A Capela de Santa Inêz, conhecida mais tarde, como de São Miguel, tornou-se depois da restauração de 1999-2001, a Capela do Santissimo Sacramento. Na capela de São Jorge se conserva o Crucifixo quem em São Damião falou com São Francisco, ordenando-lhe de “reconstruir” a Igreja.
A cripta
Na cripta, construída em 1850-1872, depois reestruturada em 1935, assume formas neogóticas, e nela se conserva o sarcófago com o corpo de Santa Clara. Neste ambiente também estão expostas as relíquias de São Francisco e de Santa Clara.
O peregrino que viaja com a SacraTour e visita Assis, poderá perceber que entre os seus muros, suas ruas, as igrejas e os mosteiros será possível respirar a paz que emana nesse local. Cada um encontra em Assis, algo que deixa um sinal em si mesmo e na própria alma, porque Assis é um bálsamo para a alma. Abre os sentidos à maravilha de sua paisagem e da arte.
Em 26 de agosto a Igreja celebra Nossa Senhora de Czestochowa. Nas encostas de Jasna Góra, a “montanha luminosa”, que circunda a cidade de Czetochowa, o santuário está situado em uma colina de pedras brancas, na parte ocidental da cidade. Os poloneses estão habituados neste Santuário a apresentar muitos eventos da própria vida: momentos felizes como aquelas decisões tristes e solenes, tais como a escolha de sua vida, vocação religiosa ou casamento, o nascimento dos filhos, os exames de maturidade... Eles se acostumaram a vir com seus problemas para Jasna Gòra para confiá-los à Mãe Celestial, na frente de sua imagem milagrosa.
Pode-se dizer que esta imagem é o coração do santuário de Jasna Góra e é também essa força, misteriosa e profunda, que todos os anos atrai intermináveis multidões de peregrinos, da Polônia e de todos os outros lugares do mundo.
A História da Pintura
A pintura de Nossa Senhora de Czestochwova tem uma história complexa. A tradição diz que foi construída por São Lucas em uma madeira que formou a mesa usada para oração e comida pela Sagrada Família. O evangelista teria composto duas pinturas em Jerusalém para transmitir a incomparável beleza de Maria. Um deles, chegado à Itália, ainda é um objeto de culto em Bolonha; o outro foi primeiro levado a Constantinopla e colocado em um templo pelo imperador Constantino. Mais tarde, ele foi dado ao russo Príncipe Leão, que serviu no exército romano, que transferiu a relíquia de valor inestimável para a Rússia, onde, por muitos milagres, ele foi intensamente venerado.
Segundo os críticos de arte, o quadro de Jasna Góra era originalmente um ícone bizantino, do gênero Odigitria, que data do século VI ao século IX. Pintado em uma placa de madeira, retrata o busto da Virgem com Jesus em seus braços. O rosto de Maria domina todo o quadro, com o efeito de que aqueles que olham para ele estão imersos no olhar de Maria: ele olha para Maria, que, por sua vez, olha para ele.
Também o rosto da Criança é dirigido ao peregrino, mas não o seu olhar, que é de alguma forma fixado em outro lugar. Os dois rostos têm uma expressão séria e pensativa, que também dá o tom emocional a todo o quadro. A face direita da Maria é marcada por duas cicatrizes paralelas e por uma terceira que as cruza; o pescoço tem seis outros arranhões, dois dos quais visíveis, quatro quase imperceptíveis. Jesus, vestido com uma túnica escarlate, repousa sobre o braço esquerdo da mãe.
A mão esquerda segura o livro, a direita é levantada em gesto de soberania e bênção. A mão direita da Maria parece indicar a criança. Na frente de Maria, uma estrela de seis pontas é representada. Em torno dos rostos da Maria e de Jesus destacam-se os halos, cujo brilho contrasta com a compleição de seus rostos.
Após a profanação de 1430 pelos heréticos de João Hus, e a restauração, a fama do santuário cresceu enormemente e as peregrinações aumentaram, a tal ponto que a igreja original se mostrou insuficiente para conter o número dos fiéis. Por esta razão, já na segunda metade do século XV, junto à Capela de Nossa Senhora, foi iniciada a construção de uma igreja gótica com três grandes naves. Em 1717 a imagem milagrosa de Nossa Senhora de Jasna Góra foi coroada com o diadema papal e, a partir do século passado, numerosas igrejas dedicadas a ela foram erguidas em todo o mundo: atualmente são cerca de 350, das quais 300 só na Polônia.
A Fama da Imagem Milagrosa
A fama cada vez maior da imagem milagrosa da Mãe de Deus fez com que o antigo mosteiro se tornasse um destino constante de peregrinações dedicadas ao longo dos anos. O culto da Nossa Senhora Negra de Czestochowa estendeu-se ao continente americano, à Austrália, à África e até à Ásia. Uma devoção que não tem limites, que tocou os corações de muitos e que tem sido particularmente querida como qualquer polonês que se preze - ao nosso Santo Padre, João Paulo II, que sempre foi o mais fiel devoto de Maria.
Desde a Idade Média, de toda a Polônia, a peregrinação a pé acontece em direção ao Santuário de Częstochowa, que vai de junho a setembro, mas normalmente o período escolhido é em torno a meados de agosto. A peregrinação a pé dura vários dias e os peregrinos também percorrem centenas de quilômetros ao longo de mais de 50 rotas de toda a Polônia, a mais longa das quais é de 600 km.
Palavras de Papa Francisco
Tomemos hoje Papa Francisco como um grande impulsionador desse destino que a SacraTour traz para você que deseja peregrinar conosco: "Apresentando-se diante da face de sua Mãe e Rainha, escutem atentamente sua palavra: o que quer que Jesus lhe diga, faça-o (veja João 2:5). Que seja para cada um de vocês uma indicação na formação de consciência, em colocar ordem na vida pessoal e familiar, na construção do futuro da sociedade”.
Diante disso, com o coração confiante, peçamos: Nossa Senhora de Czestochowa, rogai por nós.
“Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e, abrindo a sua boca, ele começou a ensinar” (Mt 5,1).
Localizado às margens do Lago Tiberíades, o Monte das Bem-Aventuranças representa a colina onde Jesus teria pronunciado o famoso Discurso da Montanha. «Bem-aventurados os pobres de espírito ...» O Senhor havia deixado Nazaré e morava em Cafarnaum (Mt 4:13), a noroeste do Mar de Genesaré, onde alguns dos doze ou seus parentes moravam. As multidões de que fala o Evangelho se aproximaram daquela pequena cidade de pescadores para encontrar Jesus, mas eles foram em busca Dele também em outros lugares ao redor (cf. Mt 5,1 e 14,14; Mc 6,32-34; Lc 6, 17-19, Jo 6: 2-5).
Vestígios da nossa fé
No início de sua vida pública, Jesus "viajou por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, anunciando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doenças e enfermidades no povo". Sua fama espalhou-se por toda a Síria e levaram-lhe todos os doentes, atormentados por várias doenças e dores, demoníacos, epilépticos e paralíticos, e ele os curou (cf. Mt 4,23- 25).
De acordo com a tradição dos cristãos que habitavam a região desde a época de Jesus, o Discurso da Montanha é um conjunto de ensinamentos de Jesus sobre as bem-aventuranças, e deve ter acontecido em Tabgha. Com as bem-aventuranças, Jesus "resume as promessas feitas ao povo escolhido a partir de Abraão” (Catecismo da Igreja Católica, 1716).
Considerando este fato, Bento XVI sublinha a diferença entre Moisés e o Senhor, entre o Sinai, um maciço rochoso no deserto, e o Monte das Bem-aventuranças: "quem já esteve lá e continua impressionado na alma com a visão ampla das águas do lago, do céu e do sol, das árvores e dos prados, das flores e do canto dos pássaros, não pode esquecer a maravilhosa atmosfera de paz, de beleza da criação" (Joseph Ratzinger / Bento XVI, Jesus de Nazaré. Transfiguração, página 90).
As bem-aventuranças respondem ao desejo inato de felicidade que Deus colocou nos corações dos homens, anunciando bênçãos e recompensas, mas ao mesmo tempo, são promessas paradoxais, especialmente, aquelas referentes à pobreza, castigo, injustiça e perseguições (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1717-1718).
As bem-aventuranças são como uma biografia interna escondida de Jesus, um retrato de sua figura. Aquele que não tem onde reclinar a cabeça (cf. Mt 8,20) é o verdadeiro pobre; aquele que pode dizer de si mesmo: venha a mim porque sou manso e humilde de coração (cf. Mt 11,29), ele é o verdadeiro manso; é o verdadeiro puro de coração e, portanto, contempla Deus sem interrupção.
A Igreja das Bem-Aventuranças
É uma igreja octogonal, coberta por uma cúpula delgada e rodeada por um grande pórtico que atenua a luz e o calor do sol. O uso de basalto negro local, pedra branca de Nazaré e travertino romano forma um conjunto harmonioso e permite que o edifício se destaque entre a vegetação densa do local. No interior, os elementos são organizados com simplicidade de linhas: no meio, o altar, rodeado por uma arquivolta de alabastro; atrás, elevado sobre um pedestal de pórfiro, o Tabernáculo, decorado com cenas da Paixão em bronze dourado no lápis-lazúli; nas janelas se pode ler as palavras das bem-aventuranças; e, para fechar o espaço, a cúpula, com um revestimento em tons dourados.
O jardim criado em torno da igreja permite-lhe desfrutar de uma vista esplêndida do lago e do cenário ao entorno. Essa perspectiva no lago é tão incomum que merece ser digna de nota. A própria Igreja atingirá os amantes da arquitetura neo-bizantina por sua peculiaridade de ter sido construída usando materiais locais, como a pedra negra.
A Domus Galilaeae
Para os idealizadores do Centro de Espiritualidade chamado de Domus Galilaeae, o discurso da montanha está no centro da nova evangelização, por isso, iniciaram a construção de uma casa para acomodar os peregrinos na Terra Santa.
"A Domus ocupa 15.000 metros quadrados: uma considerável extensão na qual se interligam os diferentes espaços utilizados para as variadas funções. Destaca-se, o Santuário da Palavra, isto é, o lugar onde a Bíblia é examinada na presença do Santíssimo Sacramento. Também uma biblioteca foi organizada no centro de uma sala, que é circular e é encimada por uma grande tampa de cristal. Ali uma Torá muito antiga é mantida sob uma cabana de vidro; uma igreja dominada por um gigantesco ícone de 56 metros quadrados representando o julgamento universal em cores vivas; um auditório para congressos internacionais com uma vista espetacular do Lago Tiberíades. No centro da Domus tem também um mosteiro com uma capela para a adoração perpétua.
A Domus é um edifício com um extraordinário impacto estético e todos são atraídos pela beleza: judeus, cristãos e ateus. Quem vem, fica fascinado. Em seus dois mil anos de história, a igreja sempre soube que o louvor a Deus deve ser celebrado com o máximo de arte de que o homem é capaz.
Peregrinar com a SacraTour
Nossos roteiros levam você a contemplar os lugares, repousar a visão e rejuvenescer o espírito, enchendo a alma com um sentimento indescritível: a lembrança de Jesus e o eco de suas palavras, que ainda parecem ressoar no ar, vão além do tempo presente. É nesse clima de profunda espiritualidade que convidamos você para peregrinar conosco sobre os vestígios de nossa fé, acolhendo as Bem-Aventuranças como um testamento espiritual de Jesus escrito para você.
Fontes: Bíblia Sagrada / Catecismo da Igreja Católica, (1716-1717-1718) / Joseph Ratzinger / Bento XVI, Jesus de Nazaré. Transfiguração, página 90. / Domus Galilaeae International Center
Francesco Forgione (São Pio) nasceu em Pietrelcina, província de Benevento, em 25 de maio de 1887.
O sobrenatural muito em breve invade a vida do futuro santo: desde criança ele recebeu visitas frequentes a Jesus e Maria, ele viu demônios e anjos, mas porque achava que todos tinham essas faculdades, ele não mencionou isso a ninguém.
Em 22 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, ingressou em um convento e, de franciscano capuchinho, tomou o nome de Fra Pio da Pietrelcina. Tornou-se padre sete anos depois, em 10 de agosto de 1910.
Os primeiros anos do sacerdócio estão comprometidos e amargurados por suas más condições de saúde, tanto que seus superiores o encaminham várias vezes para Pietrelcina, na casa de seu pai, onde o clima era mais agradável para ele. Padre Pio está gravemente doente nos pulmões.
Os médicos lhe dão pouco tempo para viver. Como se isso não bastasse, acrescentam-se à doença o terrível assédio a que o demônio o submetia, que nunca deixava o pobre frade em paz, torturando-o no corpo e no espírito.
O ministério
Em 1916, os superiores decidiram transferi-lo para San Giovanni Rotondo, no Gargano, e aqui, no convento de Nossa Senhora das Graças, Padre Pio inicia uma aventura incrível como apóstolo do confessionário e a quem se atribuía milagres.
Um número incontável de homens e mulheres, do Gargano e de outras partes da Itália, começou a afluir para seu confessionário, onde também passava catorze ou dezesseis horas por dia, confessando e trazendo almas para Deus.
É o seu ministério, que extrai sua força da oração e do altar, e que Padre Pio realizava não sem grande sofrimento físico e moral.
Os estigmas
Em 20 de setembro de 1918, de fato, o Capuchinho recebe os estigmas da Paixão de Cristo que permanecerão abertos, dolorosos e sangrando por cinquenta anos.
Padre Pio é visitado por um grande número de médicos, sofrendo mal-entendidos e difamações pelas quais ele deve se submeter a inspeções canônicas; o frade dos estigmas se declara "filho da obediência" e suporta tudo com paciência seráfica.
Entre 1922 e 1923, Padre Pio foi feito o assunto das primeiras medidas do Santo Ofício que não reconhecia o "caráter sobrenatural dos fatos" e ordenou-lhe que permanecesse em silêncio, sem realizar qualquer comunicação com os devotos e não celebrasse a missa em público. Em 1931, ele foi privado do direito de exercer qualquer ministério. Ele só poderia celebrar a missa em particular.
Em 1933, finalmente, ele foi novamente autorizado a celebrar a missa em público e no ano seguinte ele recebeu a faculdade de confessar, sendo reintegrado em seu ministério sacerdotal.
A arma da oração
Nos anos 40, para combater com a arma da oração a terrível realidade da Segunda Guerra Mundial, Padre Pio deu início aos Grupos de Oração, uma das realidades eclesiais mais difundidas do mundo, com mais de duzentos mil devotos espalhados pela terra.
Com a "Casa de Socorro do Sofrimento", constituem sua herança espiritual, o sinal de uma vida inteiramente dedicada à oração e marcada por uma ardente devoção à Virgem Maria.
Seu testamento espiritual, no final de sua vida, foi: "Ame Nossa Senhora e faça ser amada. Sempre reze o rosário".
Ele sempre instou seus filhos espirituais a rezar o terço e a imitar Nossa Senhora em suas virtudes cotidianas, como humildade, paciência, silêncio, pureza, caridade. "Esta oração - disse ele - é a nossa fé, o apoio da nossa esperança, a explosão da nossa caridade".
"Eu gostaria de ter uma voz tão forte - ele disse - para convidar pecadores de todo o mundo a amar Nossa Senhora".
Quando ele morre, 23 de setembro de 1968, aos 81 anos, os estigmas desapareceram de seu corpo e, na frente de cerca de cem mil pessoas, vindas de todos os lugares para o seu funeral, começa o processo de santificação, que mais tarde, quando a Igreja o eleva para a glória dos altares, devido à grande devoção dos fiéis de todo o mundo, torna-se um dos santos mais amados do século passado.
Nos caminhos de Padre Pio
A SacraTour leva você para fazer esse caminho de fé. Você pode visitar Pietrelcina, onde nasceu Padre Pio e ter contato direto com as casas de Padre Pio conservadas até os dias de hoje.
Pietrelcina, nos leva a respirar essa atmosfera espiritual deixada por Padre Pio.
Desse modo, ao visitar suas casas, o ambiente familiar, lugar de sua vocação e o local de seu batismo, encontramos um grande apelo à santidade deixada por esse homem comum que se tornou um dos santos mais amados do mundo.
Mas o caminho não termina em Pietrelcina. A SacraTour proporciona também um itinerário que coloca o peregrino na rota que leva a San Giovanni Rotondo, onde Padre Pio viveu mais de 50 anos de sua vida.
Nesta pequena cidade, está a Casa de Alívio do Sofrimento, a Via Crucis, a monumental basílica dedicada a Padre Pio e a cripta do santo. De San Giovanni Rotondo, se pode peregrinar rumo ao Monte Sant’Angelo, que é conhecido em todo o mundo pela sua história religiosa, tornando-se uma obrigação para os peregrinos. Santos, imperadores, papas, reis ou simples fiéis vieram aqui para se ajoelhar diante do altar do Arcanjo Miguel.
A vida da cidade está concentrada em torno do Santuário de São Miguel Arcanjo, construído entre o século V-VI, quando, segundo a tradição, o Arcanjo Miguel teria aparecido nesta caverna.
Os lombardos, que nesse período dominavam o sul da Itália, tornaram o santuário nacional.
Em pouco tempo, tornou-se um centro de renome em todo o cristianismo e um destino obrigatório, não só para os peregrinos de toda a Europa, mas também para os cruzados que partiam para Jerusalém.
Quando falamos da Medalha Milagrosa logo nos lembramos da imagem calma e bondosa de Nossa Senhora das Graças. Com uma devoção muito grande no Brasil e em todo o mundo, a medalha que foi cunhada a pedido da Virgem Santa. A medalha ficou muito conhecida pela profusão de milagres e por isso ganhou o nome de Medalha Milagrosa. E Nossa Senhora escolheu uma recém noviça que foi posteriormente consagrada Santa para ter a honra de passar ao mundo Suas palavras. Vamos saber um pouco mais sobre Santa Catarina Labouré que teve sua história sempre marcada pelos desígnios de Nossa Mãe.
Santa Catarina Labouré
Caterina Labouré veio ao mundo em 1806, na província francesa da Borgonha, sob os céus de Fain-les-Moutiers, onde seu pai possuía uma fazenda e outros bens. Com nove anos ela perdeu sua mãe. Tomada pelo duro golpe, em lágrimas, Catarina abraçou uma estátua da Santíssima Virgem e exclamou: “De agora em diante você será minha mãe!”
Nossa Senhora não desapontará a menina que se confiou a Ela com tanta devoção e confiança. A partir desse momento, Ela a adotou como uma filha amada, obtendo abundantes graças que fizeram sua alma inocente e generosa crescer.
O chamado
Certa vez, Catarina foi perturbada por um sonho. Na igreja de Fain-les-Moutiers, ela viu um padre idoso e desconhecido celebrando a missa, cujo olhar a impressionou profundamente. Quando o Santo Sacrifício terminou, ele faz um sinal para ela se aproximar dele, mas ela não se aproximou e foi embora marcada por aquele olhar profundo. Mesmo em sonhos, ela foi visitar um pobre doente, e encontrou novamente o mesmo sacerdote, que desta vez lhe diz: “Minha filha, você pode escapar agora, mas um dia você vai ficar feliz em voltar para mim. Deus tem intenções sobre você. Não se esqueça disso.” Quando ela acordou, se lembrou desse sonho em sua mente, sem entender o que se passava.
Com as filhas de São Vicente de Paulo
Algum tempo depois, já com 18 anos, uma enorme surpresa. Ao entrar em um salão do convento em Châtillon-sur-Seine, ela se vê diante de uma pintura de São Vicente de Paulo, Fundador da Congregação das Filhas da Caridade. O sacerdote ancião dos seus sonhos, era justamente São Vicente de Paulo, o que confirma e indica a vocação religiosa de Catarina.
Aos 23 anos, vencendo todos os esforços de seu pai para tirá-la do caminho que o Senhor lhe traçara, abandona para sempre o mundo e entra como postulante naquele mesmo convento de Châtillon-sur-Seine. Três meses depois, em 21 de abril de 1830, foi aceita no noviciado das Filhas da Caridade, localizado na Rue du Bac, em Paris, onde faria os votos no mês de janeiro seguinte.
As aparições
Em 18 de julho de 1830, às vésperas da festa de São Vicente, às 23:30, Catarina ouve alguém chamá-la pelo nome. Uma criança misteriosa está ao pé da cama e a convida a levantar: “A Santíssima Virgem espera por você”, diz a criança. Catarina se veste e segue a criança que espalha raios de luz por todo lugar aonde passa. Chegando na capela, Catarina para ao lado da cadeira do padre, localizada no coro. Foi então como o farfalhar de um vestido de seda. Seu pequeno guia disse. “Aqui está a Santa Virgem”. Catarina hesita em acreditar. Mas a criança repete com uma voz mais alta: “Aqui está a Santa Virgem”.
Catarina corre para se ajoelhar ao lado de Maria que está sentada na cadeira (do padre) “Então, eu pulei para chegar perto dela, e me ajoelhei nos degraus do altar, com as mãos apoiadas nos joelhos de Maria. O momento foi o mais doce da minha vida. Seria impossível para mim dizer o que senti. A Santíssima Virgem me disse então como eu deveria me comportar com meu confessor e muitas outras coisas”.
