Rita nasceu provavelmente no ano de 1381, em Roccaporena, um pequeno vilarejo situado no município de Cássia, na província de Perúgia, na Itália. Situada na região mais montanhosa da Úmbria, Cássia deve a sua importância ao santuário construído em nome de Santa Rita, um dos mais importantes centros espirituais da região e célebre meta de peregrinação.

Ao falar de Cássia, não tem como não citar Santa Rita; a monja, beatificada em 1900, que viveu entre 1381 e 1457. Hoje a Santa, conhecida como dispensadora de graças, é venerada em todo o mundo e muita gente, a cada ano, chega em peregrinação durante as celebrações que se têm no Santuário dedicado a Santa Rita.

Principais atrativos da cidade de Cássia

Cidade de Cássia, na Itália

Os principais atrativos da cidade de Cássia são a Basílica Santuário e o Mosteiro de Santa Rita, verdadeiros centros religiosos de fama mundial, que oferecem aos peregrinos uma ocasião para refletir e orar. No Mosteiro se pode ver a cela onde viveu Santa Rita por 40 anos como monja agostiniana e o oratório com o Crucifixo milagroso.

A basílica atual foi construída entre 1938 e 1947, e trata-se de uma construção moderna. Na capela dentro da basílica se encontra o sarcófago onde as monjas depositaram o corpo de Santa Rita logo após a sua morte. Seu corpo está revestido com o hábito agostiniano. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, mas o resto do corpo, coberto pelo hábito agostiniano, está em forma de simples esqueleto.

Santa Rita, o respiro do perdão

Entre os eventos extraordinários da vida monacal de Rita, mulher de fé e de coragem, recordamos o episódio, historicamente comprovado, do espinho que se desprendeu do Crucifixo e se prendeu na fronte e na alma da santa, e que foi interpretado como uma chaga, uma ferida resultante dos sofrimentos pessoais e familiares vividos.

Desde o ano de sua morte (22 de maio de 1447), depois de 4 anos de enfermidade e mortificações com contínuos jejuns e penitências, a fama de santa, antes da beatificação, se difundiu, não somente no território de Cássia, mas em toda parte, e alguns anos depois, foram registrados milagres atribuídos a ela, porém, a sua canonização só aconteceu em 1900, por vontade do Papa Leão XIII.

Peregrinar por Cássia significa reencontrar e reviver a atmosfera espiritual na qual viveu Santa Rita, a carga de esperança que animou a sua vida, a busca constante pelo primado do bem sobre o mal, o respiro do perdão e a fidelidade em Deus, que ultrapassa todo sofrimento e desespero.

Grupo de peregrinos da SacraTour em Cássia, na Itália

Santa Rita, das causas impossíveis, rogai por nós.

Fonte: Remo Piccolomini e Natalino Monopoli. Santa Rita da Cascia: il respiro del perdono, 2016.

 

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Que tal comemorar a festa de São João sabendo mais sobre este Santo tão presente em nossa cultura? Peregrinando de Casa pela Terra Santa nos acostumamos a conhecer a riqueza e a beleza de lugares admiráveis na vida de Jesus. No caminho por esses locais sagrados, nos deparamos com a história da vida dos santos. 

Saber sobre essas histórias também nos ajuda a compreender melhor os ensinamentos e a relacionar a importância de locais e ensinamentos. A vida São João Batista é um bom exemplo de auxílio na construção dos caminhos de Jesus. Vamos saber mais?

Começamos com o fato de que a Igreja Latina fixou a conhecida Festa de São João exatamente seis meses antes do Natal e três meses depois da Anunciação, tendo como base o anúncio do Anjo à Maria, que também anuncia sobre a gravidez de Isabel (Lc 13,6). Diversos fatores fizeram de João Batista, o primeiro santo venerado em todas as partes do mundo com uma solenidade festiva e muitas igrejas a ele dedicada em diversas nações.

João é a lâmpada preparada para o Messias

Pode-se afirmar que o Evangelho é a história simultânea de profecia e cumprimento (cf. Sl 132,17; Jo 5,35). João e Jesus, cada um com a sua profunda singularidade e o seu chamado específico, foram tomados por uma substancial humanidade ao seguir os desígnios de Deus no serviço ao Reino. De fato, Jesus perguntava ao povo: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?” (Lc 7,24). “Este é aquele de quem está escrito: – Enviarei o meu mensageiro à tua frente; Ele preparará o teu caminho diante de ti” (Lc 7,27).

Os passos de João e Jesus sempre nos ensinam e nos inspiram. São João Batista foi o precursor dos passos de Jesus, anunciando o reino dos céus. Ele iluminou o caminho de Jesus, abrindo espaço no coração e na mente das pessoas para a entrada das palavras do Messias.

O testemunho de João Batista

O testemunho de João Batista nos toca e nos mostra o que significa dar testemunho (Cf. Jo 1,34). E é João Batista que anuncia que chegou o tempo da redenção “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. ” (Jo 1,29). Ele é o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro Apóstolo de Jesus, porque dá testemunho de Jesus ainda em vida. João tornou-se um operador de conversões em Israel e o Precursor do Senhor com o espírito e a força do profeta Elias.

No ano 15 do império de Tibério (28-29 d. C.) iniciou a sua missão ao longo do Rio Jordão, anunciando a chegada do Reino messiânico, exortando à conversão e, pregando a penitência. Por isso, João mergulhava nas águas do rio Jordão como sinal de purificação dos pecados e do nascimento à nova vida àqueles que acolhiam sua palavra. E assim, lhe foi dado o nome de Batista.