Catarina recebe o anúncio de uma missão e o pedido para fundar a Confraria das Filhas de Maria. Isso será feito pelo Padre Aladel em 2 de fevereiro de 1840.
Segunda aparição: história da Medalha Milagrosa
Quatro meses se passaram daquela noite prodigiosa em que Santa Catarina contemplou pela primeira vez a Santíssima Virgem. Na alma inocente da religiosa, cresceu a nostalgia pelo encontro abençoado e pelo desejo intenso de que o augusto favor de ver a Mãe de Deus fosse novamente concedido a ela.
Era 27 de novembro de 1830, sábado. Às cinco e meia da tarde, as Filhas da Caridade se reuniram em sua capela, na Rue du Bac, para o período habitual de meditação. Um perfeito silêncio reinou entre as freiras e as noviças. Como as outras, Catarina estava em silêncio profundo.
“De repente, parecia ouvir, da galeria, um ruído como um farfalhar de um vestido de seda. Tendo olhado daquele lado, vi a Santíssima Virgem ao nível da imagem de São José. De estatura mediana, o rosto dela era tão lindo que seria impossível para mim contar sua beleza. A Santíssima Virgem estava de pé, vestida com um vestido de seda branco-aurora, feito de acordo com o modelo chamado ‘a la Vierge’, mangas lisas, com um véu branco que cobria a cabeça e descia para os lados.
Sob o véu, vi o cabelo partido ao meio e, acima dele, uma renda de cerca de três centímetros de altura, sem cachos, isto é, levemente sobre o cabelo. O rosto bastante exposto, os pés colocados em uma meia esfera. Em suas mãos, descansando no nível do estômago de uma maneira muito natural, ela usava uma esfera em ouro que representava o globo terrestre. Seus olhos estavam voltados para o céu. Seu rosto era de uma beleza incomparável.
Eu não consegui descrever. De repente, vi em seus dedos anéis cobertos de lindas pedras preciosas, cada uma mais bonita que a outra, algumas maiores, outras menores, que lançavam raios de todos os lados. Das pedras principais começaram os esplendores mais magníficos, alargando-se à medida que desciam, enchendo toda a parte inferior do lugar. Eu não vi os pés de Nossa Senhora.
Neste momento, enquanto contemplava a Santíssima Virgem, ela baixou os olhos, olhando para mim. E uma voz se fez ouvir no fundo do meu coração, dizendo estas palavras: A esfera que você vê representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada pessoa em particular. Eu não posso expressar o que senti e o que vi naquele instante: o esplendor e o brilho de raios tão maravilhosos. Naquele momento formou-se uma gravura em torno de Nossa Senhora, e numa esfera ovalada apareceram as seguintes palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”, escritas em letras douradas.
Imediatamente depois, a medalha se vira e Catarina vê o seu verso: no topo, uma cruz sobrepõe-se ao M de Maria, no fundo dois corações, um coroado de espinhos, o outro perfurado por uma espada. Catarina então ouve estas palavras: “Faça uma medalha de acordo com este modelo. Todos aqueles que a levarem, trazendo-a ao coração, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança”.
Poucos meses depois das aparições, a Irmã Catarina, foi enviada para o abrigo de Enghein (Paris, 12) para tratar os idosos, vai para o trabalho. Mas uma voz interior insiste: a medalha deve ser cunhada. Catarina conta para seu confessor, padre Aladel.
Significados da Medalha Milagrosa
A própria Virgem Maria está envolvida na batalha espiritual, na luta contra o mal, da qual nosso mundo é o campo de batalha. Maria nos chama a entrar na lógica de Deus, que não é a lógica deste mundo. Esta é a graça autêntica, a da conversão, que o cristão deve pedir a Maria para transmiti-la ao mundo.
Suas mãos estão abertas e seus dedos estão adornados com anéis cobertos de pedras preciosas, das quais saem raios, que caem na terra, espalhando-se para fora.
O esplendor desses raios, como a beleza e a luz da aparição, descrita por Catarina, recorda, justifica e nutre nossa confiança na fidelidade de Maria (os anéis) para com seu Criador e para com seus filhos, em eficácia, de sua intervenção (os raios da graça, que caem sobre a terra) e na vitória final (a luz), já que ela mesma, a primeira discípula, é a primeira dos salvos.
Os símbolos
Os dois sinais entrelaçados mostram a relação indissolúvel que liga Cristo à sua Mãe Santíssima. Maria é associada à missão de salvação da humanidade por seu filho Jesus e participa através de sua compaixão no próprio ato do sacrifício redentor de Cristo.
O coração coroado de espinhos é o coração de Jesus. Recorda o cruel episódio da Paixão de Cristo, antes da morte, contada nos Evangelhos. O coração simboliza sua paixão de amor pelos homens. O coração transpassado por uma espada é o coração de Maria, sua mãe. Refere-se à profecia de Simeão, contada nos Evangelhos no dia da apresentação de Jesus no templo de Jerusalém por Maria e José. Simboliza o amor de Cristo, que está em Maria e recorda o seu amor por nós, pela nossa salvação e aceitação do sacrifício do seu Filho. A justaposição dos dois Corações expressa que a vida de Maria é uma vida de íntima união com Jesus.
As estrelas correspondem aos doze apóstolos e representam a Igreja. Ser Igreja significa amar a Cristo, participar de sua paixão, pela salvação do mundo. Cada pessoa batizada é convidada a participar da missão de Cristo, unindo seu coração aos Corações de Jesus e Maria. Desse modo, a medalha é um chamado à consciência de cada um, para que ele possa escolher, como Cristo e Maria, o caminho do amor, até o dom total de si mesmo.
Um sopro de esperança
Em fevereiro de 1832, uma terrível epidemia de cólera irrompeu em Paris, causando mais de 20.000 mortes. Em junho, as Filhas da Caridade começam a distribuir as primeiras duas mil medalhas, feitas pelo padre Aladel. A cura foi multiplicada, como proteções e conversões. Foi um evento extraordinário. O povo de Paris chamou a medalha de “milagrosa”.
A glorificação de Catarina
Durante 46 anos de uma vida inteiramente interior e de lembrança escrupulosa, Santa Catarina permaneceu fiel ao seu anonimato. Silêncio milagroso! Seis meses antes de seu fim, incapaz de ver seu confessor, ela recebeu a permissão do Céu – talvez a necessidade – de revelar à sua superiora que ela era a freira honrada pela Santíssima Virgem por um ato tão importante de confiança.
Santa Catarina morreu suavemente em 31 de dezembro de 1876 e foi sepultada três dias depois em um túmulo escavado na capela da rue du Bac. Depois de quase seis décadas, em 21 de março de 1933, quando seu corpo foi exumado, as mãos que tocaram Nossa Senhora e os olhos que a tinham visto, pareciam extraordinariamente preservadas. Foi beatificada por Pio XI em 28 de maio de 1933 e canonizada por Pio XII em 27 de julho de 1947: suas relíquias ficam na capela onde ele apareceu. A festa litúrgica, para as famílias Vicentinas, é estabelecida no dia 28 de novembro. Hoje, qualquer fiel pode.
A Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa
A Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é um importante lugar de oração e peregrinação que continua a receber mais de um milhão de peregrinos no ano. Desse modo, juntamente com a SacraTour, você tem a oportunidade de se unir aos milhares de fiéis provenientes de todo o mundo para suplicar a proteção da Virgem Maria.
Este santuário está localizado no coração de Paris, na Rue du Bac 140, onde se localiza o Convento das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paula. A fachada do prédio está quase perdida entre todas as outras fachadas, já que não há igrejas à vista, mas uma simples porta preta que leva a um pátio interno retangular, cercado por prédios do convento. No fundo surge uma pequena torre sineira, testemunhando a presença de uma capela. E é aqui que se encontra a pequena igreja onde a aparição aconteceu e onde se pode venerar o corpo incorrupto da santa, exposto na Casa das Filhas da Caridade, em Paris.
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.
Fontes: Santi e Beati / Catherine Labouré, sa vie, ses apparitions, son message racontée a tous, René Laurentin, Desclée De Brouwer, 1981. / vMémorial des Apparitions de la Vierge dans l’Église, Fr. H. Maréchal, O. P., Éditions du Cerf, Parigi, 1957.
A personalidade e a história de São Francisco de Assis não podem ter outro quadro além do de sua cidade natal: Assis. O santo nasceu em Assis e ali fez o seu movimento. Ali encontramos os sinais mais eloquentes da sua vocação e da sua missão, e ali, depois da viagem e de peregrinação, voltou para morrer. Nascido em 1182, filho de Pietro di Bernardone, negociante de tecidos, e Monna Pica, de origem francesa, o jovem Francisco, inteligente, alegre e brilhante, participa ativamente da vida e das vicissitudes de sua ilustre cidade.
Não ter nascido nobre, o fez inventar um novo estilo de nobreza, que se pautava na ostentação e desperdício das propriedades de seu pai por meio da pompa, do prazer, luxo e extravagância das roupas, na abundância de festas. Com os plebeus de Assis na guerra contra Perugia, Francesco foi feito prisioneiro na batalha de Collestrada.
A força de um sonho
Na prisão fria de Perugia, seus sonhos de glória começam a se romper, mas ainda não entendia completamente a vontade de Deus. Sua ambição agora era se tornar um cavaleiro. Em Spoleto, enquanto dormia, ouviu uma voz, perguntando-lhe onde pretendia ir. A resposta de Francesco, à voz, insistente, que soou em sua mente perguntando se ele achava mais útil seguir o servo no lugar do mestre. "O mestre", respondeu Francisco. "Então, por que você procura o servo no lugar do mestre?" Francesco continua impressionado.
Retornando a Assis antes do esperado, ele está feliz e confiante. Os sonhos lhe trouxeram certezas: o mundo paterno da loja e o dinheiro não era para ele. Ele passou cerca de um ano na solidão, na oração, no serviço aos leprosos, a renunciar publicamente, em 1206, o legado de seu pai nas mãos do Bispo Guido e assumindo, portanto, o estado canônico de penitente voluntário. Francesco dedica-se a ajudar os leprosos e restaurar algumas igrejas em ruínas nos campos de São Damião, onde novamente ouviu a voz do Senhor dizendo através do ícone do Crucificado: "Francisco, vai 'conserta a minha casa que, como se pode ver, está toda em ruínas'" (FF 593).
O itinerário espiritual da conversão de Francisco
Ao refazer o itinerário espiritual da conversão de Francisco, é apropriado ler os fatos com a alma pronta para captar o sentido do maravilhoso e do inesperado. Na experiência de Francisco, fenômenos maravilhosos nada mais são que elementos de uma linguagem apropriada a um diálogo inefável entre Deus e seu servo. O que é exclusivo para esse diálogo singular é a fé. Na consciência retrospectiva de Francisco, sua vocação pessoal é identificada com a conversão: um itinerário penitencial que o leva à descoberta total do seguimento de Jesus Cristo e da vida segundo o Evangelho. Tal irrupção da misericórdia de Deus não acontece de repente; tem uma preparação, é também uma graça de Deus.
Peregrinações a Assis: os lugares de São Francisco em Assis
Com a SacraTour você pode visitar Assis – cidade Patrimônio da Humanidade, no centro da Umbria, o coração verde da Itália, que está intrinsecamente ligado a São Francisco. Todos os anos milhares de fiéis de todo o mundo vêm aqui para fazer a peregrinação conhecida como o "Caminho de Assis". É uma viagem de cerca de 200 quilômetros que traça as etapas mais significativas da vida e obra do Santo e passa por paisagens de extraordinária beleza.
Uma vez em Assis, uma cidade de fácil acesso por transportes públicos ou veículos privados, a atmosfera da "pátria espiritual da Itália" será capaz de despertar emoções fortes. A visita aos locais de São Francisco, pode começar com a Rocca Maggiore: situado no ponto mais alto da vila, é o lugar ideal para admirar o encanto da paisagem circundante e da estrutura medieval, perfeitamente preservado Assis. Continue com o Anfiteatro Romano e a Catedral: é aqui que São Francisco e Santa Clara foram batizados.
É, portanto, a vez da Basílica. Dividida em duas seções, possui afrescos dos pais da arte italiana: Giotto e Cimabue. A basílica superior hospeda reuniões assistidas por representantes de todas as confissões religiosas; na basílica inferior você visitará a cripta com as relíquias de São Francisco. “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz”.
O Evangelho deste primeiro domingo da Quaresma nos recordou as tentações que Jesus enfrentou no deserto. O evangelista Lucas diz: "Jesus, cheio do Espírito Santo, partiu do Jordão e foi guiado pelo Espírito ao deserto" (Lc 4,-13).
Por que o deserto? O deserto indica silêncio, um lugar de solidão, onde se pode encontrar-se sozinho diante de Deus.
No deserto com Jesus
Hoje o mundo tem medo do deserto, do silêncio! Vivemos em uma sociedade onde há tanto barulho, onde falamos de tantas coisas inúteis e pouco sobre Deus!
Este foi o primeiro domingo dos seis planejados. É a primeira etapa de uma viagem no deserto, que dura 40 dias, junto com Jesus, para nos prepararmos para celebrar a Páscoa anual. Afinal, o significado da Quaresma, como nos lembrou a cerimônia das cinzas, é um convite à conversão, para nos renovarmos profundamente no espírito.
A palavra conversão em latim significa: "vire-se, refaça seus passos"; em grego: "mudança, transformação". Conversão, portanto, para nós, significa que devemos voltar nosso olhar para o Senhor, pois nossa peregrinação terrena é um tempo de luta espiritual, isto é, de autenticidade para conosco e para com Deus.
No deserto durante vários dias, Jesus foi tentado pelo Diabo, mas com o poder divino que estava nele, resistiu e humanamente não se corrompeu com as propostas absurdas que vieram do tentador.
Jesus nos dá um grande exemplo de como viver a Quaresma e como resistir às várias tentações, das quais três são bem descritas na passagem do Evangelho. Na verdade, Jesus é o exemplo de como lutar contra as tentações fundamentais de todo ser humano: o apego aos bens terrenos, dinheiro, orgulho, desejo de poder e sede de tudo o que é gerir indevidamente sua liberdade. Portanto, ao se retirar para o deserto para orar, fazer penitência e preparar-se para a missão, Jesus nos mostra que é possível superar todas as tentações.
É significativo, a este respeito, o que lemos na passagem da Carta aos Romanos, segunda leitura de hoje, na qual o apóstolo Paulo nos faz refletir sobre a centralidade da palavra na vida de todo cristão. A Quaresma é acima de tudo essa necessidade de confrontar a Palavra de Deus, com um Deus que nos fala continuamente através de vários caminhos.
A Palavra de Deus é a arma vencedora de Jesus. Ele apela ao seu poder que age; à sua eficácia que desarma o Diabo, e ao seu poder que gera e transforma. Jesus conhece bem a Palavra, porque Ele é a Palavra; mas ao mesmo tempo é a Palavra que revela sua vocação e missão.
A SacraTour deseja a todos uma abençoada caminhada quaresmal.
Vamos conhecer a história de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Muita emoção e fé!
Os acontecimentos foram registrados primeiramente pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757. Tais registros foram feitos nos livros da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, à qual pertencia a região onde a imagem foi encontrada. A imagem apareceu em outubro de 1717. E os fatos aconteceram assim: O Conde de Assumar, passava por Guaratinguetá, SP, quando viajava para Vila Rica, em Minas Gerais.
Para recebê-lo, a população organizou uma festa, cabendo aos pescadores a difícil missão de conseguirem muitos peixes para a comitiva do governador, mesmo não sendo tempo de pesca. Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, sentindo o peso de sua responsabilidade, se dirigiram ao rio Paraíba e fizeram uma oração pedindo a ajuda da Mãe de Deus.
Depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Na imagem faltava a cabeça. Tomado pela emoção, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre.
Logo em seguida, apanharam uma grande quantidade de peixes a ponto de temer que a canoa viesse a virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.
A devoção
Por 15 anos, a imagem ficou na casa de Filipe Pedroso. Os amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as luzes se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem. Construíram um pequeno oratório em Itaguaçu, que em pouco tempo já não comportava o grande número de fieis que para lá acorria.
Primeira Capela
A quantidade de pessoas e romeiros que visitavam a imagem aumentava a cada dia, por isso, o vigário da cidade de Guaratinguetá resolveu construir uma capela no morro dos Coqueiros, cujas obras foram concluídas em julho de 1745. O filho de Filipe Pedroso ajudou a construir essa capela.
No dia 20 de abril de 1822, o imperador Dom Pedro I, juntamente com uma grande comitiva, fizeram uma visita à capela para homenagear a imagem milagrosa da Senhora de Aparecida, como também é conhecida. Com o aumento considerável do número de romeiros, em 1834, deram início às obras da igreja que é conhecida hoje como Basílica Velha. Ela era bem maior que a capela e foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888.
O Manto e a Coroa de Nossa Senhora Aparecida
Em sua segunda visita à basílica, feita no dia 6 de novembro de 1888, a Princesa Isabel ofereceu à santa uma bela coroa feita de ouro, enfeitada com rubis e diamantes. Era o cumprimento da promessa feita 20 anos antes, na primeira visita feita à imagem. A imagem foi solenemente coroada – com a coroa que a Princesa Isabel doou – em 8 de setembro de 1904. A imagem passou a ser apresentada, então, com o manto azul anil, bordado com ouro e pedras preciosas.
A celebração foi presidida por Dom José Camargo Barros. Estavam presentes o Núncio Ap
ostólico, vários bispos, o senhor Rodrigues Alves, então Presidente da República, e grande multidão. Após este fato, o Santo Padre concedeu ao Santuário de Aparecida outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida e indulgências para os romeiros em peregrinação ao Santuário.
Nossa Senhora Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil
Com decreto do Papa Pio XI, em 16 de julho de 1930, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, recebeu o título de Rainha e Padroeira do Brasil no dia. A Lei Federal nº 6.802 (30/06/1980) decretou oficialmente o dia 12 de outubro como feriado nacional, dia de devoção à santa. Esta Lei Federal também reconheceu Maria como sendo a protetora do Brasil.
Rosa de Ouro
Na festa de 250 anos da devoção, em 1967, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a Rosa de Ouro, gesto repetido pelo Papa Bento XVI, que ofereceu outra Rosa, em 2007, por ocasião de sua Viagem Apostólica ao Brasil, reconhecendo a importância da devoção a Nossa Senhora Aparecida e do Santuário de Aparecida para o povo brasileiro.
Nova Basílica
O fenômeno de Aparecida é impressionante. Para acolher o numeroso fluxo de romeiros vindos de todo o país, uma nova basílica, bem maior, começou a ser construída em 1955. Por isso, Benedito Calixto, o arquiteto responsável pela obra, idealizou um edifício no formato da cruz grega.
A igreja tem 168m de largura por 173m de comprimento. Suas naves chegam a 40m de altura e a cúpula central alcança 70m de pé direito. É uma obra impressionante. No dia 4 de julho de 1980, numa celebração eucarística solenemente conduzida pelo Papa João Paulo II, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi finalmente consagrada. O santuário de Aparecida é a maior basílica do mundo dedicada à Maria Mãe de Deus.
300 anos de bênçãos da Mãe Aparecida
Como preparação do povo brasileiro para as comemorações do tricentenário, desde agosto de 2014 a imagem jubilar de Nossa Senhora Aparecida peregrinou pelos 26 estados brasileiros e pelo Distrito Federal. Na ocasião, foi recolhida uma porção de terra de cada capital para compor a coroa jubilar. A coleta, era realizada durante a celebração de encerramento da visita da Imagem no Estado.
O ano jubilar teve início no dia 12 de outubro de 2016 com uma programação intensa de devoção e obras de fé. Durante todo o ano de 2017 o Santuário Nacional se preparou para celebrar em outubro, o Jubileu dos 300 anos de Aparecida. A cada mês no dia 12, os devotos se reuniam em torno do Altar Central para acompanhar a Cerimônia de Coroação de Nossa Senhora Aparecida, um momento para homenagear e agradecer as graças e bênçãos recebidas de Deus, por intercessão da Mãe Aparecida.
“Ó, incomparável Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades”. Amém!
"Eu te bendigo, Pai, (...) porque escondeste estas coisas dos sábios e dos inteligentes e as revelaste aos pequeninos" (Mt 11,25).
Conheça a história dos Pastorinhos de Fátima:
Francisco dos Santos Marto nasceu em 11 de junho de 1908 em Aljustrel, um lugar na serra, freguesia de Fátima, região de Ourém, distrito de Santarém. No dia 20 do mesmo mês, ele foi batizado. Os pais, Manuel Pedro Marto e Olimpia de Jesus, eram camponeses. Olimpia, ao ficar viúva, casou-se com Manuel Marto e teve cinco filhos: Francisco, o penúltimo e Jacinta, a última. Com os dois filhos do primeiro matrimônio, Olimpia teve nove. Francisco e Jacinta eram primos de Lúcia porque sua mãe Olimpia era irmã do pai de Lúcia, Antônio dos Santos. Francisco tinha dois anos quando, em 5 de outubro de 1910, Portugal se tornou uma república.