Grupo de peregrinos da SacraTour na Igreja da Visitação, em Ein Karem (Jerusalém/Israel)

 Nos passos de João Batista

Ao peregrinarmos pelos passos de João Batista, podemos ver que em  sua vida há uma mulher estéril e anciã, Isabel, e um pai que vivia no Templo, sendo também ele um ancião, Zacarias. Eles são pobres, mas justos diante de Deus (Lc 1,6). Em nossas peregrinações pela Terra Santa, é muito comum visitarmos Ein Karen, que é o local onde viveu Zacarias e Isabel, os pais de João Batista. Podemos ver que Ein Karen é um antigo vilarejo que ficava a alguns quilômetros de Jerusalém, e que atualmente, com o crescimento da cidade, encontra-se como parte integrante da cidade, sem perder sua atmosfera pastoril.

Continuamos a peregrinar pela Igreja da Visitação que, além de linda, é o lugar que marca o encontro de Maria com Isabel. Nesse encontro das duas primas grávidas e dos respectivos filhos, podemos imaginar a alegria que saltava do ventre de cada uma delas.

Igreja da Visitação, em Ein Karem (Jerusalém/Israel)

Seguimos peregrinando por um dos locais mais emblemáticos e repleto de emoção: o rio Jordão. Este rio é tão importante porque foi lá que João Batista pregava um batismo de penitência. É deste momento, que nossos peregrinos buscam a renovação do Sacramento do Batismo, como o sinal de quem nasce para uma nova vida. E, com certeza, muitas palavras e citações do Evangelho sobre João Batista ecoam na mente e no coração de quem se permite viver essa experiencial de fé.

Grupo de peregrinos da SacraTour renovando suas promessas batismais no Rio Jordão, mesmas águas em que Jesus foi também batizado por São João Batista
A devoção popular no Brasil

Ligadas à celebração de São João, de Santo Antônio, de São Pedro e São Paulo, as festas juninas, se destacam em todo o Brasil, valorizando as tradições locais de nosso imenso país, revelando ao mesmo tempo, a fusão de elementos históricos e religiosos desde o Brasil colonial.

Um dos símbolos desses festejos é a fogueira, em torno da qual, nasceram não somente superstições, como também, tradições. A fogueira, por exemplo, foi trazida pelos missionários jesuítas e era ao seu redor que se dançava a quadrilha, uma tradição influenciada pelas danças típicas dos nobres franceses. Os fogos de artifício, por sua vez, foram incorporados das tradições chinesas que já manipulavam a pólvora para a fabricação de fogos. A dança de fitas, são oriundas de Portugal e Espanha. Tudo isso mostra a riqueza multicultural de nosso país.

Por isso, o mês de junho é marcado por festejos nos quatro cantos do país, realizados por Igrejas, colégios, sindicatos e empresas, atraindo também turistas do Brasil e do exterior.

Nesse momento de aprendizagem que estamos vivendo, ainda nos cabe reaprender a comemorar de casa. Assim como peregrinamos de casa por lugares fantásticos, também podemos usar a imaginação e o coração para nos transportarmos para lugares tão significativos na vida de São João Batista. E continuamos pedindo a intercessão de todos os santos e nesse sentido, oramos dizendo: São João Batista, rogai por nós.

Celebração da Festa Junina em honra a São João, Santo Antônio, São Pedro e São Paulo
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Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e Maria, foi um grande amigo de Jesus, de farto, em sua casa, a três quilômetros de Jerusalém, Jesus fazia breves pausas para descansar, sendo confortado pelas atenções de Marta e Maria. Betânia, fornecia, junto a Betfagé, o último repouso para que vinha a Jerusalém partindo de Jericó. Antigamente era só uma vila.

Na Sagrada Escritura é citada com o nome de Ananias, entre os lugares povoados por Benjamim ao retornar do Cativeiro na Babilônia (Cf. Ne 11,32); o prefixo “bet”, que significa casa, foi acrescido depois, e sucessivamente o nome se transformou até a forma de “Betânia”. Esse lugar também é chamado pelos muçulmanos como Al-Eizariya (o lugar de Lázaro).

São Lázaro de Betânia

A celebridade de Betânia

Essa não se deve somente às diversas paradas que Jesus fez ali para descansar, (Cf. Lc 10, 38-42; Jo 12,1) mas provém especialmente do milagre impressionante que Jesus realizou: a ressurreição de Lázaro (Cf. Jo 11,17-44). E por isso, desde os primeiros tempos do cristianismo, o túmulo de Lázaro atraiu a devoção dos fieis, que no século IV construíram ali um santuário. A casa de Betânia e o túmulo foram metas de peregrinação desde os primeiros tempos do cristianismo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos informaram que ao lado do túmulo de Lázaro foi edificado um mosteiro sob o beneplácito de Carlos Magno.

A ressurreição de Lázaro

As Igrejas e túmulo de Lázaro

O túmulo de Lázaro não é um túmulo comparável aos outros. O culto que os peregrinos de Betânia realizavam interruptamente desde os primeiros séculos, revelara que a sua ressurreição prefigurava a ressurreição de Cristo.

Igreja de São Lázaro, em Betânia (Israel)

Sobre o túmulo de Lázaro surgiram duas igrejas. A primeira foi destruída por um terremoto e a secunda pelos Persas, em 614. Foi construída uma terceira igreja no tempo das Cruzadas. Depois os muçulmanos se instalaram em Betânia e somente no século passado, os Franciscanos compraram essa propriedade. Escavações realizadas nesse lugar, em 1949, depois da destruição de velhas casas, permitiram encontrar as ruínas dessas igrejas e de um mosteiro do tempo das Cruzadas.

A Igreja atual, construída em 1952, surgiu sobre os fundamentos destas antigas igrejas. Essa igreja não possui janelas e dá a ideia de um monumento sepulcral. A luz entra através dos vidros da cúpula, que representam a ressurreição de Lázaro e deJesus. Os mosaicos retratam os três episódios do Evangelho ligados a Betânia. “Era uma gruta com uma pedra posta sobre ela” (Cf. Jo 11,38). O túmulo de Lázaro, era provavelmente escavado na rocha dessa gruta.

Por isso, Jesus gritou em alta voz: “Lázaro, vem para fora”! (Jo 11,43). Hoje, se pode descer até o túmulo por uma escada de vinte e dois degraus. A antiga porta que se tinha foi fechada pelos muçulmanos que construíram uma mesquita entre a Igreja e o túmulo. No século XVII, os Franciscanos obtiveram o direito de abrir esta porta, que permite descer até o túmulo.

Tumba de Lázaro, em Betânia (Israel)

Viva sua peregrinação com a gente!

Ao viajar conosco o peregrino tem a possibilidade de fazer memória dos acontecimentos da vida de Jesus que se desenvolveram em Betânia. É sempre essa memória de Cristo que vem em primeiro lugar em nossos roteiros e que conduz o nosso agir. Desse modo, diante do túmulo de Lázaro, abramos nosso coração à esperança da Ressurreição e do Céu e deixemo-nos descansar no Senhor.

 
Fonte: Santi e Beati / Extraído de “Sulle orme di Gesù, guida ai santuari di Terra Santa”, Edizioni Terra Santa, Milano – pp. 103-108. Nayara Pedrini / Tiago Brunet. Manual do peregrino na Terra Santa, 2013

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No dia 14 de agosto a Igreja celebra São Maximiliano Kolbe, um santo que nasceu na Polônia de uma ardente família cristã, em 7 de janeiro de 1894; o seu nome de batismo era Raimundo.

Auschwitz, na Alemanha

Por causa das condições precárias da família somente o filho primogênito pôde frequentar a escola e, por isso, Raimundo procurou aprender a ler e a escrever com o padre da cidade e depois com o farmacêutico. Com a chegada dos Frades Menores na região, estes propuseram aos pais de Raimundo acolhida dos dois filhos mais velhos no colégio franciscano para que recebessem formação intelectual e cristã.

Do colégio, os dois irmãos passaram para o noviciado franciscano, mas o primogênito, Franciszek, abandonou o convento para dedicar-se à carreira militar tomando parte na Primeira Guerra Mundial, vindo a desaparecer em um dos campos de concentração.

Quanto a Raimundo, certo de corresponder à vontade de Deus, assumiu o nome de Maximiliano Maria, e foi destinado a frequentar o Colégio Seráfico Internacional de Roma para prosseguir sua formação. Em 1915 concluiu o curso de filosofia na Universidade Gregoriana de Roma.

Auschwitz, na Alemanha

A Milícia da Imaculada

No decorrer do tempo que passou em Roma, frei Maximiliano começou a perder sangue pela boca: foi o início da tuberculose, que entre altos e baixos, o acompanhou por toda a vida. No entanto, enquanto consolidava sua própria formação, se rendeu conta que devia operar para a defesa do Reino de Deus sob a proteção de Maria Imaculada. Sabia que os tempos eram difíceis devido à influência do Modernismo e da Maçonaria.

Deste modo, após receber o consentimento de seus superiores, em 16 de outubro de 1917, fundou com outros seis companheiros, a Milícia da Imaculada, que tinha por objetivo “renovar todas coisas em Cristo por meio da Imaculada”. Depois de sua ordenação sacerdotal em 1918 e conclusão dos estudos teológicos em 1919, retornou à Polônia, mas por causa da tuberculose não podia dedicar-se à pregação. Desse modo, com a autorização dos superiores e do bispo, se dedicou inteiramente à Milícia da Imaculada, recolhendo numerosas adesões entre os religiosos de sua Ordem, professores e estudantes da universidade, profissionais e camponeses.

Alternando períodos de repouso por causa da tuberculose que avançava, padre Kolbe fundou em Cracóvia, em 1921, um jornal de poucas páginas chamado “O Cavaleiro da Imaculada” para alimentar o espírito e a difusão da “Milícia”, o que o levou a viver no Japão e na Índia, entre os anos de 1930 e 1936, para depois retornar à Polônia para cuidar da saúde.

Auschwitz, na Alemanha

No campo de concentração de Auschwitz

Durante a invasão da Polônia pelos nazistas, em 1939 e início da Segunda Guerra Mundial, Padre Kolbe foi feito prisioneiro e transferido para o campo de extermínio de Auschwitz, onde recebeu o número 16670, compartilhando a sorte e os sofrimentos de muitos outros prisioneiros, e como esses, foi forçado aos trabalhos mais humilhantes, como o transporte dos cadáveres ao crematório.

A sua dignidade de sacerdote e homem reto, que suportava, consolava e perdoava o levou a oferecer sua vida para salvar um dos prisioneiros, aceitando morrer em seu lugar, o que ocorreu em 14 de agosto de 1941, com a pronúncia de suas ultimas palavras: “Ave Maria”.

No dia seguinte seu corpo foi queimado no crematório e suas cinzas se misturaram àquelas de tantos outros condenados. Em 1982, na Praça de São Pedro, Padre Maximiliano Maria Kolbe foi canonizado pelo Papa polonês João Paulo II, em base ao heroico testemunho da caridade, sendo o primeiro santo que viveu o martírio durante o regime nazista. Os seus restos mortais, como dito antes, foram reduzidos a cinzas e dispersados, mas a sua cela no campo de Auschwitz tornou-se meta de peregrinação.

Auschwitz, na Alemanha

Nas pegadas de São Maximiliano Kolbe

Peregrinando com a SacraTour, o peregrino vai descobrir que a Polônia é muito mais do aquilo que pode parecer numa primeira vista. É muito difícil imaginar a história e o presente desse país sem a presença da Igreja católica. A peregrinação pode proporcionar um vivo encontro com a história e com a fé na Polônia.

É nesse sentido, que o peregrino é chamado a descobrir o cristianismo que vive por meio do testemunho de pessoas que foram levadas ao altar por causa de sua fé heroica, entre as quais está o missionário franciscano padre Maximiliano Kolbe, que foi prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz. Dele, o Papa João Paulo II disse: “com o seu martírio ele trouxe “vitória por meio do amor e da fé, em um lugar construído para a negação da fé em Deus e no homem”.