Francisco, o contemplativo
Em 1916, aos sete anos de idade, começou a levar o rebanho para o pasto, junto com sua prima Lúcia. A pequena Jacinta se juntou a eles. A poucos passos das casas baixas ou mais adiante, para Valinhos, ou Loca do Cabeco e para a Cova da Iria, de propriedade da família de Lucia, onde havia grama abundante para o rebanho próximo ao trigo.
Em 1916, a guerra grassava na Europa e os jovens da serra também haviam sido chamados às armas. Três vezes o Anjo da Paz, o Anjo de Portugal, visitou os três pastores. Na primavera o Anjo parecia um jovem de 14 ou 15 anos. Ele ensinou-lhes a oração de adoração: “Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”.
Francisco tinha quase oito anos de idade. Enquanto Lucia viu, ouviu e falou, e Jacinta viu e ouviu, Francisco apenas viu. Mas é precisamente essa circunstância, um pouco humilhante especialmente para a irmã mais nova, que destaca a grandeza da virtude de Francisco. No verão, o Anjo de Portugal apareceu no poço da casa de Lucia e disse aos pastorinhos que orassem muito e oferecessem sacrifícios. Essa ansiedade de reparação que é enxertada em uma natureza tão bem disposta à compaixão e sacrifício, se tornará a alma da vida espiritual de Francisco, um dos videntes de Nossa Senhora de Fátima.
Acometido pela febre espanhola que se alastrou por Portugal em 1918, depois de um longo tempo no hospital, teve o seu rosto iluminado por um sorriso maravilhoso e, sem sofrer, o pastorinho de Aljustrel passou a contemplar no Céu aquele "Jesus escondido" que tanto amara na terra. Era 4 de abril de 1919. Foi sepultado no cemitério paroquial, onde permaneceu até 13 de março de 1952, quando foi trasladado para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima.
Jacinta, a flor do perfume da compaixão
Jacinta, irmã mais nova de Francisco, nasceu em 11 de março de 1910, sendo batizada no dia 19. Era a época do confronto entre a nova república e a Igreja. O anticlericalismo, que felizmente não tocou o ambiente da serra, prevaleceu. O pai, Manuel Pedro Marto, esteve em Moçambique durante as lutas coloniais. Ele era um homem de profunda fé, de devoções sentidas, que transmitiu a seus muitos filhos. Ele era um cristão, que com o povo de Aljustrel aos domingos frequentava a igreja de Fátima e participava de feriados religiosos.
Jacinta era uma criança como todas as outras. Brincava, queria sempre ganhar, também gostava de tomar os cordeirinhos, que colocava de bom grado ao redor do pescoço imitando a imagem do Bom Pastor que havia sido mostrado a ela. Em 1916, com Lucia e Francisco, recebeu a visita do Anjo da Paz de Portugal. Ela tinha apenas seis anos quando, imitando o Anjo, aprendeu a se curvar à terra em adoração. Ela experimentou as aparições impressionadas pelo rosto gentil de Nossa Senhora, pela insistência de orar pelos pecadores, do chamado à penitencia. Jacinta viu que não era preciso ganhar sempre, que tinha quem sofria profundamente e que ela podia colocar a sua vida em oração por essas pessoas.
Durante a doença de Francisco, Jacinta foi atingida pela febre espanhola, mas não fez pesar sua enfermidade a seus entes queridos, em vez disso tentou fazer convergir todas as atenções para seu irmão mais novo.
Um pouco menos de um ano após o falecimento de Francisco, no dia 20 de fevereiro de 1920, conforme a predição recebida de Nossa Senhora sobre os seus últimos dias, Jacinta partiu desta terra rumo ao céu, com apenas 7 anos de idade. Atualmente está sepultada na Basílica de Fátima e seu corpo encontra-se incorrupto.
Lucia, uma vida traçada por Nossa Senhora
A família era simples, profundamente enraizada nos valores cristãos, rica em humanidade e aberta às necessidades dos outros. Maria Rosa era a catequista da paróquia. Ele sabia ler, como poucas mulheres na época, e, apaixonada pela Bíblia, relatava os episódios para os filhos. Lúcia recebeu sua primeira comunhão em 30 de maio de 1913, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na igreja paroquial de Fátima. Aos sete anos e meio ela começou a trazer o rebanho da casa para o pasto. Mais tarde, juntaram-se os primos Francisco e Jacinta, com quem havia uma profunda harmonia, apesar de terem personalidades diferentes.
Em 1916 ela recebeu a visita do Anjo da Paz de Portugal com quem ela só podia falar. Em 1917, vieram as aparições de Nossa Senhora. Aos 16 anos foi admitida nas Filhas de Maria e decidiu consagrar-se a Deus com o voto de castidade perpétua. No Asilo de Vilar, ela passou quatro anos, o que marcou sua vida, sobretudo porque teve que viver no anonimato e sem poder continuar seus estudos.
No verão de 1925, ela sentiu um forte desejo de ser religiosa e falou com sua mãe. Passaram momentos felizes juntas, recordando fatos e episódios da casa, de aldeia em aldeia, cantando as melodias da serra. Também recebeu confirmação naquele ano. O desejo de se tornar uma carmelita estava sempre vivo nela, mas somente depois de viver anos no convento das Irmãs de Santa Dorotéia, finalmente, em 25 de março de 1948, na solenidade da Anunciação, ela pôde entrar no Carmelo de Coimbra e no dia 13 de maio recebeu o vestido carmelita.
Em 31 de maio de 1949, fez votos solenes de pobreza, castidade e obediência. E nesta data, a ela foi atribuída uma cela, onde viveu por 57 anos, até sua morte em 13 de fevereiro de 2005. Ela era simples, generosa e sorridente. Trabalhou em conjunto, com grande liberdade de espírito; cuidou do jardim e respondeu a todos aqueles que lhe escreveram de todo o mundo. Fala-se de dez mil cartas. Acredita-se que ela tenha recebido outras visitas do céu. Infelizmente, ela não deixou nenhum registro escrito.
Ela se encontrou em Fátima com Paulo VI em 13 de maio de 1967. Na Cova da Iria a multidão era imensa. Albino Luciani, futuro João Paulo I, conheceu-a no dia 11 de julho de 1977 no Carmelo de Coimbra. João Paulo II conheceu-a em Fátima em 1982, 1991 e 2000, por ocasião da beatificação de Francisco e Jacinta. Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação da Fé, futuro Papa Bento XVI, visitou-a no Carmelo de Coimbra em outubro de 1996.
O corpo da Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Imaculado Coração, foi sepultado no claustro do Carmelo de Coimbra. Em 19 de Fevereiro de 2006, um ano após sua morte, seu corpo foi colocado na capela à esquerda, olhando para o altar de Nossa Senhora da Basílica do Rosário, ao lado de sua prima Jacinta.
Canonização de Francisco e Jacinta
Eles são as primeiras crianças não martirizadas a serem proclamadas santas. Os primeiros em dois milênios da história da Igreja. 13 de maio de 2017 foi a data escolhida para a canonização dos dois pastorinhos de Fátima: Francisco e Jacinta Marto. Neste mesmo dia no ano 2000, João Paulo II celebrava sua beatificação. O Papa Francisco, durante a sua visita a Portugal, por ocasião do centenário das aparições marianas, elevou-os à gloria do altar durante a celebração eucarística realizada na praça em frente ao Santuário de Fátima.
O dia escolhido para a celebração da festa dos santos irmãos foi o dia do falecimento de Santa Jacinta, 20 de fevereiro. Aqui no Brasil a data passou a ser feriado municipal na cidade Campo Mourão, no Paraná, cidade onde nasceu Lucas, a criança que o Vaticano aceitou o milagre por intercessão dos pastorinhos para elevá-los ao altar como santos.
A iconografia escolhida para simbolizar os santos é muito rica. Na aureola de Santa Jacinta tem 3 elementos significativos da sua vida de oração. Jacinta que ofereceu a sua vida pelo santo padre, pelos pobres pecadores, pelos que mais precisam, era toda coração. Uma vida entregue ao Senhor. O primeiro elemento, à esquerda, simboliza o santo padre, o Papa, a quem ela tanto pedia orações. No centro, acima de sua cabeça, tem o coração de Nossa Senhora cercado de espinhos. E, por fim, tem uma representação da Virgem de Fátima, para fazer alusão às aparições de Nossa Senhora.
Já Francisco era um eterno adorador de Jesus na Eucaristia. Ele ia à sua Igreja Paroquial para fazer seu momento de adoração a “Jesus Escondido”, o Cristo que estava colocado no Sacrário. Ali ele encontrava o rosto de seu Amigo. Por isso, na auréola de São Francisco temos primeiro a representação do Anjo de Portugal, o anjo da loca do cabeço que lhe deu a Eucaristia.
Acima, no meio da sua auréola, temos a Sarça Ardente, episódio do antigo testamento em que Moisés é convidado a tirar as sandálias dos pés, pois está em um lugar santo, ou seja, um momento do antigo testamento de verdadeira adoração. E, por fim, o Cálice e a Óstia, simbolizando literalmente Corpo e Sangue de Cristo.
Diante de crianças tão comuns e que encontraram em Nossa Senhora o caminho ao Senhor, podemos entender as palavras do Papa Francisco que pelos pastorinhos “encontramos novamente o rosto jovem e belo da Igreja”.
Desde os primórdios do cristianismo as aparições marianas provocam reservas e perplexidades, bem como curiosidade e adesão fervorosa. Cabe ao magistério dos pastores da Igreja investigar, discernir e autenticar a veracidade desses fenômenos.
Aparições e Revelações
Até a Idade Média as revelações privadas, as aparições marianas e outros fenômenos correspondentes, estavam sujeitos, por um lado, às regras de discernimento estabelecidas pelos teólogos, e, por outro - quando se tratava de fatos públicos - à pesquisa, cujas modalidades eram refinadas a partir de dados empíricos.
A primeira investigação oficial deste tipo se concentra nas revelações de Santa Brígida († 1373): a notoriedade desfrutada por sua difusão no cristianismo, a influência que exercem sobre o povo de Deus, confere-lhes caráter público. Por esta razão, o Concílio de Basiléia (1431-1448) decidiu examiná-los. Vários teólogos se mobilizaram, argumentando a favor ou contra, elaborando assim as primeiras exposições sistemáticas sobre como verificar e analisar os fatos relacionados às aparições.
Após a celebração do Concílio Vaticano II (1962-1965) e antes da promulgação, em 1983, do Código de Direito Canônico (CIC) por João Paulo II, a Congregação para a Doutrina da Fé, após quatro anos de estudo, a partir de novembro de 1974, ainda vivendo Paulo VI, escreveu, em 25 de fevereiro de 1978, um documento provisório e sub-secreto para ser usado pelas autoridades eclesiásticas competentes, intitulado: Normae S. Congregationis pro Doctrina Fidei de modo procedendi in diudicandis praesumptis apparitionibus ac revelationibus (Normas da S. Congregação para a Doutrina da Fé sobre Normas para proceder sobre o discernimento de possíveis aparições e revelações).
Estas Normas da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé foram tornadas públicas pela mesma Congregação em 2012, versando sobre o procedimento de verificação das aparições, como elencamos a seguir:
informações precisas dos fatos através da observação e coleta de testemunhos dignos de fé;
um exame sério da mensagem subjacente ao evento sobrenatural, que não devia estar em contraste com a fé cristã;
um diagnóstico médico-psicológico rigoroso para averiguar a saúde e normalidade do visionário, também para descartar a possibilidade de fenômenos alucinatórios;
conhecer o grau de instrução do vidente, seu conhecimento da doutrina, sua vida espiritual e sacramental, seu grau de comunhão eclesial;
verificação sobre a realidade dos frutos espirituais, como o retorno à fé do distante, a moralidade e a eclesialidade da existência, a cooperação na evangelização do mundo, das culturas e costumes;
determinar possíveis curas milagrosas, que são recebidas devido à aparência reivindicada, curas que devem ser imediatas e estáveis e que são inexplicáveis do ponto de vista da ciência e da medicina;
realização de um rigoroso julgamento necessário da igreja, que tem o grave dever pastoral de averiguar, autenticar e promulgar a autenticidade ou a não autenticidade dos fatos alegados.
O processo e as competências específicas daqueles que são gradualmente chamados a dar um juízo de autenticidade ou não aos fatos "sobrenaturais", são, portanto, bastante claros. E, de acordo com a experiência eclesiástica bem estabelecida e os ditames jurídico-pastorais emitidos pelo Código de Direito Canônico de 1978, são eles:
o bispo diocesano em primeira instância;
a Conferência Episcopal Nacional;
a Congregação para a Doutrina da Fé, em nome da Sé Apostólica.
Os critérios
O bispo diocesano, a Conferência Episcopal, a Congregação para a Doutrina da Fé, no processo de discernimento e verificação dos fatos alegados "além da natureza", procedem, portanto, com um triplo critério com julgamento relativo que resumimos:
1) o critério positivo, segundo o qual "transcendência é estabelecida", o que significa que o fenômeno em questão não pode ser explicado pelo recurso às ferramentas cognitivas de que dispomos (os instrumentos das ciências físicas e das ciências humanas) e ao mesmo tempo traz em si aquelas características que os crentes reconhecem como "impressões" e “sinais” do Deus de Jesus Cristo, constituindo assim uma manifestação inesperada, mas credível;
2) o critério negativo, segundo o qual "a não-transcendência" dos fatos alegados é estabelecida; o que significa que eles podem ser totalmente explicados recorrendo aos instrumentos cognitivos das ciências físicas e das ciências humanas e que a tentativa de fazê-los passar como uma manifestação sobrenatural e transcendente de Deus é equivalente a uma mentira explícita;
3) o critério de esperar e ver de acordo com o qual a "transcendência não é estabelecida"; o que significa que o fenômeno examinado ainda não destaca clara e indubitavelmente uma origem que vai "além" do que podemos explicar com as ferramentas cognitivas em nosso poder, ao mesmo tempo em que traz em si valores inspirados pela genuína mensagem evangélica . Este é um critério não expressamente contemplado no Código, mas considerado válido para muitos teólogos.
Memória, companhia e profecia
Com relação ao passado, as comissões eclesiásticas submetem os "videntes" a escrupulosos exames espirituais, tentando estabelecer "a verdade" de fenômenos extraordinários. Para este fim, eles são questionados e descrevem os eventos milagrosos; então os membros das comissões ouvem as testemunhas e, finalmente, procuram confirmações dos fenômenos, se o evento prolongado ainda permanece em um "campo de incerteza" (inaudível, inatingível, etc.), pede-se um relatório escrito por um especialista no assunto.
Contudo, não se pode deixar de acrescentar que as aparições marianas (ou mariofanias) são um fato inegável na história do povo crente, particularmente em algumas viradas decisivas de seu caminho não fácil para Deus. Elas expressam uma memória, manifestam uma companhia, anunciam uma profecia.
Memória, companhia e profecia, que são também características de autênticas mariofanias, nada acrescentam ao rigoroso e essencial depositum fidei, mas são como um olhar-se no “espelho” do Espírito, no qual o povo de Deus, na diversidade de seus carismas e ministérios pode redescobrir a graça e a substância da sua vocação em Cristo como sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano na martyria, na leiturghia, na caridade, num preciso e determinado tempo humano e histórico.
Fontes: Catechismo della chiesa cattolica, LEV, Città del Vaticano, 1997 (CCC), 85-87. / Congregazione per la dottrina della fede. Norme per procedere nel discernimento di presunte apparizioni e rivelazioni, LEV, Città del Vaticano, 2012. / K. Rahner, Visioni e profezie. Mistica ed esperienza della trascendenza, Vita e Pensiero, Milano 1995 (or. ted. 1952); R. Laurentin, Introduzione, in R. Laurentin – P. Sbalchiero (ed.), Dizionario delle «apparizioni» della Vergine Maria, Edizioni ART, Roma 2010, 19-55.
Pense em um lugar que inspira calma. Acrescente ao seu pensamento muitas árvores e flores das mais variadas cores enfeitando os caminhos. Esse lugar é Lisieux! Essa pequena cidade da região da Normandia, na França, tem um nome que parece difícil de ser falado, mas em verdade, assim como o local, quando conhecemos vemos que é de extrema simplicidade e paz.
Toda a beleza e charme da pequena cidade, que tem uma arquitetura de encher os olhos não são o que mais atrai os turistas. Lisieux ficou muito famosa por conta de sua mais ilustre moradora: Santa Teresinha do Menino Jesus. Vamos saber um pouco mais sobre a vida desta santa célebre no mundo todo?!
Santa Teresinha do Menino Jesus
Santa Teresinha nasceu em 02 de janeiro de 1873 na cidade de Aleçon, na França. Sua família era bastante temente a Deus. Seu pai Luís Martim era joalheiro e já tinha querido ser monge, sua mãe, Zélie Guérin, era uma famosa bordadeira. O casal teve oito filhos, quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa; Maria, Paulina, Leônia e Celina. Graças aos seus pais, ela pode experimentar o amor de Deus em sua vida desde muito pequena.
A mãe de Teresinha faleceu quando ela tinha apenas quatro anos. Esse acontecimento foi, obviamente, muito marcante para a menina que passou a ficar muito mais próxima de sua irmã mais velha, Paulina.
A família de Teresinha tinha grande vocação para a vida religiosa e Paulina, seguindo a própria vocação, entrou para o Carmelo. A separação das irmãs fez muito mal a Teresinha que ficou muito doente por se ver longe de sua grande companheira.
Nossa Senhora do Sorriso
Uma forte depressão abateu Teresinha. Ela ficou de cama por um tempo e nenhum médico conseguia curá-la e nem ao menos saber o que ela tinha. Toda sua família era muito devota a Deus e se uniam em oração. Seu pai colocou uma imagem de Nossa Senhora das Vitórias ao lado da cama de Teresinha. Mais tarde, em sua autobiografia, Teresinha vai contar como foi curada:
“No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei meu olhar para a imagem de Maria, e de repente a imagem pareceu-me bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de pura alegria. Pensei: “A Santíssima Virgem sorriu para mim!" Foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu.”
O chamado
A partirdesse dia, com apenas 14 anos, Teresinha decidiu entrar para o Carmelo. Sua primeira tentativa não teve sucesso por conta das regras da Igreja, mas ela não desistiu. Seu chamado era tão intenso que em uma viagem feita à Itália, Teresinha foi corajosa e pediu a autorização ao Papa Leão Xlll e este concedeu.
Em abril de 1888, com o nome de Teresa do Menino Jesus, ela realizou seu grande objetivo de vida e entra para o Carmelo. Foi a partir daí que pode se desenvolver sua vocação religiosa, sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus. Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, ela oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja.
Vocação para amar
Santa Teresinha amava a Deus de forma muito simples e verdadeira, e por isso fazia com que tudo no seu dia a dia se transformasse em amor, revelando ao mundo que a perfeição e a santidade podem estar nas pequenas coisas, nos pequenos gestos e obrigações cotidianas que fazemos com amor.
Teresinha nos deixou um legado com seus ensinamentos. Ela busca seguir sua vida numa a simplicidade profunda. Por um caminho de santidade baseado nas pequenas coisas, nos pequenos atos do cotidiano que, quando feitos com amor, produzem frutos de santidade. Ela dizia que não tinha forças para fazer grandes obras heroicas como dos santos famosos da Igreja, mas conseguiria fazer pequenas coisas.
Padroeira das Missões
Nos pequenos gestos e nas pequenas coisas estavam o segredo de sua santidade. Este amor que Teresa nutria por Deus também se materializava no amor ao próximo. Tanto que o mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária. E foi assim que ela se tornou a padroeira das missões sem nunca ter saído do Carmelo, pois para ela ser missionário não é uma questão de geografia, mas, sim uma questão de amor.
Uma chuva de rosas
Um fato curioso, é que Santa Teresinha ficava imensamente feliz quando jogava pétalas de rosas ao ver passar o Santíssimo Sacramento no ostensório, e também gostava de jogar flores no grande crucifixo que ficava no jardim do Carmelo. Por isso, antes de morrer, ela disse: “Vou fazer chover sobre o mundo uma chuva de rosas”, demonstrando que iria interceder a Deus, sempre por todos os povos. Por isso, na Novena de Santa Teresinha o fiel espera receber uma rosa como sinal de que seu pedido será atendido.
Santa Teresinha do Menino Jesus faleceu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos após sofrer por quase três anos de tuberculose, que naquela época não tinha cura. Em seu leito de morte sua última frase foi: “Não me arrependo de haver-me entregue ao amor. E com o olhar fixo no crucifixo exclamou: Meu Deus, eu te amo. ”
Logo após a sua morte, muitos foram os milagres atribuídos à Santa Teresinha. E em 1925, o Papa Pio XI canonizou Santa Teresinha do Menino Jesus, declarando-a, posteriormente, padroeira das missões. Em 1997, João Paulo II proclamou Santa Teresinha do Menino Jesus doutora da Igreja.
Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração, e o de todos nós, foi feito para amar.
Um tesouro em forma de palavras
Santa Terezinha do Menino Jesus nos ensina que o amor está nos gestos simples. O amor puro e verdadeiro era um lema para a vida desta Santa. Ela é o verdadeiro tesouro da pequena cidade de Lisieux, que se divide em antes e depois de sua chegada.