Ver a Polônia através da fé é um dos mais justificados modos de visitar o país. Um país de fé sempre viva, cheio de igrejas e de um real influxo dos valores religiosos sobre a vida social, política e sobre a história nacional. A cultura espiritual da nação polonesa é como uma força que ativa e modela os relacionamentos como algo capaz de opor-se ao mal e mudar o mundo.

Auschwitz, na Alemanha

São Maximiliano Kolbe, rogai por nós.

Fonte: vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_19821010_massimiliano_kolbe_it.html / radiomarconi.com/marconi/kolbe/kolbe.html / vocazionefrancescana.org/p/s-massimiliano-kolbe-frate-conventuale.html

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“Tu és Pedro, e a ti darei as chaves do Reino”

No dia 22 de fevereiro, a Igreja celebra o símbolo da Cátedra de São Pedro, pondo em relevo a missão de mestre e pastor conferida por Jesus a Pedro: “apascenta as minhas ovelhas”, “apascenta os meus cordeiros” e “sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja”. É um mandato à pessoa e aos seus sucessores, princípio e fundamento visível da unidade da Igreja.

O que é a Cátedra?

A cátedra, literalmente, é uma sede (trono) onde se assenta o Sumo Pontífice (Papa) e os bispos. É colocada de modo fixo na igreja mãe da diocese, o que dá origem ao nome de “catedral”, e é o símbolo da autoridade do bispo e de seu magistério ordinário na Igreja local. A cátedra de São Pedro indica a sua posição preeminente, ou seja, superior, no colégio apostólico, demonstrada pela explícita vontade de Jesus, que lhe dá a missão de “apascentar” o rebanho, isto é, guiar o novo povo de Deus, a Igreja. Pedro, então se torna o chefe da Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

Teto da Capela Sistina, nos Museus Vaticanos (Vaticano/Itália)

Quando se entra na basílica vaticana, nosso olhar se volta imediatamente para o baldacchino sobre o túmulo de Pedro e para a magnífica escultura da cátedra na glória de Deus, realizada por Bernini, que está inserida em uma custódia de bronze dourado, sustentada pelas colossais estátuas dos santos doutores da Igreja: Agostinho, Ambrósio, Atanásio e João Crisóstomo.

Uma missão de fé

Os discípulos desde sempre acreditaram que a Pedro Jesus confiou a missão de guardar a fé, de evitar que o tempo e as opiniões, os erros e as traições, mudassem a essência da mensagem por Ele transmitida. Desse modo, desde sempre, as comunidades reconheceram em Pedro e nos seus sucessores a tarefa de conservar o depósito da fé. É a este patrimônio que a festa de hoje nos reporta, mostrando que os ensinamentos de Pedro são como uma espécie de ponto focal para a fé cristã.

Escultura da Cátedra de São Pedro

Neste dia especial da festa da Cátedra de São Pedro, recordemos de modo especial o precioso e indispensável serviço que o Papa, enquanto sucessor de São Pedro desenvolve como pai e mestre dos cristãos. É Jesus mesmo que escolhe Pedro para confiar-lhe “as chaves do reino dos céus”, símbolo do poder, mas sobretudo da missão que o Papa deve realizar para o bem e o progresso dos fiéis.

Hoje somos convidados a orar pelo Papa, como responsável pelos ensinamentos e como guia dos fiéis, para que iluminado pelo Espírito e sustentado por todos os cristãos, possa desenvolver o seu ministério para o bem não somente dos cristãos, mas de toda a humanidade.

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Na transfiguração, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a recente confissão de Pedro - tu és Cristo, o Filho de Deus vivo (Mt 16, 16. Cf Mc 8, 29; e Lc 9, 20) - e, deste modo, também fortalece a fé dos Apóstolos perante a proximidade da Paixão (Cf Catecismo da Igreja Católica, nºs 555 e 568), que já lhes tinha começado a anunciar (Cf Mt 16, 21; Mc 8, 31; e Lc 9, 22). A presença de Moisés e Elias é bastante eloquente: eles “tinham visto a glória de Deus na Montanha; a Lei e os profetas tinham anunciado os sofrimentos do Messias” (Catecismo da Igreja Católica nº. 555).

Peregrinos da SacraTour em oração na Basílica da Transfiguração (Monte Tabor/Israel)

A Transfiguração é um evento extraordinário no qual o véu da humanidade de Cristo se ergue por um momento, deixando ver o esplendor de sua natureza divina, com o objetivo principal de testemunhar junto aos discípulos a sua missão. Não se tratou de uma visão, mas de uma verdadeira teofania, ou seja, uma manifestação de Deus. A Transfiguração é uma antecipação temporânea do estado glorioso de Jesus depois da ressurreição.

Basílica da Transfiguração, no Monte Tabor (Israel)

A revelação

A experiência momentânea da Transfiguração devia ajudar os discípulos a caminhar com Jesus rumo à morte e a ressurreição, devendo levá-los a compreender que a morte de Jesus não era o fim, mas que nessa brilhava e se atuava o amor infinito de Deus pela humanidade, apresentando o seu “Filho predileto” e pedindo para escutá-lo.

O texto evangélico (Mc 9,2-10) indica a direção do nosso caminhar e nos conduz ao Monte da Transfiguração, o Monte Tabor, que fica a 17 km de Nazaré e a quase 600 metros do nível do Mar. “Caminhar”, significa “subir”, separar-se das pequenas medidas terrenas e elevar-se rumo às alturas onde Jesus se deixa reconhecer como o “Filho predileto”.

A experiência do Monte Tabor

Nesta experiência, nossos peregrinos sobem o Tabor por uma estrada sinuosa, traçada no princípio do século XX. A chegada na parte mais alta está marcada pela porta do Vento, resto da fortaleza muçulmana do século XIII, cujos muros rodeavam toda a planície do cume. No lado norte, encontra-se a zona greco-ortodoxa; e no lado sul, a católica, a cargo da Custódia da Terra Santa. Partindo da porta do Vento, uma larga avenida flanqueada de ciprestes conduz até a Basílica da Transfiguração e ao convento franciscano.

Interior da Basílica da Transfiguração, no Monte Tabor (Israel)

Ao adentrar a basílica, se pode sentir o convite para elevar a alma e, assim, dizer como Pedro: “Mestre, como é bom estarmos aqui!” (Mt 9,5). Nossa dica: aproveite o silêncio para contemplar e se deixe transfigurar pelo Senhor.

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O Monte Sinai é considerado sacro pelos hebreus, cristãos e muçulmanos por ser o lugar onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei com os Dez Mandamentos. Segundo a tradição, no vale aos pés do Monte Sinai, Deus falou à Moisés pela primeira vez em uma sarça ardente.

O Monte Sinai é um monte evidentemente pleno de ressonâncias. A primeira: o Sinai é o lugar da teofania, da grande manifestação de Deus em seu mistério. “Ao raiar da manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu a montanha, e um fortíssimo som de trombetas se fez ouvir. No acampamento todo o povo se pôs a tremer” (Ex 19, 16).

O Monte Sinai, no Egito

O Monte Sinai é também o lugar da “teologia”, isto é, não só da manifestação, da aparição, mas também da Palavra de Deus e da intimidade com Ele.

Os Dez Mandamentos, ou Decálogo, portanto, é uma revelação sobre quem é Deus e sobre aquilo que Ele quer fazer pelo homem; sobre quem é o homem e sobre aquilo que ele é chamado a fazer para ser imagem e semelhança de Deus aqui na terra. O Decálogo é uma mensagem de vida e de sabedoria que reflete os grandes valores universais da humanidade. Nesta perspectiva, se apresentam como um dom, como um guia para viver em plenitude a nossa experiência humana segundo a vontade de Deus.

Desta forma, eles indicam a vontade de Deus e devem ser interpretados e vividos à luz do único mandamento do amor a Deus e ao próximo, que é a síntese e a chave de leitura de toda a revelação e o caminho para a liberdade (cf. Mt 22, 34-40).

Grupo de Peregrinos SacraTour no Monte Sinai (Egito)

A subida ao Monte Sinai

“No dia em que se completaram três meses que os israelitas haviam saído do Egito, chegaram ao deserto do Sinai. Depois de saírem de Refidim, entraram no deserto do Sinai, e Israel acampou ali, diante do monte. Logo Moisés subiu o monte para encontrar-se com Deus” (Ex 19, 1-3).

Atualmente existem dois itinerários que levam a cume do monte. Para quem está em forma pode subir os 3750 degraus da escada chamada Escada do Arrependimento. Esta opção é também chamada de Degraus da Penitência, onde estão espalhados vários lugares votivos, entre eles a Porta da Confissão, a Porta de Santo Estevão e a Fonte de Moisés, que jorra de uma pequena gruta.

Grupo de Peregrinos SacraTour no Monte Sinai (Egito)

O segundo itinerário, o mais fácil, é chamado “caminho dos camelos”, que conflui com os últimos 750 degraus da Escada do Arrependimento. Em nossas peregrinações, a subida ao Monte Sinai costuma ser durante a noite para que todos possam contemplar o amanhecer tendo a oportunidade de fazer uma maravilhosa experiência de Deus à semelhança de Moisés. Confira abaixo:

Grupo de Peregrinos SacraTour no Monte Sinai (Egito)


 Fontes: Bíblia Sagrada / Gianfranco Ravasi / La Chiesa

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Belém ou Bethlehen em hebraico significa “casa do pão”. É uma cidade palestina conhecida como o local onde o rei Davi viveu e onde nasceu Jesus. De acordo com os relatos bíblicos, José e Maria partiram de Nazaré para Belém porque as autoridades romanas promoveram um censo e era necessário que os dois se apresentassem para se alistar.

Fachada da Gruta do Leite, em Belém (Palestina)

A Basílica da Natividade, Gruta da Natividade e a Praça da Manjedoura

Belém é mencionada também por ser o local de nascimento de Jesus Cristo (Mateus 2:1-6; Lucas 2:4-15; João 7:42), cumprindo-se, então a profecia messiânica: "E tu Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum o menor dentre os principais lugares de Judá. Porque é de ti que há de sair o Chefe, que há de pastorear o meu povo, Israel" (Miquéias 5:2).

Lucas em seu evangelho descreve que Maria “deu à luz seu filho primogênito... e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lc 2, 7).

Grupo de Peregrinos da SacraTour em visita ao Campo dos Pastores (Belém/Palestina)

Devido a esse episódio, a gruta em que Jesus nasceu, desde o início do cristianismo é considerada sagrada, por isso, no decorrer dos séculos, várias igrejas foram construídas sobre o local e destruídas pelos invasores. A primeira construção foi executada pelo imperador Constantino e sua mãe Helena, no século IV e, a que se vê atualmente, foi construída por Justiniano em 530 d. C. Essa basílica recebeu o nome de Basílica da Natividade, uma das mais antigas do mundo.

A Porta da Humildade

Para entrar na basílica, o peregrino precisa passar pela “Porta da Humildade”, que recebe esse nome porque possui apenas 125 cm de altura, sendo necessário ao peregrino curvar-se para adentrar a basílica.