Santa Teresinha faz florescer a esperança no coração de todos aqueles que a buscam. Todos os seus diários e ensinamento formam um legado de busca constante a Deus. Ela nos deixa a lembrança do poder da oração “A oração é um impulso do coração, um simples olhar para o céu, um grito de amor e gratidão na provação e na alegria; é algo enorme e divino que dilata o nosso íntimo e une a Jesus. ”
Uma cidade que inspira
A cidade de Lisieux foi o local escolhido por sua família para servir de lar. Ainda hoje quando visitamos a casa onde Santa Teresinha morou, podemos ver e sentir o tamanho da devoção daquela família.
Foi nessa cidade que Santa Teresinha viveu e faleceu. E assim, ficou conhecida como a cidade de Santa Teresinha.
A belíssima Basílica de Santa Teresinha foi a maior igreja construída na França no século XX, sua construção começou em 1929 e terminou em 1954 e seus muros estão cobertos com mosaicos que trazem mensagens à Santa Tereza, baseadas no seu amor infinito a Deus.
Oração a Santa Tereza do Menino Jesus
Ó Santa Terezinha, branca e mimosa flor de Jesus e Maria, que embalsamais o Carmelo e o mundo inteiro com vosso suave perfume, chamai-nos e nós correremos convosco, ao encontro de Jesus, pelo caminho da renúncia, do abandono e do amor. Fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para nosso Pai do céu.
Não permitais que o ofendamos com o pecado. Socorrei-nos em todos os perigos e necessidades; socorrei-nos em todas as aflições e alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, especialmente a graça que estamos precisando agora, (fazer o pedido).
Lembrai-vos ó Santa Terezinha, que prometestes passar vosso céu fazendo o bem a terra, sem descanso, até ver completo o número de eleitos. Cumpri em nós vossa promessa: sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no céu, ao vosso lado, contando as ternuras do amor misericordioso do Coração de Jesus. Amém.
Medjugorje que significa "no meio dos montes", está localizada na Herzegovina, uma província croata da Bósnia e Herzegovina, uma das repúblicas que formaram a antiga Iugoslávia.
A população da Herzegovina é de etnia croata e professa a religião católica, que preservou por quase quatrocentos anos de dominação turca, que durou de 1400 até a segunda metade do século XIX.
Esta perseverança foi possível sobretudo graças aos franciscanos que evangelizaram essas terras e depois mantiveram viva a fé, ao preço das vidas de muitos frades, durante o governo dos turcos. Ainda hoje a maioria das paróquias são confiadas aos franciscanos.
O início das aparições
Em 24 de junho de 1981, no final da tarde, duas meninas primeiro, e depois quatro outros pares, do lado de fora da cidade de Bijakovici, uma das aldeias que compõem a aldeia de Medjugorje e que fica nas encostas da colina chamada Podbrdo, viram a figura luz de uma jovem mulher, com um manto cinza e um véu branco, que tinha um filho recém-nascido nos braços, mas permaneceu em silêncio.
Eles foram tomados por grande medo, tanto que no início eles fugiram.
Na ocasião da segunda aparição, em 25 de junho, houve o primeiro contato verbal entre a aparição e o grupo dos seis videntes: Vicka Ivankovic (16), Mirjana Dragicevic (16), Marija Pavlovic (16), Ivanka Ivankovic (15) , Ivan Dragicevic (16) e Jokov Colo (10).
As notícias das aparições se espalharam com rapidez de relâmpago, causaram a chegada de grandes multidões, lembrando também a atenção tanto das autoridades eclesiásticas locais quanto do governo comunista da época, que cercou a colina impedindo que alguém a acessasse.
A partir daquele momento, os videntes continuaram a vê-la em lugares diferentes, sempre por causa do impedimento da polícia, tanto juntos quanto separadamente, mas sempre ao mesmo tempo.
Os lugares eram de tempos em tempos e por um certo período suas casas, uma pequena sala ao lado do altar da igreja, a casa canônica, etc.
Já nos primeiros dias das aparições, Nossa Senhora se apresentou como a Santíssima Virgem Maria e como a Rainha da Paz.
Ela também deu aos videntes essa mensagem fundamental: "Eu vim para dizer ao mundo que Deus existe e que em Deus existe vida. Aqueles que encontrarem Deus encontrarão paz e vida".
O objetivo dessas mensagens é pedir insistentemente à toda a humanidade, isto é, a todos nós, a urgência de retornar ao Evangelho como critério de vida, se quisermos evitar que o mundo caia em catástrofe.
Os segredos
Nossa Senhora também comunicou aos videntes o que é comumente chamado de "segredos" que são eventos, em sua maioria sérios, que ocorrerão na medida em que a humanidade não queira se converter
Mas nós podemos, se não cancelar, pelo menos mitigá-los com oração e jejum.
Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com os segredos de Fátima, cada segredo de Medjugorje será comunicado ao mundo três dias antes de ocorrer, como prova da veracidade do aviso, mas, nesse momento, será tarde demais para mudar seu curso.
Três desses videntes: Vicka, Marija e Ivan ainda hoje, obviamente separadamente, a Rainha da Paz aparece-lhes diariamente ao mesmo tempo, onde quer que estejam.
Para os outros três, as aparições diárias terminaram, mas todos ainda têm pelo menos uma por ano.
As mensagens
Para a vidente, Marija Pavlovic, A Rainha da Paz, de 1º de março de 1984 a 8 de janeiro de 1987, enviou uma mensagem toda quinta-feira.
A partir de 25 de janeiro de 1987, essas mensagens se tornaram mensais e ainda são dadas hoje no dia 25 de cada mês.
Inicialmente, essas mensagens foram dirigidas principalmente à paróquia de Medjugorje, mas depois foram e ainda são dirigidas ao mundo inteiro, trazendo grandes frutos espirituais.
As mensagens que vêm de Medjugorje são tão profundamente evangélicas que constituem um sinal da presença de Nossa Senhora, a Rainha da Paz!
Elas não dizem nada mais do que o Evangelho, nem poderiam fazê-lo, mas sublinham algumas passagens que talvez não tenhamos entendido e que certamente não colocamos em prática.
A espiritualidade
Medjugorje é acima de tudo um movimento de peregrinos. Até agora, milhões de pessoas de todo o mundo já foram a este local de peregrinação.
Outra característica de Medjugorje é que é um movimento da paz, que produz seus efeitos de dentro para fora.
Neste lugar, o dom da paz é sentido nos corações e a pessoa está disposta a transferir essa paz para os outros, no ambiente de vida: no casal e na família, para os vizinhos e para a comunidade, no ambiente de trabalho e na política.
Desta forma, além de sua própria experiência de conciliação e paz, o nome com o qual Nossa Senhora se apresentou aos videntes é justificado: “eu sou a Rainha da Paz”.
Em terceiro lugar, Medjugorje também pode ser definido como um movimento de renovação, que efetivamente renova a vida religiosa do indivíduo, de grupos e comunidades.
Um grande número de pessoas viveu profundas experiências religiosas em Medjugorje: curas físicas e espirituais, conversões, renovação da oração e da fé, impulsos para um jejum saudável, libertação das dependências.
O resultado mais notável desta renovação são os grupos de oração fundados pelos peregrinos após o retorno de Medjugorje em suas respectivas comunidades paroquiais.
Esses grupos se reúnem regularmente, geralmente todas as semanas para orar e adorar, para recitar o rosário e o louvor, para ler as Sagradas Escrituras e trocar idéias sobre o Evangelho e a vida cristã.
Finalmente, Medjugorje é também um movimento de ajuda humanitária.
Isso ficou particularmente evidente quando a guerra nos Bálcãs começou e se espalhou para a Bósnia e Herzegovina.
Milhões de peregrinos, que receberam dons espirituais em Medjugorje, deram sua ajuda material: comida, roupas, remédios e outros itens de ajuda, dinheiro e paternidade para crianças que se tornaram órfãs e para as vítimas da guerra.
O Vaticano e as peregrinações
Uma nova virada radical no mundo da Igreja assinada pelo Papa Francisco, no dia 12 de maio de 2019, autorizou peregrinações a Medjugorje, um destino ainda não oficialmente reconhecido pelo Vaticano como um local de culto em que os milagres ainda não são autenticados.
De acordo com o Papa Francisco, os fiéis poderão agora reassumir suas peregrinações a Medjugorje (na Bósnia), embora a Igreja ainda careça de um milagre autenticado.
O porta-voz do Papa destacou que tudo deve ser organizado "sempre tendo o cuidado de evitar que essas peregrinações sejam interpretadas como uma autenticação de eventos conhecidos, que ainda exigem um exame da Igreja”.
Portanto, deve-se evitar que tais peregrinações criem confusão ou ambigüidade sob o aspecto doutrinário. Isto também diz respeito aos sacerdotes que pretendem ir a Medjugorje e celebrar ou concelebrar a Eucaristia.
Gisotti também afirmou que "dado o fluxo considerável de pessoas que vão para Medjugorje e os abundantes frutos de graça que se seguiram, esta disposição é parte da atenção pastoral particular que o Santo Padre pretendia dar a essa realidade, visando favorecer e promovendo bons frutos
Deste modo, o visitante apostólico terá maior facilidade em estabelecer - de acordo com os ordinários dos lugares - relações com os sacerdotes encarregados de organizar peregrinações a Medjugorje, como pessoas seguras e bem preparadas, oferecendo-lhes informações e indicações para serem capazes de conduzir proveitosamente tais peregrinações”.
O Egito é famoso pelas suas paisagens deslumbrantes. Afinal, quem já não se encantou com as famosas pirâmides do Egito, mesmo sendo por fotos?!
Mas além de uma cultura riquíssima e encantos turísticos, o Egito tem grande importância religiosa. Achou estranho? Pois é sobre isso que vamos falar hoje. Venha testar seus conhecimentos sobre a Sagrada Família e os acontecimentos religiosos no país do faraós.
Por que Jesus teve que fugir para o Egito?
Para responder a essa questão, vamos entender o que diz a Bíblia. No evangelho de Mateus lemos que José foi avisado em sonho por um anjo do Senhor que deveria fugir para o Egito. Em primeiro lugar, essas linhas revelam uma ordem que obteve resposta imediata:
«Levante-se, leve a criança e a mãe consigo e fuja para o Egito e fique lá até eu avisar: Herodes quer encontrar o menino para o matar» (Mt 2,13).
Em seguida, a passagem continua:
"Ele levantou-se à noite, tomou o menino e sua mãe e refugiou-se no Egito, onde permaneceu até a morte de Herodes, de modo que o que foi dito pelo Senhor foi feito através do profeta: "Do Egito, eu chamei meu filho” (Mt 2,15).
A fuga para o Egito
A partir de então, esse é o episódio da chamada "Fuga para o Egito". Isso quer dizer, uma partida de Nazaré que durou até a morte de Herodes. Essa partida também foi comunicada em um sonhosubsequente por um anjo: naquele momento Jesus, José e Maria, retornavam a Galileia
"porque o que foi dito [de Jesus] foi cumprido pelos profetas: "será chamado Nazareno" (Mt 2,23).
Então, a Sagrada Família - como muitas pessoas de nossos dias ou séculos passados - experimentou a experiência da imigração para um país estrangeiro.
A Sagrada Família em fuga
A página do Evangelho de Mateus que descreve a fuga para o Egito da família de Jesus, tentada à morte pelo rei Herodes, reflete um problema social que transcende a história cristã e que continua sendo uma fonte de inspiração para os refugiados de hoje que misturam medo e esperança devido à experiência do exílio.
O refúgio da Sagrada Família
A família de Nazaré forçada a migrar começa com o refúgio da Sagrada Família de Nazaré, fugindo para o Egito, é o arquétipo de toda família de refugiados. Jesus, Maria e José, no exílio no Egito tentaram escapar da fúria de um rei tirano.
A Sagrada Família é exemplo de proteção. Além de serem os protetores de todo migrante, estrangeiro e refugiado de qualquer espécie, que forçados pelo medo de perseguições ou necessidades, deixam sua terra natal, seus pais e parentes, seus amigos mais íntimos e procura um país estrangeiro.
Como foi a fuga da Sagrada Família?
A jornada da Sagrada Família começou em Belém e cruzou a parte norte do deserto do Sinai. Em seguida, entrou no Egito e chegou à cidade de Tal Basta, perto da cidade de El Zakazik.
Depois disso, a Família cruzou o Nilo (Ramo Rosetta) até o Delta do Oeste, depois seguiu para o sul, chegando a Wadi El Natrun, a área que mais tarde se tornou o paraíso dos monjes. Por fim, de lá, partiram para o sul até a cidade do Cairo.
O percurso feito pela Sagrada Família
Em primeiro lugar, a família atravessou o Nilo para o leste em direção a El Mataria, perto de Ain Shams, a cerca de 10 km da cidade do Cairo, onde descansou à sombra de uma árvore conhecida hoje como a "Árvore de Maria".
Em seguida, perto daquela árvore surgiu uma fonte de água e nesse ponto cresceu uma planta aromática com um bom cheiro, a planta do "Bálsamo" que é adicionada aos aromas e aromas com os quais o Santo Crisma é produzido.
A árvore de Maria
O lugar onde a Árvore de Maria está localizada era um dos destinos mais importantes dos viajantes da Idade Média e é até hoje visitado por turistas.
Continuando sua fuga, a Sagrada Família, portanto, partiu para o Sul, até chegar à área de El Maadi, perto de Menfis (capital do Antigo Egito), onde atualmente se encontra a Igreja da Santa Virgem. Acredita-se sua construção foi no século XIII.
Além disso, até hoje, há a escadaria de pedra usada pela Sagrada Família em sua descida até a margem do Nilo, que pode ser visitada por um lugar que se abre no pátio da igreja.
A Sagrada Família vai embora do Egito
Com a morte de Herodes, a Sagrada Família, retornou à Palestina. Ou seja, puderam concluir a jornada iniciada com a fuga que durou três anos. Além disso, todos esses anos de jornada envolveram idas e voltas. Isso quer dizer que durante estima-se que a Sagrada Família tenha percorrido a distância de mais de dois mil quilômetros.
Como conhecer o Egito?
Nos roteiros de peregrinação com a SacraTour, você tem a possibilidade de conhecer alguns dos caminhos trilhados pela Sagrada Família em sua fuga para o Egito. Por isso, venha peregrinar conosco e mergulhar nesse mistério de salvação que Deus nos revela passo a passo nas pegadas da Sagrada Família.
A belíssima cidade de Guimarães também é considerada berço da nacionalidade portuguesa. Nesta cidade, patrimônio cultural da humanidade da Unesco desde 2001, sucederam-se os acontecimentos mais marcantes da independência portuguesa (com relação ao reino de Castela e Leão, atual Espanha).
Guimarães situa-se na região do Baixo Minho, onde a natureza cobre os montes com extensos pinheirais e os vales com altos vinhedos, o que lhe confere característica única no conjunto do território português. A cidade, que remonta ao séc. XII, oferece ao visitante belíssimos exemplos de arquitetura medieval, bem como o magnífico centro histórico.
Desde 1987, Guimarães e Londrina são cidades coirmãs estabelecendo importantes intercâmbios culturais, de ensino e gestão, ou seja, convênios de amizade e cooperação entre os municípios. Para celebrar essas ligações culturais e históricas, na cidade de Guimarães foi construída uma praça, denominada “Praça Londrina”, como uma homenagem à cidade, e nas imediações do Lago Igapó, em Londrina, há uma praça que homenageia a cidade portuguesa de Guimarães.
Entrando na história
Passeando pelas pequenas ruas cercadas por casas dos anos de 1300, o peregrino é praticamente convidado a mergulhar na atmosfera desta cidade, que mais do que qualquer outra teve um papel fundamental na história de Portugal. Os habitantes da cidade são orgulhosos de seu passado, e não é por acaso que você encontrará símbolos e referências ao exército dos cruzados praticamente em todos os lugares.
Depois de explorar a parte mais ocidental do centro histórico, vá para o característico Largo da Oliveira, onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. A principal atração da praça é a galeria gótica que fica bem em frente à igreja. Do Largo da Oliveira, a ligeira subida se começa a chegar à parte mais alta da cidade onde estão localizados o castelo e o Palácio dos Duques de Bragança.
Castelo de Guimarães
O castelo de Guimarães, que remonta ao século XI é um local interessante para visitar, bem como o Palácio dos Duques de Bragança é um lugar que não se pode perder. O edifício foi construído em 1400 no estilo de casas senhoriais francesas e restaurado no século passado. Embora seja uma estrutura muito austera, oferece uma coleção muito rica de tapeçarias finas e porcelana chinesa. Para constar, devemos ressaltar que muitos objetos, como algumas tapeçarias e móveis, apesar de serem fabricados em Portugal e representarem fatos importantes na história da nação, são na verdade cópias. Os originais estão em posse da Espanha.
A área de couros
Do outro lado da estrada do Largo do Toural, onde se encontra a famosa inscrição, “Aqui nasceu Portugal” que faz referência ao fato de a Batalha de São Mamede (24 de Junho de 1128), que destronou D. Teresa e ergueu D. Afonso Henriques como 1º rei de Portugal ter tido lugar nesta cidade, e não ao fato de, como muita gente pensa, D. Afonso Henriques ter nascido aqui.
Passando pelo Jardim Público da Alameda e contornando a avenida que exibe os brilhantes azulejos da Capela de São Francisco, entra-se no que imediatamente aparece como o antigo coração de Guimarães. Uma pequena jóia que talvez nem todos saibam: a praça dos antigos curtumes (zona de Couros). No bairro, tudo parece ter parado no tempo, quase um salto no passado. Se pode proceder aleatoriamente entre os becos e as casas estreitas e respirar a atmosfera autêntica de um bairro "cotidiano", que permanece estranho ao ritmo de bares, turistas e restaurantes.
Igreja de Nossa Senhora da Consolação
Anunciada por um longo corredor verde cheio de flores que leva diretamente à sua entrada, a Igreja de Nossa Senhora da Consolação de Guimarães é justamente um dos mais belos edifícios religiosos em Portugal. Sua aparência exterior é extraordinariamente desarmante. E, apesar de estar imerso no frenesi de uma das principais ruas da cidade, com carros circulando na avenida a alguns metros de distância, parece claro que nada pode privá-lo de seu esplendor.
O Parque e o Santuário de Penha
Do centro de Guimarães, se pode pegar o teleférico (que por si só é uma experiência, principalmente para quem é sensível às alturas) e subir ao Parque da Penha, onde se pode encontrar o jardim e o grande Santuário da Penha. A experiência, no entanto, está no parque que a rodeia.
Parece que os habitantes de Guimarães gostam de frequentá-lo durante o horário de descanso e nas tardes de domingo levando toda a família para uma espécie de piquenique com boa comida, vinho e até algum violão, pelo menos até que alguém decida cochilar na sombra ou tomar um café em um dos restaurantes ou bares por lá, que obviamente não prestam atenção aos horários de fechamento. Peregrinando com a Sacratour você pode ter a oportunidade de conhecer o berço da nacionalidade portuguesa, a belíssima cidade de Guimarães.
Maria deixa Nazaré, localizada no norte da Palestina, para ir ao sul, cerca de cento e cinquenta quilômetros, em um lugar que a tradição identificou com o atual Ein Karem, não muito longe de Jerusalém.
Ein Karem é um importante bairro de Jerusalém. É o local para onde Maria se dirigiu às pressas para visitar Isabel.
Desse modo, a tradição nos conta que o local onde João Batista nasceu e viveu ficava nesta cidade.
Ein Karem, o local da graça e do encontro
Podemos, então, dizer, que ao visitar Ein Karem, é possível mergulhar em um dos cumprimentos proféticos do Senhor, pois o Santuário da Visitação ali construído recorda o encontro entre Maria e Isabel e os filhos que elas traziam em seus respectivos ventres, e que se reconhecem numa manifestação de alegria e êxtase.
O movimento físico mostra a sensibilidade interior de Maria, que não está fechada para contemplar de maneira privada e íntima o mistério da maternidade divina que nela se realiza, mas que se projeta no caminho da caridade.
Desse modo, se pode afirmar que a história da salvação em Ein Karen, dá testemunho de como a Encarnação se coloca na simplicidade de duas famílias, envolvendo as expectativas, e tornando-se uma atestação da presença de um Deus que opera.
A visita de Maria a Isabel é caracterizada pelo acréscimo "com pressa” (Lc 1:39).
O leitor, no entanto, sabe que o motivo real da viagem não está indicado, mas pode obtê-lo através de informações derivadas do contexto. O anjo havia comunicado a Maria a gravidez de Isabel, já no sexto mês (Lc 1:36).
Além disso, o fato de ela ficar três meses (Lc 1:56) bem a tempo de o filho nascer, permite-nos acreditar que Maria pretendia levar ajuda à sua parenta. Maria corre e vai aonde a urgência de uma necessidade a chama, demonstrando uma sensibilidade acentuada e disponibilidade concreta.
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre"!
Com Maria, carregado no ventre, Jesus se move com a Mãe
A partir daqui, é fácil deduzir o valor cristológico do episódio da visita de Maria a Isabel: o foco está acima de tudo em Jesus.