Uma vez dentro da basílica, não deixe de visitar a Gruta da Natividade. Aqui as pessoas podem se ajoelhar, tocar a estrela de prata de quatorze pontas que está no chão da gruta consagrando o local exato do nascimento de Jesus. Toque no marco da manjedoura, ore e se proponha a um novo nascimento, contemplando o lugar do nascimento Daquele que veio ao mundo para a nossa salvação. E ao sair da Basílica da Natividade, observe a Praça da Manjedoura, sendo esta um grande pátio, e que no período das festas natalinas, as multidões se reúnem para cantar canções de Natal antes da meia-noite.

Peregrino SacraTour na Igreja da Natividade (Belém/Palestina)

Ao final desta viagem, você irá perceber que peregrinar por Belém é o mesmo que adentrar em uma nova cultura, poder tocá-la e deixar-se tocar pelo mistério que envolve a cidade considerada a “capital do Natal”.

Fontes: BÍBLIA, N. T. Evangelhos. In BÍBLIA. Português. Sagrada Bíblia Católica: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Loyola, 1995. / GOMES, Laurentino. O caminho do peregrino: seguindo os passos de Jesus na Terra Santa, São Paulo: Globo, 2015.

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A Basílica do Santo Sepulcro, se encontra no coração da Cidade Antiga de Jerusalém, e possui no seu interior, os lugares mais importantes para os cristãos de todo o mundo, os Lugares Santos por excelência: o Calvário e o Túmulo de Cristo, que leva o peregrino a abrir-se uma carga de memórias reunidas no mesmo lugar no qual aconteceram; aqui Jesus foi crucificado e venceu a batalha contra a morte. Entrando na basílica automaticamente nos vem as memórias ligadas à Paixão, morte e unção de Jesus.

Peregrinos SacraTour na Basílica de Santo Sepulcro, em Jerusalém (Israel)

O Sepulcro que guardou o corpo de Jesus e que foi inundado pela luz da Ressurreição, é o coração, não somente da inteira Basílica, mas de todo o cristianismo, que desde a muitos séculos responde ao convite do Anjo: “Não tenham medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava” (Mt 28,5-6).

O túmulo se encontra dentro de uma das duas salas da edícula do Santo Sepulcro. A segunda sala contém a Pedra do Anjo, usada segundo a tradição para fechar o túmulo de Jesus.

A Capela do Calvário

O Calvário é o monte da morte, mas também é o monte da vida. É o monte da elevação e também da Ressurreição. Deste modo, podemos defini-lo como o monte do sofrimento e do sangue, mas ainda, como o monte da glória, do infinito, da esperança. Esta é a mística! O monte é o lugar onde subimos para uma experiência interior e encontro com Deus.

Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)

Para viver esta experiência em Jerusalém, o peregrino deve entrar na Basílica do Santo Sepulcro, e dirigir-se ao lado meridional do altar principal, que tem uma escada de pedra que leva ao Monte Calvário (Gólgota), a sala mais bem decorada da basílica. Ali está a rocha onde foi levantada a cruz de Jesus. Se pode ver esta rocha por meio do vidro ao lado do altar, e o peregrino pode tocá-la por meio de uma abertura no disco de prata debaixo do altar, o ponto, no qual segundo a tradição, a cruz foi elevada.

A Pedra da Unção

Ainda de acordo com a tradição cristã, depois que o corpo de Jesus foi retirado da cruz, colocaram-no sobre a Pedra da Unção (localizada na entrada da Igreja) para ser preparado para a sepultura. É costume entre os peregrinos, beijar a pedra ou ungi-la com óleo. É particularmente, venerada, pelos peregrinos ortodoxos.

A Pedra da Unção, no interior do Santo Sepulcro (Jerusalém/Israel)

Para viver esses percursos e itinerários de fé, de purificação e de iluminação, a SacraTour caminha com você nas Pegadas do Cristianismo e possibilita a realização do seu sonho de conhecer a Terra Santa.

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A última Páscoa de Jesus com os seus discípulos e o dom do seu Corpo e Sangue para a vida do mundo, aconteceu no Cenáculo, palavra esta que deriva do latim Coenaculum, isto é, cômodo em que era servida a ceia, também conhecido como “aposento superior” da casa, ao qual se podia entrar por meio de escadas.

Segundo o uso dos antigos romanos, era uma sala grande e servia para o jantar, do qual tomava parte todos os familiares e os hóspedes.

Cenáculo, em Jerusalém (Israel)

O lugar da Ceia do Senhor com seus discípulos

No contexto da narrativa evangélica, se compreende que se tratava de um aposento superior, porque traduz a correspondente palavra grega anágaíon (cf. Mc 14,15 e Lc 22,12), que indica de fato, a parte superior da casa.

De acordo com os relatos bíblicos, Jesus enviou dois de seus discípulos para preparar a Ceia, os quais segundo Lucas, seria Pedro e João, que encontraram o homem carregando a bilha indicando por Jesus, e junto com ele, entraram na casa onde devia preparar a Ceia. Esta Ceia representa um dos momentos decisivos da vida de Jesus, e introduz aquelas horas, que serão depois, as horas da Paixão.

O lugar do Pentecostes

Lá onde se cumpriram estes mistérios de amor e de graça, também foi o local onde a comunidade nascente dos Apóstolos, se reuniu logo após a experiência traumática da Crucificação do Senhor. No mesmo Cenáculo, Jesus aparece diversas vezes após a Ressurreição, e é também, o local onde junto com Maria se prepararam para receber o Espírito Santo, no dia de Pentecostes.

Cenáculo, em Jerusalém (Israel)

Segundo a tradição, o mesmo lugar onde Jesus realizou a Última Ceia com os seus discípulos, se tornou depois a residência da primitiva Igreja Apostólica, como nos relata o livro dos Atos dos Apóstolos. “E entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote e Judas, irmão de Tiago” (Atos 1, 13).