À primeira vista, pode parecer uma cena focada nas duas mulheres; na realidade, o que é importante para o evangelista é o prodígio presente em sua concepção. Afinal, a mobilização de Maria tende a unir as duas mulheres.
Assim que Maria entra na casa e cumprimenta Isabel, a criança lhe estremeceu no ventre.
Lucas usa um verbo grego em particular que significa apropriadamente 'pular'.
Querendo interpretar o verbo, um tanto livremente, pode ser indicado por 'dançar', excluindo assim o significado de um fenômeno meramente físico.
Alguém pensou que essa 'dança' poderia ser considerada uma forma de 'homenagem' que João presta a Jesus, inaugurando, ainda não nascido, aquela atitude de respeito e sujeição que caracterizará sua vida:
"Depois de mim vem um quem é mais forte que eu e a quem não sou digno de desatar os laços das suas sandálias" (Mc 1:7).
E ainda: “Ele deve crescer e eu devo diminuir "(Jo 3, 29-30).
Então comenta Santo Ambrósio: "Isabel ouviu a voz primeiro, mas João percebeu a graça".
"Ele se alegrou no meu ventre" (Lc 1:44).
Lucas, com esses detalhes, queria evocar o prodígio que ocorreu na intimidade de Nazaré.
Somente agora, graças ao diálogo com um interlocutor, o mistério da maternidade divina deixa seu sigilo e sua dimensão individual, para se tornar um fato conhecido, um objeto de apreciação e louvor.
As palavras de Isabel “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre"!
A que devo a honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? "(42-43).
Com uma expressão semítica equivalente a um superlativo ("entre mulheres"), o evangelista quer chamar a atenção do leitor para a função de Maria: ser a "Mãe do Senhor".
E assim uma bênção é reservada para ela ("bendita") e uma bem-aventurança.
Qual é o último?
Expressa a adesão de Maria à vontade divina.
Maria não é apenas a receptora de um projeto arcano que a faz abençoada, mas também uma pessoa que sabe como aceitar e aderir à vontade de Deus. Maria é aquela que acredita, porque confiou em uma palavra e respondeu com amor.
E Isabel reconhece esse serviço de amor, identificando-a como bendita como mãe e bendita como crente.
Enquanto isso, João percebe a presença de seu Senhor e exulta, expressando com esse movimento interior a alegria que advém desse contato salvador.
A Sacratour leva você a fazer essa experiência profunda do encontro nos lugares santos com pessoas santas.
Ao peregrinar como Maria, por Ein Karem, você pode conhecer o Santuário da Visitação, passar pelo lugar do encontro entre Maria e Isabel, lugar que leva ao recolhimento e oração.
Leva a abrir o coração ao agradecimento.
Por isso, neste santuário, entre o silêncio e a natureza, entre os restos antigos e os testemunhos modernos, podemos parar e repetir com o coração cheio de gratidão e reconhecimento o nosso Magnificat ao Senhor, como nos inspira a Virgem Maria da Visitação.
O deserto sempre inspirou a curiosidade humana. Afinal, como pode existir vida e moradia num lugar que parece tão inóspito!? Além disso, os desertos espalhados pelo mundo sempre foram palco de histórias repletas de mistérios e ensinamentos. Quem não se lembra de filmes e narrativas que se passam no deserto?!
E o deserto é, sem dúvida, um bom lugar para continuarmos Peregrinando de Casa pela Terra Santa. Se você também tem interesse de saber mais sobre desertos que foram importantes na história da humanidade, acompanhe nosso texto! Ele vai te levar a um passeio pelos desertos.
Iniciamos nossa peregrinação pelo deserto com a informação de que os principais desertos citados nas Sagradas Escrituras se localizam no Sul e no Oriente de Israel. Dentre eles o deserto do Sinai, da Judeia, de Neguiev e de Jericó. Agrupam-se os primeiros na Península do Sinai. Os outros, encontram-se nas outras regiões do país. Veremos como o povo de Deus conviveu com essas áreas inóspitas.
Deserto do Sinai
Começamos pela Península do Sinai, uma fronteira no norte do Egito entre o continente africano e o continente asiático, é um território mágico e lendário, fascinante pelos cenários extraordinários que oferece, mas também por sua carga espiritual.
De acordo com a tradição, de fato, as montanhas da Península do Sinai se tornaram o cenário da aventura bíblica do Êxodo e o local onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos: mesmo para os não-crentes, esta é uma terra cuja sacralidade é fortemente percebida. O Mosteiro de Santa Catarina é um lugar muito visitado pelos peregrinos e é o mais antigo reduto cristão construído há mais de 1.500 anos e declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Resistente e mágico, o deserto do Sinai é um local que ensina o valor da paciência e do silêncio, onde a natureza se manifesta em toda a sua força e magnificência. Nesse lugar, recebeu Israel a lei de Moisés. Um lugar realmente muito significativo para nós e que inspira calma e paz.
Deserto da Judeia
Passamos do deserto do Sinai, rumo ao deserto da Judeia que está localizado a leste de Jerusalém e desce ao Mar Morto. Podemos nos lembrar que em muitos períodos da história antiga, o deserto da Judeia era um importante local de refúgio. Davi se escondeu do rei Saul “E vieram os zifeus a Saul, a Gibeá, dizendo: Não está Davi escondido no outeiro de Haquilá, defronte de Jesimom?
Então Saul se levantou e desceu ao deserto de Zife, e com ele três mil homens escolhidos de Israel, a buscar a Davi no deserto de Zife. E acampou-se Saul no outeiro de Haquilá, que está defronte de Jesimom, junto ao caminho; porém Davi ficou no deserto, e viu que Saul vinha seguindo-o no deserto”. (1 Sam. 26, 1–3)
Podemos nos lembrar de outro momento emblemático envolvendo o deserto; quando Jesus jejuou ali quarenta dias e quarenta noites (Mateus 4, 1–11; Marcos 1, 12–13). Visto que aqueles que viajavam sozinhos nesta área eram presas fáceis, Jesus pôs a parábola do bom samaritano na estrada que vai de Jerusalém a Jericó pelo deserto da Judeia (Lucas 10, 25–37).
Deserto de Neguev
Israel é uma nação pequena e 62% do seu território é composto pelo deserto de Neguev. Este deserto tem uma cor vermelha brilhante e é caracterizado por formações rochosas espetaculares.
Seus visitantes poderão explorar sua imensidão inexplorada – silenciosa e majestosa. Além disso, o deserto está cheio de vestígios de civilizações antigas (como suas colheitas) e sítios arqueológicos.
O Neguev oferece o cenário perfeito para conhecer as tribos beduínas ou o povo do deserto. Parece um local perfeito para àqueles que gostam de peregrinar em meio a clama e ao inexplorado, não é mesmo?!
Deserto de Jericó
Seguimos nossa peregrinação agora pelo deserto de Jericó, que fica no território benjamita. Esse desolado território forma um longo desfiladeiro rochoso com cerca de 15 quilômetros que desce de Jerusalém a Jericó. Nessa área, há muitas cavernas, nas quais escondem-se malfeitores. Essa região serviu de cenário para a Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus Cristo:
“ Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? ” “O que está escrito na Lei? ”, respondeu Jesus. “Como você a lê? ” Ele respondeu: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente.
Faça isso, e viverá”. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado.
Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: ‘Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? ” “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo” (Lucas 10,25-37)
Assim como a parábola que acabamos de ler, também o deserto pode nos inspirar um cenário árduo e de difícil entendimento. Mas devemos nos inspirar nas palavras de Jesus para atentarmos nosso olhar e percebemos que dentro de um deserto que aparentemente nos mostra só solidão e escassez, na verdade, há uma bela oportunidade de nos voltarmos para nossos próprios desertos interiores e, dessa forma, percebermos as possibilidades e riquezas que não se pode ver facilmente. Peregrinar por caminhos e lugares diferentes dos que estamos acostumados nos leva a essa possibilidade, podemos descobrir ensinamentos e riquezas em lugares áridos.
Temos buscado abrigo em nossos lares mais do que nunca. Muitos de nós estamos ficando em casa por mais tempo do que era habitual. Nesses momentos, somos levados a perceber que nossa casa, além de ser nosso abrigo, também pode servir como um local de acolhida para nossos sentimentos. E também podemos pensar em muitas casas, ou abrigos, que foram importantes e serviram de amparo na vida de Jesus.
Mas, existe um lugar especial que nos remete ao aconchego de casa de mãe, ou de vó, que são lugares em que muitos de nós gostaríamos de estar agora. Então, nós te convidamos a Peregrinar de sua casa pela casa de nossa Mãe, um lugar muito especial e que não é apenas um. Vamos entender:
A região de Loreto, na Itália, foi desenvolvida ao redor de um santuário que é de extrema importância para nós, católicos. Nele encontramos a Santa Casa de Loreto que foi cenário de um momento muito relevante na vida de Maria e também de Jesus Cristo. Conta-nos a tradição que foi nessa casa que a Virgem Maria cresceu em companhia de seus pais, Santa Ana e São Joaquim. A Casa também representa um marco, foi nela que Maria recebeu o anúncio do Anjo Gabriel. Ou seja, essa Santa Casa foi palco do momento em que a Virgem disse o sim e aceitou gerar Jesus e deste momento o verbo se fez carne e deu-se início a redenção da humanidade.
Deu para ver que essa casa tem muita importância para nós, católicos, não é mesmo?! Mas há um fato curioso em tudo isso. Em Nazaré, Terra Santa, há a Basílica da Anunciação, um local onde podemos ver a Gruta da Anunciação. Todos os anos peregrinos do mundo inteiro visitam a gruta onde se deu a anunciação à Maria. Mas no início dissemos que a Santa Casa está na Itália. Qual a explicação para isso? Seria uma réplica?
Não. A Santa Casa que se encontra em Loreto é a casa em que Maria passou sua juventude e recebeu a visita do anjo. Foi por volta de 1291 que a Santa Casa foi transportada para a Itália. Posteriormente houve a construção do belíssimo Santuário de Nossa Senhora de Loreto, um local de intensa peregrinação.
A Legitimidade
O fato que parece indiscutível é o de que a casa que está em Loreto é a mesma que estava em Nazaré. Essa segurança vem de anos e anos de estudos. Profissionais de diversas áreas com estudos envolvendo arqueologia, arquitetura, geologia, entre outros, se debruçaram para entender o fenômeno da Santa Casa. Os estudiosos comprovaram que os tijolos, a argamassa e até mesmo o modo de construção não tem qualquer relação com a Itália e a origem da Santa Casa de Loreto parece ser unânime.
O que foi cientificamente comprovado é que as três paredes que estão em Loreto são as três paredes que já estiveram em Nazaré na época de Jesus. Estudos apontam que há inscrições nas paredes da Santa Casa de Loreto feitas em grego e com duas letras em hebraico “ Jesus Criste uie tu zeu”, que quer dizer “Ao Jesus filho de Deus”. A mesma invocação usando as mesmas palavras pode ser encontrada em Nazaré, na Gruta. Na Basílica da Anunciação, em Nazaré, vemos a quarta parede e também os alicerces da constituição da totalidade da casa.
Por que a Santa Casa teve que sair de Nazaré?
No final do séc. XIII, especificamente em 1291, os sarracenos-muçulmanos estavam conquistando a Terra Santa e tinham com objetivo destruir todos os lugares que fossem sagrados para os cristãos. Já podemos imaginar que a Santa Casa foi alvo dessa perseguição. Para que a Santa Casa não fosse destruída, era preciso algum tipo de medida urgente. E foi neste contexto que a casa dos avós de Jesus foi retirada de Nazaré.
O que intriga e divide opiniões é: A casa teria sido transportada por anjos celestiais ou por intervenção humana?
Para essa questão pode existir duas respostas. E mesmo se você já tiver sua opinião formada sobre o modo como a Santa Casa foi transportada, vale a pena ver o que dizem os dois lados.
Escolha qual versão você quer ler primeiro:
Uma explicação lógica e racional:
Os estudos em torno dos fatos sobre a Santa Casa sempre foram numerosos. Atualmente existe uma teoria também aceita por alguns religiosos que diz que a Casa teria sido transportada com o auxílio dos homens e não por uma obra celestial.
Provavelmente a ajuda humana teria vindo dos Cruzados que fugiam da Terra Santa. Essa justificativa se dá pelo período histórico em que a casa foi encontrada em Loreto, esse período coincide com a última Cruzada e com os dias da queda de Jerusalém diante dos mulçumanos. Segundo essa hipótese, foi uma família nobre e cristã com o sobrenome ANGELI (anjos) que ao fugir da Terra Santa ordenou o transporte da Santa Casa. Os anos e a tradição popular teriam transformado o sobrenome dos Anjos em um mistério envolvendo anjos celestiais. Além disso, estudiosos afirmam ter encontrados documentos secretos no Vaticano que mencionavam a intervenção humana no transporte da Santa Casa de Loreto.
Outra justificativa dos feitos da família Anjos foi a análise de alguns documentos que mostram que a família teria relação com a relíquia por meio de uma jovem chamada Tamara. Segundo um documento que lembra uma forma de inventário, ela teria levado como dote para seu futuro marido, Felipo Angeli, pedras sagradas tiradas da casa da Virgem mãe de Deus. O casamento coincide com a data de 1294, que foi a data que a Santa Casa chegou a Loreto. Outro fato relevante que explica a intervenção humana foi a descoberta, durante as escavações em Loreto, de duas pequenas cruzes de tecido tipicamente usadas pelos Cruzados.
Toda a história envolvendo o transporte da Santa Casa, embora seja interessante e até certo ponto polêmica, não é essa a real importância da Santa Casa. Devemos nos lembra do sentimento de acolhida e esperança que este lugar simboliza para nós, foi nele que a Virgem recebeu os designíos divinos. Que possamos viver em nossas casas uma esperança renovada, assim como ela foi renovada na Santa Casa.
O milagre da Transladação:
Entre as dúvidas colocadas aos que acreditam na ajuda humana, está a do transporte: como as três paredes foram transportadas? Cabe pensar que para o transporte da Casa de Nazaré até o mar Adriático são necessários mais de dois mil quilômetros. Além disso, a Casa passou por pelo menos cinco lugares diferentes até chegar ao local que está hoje. Como essa viagem poderia ter sido feita com aparente facilidade no fim do séc. XIII?
Outro fator que corrobora para o entendimento do milagre é a construção. Os muros da Casa, as três paredes, não tem marcas de reconstrução, o que fez com que estudiosos chegassem a conclusão de que ela foi transportada inteira, sem alterações. Se tivesse sido transportada por homens, a casa teria que ter sido reconstruída muitas vezes e rapidamente e esses são fatos sem qualquer registro. A casa também não possuía alicerces e foi coloca no meio de uma vala em estrada pública. Dada a grande engenhosidade que envolvia transportar uma casa, não há muito sentido em deixá-la num local fora de estratégia e perigoso.
Os fatos religiosos também auxiliam no esclarecimento do milagre; muitos santos vivenciaram as revelações místicas das transladações da Casa, como é o exemplo de Santa Catarina de Bologna. Ela deixou um relato escrito dizendo como a Casa foi transportada pelos anjos celestiais. Entre as aprovações Papais mais expressivas, temos a de Pedro XV que declarou que a Virgem venerada na igreja de Loreto era a Padroeira da aviação confirmando a verdade histórica da transladação da Casa.
Toda a história envolvendo o transporte da Santa Casa, embora seja interessante e até certo ponto polêmica, não é essa a real importância da Santa Casa. Devemos nos lembrar do sentimento de acolhida e esperança que este lugar simboliza para nós, foi nele que a Virgem recebeu os desígnios divinos. Que possamos viver em nossas casas uma esperança renovada, assim como ela foi renovada na Santa Casa.
Nós aprendemos, e já nem sabemos quando, que Nossa Senhora apareceu a 3 pastorinhos em Fátima, no interior de Portugal e, quando muito, sabemos que foi lá no início do século passado – afinal, já temos lembrança que foi comemorado o centenário das aparições, não é mesmo?
Mas e se perguntarmos sobre quem eram estas crianças, o que Nossa Senhora lhes falou, como isso tem a ver com os nossos dias e o que podemos mudar a partir dessa aparição, você saberia responder?
Então, prepare-se e mergulhe conosco na história da apariçãode Nossa Senhora em Fátima!
As Aparições em Fátima - Memórias da Irmã Lúcia
13 de maio: uma data muito especial
Dia 13 de maio de 1917 – Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.
– É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.
– Pois sim.
E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada.
Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.
Paramos surpreendidos pela aparição.
Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.
Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
– E que é que Vossemecê me quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
– E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta?
– Também.
– E o Francisco?
– Também, mas tem que rezar muitos terços.
Lembrei-me, então, de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com minha irmã mais velha.
– A Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.
Parece-me que devia ter uns 16 anos.
– E a Amélia?
– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos.
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos.
Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
Em seguida, começou-se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que a circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu.
Parece-me que já expus, no escrito sobre a Jacinta ou numa carta, que o medo que sentimos não foi propriamente de Nossa Senhora, mas sim da trovoada que supúnhamos lá vir; e dela, da trovoada, é que queríamos fugir. As aparições de Nossa Senhora não infundem medo ou temor, mas sim surpresa.
Era o ano de 1916. Perto da Cova da Iria, a família de Lucia de Jesus, então com 9 anos, tinha um pequeno terreno cultivável onde ela e seus dois primos, Francisco, de 8 anos, e Jacinta, 6 anos, conduziam um pequeno rebanho. Assim, para os preparar para o encontro Com Nossa Senhora, os Pastorinhos foram visitados pelo Anjo.
1 - As aparições do Anjo
1ª Aparição – ainda na primavera, na Loca do Cabeço, tendo almoçado e feito sua oração, os pastorinhos começaram a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao Nascente, uma luz mais branca que a neve, transparente, com a forma de um jovem, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do Sol.
À medida que se aproximavam, podiam distinguir suas feições. Num misto de surpresa e meditação, em silêncio, ouviram o Anjo lhes dizer: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-- Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam. Orai assim: Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.
Relata a Irmã Lúcia: “A atmosfera do sobrenatural que nos envolveu era tão intensa que quase não dávamos conta da própria existência, por um grande espaço de tempo, permanecendo na posição em que nos tinha deixado, repetindo sempre a mesma oração.
A presença de Deus sentia-se tão intensa e íntima, que nem mesmo entre nós nos atrevíamos a falar. No dia seguinte, sentíamos o espírito ainda envolvido por essa atmosfera que só muito lentamente foi desaparecendo.
Nesta Aparição, nenhum pensou em falar, nem em recomendar o segredo. Ela de si o impôs. Era tão íntima que não era fácil pronunciar sobre ela a menor palavra. Fez-nos, talvez, também, maior impressão, por ser a primeira assim manifesta” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
2ª Aparição – já na primavera, com sol a pino, provavelmente em junho, no poço, o Anjo lhes aparece mais uma vez e diz: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios”.
Perguntaram, então, ao Anjo, “Como nos havemos de sacrificar?”, ao que o Anjo respondeu “De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar”.
Estas palavras do Anjo gravaram em seus corações e lhes fizeram compreender quem era Deus, como os amava e queria ser amado; o valor do sacrifício, e como o sacrifício Lhe era agradável, como por atenção ao sacrifício oferecido, convertia os pecadores.
Daí em diante começaram a oferecer ao Senhor tudo que os mortificava, mas sem procurar outras mortificações ou penitências, exceto a de passarem horas seguidas prostrados por terra, repetindo a oração que o Anjo os tinha ensinado (in Segunda Memória da Irmã Lúcia).
3ª Aparição – provavelmente entre o fim de setembro e início de outubro, novamente na Loca do Cabeço, apareceu o Anjo trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue.
Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu o Anjo três vezes a oração: “Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu a Lúcia a Hóstia e o que continha o cálice deu-o a beber a Jacinta e Francisco, dizendo, ao mesmo tempo: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos.
Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus” e prostrando-se por terra, o Anjo repetiu novamente três vezes a primeira oração e desapareceu. Sobre as aparições do Anjo, Lúcia afirma que “gosto muito de ver o Anjo; mas o pior é que, depois, não somos capazes de nada.
Eu nem andar podia, não sei o que tinha! Apesar de tudo, foi ele [Francisco] quem se deu conta, depois da terceira aparição do Anjo, das proximidades da noite. Foi quem disso nos advertiu e quem pensou em conduzir o rebanho para casa.” Passados os primeiros dias e recuperado o estado normal, perguntou o Francisco:
– O Anjo, a ti, deu-te a Sagrada Comunhão; mas a mim e à Jacinta, o que Ele nos deu?
– Foi também a Sagrada Comunhão? – respondeu a Jacinta, numa felicidade indizível.
– Não vês que era o Sangue que caía da Hóstia?
– Eu sentia que Deus estava em mim, mas não sabia como era!
E prostrando-se por terra, permaneceu por largo tempo, com a sua Irmã, repetindo a oração do Anjo: Santíssima Trindade..., etc. (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
2 – As Aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos
Era 13 de maio de 1917. As três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém (hoje diocese de Leiria-Fátima), Portugal.
Já estava perto das 12 horas, haviam acabado de rezar seu habitual terço e brincavam de levantar uma pequena casa de pedras soltas (onde hoje está a Basílica).
De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e à mesma hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de junho, julho, setembro e outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria.
A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Na última aparição, a 13 de outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra.
Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em julho e setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Resumo das Mensagens em cada Aparição:
1ª Aparição – 13 de maio:“Não tenhais medo. Eu não vos faço mal”. “De onde é Vossemecê?” “Sou do Céu... e vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois, vos direi quem sou e o que quero...
Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?...
Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
2ª Aparição – 13 de junho:“Vossemecê que me quer?” “Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero...”
“Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu”. “Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”
Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela os pastorinhos viam como que submergidos em Deus. (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
3ª Aparição – 13 de julho:“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”. “Queria pedir-Lhe para nos dizer Quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece”. “Continuem a vir aqui todos os meses.
Em outubro direi Quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver, para acreditar. Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. (...) Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. (…) Virei pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja.
Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé. (...) Quando rezais o terço, dizei, depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
4ª Aparição - 19 de agosto: (nos Valinhos) “Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem”. “Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?” “Façam dois andores... O dinheiro dos andores é para a festa da Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer (...) Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
5ª Aparição – 13 de setembro:“Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra... Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia” (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
6ª Aparição – 13 de outubro: chovia muito. Estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Nossa Senhora aparece-lhes diz que é a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em julho e setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Em poucos minutos todos ficaram secos, mesmo após quatro horas seguidas de muita chuva. “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias (...) Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.” E ao abrir suas mãos, fê-las refletir no sol. E, enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar-se no sol. (in Quarta Memória da Irmã Lúcia).
3 – As Aparições a Lúcia
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de dezembro de 1925 e 15 de fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de julho de 1917.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de verão e inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia a dia, num montante anual de seis milhões. Este 2020, em virtude da pandemia, foi o primeiro ano que não tiveram peregrinos na celebração do 12 e 13 de maio.
Entretanto, o Santuário transmitiu todas suas celebrações nas TV’s portuguesas e online, para que os peregrinos do mundo inteiro pudessem estar presentes. Ao final da celebração do 13 de maio, uma carta do Papa Francisco aos peregrinos foi lida lembrando a mensagem de esperança deixada por Nossa Senhora deixou aos pastorinhos em 13 de junho de 1917: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.
4 – O Segredo de Fátima
Você certamente já ouviu falar sobre os segredos de Fátima. São mensagens reveladas para os pastorinhos e que Nossa Senhora pediu que não contassem a ninguém e assim o fizeram – não revelando nem mesmo quando o Administrador os prendeu e ameaçou mandar fritar em azeite a ferver – sendo revelado por Lúcia em 31 de agosto de 1941, na carta escrita em Tuy ao Bispo D. José Alves Correia da Silva, quando ela diz ser "chegado o momento" de falar do segredo, acrescentando: “Bem; o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar”. (Abaixo o relato de Lucia)
1ª. Consta da visão do inferno “A primeira foi, pois, a vista do inferno! Nossa Senhora .... Ao dizer estas palavras, abriu de novo as mãos como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de fogo, mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que deles mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo de todos os lados semelhante ao cair das fagulhas nos grandes incêndios, sem peso, nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor.
Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Esta visão foi um momento, e graças à Nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu. Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.”
*No jornal O Século, de 23 de julho de 1917, lia-se: ouviu-se um ruído semelhante ao ribombar do trovão, prorrompendo as crianças num choro aflitivo, fazendo gestos epiléticos e caindo depois em êxtase.
2ª. A Devoção ao Meu Imaculado Coração com a comunhão reparadora nos primeiros sábados e a Consagração da Rússia “Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz: a guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior.
Quando virdes uma noite iluminada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.
Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas: por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da fé(...)”
3ª Parte do segredo. Quanto à terceira parte do segredo, encontrando-se Lúcia doente, em Tuy, descreveu-a em 3 de janeiro de 1944, também por ordem do Bispo de Leiria, entregando-a num envelope fechado. Lúcia diz nessa carta:
“Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia. Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”.
Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições.
Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em à mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.”
INTERPRETAÇÃO DO “SEGREDO”
Em encontro da Irmã Lúcia com o Papa João Paulo II, eles discutiram sobre a terceira parte do segredo de Fátima estar intimamente vinculado com o atentado sofrido pelo santo padre em 13 de maio de 1981.
O encontro da Irmã Lúcia com Sua Ex.cia Rev.ma D. Tarcisio Bertone, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. A Irmã Lúcia estava lúcida e calma, dizendo-se muito feliz com a ida do Santo Padre a Fátima para a Beatificação de Francisco e Jacinta, há muito desejada por ela.
Com o auxílio do Bispo de Leiria-Fátima, foi lido e interpretado o texto original (da terceira parte do segredo), que é em língua portuguesa. A Irmã Lúcia concorda com a interpretação segundo a qual a terceira parte do “segredo” consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirma a sua convicção de que a visão de Fátima se refere sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imane sofrimento das vítimas da fé no século XX.
À pergunta: “A personagem principal da visão é o Papa?”, a Irmã Lúcia responde imediatamente que sim e recorda como os três pastorinhos sentiam muita pena pelo sofrimento do Papa e Jacinta repetia: “Coitadinho do Santo Padre. Tenho muita pena dos pecadores!” A Irmã Lúcia continua: “Não sabíamos o nome do Papa; Nossa Senhora não nos disse o nome do Papa. Não sabíamos se era Bento XV, Pio XII, Paulo VI ou João Paulo II, mas que era o Papa que sofria e isso fazia-nos sofrer a nós também”.
Quanto à passagem relativa ao Bispo vestido de branco, isto é, ao Santo Padre — como logo perceberam os pastorinhos durante a “visão” — que é ferido de morte e cai por terra, a irmã Lúcia concorda plenamente com a afirmação do Papa: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre agonizante deteve-se no limiar da morte” (João Paulo II, Meditação com os Bispos Italianos, a partir da Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).
Uma vez que a Irmã Lúcia, antes de entregar ao Bispo de Leiria-Fátima de então o envelope selado com a terceira parte do “segredo”, tinha escrito no envelope exterior que podia ser aberto somente depois de 1960 pelo Patriarca de Lisboa ou pelo Bispo de Leiria, o Senhor D. Bertone pergunta-lhe: “Porquê o limite de 1960? Foi Nossa Senhora que indicou aquela data?”.
Resposta da Irmã Lúcia: “Não foi Nossa Senhora; fui eu que meti a data de 1960 porque, segundo intuição minha, antes de 1960 não se perceberia, compreender-se-ia somente depois. Agora pode-se compreender melhor. Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa”.
Encerrando o encontro da Lucia com o Papa, houve a celebração da Santa Missa presidida por João Paulo II com a presença do Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, pronunciou em português as palavras seguintes:
“Embora os acontecimentos a que faz referência a terceira parte do “segredo” de Fátima pareçam pertencer já ao passado, o apelo à conversão e à penitência, manifestado por Nossa Senhora ao início do século vinte, conserva ainda hoje uma estimulante atualidade.
“A Senhora da Mensagem parece ler com uma perspicácia singular os sinais dos tempos, os sinais do nosso tempo. (...) O convite insistente de Maria Santíssima à penitência não é senão a manifestação da sua solicitude materna pelos destinos da família humana, necessitada de conversão e de perdão” [João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial do Doente - 1997 n. 1, em: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XIX-2 (Città del Vaticano 1996), 561].”
5 – Cronologia
22-03-1907 – Nascimento de Lúcia de Jesus.
11-06-1908 – Nascimento de Francisco Marto.
11-03-1910 – Nascimento de Jacinta Marto.
1916 - Aparições do Anjo, na primavera, verão e outono.
1917 - Aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria nos dias 13 dos meses de maio, junho, julho, setembro e outubro; em agosto, no dia 19, nos Valinhos.
04-04-1919 – Morte do vidente Francisco Marto, em Aljustrel, vítima da epidemia da Febre Espanhola.
28-04-1919 - Início da construção da Capelinha das Aparições.
20-02-1920 – Morte da vidente Jacinta Marto, no Hospital de Dª Estefânia, em Lisboa, vítima da epidemia da Febre Espanhola.
16-06-1921 – Lúcia vai para o Porto para o Instituto entregue às Religiosas de Santa Doroteia.
13-10-1921 - É permitida a primeira celebração da Missa junto à Capelinha das Aparições.
06-03-1922 - A Capelinha das Aparições é parcialmente destruída num atentado – sendo restaurada um ano depois.
03-05-1922 – Abertura do processo canônico sobre os acontecimentos de Fátima.
10-12-1925 – Aparição de Nossa Senhora à Lúcia pedindo a devoção dos Cinco Primeiros Sábados, em Pontevedra, Espanha.
15-02-1926 (e 17-12-1927) – Aparição do Menino Jesus insistindo na Devoção dos Cinco Primeiros Sábados, em Pontevedra, Espanha.
26-06-1927 - O Bispo de Leiria preside, pela primeira vez, a uma cerimónia oficial na Cova da Iria, depois da bênção das estações da Via-Sacra, desde o Reguengo do Fetal (11 Kms).
13-05-1928 - Lançamento da primeira pedra da Basílica.
13-06-1929 - Lúcia tem a visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria, com o seu Coração cercado de espinhos, pedindo ao Santo Padre a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, em união com todos os Bispos do Mundo, em Tuy, Espanha.
13-10-1930 - Pela Carta Pastoral "A Divina Providência", o Bispo de Leiria declara "dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria" e permite oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima.
13-05-1931 - Primeira Consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria, feita pelo Episcopado Português, no seguimento da Mensagem de Fátima.
13-10-1942 – As mulheres portuguesas oferecem uma coroa preciosa à Nossa Senhora em agradecimento por Portugal ter sido livre da II Guerra Mundial.
31-10-1942 - Pio XII, falando em português pela rádio, consagra o Mundo ao Imaculado Coração de Maria, com menção velada da Rússia, segundo o pedido de Nossa Senhora.
13-05-1947 – Imagem Peregrina inicia viagem pelos países da Europa, destruídos pela guerra.
07-07-1952 - Consagração dos Povos da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, pelo Papa Pio XII.
07-10-1953 - Sagração da Igreja do Santuário de Fátima.
12-11-1954 - O Papa Pio XII concede o título de Basílica menor à Igreja do Santuário.
21-11-1964 - Ao encerrar a 3ª sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Paulo VI anuncia diante dos 2.500 padres conciliares, a concessão da Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima.
13-05-1967 - O Papa Paulo VI desloca-se a Fátima, no cinquentenário da 1ª Aparição de Nossa Senhora, para pedir a paz no mundo e a unidade da Igreja. A Irmã Lúcia desloca-se a Fátima.
12/13-05-1982 - O Papa João Paulo II vem em peregrinação a Fátima agradecer por ter escapado com vida, um ano antes, na Praça de S. Pedro, e, de joelhos, consagra a Igreja, os Homens e os Povos, com menção velada da Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.
12/13-05-1991 - O Papa João Paulo II vem pela segunda vez a Fátima, como peregrino, no 10º aniversário do seu atentado na Praça de S. Pedro, no Vaticano, presidindo à Peregrinação Internacional Aniversária.
04-06-1997 - A Assembleia da República Portuguesa eleva a Vila de Fátima à categoria de cidade.
13-05-2000 - Beatificação de Francisco e Jacinta Marto, por ocasião da 3ª visita do Papa João Paulo II a Fátima.
13-02-2005 - Falecimento da Ir. Lúcia.
02-04-2005 - Falecimento de João Paulo II.
13-02-2008 - O Papa Bento XVI autorizou abreviar o prazo canônico para abertura do processo de beatificação da Irmã Lúcia. O anúncio foi feito pelo Cardeal D. José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.
12/14-05-2010 - Peregrinação a Fátima do Santo Padre Bento XVI, que entrega a 2ª Rosa de Ouro ao Santuário.
13-05-2013 – Consagração do Pontificado do Papa Francisco a Nossa Senhora de Fátima.
13-05-2017 – Comemoração do Centenário das Aparições de Fátima e Canonização de Santa Jacinta e São Francisco Marto.
04-04-2019 – Celebração do Centenário da Morte de São Francisco Marto.
20-02-2020 – Celebração do Centenário da Morte de Santa Jacinta Marto.
13-05-2020 – Primeira vez que a Celebração do 13 de Maio é realizada sem a presença dos peregrinos, em virtude da Pandemia causada pelo Coronavírus.
Oração a Nossa Senhora de Fátima
Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Amém!
Imagine a sensação de andar pelo mesmo lugar que Jesus andou.
Quando entramos em Cafarnaum temos a sensação de sermos transportados para um outro momento, diferente da agitação comum com prédios e grandes monumentos que nossos olhos já se acostumaram a ver.
E para vivermos toda a experiência que Cafarnaum pode nos propiciar, precisamos de duas coisas:
Imaginação e conhecimento
Se você está disposto a se enveredar de casa pelas ruas dessa pequena cidade e saber a importância que ela teve, e tem, na vida de Jesus e consequentemente na nossa, então te convido a conhecer Cafarnaum e enriquecer o seu conhecimento e tudo o que você já ouviu falar sobre esta famosa cidade .
Como já disse, primeiro precisamos usar nossa imaginação. Sim, porque hoje Cafarnaum é um sítio arqueológico, o que significa que vamos nos deparar com muitas ruínas e partes de edificações ou partes de objetos. E é exatamente nessas partes que devemos pensar: Como era Cafarnaum na época de Jesus?
O primeiro caminho para deixarmos nossa imaginação fluir já está pronto, temos tudo o que foi encontrado em anos de escavações. Então, vamos partir para o entendimento do que essas descobertas significam.
Onde fica Cafarnaum?
Ao Norte de Israel, mais precisamente a noroeste do Mar da Galileia, é onde fica a cidade de Cafarnaum. Pelas ruínas da cidade podemos ver que Cafarnaum era uma cidade muito pequena para nossos parâmetros atuais, mas no tempo em que Jesus esteve lá, ela era uma cidade de grande importância.
Além de ser uma cidade portuária, ela também era ponto de passagem de todos os mercadores vindos de outras regiões e esses tinham que passar pela alfândega de Cafarnaum e lá pagavam os impostos.
O que aconteceu em Cafarnaum?
Cafarnaum é conhecida como a cidade de Jesus. Mas o que teria acontecido para que a cidade ganhasse esse título? Segundo o Evangelho de Mateus, Jesus deixou Nazaré e teria ido morar em uma cidade a beira mar, que se entende como o Mar da Galileia.
Essa escolha aconteceu quando Jesus soube que João havia sido preso, então ele volta à Nazaré, na Galileia, mas não continuou morando lá, acaba ficando em Cafarnaum.
Cafarnaum na Bíblia
Alguns estudiosos dizem que a razão da escolha de Jesus pela cidade pode ter vindo de um possível parentesco entre Jesus e alguns habitantes da cidade. No evangelho de Mateus (4,21), João e Tiago são chamados de filhos de Zebedeu.
Eles eram pescadores e moravam em Cafarnaum. Mateus ainda descreve sua mãe, a mulher de Zebedeu, como uma das seguidoras de Cristo que ficou ao pé da cruz (Mateus 27,56).
Em Marcos, pode-se entender que essa mesma mulher se chamava Salomé. E João complementa que ela seria a irmã de Maria, mãe de Jesus, (Marcos 15,40 e João 19,25).
Se essa hipótese for correta, existe a possibilidade da tia de Jesus ter morado em Cafarnaum. E nesse caso João e Tiago seriam primos diretos de Jesus. As teorias que envolvem a escolha da cidade são bastante interessantes, mas o mais relevante foram os acontecimentos que toda a população de Cafarnaum pode presenciar e que ecoam como ensinamentos para nós.
A importância de Cafarnaum
Banhada pelo Mar da Galileia, que não é exatamente um mar, mas o nome ficou convencionado assim pela abundância de águas que se assemelham ao mar, está Cafarnaum.
E essas águas tiveram relação com grandes feitos da vida de Jesus. Há dois mil anos enquanto passava por pescadores comuns, Jesus fez o chamado àqueles que seriam seus apóstolos.
Vemos essa passagem em Mateus (4, 18-19) quando lemos:
“ E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”
Os chamados realizados em Cafarnaum se multiplicavam e outros foram chamados para serem “pescadores de homens”. Naquela cidade o ministério de Jesus se frutificava e lá também moravam Pedro, Tiago, João e Mateus, o coletor de impostos.
Podemos imaginar como eram dados os ensinamentos de Jesus naquela época, e para isso devemos avançar mais um pouco pelos caminhos da cidade.
A Sinagoga de Cafarnaum
Andando pelo sítio arqueológico de Cafarnaum, mais precisamente no centro da pequena cidade, você vai encontrar as ruínas de uma Sinagoga.
Mas essa não é qualquer ruína, nem qualquer Sinagoga. Era ali que Jesus, aos sábados, professava seus ensinamentos.
Continuamos com nosso exercício de atentar nossos olhos para o que estamos vendo e para isso a primeira coisa a fazer é perceber que a construção que vemos hoje é a de uma Sinagoga construída no século IV. No entanto, se olharmos atentamente há uma distinção nas pedras das construções, isso porque esta sinagoga foi construída na base da sinagoga do século I, em outras palavras, que era o local onde Jesus pregava.
Neste local Jesus encantava a todos com sua eloquência e com seus ensinamentos, não demorou para que percebessem que ele tinha um jeito particular ao ensinar, e sua fama se seguiu por todos os cantos.
Cafarnaum e a casa de Pedro
Continuamos a passar pelos caminhos que Jesus passou, e olhando para cada pedra, nos lembramos daquele tempo e de todos os acontecimentos ocorridos ali, em Cafarnaum.
Percorrendo o mesmo caminho de Jesus, que saiu da sinagoga e foi até a casa de Pedro, podemos ver o local onde aconteceu o milagre da cura da sogra de Pedro (Lucas 4,38-39). Hoje, vemos uma igreja moderna que foi construída em 1990.
E abaixo dela temos a sobreposição de três edificações.
No primeiro nível há uma casa feita de pedras basáltica e datada do tempo de Jesus. Ali havia uma casa que depois foi transformada em uma igreja do lar, o que era comum na época, e por cima desta foram construídas duas igrejas.
Além disso, em escavações posteriores foram encontrados objetos que comprovaram que naquela casa morava um pescador. Mas o que leva a crer que seria Pedro?
Mesmo com as construções posteriores, acredita-se que a casa tenha sido de Pedro já que existem documentos com relatos de séculos distintos de pessoas que passaram por Cafarnaum e relatam que visitaram o local que teria sido a casa de Pedro.
É muito emocionante olhar para um lugar onde Jesus pode ter feito suas refeições e até mesmo dormido, não é!?
Os milagres de Cafarnaum
A emoção de entramos em contato com a vida e os lugares de Jesus nos faz querer conhecer mais e imaginarmos os detalhes. Cafarnaum foi um lugar onde muitos milagres aconteceram, além da cura da sogra de Pedro, foi também cenário da libertação de um homem endemoninhado (Lucas 4, 35), da cura do paralítico (Marcos 2,2-12) e da cura da filha de Jairo (Marcos 5, 41-42).
Passamos poucos minutos para termos uma ideia do que aconteceu em Cafarnaum, e mesmo visitando o local podemos rapidamente, em uma manhã, vermos os principais pontos que estiveram relacionados à vida de Jesus.
Além disso, da mesma forma que não podemos entender Cafarnaum pelo simples olhar superficial.
Isso porque aquelas pedras mostraria só antigas pedras, também devemos ajustar nosso olhar para as palavras do filho de Deus e nelas nos aprofundarmos, para que não sejamos impenitentes como o povo de Cafarnaum foi, pois, mesmo ouvindo as boas novas da salvação do próprio Jesus, ainda assim, não se resignaram e pela falta de fé foram vistos em declínio até a cidade chegar a ser desabitada no séc. V. (Mateus 11, 23,24; Lucas 10,15).
Quando percorremos os caminhos de Jesus somos levados a momentos de muitas emoções e reflexões. Peregrinando de Casa pela Terra Santa nos sentimos mais próximos dos ensinamentos de nosso Pai. Por isso, o texto de hoje vai nos levar à Jerusalém, mais especificamente ao Monte das Oliveiras. Vamos percorrer o monte até chegarmos ao nosso destino: A igreja do Pai Nosso.
Um lugar repleto de significado
Iniciamos nosso caminho pelo Monte das Oliveiras. O monte tem esse nome por conta dos bosques de oliveiras que cobrem a colina leste da Antiga cidade de Jerusalém. Quando percorremos o Monte das Oliveiras, estamos percorrendo um dos lugares mais importantes dos arredores de Jerusalém. Sabemos da extrema importância deste local na vida de Jesus Cristo. Foi desse monte que Jesus profetizou que o Templo iria cair ( Lucas 19, 41-44).
E após ter celebrado a última ceia, Jesus foi para o Getsêmani, que fica ao pé do Monte, para rezar ( Marcos 14, 26-42). Dos muitos acontecimentos passados no Monte das Oliveiras, também há a ida de Judas junto aos soldados para prender Jesus próximo ao jardim ( João 18, 1-12). E foi do topo do monte que Jesus ascendeu aos céus (Atos 1: 6-12).