Em Jerusalém, até hoje existe um local tido como o Cenáculo, no Monte Sião, ao lado da Basílica da Dormição. No pavimento inferior, há uma sala chamada “tumulo do Rei Davi”, e no pavimento superior, uma grande sala chamada “Cenáculo”, no qual, desde 1996, está exposto um candelabro com três braços que representam as três religiões monoteístas: judaísmo, islamismo e cristianismo. Atualmente, o local está transformado em uma Mesquita e os cristãos têm a permissão para visitar, mas não o de celebrar a missa, a não ser, uma vez por ano, recordando a última Ceia de Jesus.

Visita ao topo do Monte Sião

Seguindo as pegadas do Cristianismo, você pode peregrinar com a SacraTour e visitar o topo do Monte Sião e adentrar no local do túmulo do Rei David, no Cenáculo (local da última ceia de Cristo com seus discípulos e do Pentecostes), e a Abadia da Dormição, construída sobre o local onde a Virgem Maria expirou.

Túmulo de David (Jerusalém/Israel)
Abadia da Dormição (Jerusalém/Israel)

Fonte: Sulle orme de Gesù, guida ai santuari di Terra Santa”, Edizioni Terra Santa, Milano, pp. 121-126.

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Fernando (Santo Antônio) nasceu em Lisboa (Portugal) em 1195, e teve a sua primeira formação em uma família cristã. Por volta dos sete anos começou a frequentar como aluno externo, a escola da catedral, e recebeu uma suficiente formação. Naquele ambiente esboçou a sua vocação religiosa, que o levou a entrar no mosteiro Agostiniano de Santa Cruz, onde recebeu uma completa formação religiosa e teológica, graças à sua piedade, disciplina e aplicação aos estudos, como também pela sua inteligência aguçada e memória tenaz.

Em 1220 foi ordenado sacerdote e a sua sede de martírio, levou-o a deixar o mosteiro e a entrar para a Ordem Franciscana, mudando seu nome de Fernando para Antônio, em 1221. Tempos depois, foi transferido para Bolonha e em seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.

O pregador

Santo Antônio, tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com as ciências profanas, referenciando-se inclusive a diversos escritos dos filósofos. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo, lecionando em universidades italianas e francesas. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário na Basílica que leva o seu nome, em Pádua. Foi cognominado o “Doutor Evangélico”.

Túmulo de Santo Antônio de Pádua

“O Santo do mundo inteiro”

O Papa Leão XIII o chamou “o santo do mundo inteiro”, porque sua imagem e devoção encontram-se por toda parte. Também é conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Entre os contemporâneos e nas gerações seguintes, Antônio foi tido com um mestre de sabedoria cristã, biblista, e autor de obras importantes.

Imagem: Cappella del Tesoro, panoramica - fotografia di Giorgio Deganello - Archivio MSA

A Basílica de Pádua e o culto

Milhares de peregrinos e devotos de todas as partes do mundo visitam Pádua, onde se encontram seus restos mortais de Santo Antônio, um dos santos mais amados e venerados pelo cristianismo.

Com a SacraTour você tem a possibilidade de fazer um roteiro que contempla diversas basílicas e a vida dos principais santos católicos, dentro os quais, a visita a Basílica de Santo Antônio, em Pádua, na Itália. Entrando na Basílica, você pode fazer um breve caminho espiritual. Tenha a consciência de que está entrando em um lugar santificado pela presença de Santo Antônio. É um lugar cheio de significado para a nossa fé. Aqui você pode encontrar a misericórdia de Deus e experimentar a poderosa intercessão de Santo Antônio, para depois partir cheio de alegria e paz. Na entrada você já encontra a Água Benta, com a qual se pode traçar o Sinal da Cruz como um desejo de renascer.

Depois você e encontra com uma pintura chamada Nossa Senhora da Pilastra, que juntamente, com o Menino Jesus, acolhe com o olhar o peregrino que chega. O próximo passo é o encontro com o Santo. Aproxime-se do Túmulo de Santo Antônio em oração silenciosa. Ele convida você a permanecer sob a sua proteção. Saindo você pode passar pela Capela das Relíquias de Santo Antônio, que são sinais concretos da aproximação que cada um de nós quer ter com o Santo.

Saindo da Capela das Relíquias, se dirija à Capela das Bençãos. A benção exprime o sentido da oração cristã. É o encontro entre Deus e o homem, por isso, caminhe mais um pouco e entre na Capela do Santíssimo para adorar e agradecer.

Imagem: Madonna del Pilastro: particolare della Vergine tra i santi Giovanni evangelista e Giovanni battista. Affresco di Stefano da Ferrara, sec. XIV. Basilica di sant' Antonio. Foto dopo i restauri del 2012 - fotografia di Giuseppe Rampazzo - fototeca MSA

Ao final desse breve caminho espiritual dentro da Basílica, caso se interesse, entre na Sala de Acolhida do Mensageiro de Santo Antônio e solicite o Certificado do Peregrino, símbolo do caminho espiritual feito e lembrança de sua visita à Basílica de Santo Antônio de Pádua.

Dia do Turista

Seguindo a trilha de Santo Antônio, que também é invocado como protetor dos viajantes, lembramos a todos os que gostam de viajar e conhecer diferentes lugares do mundo, que nesta data (13 de junho), no Brasil, comemora-se o dia do turista. E é claro que, nesta data, nós intercedemos pelos peregrinos e suplicamos a proteção de Santo Antônio para todos e cada um.

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!

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Dia 31 de Julho se comemora o Dia de Santo Inácio de Loyola. Inácio nasceu em 24 de dezembro de 1941, no castelo de Loyola, na Espanha. Último de treze irmãos, sua mãe morreu quando tinha apenas sete anos, quando passou a viver na corte sob a responsabilidade de seu parente Juan Velasquez, tesoureiro do reino de Castilha. Em 1517, entrou para o exército, mas ferido durante a Batalha de Pamplona (1521) teve que passar um longo período no castelo de seu pai para recuperar-se.