Sabemos que o Monte das Oliveiras é repleto de lembranças e ensinamentos. E em seu topo encontramos a Igreja do Pater Noster. Foi lá que Jesus ensinou a oração do Pai Nosso. Mas antes de adentramos metaforicamente à igreja do Pai Nosso, vamos nos lembrar da importância da oração que o Senhor nos ensinou.
O poder da oração
No Evangelho de Lucas temos o momento em que Jesus ensina a oração do Pai Nosso aos discípulos:
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.” (Lucas 11, 1-2)
É interessante pensar que os discípulos estando ali tão próximos a Jesus, poderiam ter pedido qualquer coisa. Poderiam ter pedido que Jesus os ensinasse a multiplicar pães, curar enfermos, ou qualquer outra necessidade mundana. Mas sabiamente os discípulos pediram que Jesus os ensinasse a rezar, assim como Ele fazia. Isso quer dizer, eles queriam aprender ao máximo com Jesus e esse aprendizado foi eternizado.
Os ensinamentos de Jesus vindo por meio da oração do Pai Nosso foram arrebatadores. Nós sabemos que a oração é classificada como o centro das Escrituras e serve como um modelo para as orações cristãs.
Um momento de união
Dizem que quando rezamos estamos conversando silenciosamente com Deus. Não importa a altura da sua voz, ao rezar, sua conexão se faz por meio da aliança com Deus. E assim é a oração; é através dela que nos entregamos e entregamos nossos anseios, graças e aflições.
A oração do Pai Nosso, além de ter desígnios e ensinamentos essenciais, também nos emociona profundamente. Se deixarmos de lado a repetição desprovida de sentido e a forma maquinal de rezar, podemos sentir um maravilhamento vindo da oração. Pois a entrega que fazemos ao rezar o Pai Nosso, nos faz sentir em união. Não é a toa que estamos falando da oração que o Senhor nos ensinou!
O poder da simplicidade
Em poucas linhas, em poucos minutos, temos os ensinamentos mais profundos, o essencial para os cristãos. No início da oração do Pai Nosso, oramos para que sejamos levados em Sua direção; com a Santificação do Seu nome, com a vinda do Seu reino junto a nós. E que haja a predominância da Sua vontade. Seguimos pedindo pela misericórdia do olhar do Pai para que tenhamos o pão da alma e o pão da vida. Pedimos o perdão para nós e somos lembrados do perdão que devemos conceder a quem nos tenha ofendido. E, lembrando da nossa pequenez, pedimos que o Senhor nos proteja das tentações para que fiquemos livres de todo o mal.
As poucas palavras ditas na oração do Pai Nosso nos levam a refletir sobre nossas necessidades e fortalecem nosso elo de amor e confiança com nosso Criador. Para saber mais sobre o momento do ensinamento da oração, vamos voltar ao local em que ela foi ensinada.
A igreja do Pai Nosso
Andando pelas ruas da antiga Jerusalém, em direção à Igreja do Pai Nosso, nem imaginamos que ao passarmos por uma pequena porta, encontramos um lugar tão bonito e que inspira tanta paz. Passamos pela pequena porta e entramos nesse complexo hoje administrado pelas irmãs carmelitas chamado Igreja do Pai Nosso (também conhecida como Pater Noster).
No século IV d.C., no ano de 326, o imperador Constantino mandou construir, no local que guardava a Gruta onde Jesus ensinou o Pai Nosso, uma imponente basílica. A construção foi um pedido de sua mãe, Helena. A igreja que visitamos hoje já passou por algumas reformas.
Na invasão persa do ano de 14 foi destruída e depois uma outra foi erguida pelos Cruzados. Em meio a tantas marcas da História, o que nos salta aos olhos, são as paredes cobertas de painéis de cerâmica com mais de setenta inscrições em línguas diferentes com a oração do Pai Nosso. Depois que passamos pela Gruta e geralmente dedicamos um monte para fazermos a oração do Pai Nosso, ainda podemos seguir por corredores repletos das orações do Pai Nosso em diferentes idiomas.
Por receber peregrinos do mundo todo, é muito comum vermos as pessoas ansiosas para acharem a placa que tem a oração com o idioma de seu país.
Quando encontramos, nossa vontade é logo de registrar esse momento! Nossos peregrinos adoram essa foto!
A gruta do ensinamento
Andar em meio às várias placas com a oração do Pai Nosso, em línguas diferentes, nos faz pensar no imenso alcance dessas palavras e na força que tem a oração. Mas o local que mais toca nosso coração não é tão iluminado nem tão amplo. Estamos falando da Gruta onde a oração foi ensinada.
A tradição nos conta que Jesus ensinou a oração do Pai Nosso a seus discípulos em uma gruta. Esse local tão emblemático para nós é chamado de Gruta do ensinamento. Acredita-se que Jesus tenha estado nessa gruta com seus discípulos muitas vezes, lá muitos mistérios teriam sido instruídos. A Bíblia nos conta que o ato de ensinar a oração aos discípulos não foi programado, Jesus a realizou devido a um pedido espontâneo.
Neste local nasceu a oração que acompanha os cristãos desde os primórdios da fé. Uma oração que também nos mostra que não estamos sozinhos, assim como nos diz Mateus em seu Evangelho ( Mt 6, 8-9) “… o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes. Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome…”
Existe uma pequena cidade a menos de dez quilômetros de Jerusalém que guarda uma imensidão de significados históricos e espirituais. Ela se tornou o destino dos sonhos de muitos cristãos por ser imortalizada como a cidade onde Jesus Cristo nasceu. Hoje, nosso convite é para percorrermos os caminhos de Belém. Venha conosco nesta peregrinação pela cidade onde todo dia é Natal.
Belém acolhe a Sagrada Família
Belém ou Bethlehen, em hebraico, quer dizer “casa do pão”. A cidade palestina é conhecida mundialmente como o local onde Jesus nasceu.
De acordo com os relatos bíblicos, José e Maria partiram de Nazaré para Belém para que não precisassem participar do censo promovido pelas autoridades romanas.
No evangelho de São Lucas vemos esse momento:
E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
E subiu também José da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, de nome Belém (porque era da casa e família de Davi), A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Lucas 2, 1-5
Onde Jesus nasceu
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Belém era um pequeno vilarejo com sua população formada por pastores. Era uma região bastante fértil e por isso ficou conhecida como Efrata que quer dizer milharal. Foi esse fato que deu à cidade de Belém a denominação de Belém Efrata ou Belém de Judá. Essa segunda denominação servia para diferenciá-la de outras cidades que tinham o mesmo nome.
Belém na Bíblia
Antes mesmo de ser o importante local onde Jesus nasceu, Belém já fora mencionada algumas vezes na Bíblia.
Belém é a região do local de morte e sepultamento de Raquel , esposa do Jacó :
E partiram de Betel; e havia ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Raquel, e ela teve trabalho em seu parto. Aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás. E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim. Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém. E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
Gênesis 35, 16-20
Um lugar sagrado
Também podemos ver a cidade de Belém em menções bíblicas como:
"Ora, aconteceu que um adolescente de Belém de Judá, da tribo de Judá o qual era levita e morava ali, partiu da cidade de Belém de Judá para procurar uma morada. Seguindo o seu caminho, chegou à montanha de Efraim, à casa de Micas. “De onde vens?” – perguntou-lhe este –. “De Belém de Judá – respondeu o levita – e viajo em busca de um lugar onde me fixar.”" Juízes, 17, 7-9
Entre as muitas citações bíblicas envolvendo a cidade de Belém, anteriormente ao nascimento de Jesus, uma das mais conhecidas é a do Antigo Testamento no livro de Rute, em que encontramos :
No tempo que governavam os juízes, sobreveio uma fome na terra. Um homem partiu de Belém de Judá, com sua mulher e seus dois filhos, indo morar nos campos de Moab. Chamava-se Elimelec e sua mulher Noemi; seus dois filhos chamavam-se Maalon e Quelion; eram efrateus de Belém de Judá. Chegados à terra de Moab, estabeleceram-se ali.
Rute 1, 1-2
A Belém de hoje
Muito diferente do polo de peregrinação dos tempos atuais, na época no nascimento de Jesus, Belém era um vilarejo pequeno em população e bastante rústico. E foi neste local, com essa extrema simplicidade, em meio aos animais que veio ao mundo o Nosso senhor. Hoje, Belém abriga atualmente uma das maiores comunidades cristãs do mundo.
Quando peregrinarmos por Belém e chegamos ao seu centro, encontramos o local de maior importância: a Basílica da Natividade. Ou seja, é neste local sagrado que podemos conhecer a gruta em que Jesus nasceu. Este local teve desde o início do cristianismo o título de Sagrado.
Por isso, no decorrer dos anos, muitas outras construções tentaram protegê-lo, por ter também passado por tentativas de destruições. Muitos esforços foram feitos para que hoje pudéssemos adentrar à:
A igreja da Natividade
A Basílica da Natividade foi construída sobre a caverna onde aconteceu o nascimento do Menino Jesus . Pelos anos de existência, a Basílica da Natividade, a busca pela preservação e manutenção deste local sagrado sempre foi muito grande e, por isso mesmo, em 2012 a UNESCO deu à Igreja da Natividade o título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
A Basílica da Natividade é osegundo lugar mais visitado na Terra Santa. Em primeiro lugar, temos o Santo Sepulcro e em seguida a Basílica da Natividade, que em tempos habituais, chega a receber por volta de 2 milhões de visitantes por ano.
Uma das igrejas mais antigas do mundo
Estima-se que a construção da Basílica da Natividade teve início no ano de 326. A primeira construção foi executada pelo imperador Constantino e sua mãe Helena, no século IV e, a que se vê atualmente, foi construída por Justiniano em 530 d. C. Todos esses anos de construção e reforma fazem da Basílica da Natividade uma dasmais antigas do mundo.
Quando visitamos atualmente a Basílica da Natividade a vemos quase completamente renovada. O trabalho de restauração iniciado em 2013 já restaurou os mosaicos e colunas à sua antiga glória após 600 anos. “Esta é uma das maneiras de aumentar o turismo e garantir que os cristãos, atingidos pela crise econômica, não deixem esta terra”, disse o prefeito de Belém, Anton Salman, à Associated Press. “A igreja é linda, todos os cristãos do mundo deveriam visitá-la.”
A Porta da Humildade
Para que possamos entrar na Basílica, primeiro precisamos passar pela “Porta da Humildade”. A porta recebe esse nome por possuir apenas 125 cm de altura.
Diz a tradição que essa porta foi feita tão pequena para que não pudesse ser invadida por homens em seus cavalos, mas para nós o significado é distinto.
Por termos que nos curvar para entrar na basílica, consideramos esse ato como um sinal de humildade.
Gruta da Natividade
Uma vez dentro da Basílica, podemos visitar a Gruta da Natividade. Em outras palavras, podemos ter o privilégio de ajoelharmos e tocarmos a estrela de prata de quatorze pontas. Ela está no chão da Gruta consagrando o local exato do nascimento de Jesus.
Em primeiro lugar, imagine a emoção ao tocar no marco da manjedoura e contemplar o lugar do nascimento Daquele que veio ao mundo para a nossa salvação!
Praça da Manjedoura
Assim que saímos da Basílica da Natividade, podemos ver a Praça da Manjedoura, local de comemoração no período das festas natalinas. É neste local de Belém, tão importante para os cristãos, que as pessoas se reúnem para cantar canções de Natal antes da meia-noite.
Belém: a cidade Sagrada
Estar em Belém é como estar intimamente próximo ao sagrado, ou seja, podemos sentir a renovação das esperanças de renascimento.
Ao peregrinar por Belém, nos embrenhamos por uma cidade repleta de fé. E, o mais importante, é que podemos simbolicamente tocá-la e, ao mesmo tempo, nos deixarmos tocar pelo mistério que envolve a cidade que é a “Capital do Natal”.
Muitas pessoas sonham em conhecer os locais sagrados por onde Jesus pisou. Na Terra Santa são muitos os locais que nos emocionam por guardarem a graça de terem acolhido o nosso Senhor.
O que nos comove e encanta também são os passos da Sagrada Família. Entre os locais por onde estamos acostumados a peregrinar, um se destaca pelos milagres concedidos para quem busca também construir uma família. Você já sabe de qual lugar estamos falando? Sim, é da Gruta do leite! Vamos saber um pouco mais sobre os milagres vindos pelas mãos de Nossa Senhora?
A fuga e o abrigo
Antes de sabermos mais sobre a Gruta, vamos entender como ela entra na vida da Sagrada Família. Isso acontece quando a Sagrada Família sai do Egito, fugindo de Herodes que tinha ordenado a execução de toda criança com menos de dois anos com medo de perder seu trono para o recém-nascido “Rei dos Judeus”.
Conta a tradição que foi na Gruta do Leite que Maria deu de mamar ao menino Jesus. Uma gota de seu leite teria caído numa rocha que logo ficou toda branca. A partir daí, iniciou-se uma tradição secular em que as pessoas começaram a usar esse pó para alcançarem seus pedidos relacionados à maternidade. Mulheres e casais do mundo todo usam o pó da gruta quando não conseguem engravidar, ou quando a mulher não tem leite para amamentar.
Histórias de fé
Os testemunhos de pessoas que alcançaram milagres depois de rezarem e tomarem o pó são muitos. Estima-se que mais de 4.000 pessoas tenham testemunhado milagres com o “ pó da gruta”, e isso só nos últimos 12 anos! Esse local tão especial, que abrigou a Sagrada Família, fica próximo à Basílica da Natividade, lá peregrinos do mundo todo fazem suas orações pedindo a intercessão de nossa Mãe. Convidamos alguns dos nossos peregrinos para nos contarem como viveram os milagres concedidos por Nossa Senhora. Muitos dos nosso Peregrinos levam o pó da Gruta para amigos e familiares e foi o que aconteceu com a nossa peregrina Rosely Ardigo de Faria ela nos conta como foi a ida à Gruta do leite:
“Quando cheguei à Gruta do leite e vi aquela imagem de Maria amamentando o menino Jesus...foi muito emocionante! Foi lindo ouvir que muitas mães realizaram seu sonho de ser mãe”!
Logo veio na minha mente o sonho de meu filho, Dario, e minha nora, Amanda, de terem um bebê! Foi aí foi que comprei a novena e o pozinho. Eu trouxe 2 pacotinhos com a novena, pois eu estava também com uma irmã que recém teve embolia pulmonar e ainda estava em recuperação. Quando cheguei em casa dei para minha nora fazer a novena com muita fé e tomar o pozinho pois eles fizeram a novena e ....”
Convidamos a nora da Rosely, que ganhou o pó, para nos contar sua história:
“Oi, meu nome é Amanda e sou casada com Dario, nos casamos no ano de 2016 e em 2018 decidimos ter um bebê. Tentamos durante um tempo, mas sem sucesso.
Me lembro de ter ganhado de minha sogra um pó que veio da gruta onde Jesus foi amamentado, nele dizia que se rezássemos com fé a graça de ter um filho seria recebida. Começamos uma novena e rezamos com fé. Depois de um tempo procuramos um médico e descobrimos que eu estava com ovário micropolicístico e por isso eu não ovulava.
O médico me disse que eu não engravidaria sem tratamento. Mas eu escolhi não começar o tratamento para não ficar frustrada se não conseguisse engravidar logo. Três semanas depois, no dia 02/07/2019, chegou nosso tão sonhado POSITIVO...
Para Deus nada é impossível! Hoje estamos aqui com nosso pacotinho de amor cheio de saúde, nosso Miguel.
O milagre multiplicado
Muitas pessoas sabem das histórias de milagres envolvendo a gruta do leite e não perdem a oportunidade de pedir a quem vai à Terra Santa que reze por elas, ou mesmo pedindo que tragam o pó com a oração. Esse foi o caso do casal Érica Caroline Suave Garcia e José Vanderlei Garcia Junior:
“Conhecemos a História da Gruta do Leite, através do nosso amigo, Padre Marcio França, que foi à Terra Santa, e como já conhecia nossa história, rezou por nós e nos trouxe o pó da Gruta do Leite.
Fiquei muito feliz e emocionada, pois estávamos a quase dois anos tentando engravidar. Usei o pó da Gruta do Leite, e eu e meu esposo pedimos com muita fé, para que Deus nos abençoasse com um filho! Após três meses, descobri que estava grávida... Com a graça de Deus tive uma gestação abençoada e nosso primeiro milagre, o Miguel, chegou com muita saúde! Hoje ele tem quatro anos, e tem uma irmã de um ano, nossa Maria Luiza!
Um mês antes de engravidar da Maria Luiza, usei novamente o pó da Gruta do Leite e recebemos mais uma graça! Agradecemos todos os dias a Deus e a Nossa Senhora pelas bênçãos recebidas, e pela vida e saúde de nossos filhos, Miguel Suave Garcia e Maria Luiza Suave Garcia!
Uma história de gratidão
Emocionante, não é?! A nossa peregrina, Elenice Zamberlan Inocente , também compartilhou sua história de gratidão com Nossa Senhora:
“A minha peregrinação foi inesquecível principalmente quando visitamos a igreja onde o anjo apareceu a Nossa Senhora dizendo que ela conceberia um filho, Jesus. Isso me tocou muito porque lembrei da minha nora Juliana que conseguiu engravidar depois de várias tentativas! Foi uma benção! Hoje o meu neto, Murilo, está com 10 meses e com muita saúde. Sou muito grata por Deus ter me permitido fazer essa viagem uma lembrança muito boa.”
Esses são alguns depoimentos de pessoas que viram o amor nascer. Por intermédio de Nossa Senhora, tiveram suas súplicas alcançadas. Maria e José reuniram todas as forças para formarem não apenas uma família, mas a Sagrada Família. Que o ideal de amor e compaixão que vive no símbolo dessa família acompanhem todos aqueles que desejam também ver nascer e frutificar o amor e a fé.
Você vai se lembrar dessas palavras de Jesus narradas pelo evangelista São Mateus: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos” (Mt 11,25).
A jovem Santa Bernadette
Foi exatamente o que aconteceu em Lourdes. A jovem vidente Bernadette Soubirous era a primogênita de uma família de três filhos. Seus pais empreenderam com um pequeno moinho de trigo, mas vendiam tanto “fiado”, que acabaram indo à falência. A piedade do governo permitiu que eles recebessem um canto para morar: a prisão! A família passou a morar em um cubículo.
Bernadette, que sempre teve a saúde fragilizada, sofria constantemente de asma. A situação toda da família impediu que ela estudasse. Não sabia francês, apenas o dialeto local, e e não chegou a aprender todo o Catecismo.
Essa menina simples, que em 1858 tinha apenas 14 anos, foi a escolhida para receber a visita de Nossa Senhora em Lourdes.
Se você quiser saber todas as suas visões de Nossa Senhora em Lourdes, acesse aqui.
Tão logo as aparições começaram, a notícia já se espalhou por toda região e foi cada vez maior o número de pessoas indo atrás de Santa Bernadette. E conforme os milagres iam acontecendo, você já pode imaginar como ficou a vida dela, não é?
A mudança para Nevers
Depois das aparições vivenciadas em Lourdes e do forte assédio sofrido por pessoas que tentavam obter partes de suas vestes ou cabelo como forma de relíquia, Bernadette vai para Nevers como uma tentativa de se esconder e ter um pouco de paz. Após três dias de viagem de Lourdes até Nevers, Bernadette chega em 1866 ao local que seria sua nova morada.
É em Nevers que ela aprende sobre o noviciado com as Irmãs da Caridade e ganha uma profissão, torna-se enfermeira. Mesmo asmática, com tuberculose e câncer no joelho, Bernadette não media esforços na ajuda ao próximo, pois trabalhava mesmo quando doente.
Na época de Bernadette, no convento das Irmãs de caridade, viviam mais de 150 pessoas, entre noviças, religiosas e ajudantes de serviço. O espaço, que hoje abriga um imenso jardim que nos convida a uma caminhada reflexiva, na época era uma grande horta que servia como fonte de alimentação para os moradores.
Ainda no jardim encontramos uma pequena capela onde anteriormente fora enterrado o corpo de Bernadette, a capela de São José, santo de sua grande devoção.
Outro lugar muito especial ali é um pequeno espaço com a imagem de Nossa Senhora das Águas. Bernadette gostava muito desse lugar, era como um refúgio quando sentia saudades de sua família ou quando queria fazer uma oração mais íntima era para lá que ela ia. Ela dizia que Nossa Senhora das Águas era uma imagem que lhe agradava muito, pois lembrava a Nossa Senhora vista nas aparições; com os braços estendidos e um semblante calmo e sorridente.
Embora Bernadette tenha feito a descrição da imagem da aparição de Nossa Senhora para artesões da época, ela dizia que jamais alguém conseguiria traduzir a beleza e a magnitude da imagem que ela viu.
No Convento, Bernadette falou uma vez sobre as aparições de Nossa Senhora. Contou no dia em foi ordenada para um público de 300 religiosos em extremo silêncio dentro da sala de conferência detalhes das visões que teve. Depois desta narração, ela ganha o hábito das Irmãs da Caridade e não volta mais a falar sobre o assunto.
O uniforme a torna igual a todas e esse relato representa simbolicamente o fim de sua celebridade, falando pela última vez das aparições, agora ela seria uma irmã como as outras e, neste momento, Bernadette passa a ser chamada de Irmã Maria Bernarda.
Os Milagres de Lourdes
Depois das aparições, Bernardete ficou em casa com a família, mas era muito assediada pelas pessoas e por congregações que a queriam. Muito humilde e simples, sem dote, acabou ficando em casa. Todavia, cansada dos incômodos, resolveu aceitar e entrar em uma congregação. Pediu para entrar em Nevers. Tendo sido aceita, entrou para o convento em 07 de julho de 1866.
De uma infinidade de acontecimentos marcantes, vamos relembrar aqui, apenas alguns que possuem características absolutamente sobrenaturais.
Antes de entrar ao convento, ainda em Lourdes, a Superiora do hospital do local, Madre Alexandrina Roques, sofreu, após uma queda, uma torção que a condena a longo repouso, num período difícil, de muito trabalho, quando era muito solicitada por suas ocupações.
Manda chamar Bernadete e lhe diz: "Não posso ficar de cama estas cinco semanas, sobretudo neste momento em que aqui há tanto o que fazer. É preciso que a Santa Virgem me cure e ponha de pé. Vai lhe dizer isto na Capela". E ela foi. No dia seguinte, a Superiora estava de pé, sem nenhuma torção, para espanto do médico que, contudo, já devia ter visto coisas idênticas e outras até mais extraordinárias, em Massabieille.
Também depois de se mudar a Nevers teve várias oportunidades para ajudar o próximo. Certa vez uma mãe cujo filho morria, vai até o Convento e leva a coberta do berço da criança, com pretexto de que o bordado não estava terminado. Conversa com a Madre Superiora e lhe suplica que dê a Irmã Maria Bernarda para acabá-lo. A Madre concordou e levou a coberta onde ela se encontrava com as outras irmãs, e disse: "Está aqui uma coberta cujo bordado está errado; a dama que o trouxe pergunta se alguma de vocês poderia consertá-lo?".
Ao que Bernadette respondeu: "Isto é fácil! Essas belas damas da sociedade enganam-se no seu trabalho e somos nós que o temos de arranjar. Enfim, apesar de tudo, dê-o cá; vou tentar consertar isso". E a mãe do pequenino doente, já desenganado pelos médicos, passou a coberta sobre o berço, e seu filho ficou logo milagrosamente curado.
Aconteceu, em outra oportunidade, que uma mãe com sua filha portando uma incurável enfermidade que a impedia de andar, decidiu levá-la ao Convento, porque a medicina nada mais podia fazer por ela. Entendeu-se com a Superiora, que logo depois chamou Bernadette: "Irmã Maria Bernarda, quer tomar nos braços esta criança, enquanto eu falo com esta senhora? Sobretudo, não a ponha no chão". Ela afastou-se com a criança para debaixo dos castanheiros; quando a Superiora veio procurá-la, encontrou-a chorando, com receios de ser censurada.
A criança debatera-se de tal modo nos seus braços, que se viu obrigada apesar da proibição, colocá-la no chão, por onde andava e corria com toda alegria, em volta dela. A mãe ficou emocionada e chorou de satisfação, enquanto a Superiora apressadamente mandou Bernadete dar um recado na outra extremidade do Convento, para preservar a sua humildade. A criança estava totalmente curada, sorria descontraída e satisfeita brincava ao redor de sua mãe.
Assim, Nosso Senhor aliviava os sofrimentos das pessoas que tinham fé pela intercessão de Nossa Senhora, concedendo as graças ao suplicante por meio das mãos inocentes de Bernadette. O sagrado era tão natural à sua vida que Santa Bernadette não se espantava com os acontecimentos. Depois de sua morte, os milagres multiplicaram-se em torno de seu túmulo, com uma frequência notável.
A morte de Bernadette
A Irmã Maria Bernarda passou por alguns quartos da enfermaria em enquanto esteve doente, mas em seus últimos dias, quando já estava muito enferma, foi colocada na enfermaria que ela chamaria de Capela branca. Prestes a morrer e sentindo muita dor, ela diz que suas dores são tão fortes que ela se sentia como um grão de trigo sendo esmagado no moinho.
No dia 28 de março de 1879, pela quarta vez recebeu a Extrema Unção. Protestou: "Curei-me todas as vezes que a recebi". Depois do Santo Viático ministrado pelo Padre Febvre, disse: "Minha querida Madre, peço-lhe perdão por todos os sofrimentos que lhe causei, com minhas infidelidades na vida religiosa e peço também perdão às minhas companheiras dos maus exemplos que lhes dei... sobretudo com o meu orgulho!".
Durante a Semana Santa, celebrada do dia 6 ao dia 13 de abril, os escarros agravaram-se e ela pede um "alívio": "Se pudesse encontrar na sua farmácia qualquer coisa para aliviar os meus rins, estou toda esfolada". E de outra vez manifestou-se assim: "Procure então nas suas drogas... qualquer coisa para me fortificar. Não tenho forças nem para respirar. Mande-me vinagre bem forte para cheirar". Depois mandou tirar todas as imagens e estampas de Santos que ornavam o seu quarto. E mostrando o Crucifixo, disse: "Somente Jesus!". Ele lhe bastava!
Quando as outras Irmãs, companheiras de Bernadette, vão ao seu encontro para rezar e se despedirem, uma delas pede para que no céu ela não se esqueça dela, e Bernadette diz “No céu não me esquecerei de ninguém”, ou seja, todos aqueles que rezarem por Santa Bernadette não serão esquecidos.
Por fim, às 15 horas do dia 16 de abril de 1879, ainda jovem com 35 anos de idade, morreu Bernadette depois de um intenso e penoso sofrimento que lhe impuseram seus diversos males. Fez um grande sinal da Cruz, pegou no copo contendo a bebida fortificante que lhe apresentaram, toma por duas vezes algumas gotas e inclinando a cabeça, entrega docemente a sua alma.
Tão pura e com tanto amor a Deus e à Virgem Maria, que tinha receios, mesmo involuntariamente, de os ofender. Isto transformou-se para ela num grande drama moral, que a atordoou bastante, nos últimos dias de vida.
Viveu como manda o Evangelho e ofereceu exemplos de vida para todas ocasiões e para o mundo viver o conteúdo da mensagem divina, que ela recebeu na gruta de Massabieille: "Pobreza, Oração e Penitência". O seu encanto transparece mais visível e brilhante, nos milagres que ocorreram por sua intercessão e que fizerem com que ela fosse proclamada Santa, antes mesmo de ser canonizada.
Os muros de sua capela funerária, estão hoje repletos de "ex-votos", emblemas vivos de sua eficaz mediação junto à Mãe de Deus. Ela também fazia maravilhas ao longe, mesmo sem intervenção de relíquias e de imagens, tendo sem cessar, feito prevalecer a força e o poder do Espírito Santo.
Trinta anos após sua morte, em 22 de setembro de 1909, foi aberto o caixão para reconhecer os despojos mortais. Seu corpo estava intacto, a tez estava branca. A 13 de abril de 1925, exumaram-na pela última vez, Bernadette, ainda intacta, parecia que estava adormecida. Cobriram sua face e suas mãos com cera e a colocaram sobre cetim, seda e rendas, na Capela, onde hoje encontra-se à veneração de todos, no Convento de Saint Gildard, em Nevers, na região do Loire, na França.
Na capela, que está no centro do espaço, encontramos o corpo incorrupto de Bernadette. Uma peculiaridade deve ser levada em consideração; a primeira imagem que temos ao adentrarmos a capela não é o corpo de Bernadette, mas sim a imagem de Jesus no crucifixo, e isso reflete a vontade de Bernadette de sempre se voltar a Jesus em primeiro lugar, assim como dizia em suas orações “Somente Jesus”.
O corpo de Santa Bernadette encontra-se hoje em uma redoma de vidro e foi posto assim após três exumações que constataram a forma intacta do corpo, isso fez parte do processo de santificação, mas devemos nos ater ao fato de que Bernadette não foi tida como santa pelo estado de seu corpo, mas sim por toda sua vida que foi vivida segundo o evangelho. Devemos nos lembrar de que o corpo de Santa Bernadette é apenas um sinal de Deus para nos lembrar que Ele conserva quem se conserva no caminho dEle.
A gruta em Nevers
Existe uma réplica da gruta de Massabielle em Nevers, no Espaço Bernadette, que foi feita logo depois da morte de Bernadette, já que muitos peregrinos passaram a visitar o espaço e pediam por uma réplica da gruta de Lourdes.
A gruta é um ponto de reflexão e oração. Diferencia-se do Santuário de Lourdes, pois enquanto em Lourdes há uma efusão de pessoas e movimentação, em Nerves podemos sentir a calma e apreciarmos o silêncio do lugar.
A gruta conta com uma pedra vinda de Lourdes para que a importância de Nossa Senhora seja sempre lembrada e reverenciada.
Oração a Santa Bernadette
Senhor, que vos dignastes conceder à jovem Bernadete a graça de ver vossa mãe Santíssima e com ela conversar e orar, concedei também a mim uma maior devoção para com Maria Santíssima e a graça de boa saúde e disposição do corpo e da alma.
A devoção a Nossa Senhora das Graças e à Medalha Milagrosa é muito grande no Brasil. E tudo começou em 1830 quando Nossa Senhora aparece à Santa Catarina Labouré e pede que seja cunhada a medalha que hoje conhecemos como Medalha Milagrosa. O Santuário da Medalha Milagrosa é um dos locais preferidos pelos nossos peregrinos quando estamos na França. Sabe-se que a Medalha ganhou fama mundial pelo seu poder milagroso pela intercessão de Nossa Senhora. Pensando nisso, convidamos alguns de nossos peregrinos para relatar suas experiências. Vamos descobrir o que eles sentiram ao visitar esse lugar Sagrado?
Experiências de fé
Vera Lucia Ferreira Lepre
Começamos pela nossa peregrina Vera Lucia Ferreira Lepre que esteve lá com a SacraTour em 2018.
“Meu nome é Vera, tenho 58 anos e sou viúva há 3 anos. Tenho dois filhos casados, e uma netinha. Participo da comunidade Nossa Senhora das Graças, que pertence a Paróquia Cristo Redentor, na cidade de Várzea Paulista SP. Quando em agosto de 2017, a minha paróquia começou a divulgar que estava organizando uma peregrinação aos Santuários Marianos pela Europa, me chamou à atenção, mas achei que para mim não seria possível….
Porém, em um domingo, ao final da missa na minha comunidade, o padre Anderson falou sobre essa peregrinação, convidando o povo a participar. Nesse momento meu coração literalmente "ardeu” de desejo de conhecer esses lugares Sagrados. (Naquele instante me lembrei da passagem do Evangelho dos discípulos de Emaús.) Nessa passagem, eles falam sobre como sentiam seus corações arder enquanto Jesus lhes falava pelo caminho. Eu senti isso! Meu coração ardeu.
Naquele momento eu conversei com Nossa Senhora, ali mesmo dentro da igreja…pedi a ela que se fosse do agrado de Deus, e para o meu bem, que eu pudesse me programar para fazer essa peregrinação. E tudo deu certo…e eu vivi intensamente cada minuto dessa peregrinação. Em cada Santuário que eu entrava, meu coração disparava de alegria.
Eu tinha em minha mente uma ideia de como deveria ser a Capela da Medalha Milagrosa, mas estando lá, vi que era muito mais bela do que eu imaginava.
Me sentei em um daqueles bancos e fiquei a imaginar a alegria que Santa Catarina Labouré sentiu ao ver Nossa Senhora....parecia até ouvir aquele barulhinho do vestido de Nossa Senhora (que Santa Catarina conta que ouviu quando a viu na Capela)
Eu já conhecia a história, mas ali dentro da igreja fiquei imaginando cada detalhe; Santa Catarina ajoelhada aos pés de Nossa Senhora, que estava sentada em uma cadeira…imaginava aqueles globos girando, a aparição da Medalha. Enfim, pensei em como Deus fala com seu povo, de diversas formas e nós muitas vezes não valorizamos isso.
O que sempre me chama a atenção nas aparições de Nossa Senhora é a sua serenidade…ela sempre sorri, fala pouco e só o necessário. Como se estivesse a nos ensinar a também agir assim. Ainda mais nos dias de hoje, que o mundo faz com que as pessoas andem tão agitadas. Procuro no meu dia a dia sempre me lembrar desse exemplo de Nossa Senhora.
Aquele silêncio, ali dentro da Capela da Medalha Milagrosa, me fez um bem enorme…me levou à uma reflexão profunda.
Agradeço a Deus e à SacraTour, por esse privilégio que tive de Conhecer esse Santuário Mariano e tantos outros. O grupo de pessoas também, foi abençoado!!!!!! Levarei essas lembranças para toda a minha vida!!!!!Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!!! Para sempre seja louvado!!!!!!”
A Medalha Milagrosa é muito conhecida pelo seu poder de cura. Nossa Senhora nos diz, por intermédio de Santa Catarina Labouré, da importância do uso da medalha “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança” E assim foi feito por nossa peregrina:
Maria de Fatima Siqueira Vilani
“Tenho uma ligação muito forte com Nossa Senhora…nasci no dia de Nossa Senhora de Fátima 13 de maio...sou devota de Nossa Senhora Aparecida...e em 2015 tive um câncer de mama. Ganhei de uma afilhada a Medalha Milagrosa, já conhecia, mas por ter sido um momento muito difícil da minha vida, receber a Medalha, me deu muita força para seguir a caminhada. E voltar a Igreja na França junto com o Padre Lúcio Cesquin, os peregrinos e tudo preparado com tanto carinho, pela SacraTour, é indescritível tanta emoção.
Participar de uma Missa, foi o momento mais emocionante, aquele silêncio, respeito, celebrada pelo Padre Lúcio, fez toda a diferença e com certeza aumentou a minha FÉ. Deixo minha Gratidão a todos, e não poderia esquecer da Silvinha, uma profissional impecável que nos acompanhou, assim como todos os envolvidos da SacraTour, envolvidos nesta peregrinação.”
Devemos sempre nos lembrar da importância da oração. Colocamos nas mãos de Nosso Senhor e de nossa Mãe todas os nossos pedidos e aflições. Assim como fez nossa peregrina:
Roseli Betani de Moraes
“Conhecer a Igreja da Medalha Milagrosa foi uma experiência muito especial nessa peregrinação. Há alguns anos, eu tive um problema de saúde e com muita fé e confiança eu fiz a novena de Nossa Senhora das Graças. Durante a novena, eu tive uma experiência sobrenatural, pois eu senti a presença de Nossa Senhora. Foi algo muito forte! E mudou muito a minha fé e só aumentou a minha fé. Quanta emoção! Me senti perto da nossa mãezinha e mesmo nas dificuldades saber que a gente é amado e muito bem cuidado. Para mim, foi muita emoção! Um momento muito especial! ”
No dia 19 de setembro de 1846, Nossa Senhora de La Salette aparece para duas crianças pastorinhas na comuna francesa de La Salette-Fallavaux. Ela deixa uma mensagem de forte impacto que iria converter muitos cidadãos da época. Passados muitos anos, a mensagem deixada na aparição continua muito necessária e evidente para quem busca um caminho de iluminação na vida cristã.
Este local tão especial, no alto das montanhas, bem próximo ao céu, deixa boas recordações em todos que já passaram por lá. E por isso, perguntamos aos nossos peregrinos “Qual foi a sensação de estar no Santuário de Nossa Senhora de La Salette? ” Vamos começar a saber a resposta com a nossa peregrina Cidinha Jardim que teve uma experiência marcante ao visitar o Santuário de Nossa Senhora de La Salette, e ela fez um vídeo para nos contar como se sentiu:
Frei Antônio já foi diretor espiritual em nossas peregrinações aos Santuários Franceses e ele nos conta o que sentiu em uma dessas peregrinações:
Frei Antônio Pereira dos Santos
“A experiência que tive em Nossa Senhora da Salette foi muito comovente, pois estava com um grupo de paroquianos, os quais fazem parte da paróquia que tem como padroeira Nossa Senhora da Salette, da cidade de Capitão Leônidas Marques, no Paraná. Para mim, foi muito sublime estar naquele espaço sagrado, nos alpes da França, onde percebi grande demonstração de fé, de muitas pessoas que vão para lá todos os anos e acorrem para receber graças sobre graças.
Para mim, foi muito gratificante o fato de poder ter a graça de celebrar a sagrada eucaristia naquele lugar sagrado, faltam palavras para expressar tamanha alegria.
Creio que esse sentimento também foi de todo o grupo, pois percebia isso nitidamente na fisionomia de cada pessoa. Hoje recordo com muita saudade aquela peregrinação de 2017, onde tivemos maravilhosas experiências de encontro com Deus e com a virgem Maria. Que deus abençoe todos nós e que a virgem nos cubra com o seu manto sagrado”
Decio Dallabrida e Nilva Elena Dallabrida também peregrinaram com a SacraTour para o Santuário de Nossa Senhora de La Salette, vamos saber o que eles sentiram:
“Nossa Senhora da Salete já faz parte da história de nossas vidas desde o início dos anos 70. Conhecíamos a história das aparições. Pois ela é a padroeira da nossa paróquia. Ao ter a oportunidade de visitar o seu santuário, imaginamos um momento único em nossas vidas... E foi o que aconteceu.
Muita emoção ao subir os Montes e encontrar a nossa padroeira, certamente nos esperando. A procissão, a imagem dela ao lado da fonte, a missa com os testemunhos dos peregrinos, foram os momentos mais marcantes da nossa visita. Além da paisagem única. Chamou muito a nossa atenção toda a organização do santuário. Principalmente no atendimento aos peregrinos.”
A França foi palco de muitas aparições de Nossa Senhora. Comumente nos lembramos das aparições que aconteceram em Lourdes e em Paris. Mas a aparição que aconteceu na comuna francesa de La Salette-Fallavaux teve sua distinção por trazer uma mensagem bastante forte e necessária.
As reflexões entregues por Nossa Senhora às duas crianças fazem com que até hoje revejamos nossas atitudes. Sua atualidade nos faz refletir em vários âmbitos. Mas antes de conhecermos a mensagem deixada por Nossa Senhora, vamos saber mais sobre:
Quem eram as crianças
Estamos falando de Mélanie Calvat (ou Melânia em tradução para o português) e Maximino Giraud que moravam na região dos Alpes franceses. Melânia era uma criança de quatorze anos e já era bastante acostumada a trabalhar nas montanhas cuidando de vacas desde os nove anos.
Já Maximino tinha nove anos e não sabia muita coisa do trabalho. Eles eram crianças muito simples. Maximino foi trabalhar um dia antes da aparição para substituir um funcionário que havia faltado.
Quando Maximino se aproximou de Melânia durante o trabalho, ela não queria que ele ficasse por perto, mas quando ele disse que era novo naquele trabalho ela acabou aceitando.
O dia da aparição
O dia 19 de setembro de 1846 parecia ser um dia comum na vida dos dois jovens, o único fato diferente era o excesso de calor que fez com que após o almoço eles procurassem um local fresco para descansar. Diferente do que estavam acostumados a fazer, eles se deitaram na relva e acabaram dormindo. Quando acordaram, perceberam que as vacas tinham saído de perto deles e passaram a procurá-las.
Foi durante a busca pelas vacas que as crianças avistaram um clarão. Nesse momento, os dois perceberam algo tão forte que era como se o sol tivesse descido a Terra. Eles viram uma Senhora sentada em uma enorme pedra com a mão cobrindo o rosto e ela chorava muito.
O encontro
Quando as duas crianças encontram Nossa Senhora ficam primeiramente assustadas. A Senhora levantou e cruzou seus braços e disse: “Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade! ” A imagem da Senhora era muito reluzente. Ela estava vestida como as camponesas da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado as costas, touca de camponesa.
Tinha rosas coroando sua cabeça, ladeando o lenço e ornando seu calçado. Em seus olhos havia lágrimas que rolavam pelas faces. Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Outra corrente mais leve prendia sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado e do outro um alicate.
A forte simbologia
É interessante pensarmos no fato de que Nossa Senhora se apresenta com uma roupa comum às pessoas do lugar. Mostrando uma identidade e conhecimento de tudo que se passava.
Também os outros símbolos revelam muito e colaboram com a mensagem de Nossa Senhora, como as correntes que representariam o peso dos pecados dos homens e que também impedem com que Ela os ajude.
A cruz com o martelo ao seu lado esquerdo simboliza os pecados da humanidade que pregaram Jesus na cruz, já o alicate simboliza a remoção desses cravos e a ressureição de Cristo.
O que estava acontecendo na época
A mensagem de Nossa Senhora é bastante forte e muitas vezes pode até ser difícil de ser ouvida. Muitos dizem que ela se assemelha como uma bronca de mãe, para que possamos repensar nossas atitudes.
Mas antes de sabermos mais sobre a mensagem, é importante sabermos como estava o mundo naquele momento. Já que esse entendimento tem total relação com o entendimento da mensagem. A aparição se deu em 1846 e um pouco antes, em 1789, teve i