Durante esse período de convalescença, leu numerosos textos religiosos sobre a vida dos santos e a vida de Jesus, o que o leva à conversão. Decidiu inspirar-se em São Francisco de Assis e foi viver na Terra Santa como mendicante, mas foi obrigado a retornar à Espanha.

Os Exercícios Espirituais

Inácio elaborou um método próprio de oração e contemplação resultado de suas experiências, o que mais tarde se tornou os “Exercícios Espirituais”, método que descreve uma série de meditações, que será adotado pela Ordem dos Jesuítas. Depois de estudar em Paris para aprofundar a própria cultura literária e teológica, funda em 1534 a Companhia de Jesus, com o objetivo de viver como missionários em Jerusalém ou em outros lugares segundo as determinações do Papa.

Em junho de 1537, Santo Inácio foi ordenado sacerdote, em Veneza. Queria, a princípio, se estabelecer em Jerusalém, mas o lugar, estava em guerra. Sendo assim, resolveu partir para Roma e se colocar à disposição da Igreja e do Papa. No caminho, parou na Capela de La Storta e teve uma visão mística maravilhosa da Santíssima Trindade. A Companhia de Jesus, com a intenção de reforçar a Igreja de Roma, inicialmente, contra o protestantismo, será determinante no sucesso da Contrarreforma. Inácio de Loyola, morreu em Roma em 31 de julho de 1556.

Após a sua canonização, o corpo foi colocado em uma urna de bronze dourado na Capela de Santo Inácio, na Igreja de Jesus (Chiesa di Gesù) em Roma.

Casa de Sto. Inácio, chamada a Torre, situada na parte de trás da Basílica

A Igreja de Santo Inácio em Roma

Em 1626, o Cardeal Ludovisi mandou construir uma igreja em honra a Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas). A Igreja foi edificada ao lado do Palácio do Colégio Romano. A Igreja possui uma planta em forma de cruz latina, com uma abside e muitas capelas laterais. Possui também uma tela com 13 metros de diâmetros que imita uma cúpula sustentada por colunas. Para admirar essa perfeição, é necessário colocar-se em um ponto indicado no chão por um disco de mármore. O interior da igreja é caracterizado por pedras preciosas, mármores, estuques e dourado, que cria uma atmosfera teatral.

Casa de Santo Inácio em Roma

Os cômodos onde viveu Santo Inácio (1491-1556), que em 1534 fundou a Companhia de Jesus, se encontram dentro da Casa Professa, também conhecida como Colégio Internacional dos Jesuítas, que conserva a primeira obra romana de Andrea Pozzo (1642-1709), um irmão jesuíta. Ele realizou toda a decoração do corredor de acesso aos cômodos, um ambiente estreito e baixo, decorado com o sistema de perspectivas anamórficas, segundo o qual as imagens se transformam pouco a pouco conforme se avança para o centro do ambiente. Esses cômodos estão abertos para a visitação grátis, sendo necessário agendamento prévio.

Casa de Sto. Inácio, chamada a Torre, situada na parte de trás da Basílica
Mosteiro de Montserrat em Barcelona

Em 1552, foi documentada uma visita de Santo Inácio de Loyola ao Mosteiro de Montserrat. O enorme complexo, na Catalúnia, está a 40 km de Barcelona e, é constituído por dois blocos de edifícios: de um lado está a basílica com as dependências dos monges e do outro lado, os edifícios destinados aos peregrinos e visitantes.

A visita ao Mosteiro tem início na Praça da Cruz que recebe esse nome por causa da cruz que está à direita da praça e é um monumento dedicado a São Miguel Ancanjo, patrono da montanha de Montserrat. A figura mais representativa de todas as presente no Mosteiro é a de Santo Inácio de Loyola, um cavaleiro convertido, que veio a Montserrat para depor a sua espada aos pés da Virgem Maria.

Ao chegar em Montserrat, preparou-se para a confissão de fé de toda a sua vida, entregou suas armas e suas roupas aos pés da imagem da Virgem de Montserrat - "La Moreneta" e vestiu o hábito. Permaneceu ali por um ano. Esse período é crucial para entendermos as suas motivações, pois marcou o início de sua grande obra: Os Exercícios Espirituais.

"La Moreneta", Nossa Senhora de Montserrat (Espanha)
Mosteiro de Montserrat, na Espanha
Mosteiro de São Pedro Mártir

Partindo de Montserrat, Santo Inácio continuou com uma rotina de severos jejuns, penitências e orações para combater a sua vaidade. Foi acolhido pelos dominicanos do monastério de São Pedro Mártir, onde compreendeu melhor o ideal apostólico. Santo Inácio era um homem dado a êxtases místicos e compreendia como ninguém as ações de Deus.

Basílica de Santa Maria del Mar de Barcelona

Nesta basílica o escultor Lau Feliu representou Santo Inácio de Loyola como um mendigo com a mão estendida e pés descalços pedindo esmola. Essa escultura de bronze foi colocada no lugar onde Inácio pedia esmolas durante sua estada em Barcelona, entre os anos de 1524 e 1526. Inácio ficou conhecido em Manresa como o “homem do saco”, porque ele entregou suas vestes de cavaleiro a um pobre e depois se vestiu com saco para continuar sua peregrinação até Montserrat.

Por esse motivo, no lugar se pode encontrar um espaço que faça memória do santo, um espaço de oração e contemplação. Para quem passe por Santa Maria del Mar, há a possibilidade de aprender com a vida do santo, pois quem conhece a espiritualidade inaciana sabe que isso tem a ver com sua experiência vital. Dessa forma, em outro contexto e em outras circunstâncias, cada um de nós é chamado a ser peregrino, a buscar e a encontrar a Deus em todas as coisas, e a aprender com Inácio, a amar e a servi-lo em tudo.

Imagem de San Ignacio en Santa Maria del Mar, obra de Lau Feliu


 
Fonte: Santi e Beati / jesuítasnobrasil.com

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